Família: instituição mais valorizada da Europa
Segundo o presidente da Rede Européia de Institutos sobre a Família
Por Miriam Díez i Bosch
Segundo o presidente da Rede Européia de Institutos sobre a Família
Por Miriam Díez i Bosch
BARCELONA,
Faltam poucos meses para o Encontro Mundial das Famílias, que será realizado em janeiro de 2009, no México. Neste contexto, Zenit falou com Carlos Pérez Testor, presidente da Rede Européia de Institutos da Família (REDIF, http://www.redif.org/), para analisar a saúde da família no contexto europeu.
Carlos Pérez Testor é Doutor em Medicina, especialista em psiquiatria e atualmente é o diretor do Instituto Universitário de Saúde Mental Vidal i Barraquer da Universidade Ramon Llull.
Sobre como é possível criar correntes de opinião e de esperança sobre a família, Pérez afirma que "na maior parte de pesquisas européias sobre avaliação das instituições, a família é a instituição mais valorizada pelas pessoas, sem que apareçam diferenças significativas comparando as diversas faixas etárias".
"Dos mais jovens aos mais adultos, uma grande maioria valoriza a família como núcleo de coesão e espaço de crescimento. Poderíamos afirmar que atualmente a família goza de boa saúde."
"Eu comentava antes que a família é a instituição mais valorizada em geral em toda a Europa, mas existe uma grande diferença em como cada administração, cada Estado cuida da família e a protege", destaca.
"As políticas de proteção da família dos países do norte da Europa estão a anos-luz das políticas de proteção dos países do sul, onde as famílias recebem muito menos ajuda. Uma preocupação seria esta: insuficiência de políticas de proteção."
"Mas certamente teríamos de distinguir as nossas preocupações como profissionais que se dedicam à família, como a baixa natalidade, a vulnerabilidade do grupo familiar, o aumento do número de divórcios com o impacto psicossocial que provoca, etc., das preocupações do dia-a-dia das famílias: a conciliação trabalho-família, a educação dos filhos, o cuidado dos idosos e dependentes dentro do núcleo familiar, etc."
Segundo Pérez, "a evidente secularização da sociedade dificulta a visualização da dimensão espiritual do «dom» em grande parte das famílias européias, mas a dimensão de «gratidão» e de «generosidade», de «entrega» sem esperar receber nada em troca, aparece constantemente nas relações familiares".
Questionado sobre se corremos o risco de ser uma sociedade de indivíduos que não atendem seus semelhantes, Pérez responde acreditar que não. "E os atos de generosidade heróica que vemos ao nosso redor a cada dia nos levam a acreditar que não. O valor da solidariedade faz parte da nossa sociedade. Mas muitas vezes, lamentavelmente, esquecemos disso, sendo egoístas com nossos semelhantes".
"Por este motivo, a sociedade em geral e os responsáveis políticos em particular, têm o dever de trabalhar para o bem da família. Em maio de 2007, no Brasil, o Santo Padre dizia: «A família é insubstituível para a serenidade pessoal e para a educação dos filhos. As mães que querem dedicar-se plenamente à educação de seus filhos e ao serviço da família devem gozar das condições necessárias para poder fazê-lo, e para isso têm direito de contar com o apoio do Estado. (...) É indispensável também promover políticas familiares autênticas, que respondam aos direitos da família como sujeito social imprescindível. A família faz parte do bem dos povos e da humanidade inteira»."
"Se formos capazes de trabalhar em políticas universais de proteção da família, estaremos investindo no futuro da humanidade", afirma.
Carlos Pérez Testor é Doutor em Medicina, especialista em psiquiatria e atualmente é o diretor do Instituto Universitário de Saúde Mental Vidal i Barraquer da Universidade Ramon Llull.
Sobre como é possível criar correntes de opinião e de esperança sobre a família, Pérez afirma que "na maior parte de pesquisas européias sobre avaliação das instituições, a família é a instituição mais valorizada pelas pessoas, sem que apareçam diferenças significativas comparando as diversas faixas etárias".
"Dos mais jovens aos mais adultos, uma grande maioria valoriza a família como núcleo de coesão e espaço de crescimento. Poderíamos afirmar que atualmente a família goza de boa saúde."
"Eu comentava antes que a família é a instituição mais valorizada em geral em toda a Europa, mas existe uma grande diferença em como cada administração, cada Estado cuida da família e a protege", destaca.
"As políticas de proteção da família dos países do norte da Europa estão a anos-luz das políticas de proteção dos países do sul, onde as famílias recebem muito menos ajuda. Uma preocupação seria esta: insuficiência de políticas de proteção."
"Mas certamente teríamos de distinguir as nossas preocupações como profissionais que se dedicam à família, como a baixa natalidade, a vulnerabilidade do grupo familiar, o aumento do número de divórcios com o impacto psicossocial que provoca, etc., das preocupações do dia-a-dia das famílias: a conciliação trabalho-família, a educação dos filhos, o cuidado dos idosos e dependentes dentro do núcleo familiar, etc."
Segundo Pérez, "a evidente secularização da sociedade dificulta a visualização da dimensão espiritual do «dom» em grande parte das famílias européias, mas a dimensão de «gratidão» e de «generosidade», de «entrega» sem esperar receber nada em troca, aparece constantemente nas relações familiares".
Questionado sobre se corremos o risco de ser uma sociedade de indivíduos que não atendem seus semelhantes, Pérez responde acreditar que não. "E os atos de generosidade heróica que vemos ao nosso redor a cada dia nos levam a acreditar que não. O valor da solidariedade faz parte da nossa sociedade. Mas muitas vezes, lamentavelmente, esquecemos disso, sendo egoístas com nossos semelhantes".
"Por este motivo, a sociedade em geral e os responsáveis políticos em particular, têm o dever de trabalhar para o bem da família. Em maio de 2007, no Brasil, o Santo Padre dizia: «A família é insubstituível para a serenidade pessoal e para a educação dos filhos. As mães que querem dedicar-se plenamente à educação de seus filhos e ao serviço da família devem gozar das condições necessárias para poder fazê-lo, e para isso têm direito de contar com o apoio do Estado. (...) É indispensável também promover políticas familiares autênticas, que respondam aos direitos da família como sujeito social imprescindível. A família faz parte do bem dos povos e da humanidade inteira»."
"Se formos capazes de trabalhar em políticas universais de proteção da família, estaremos investindo no futuro da humanidade", afirma.
Fonte: ZENIT.org
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