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Uma Capela cheia de segredos !Você quer descobri-la conosco? Saiba, antes de tudo, que a Casa Mãe da Companhia das Filhas da Caridade era o antigo "Hotel de Châtillon". Este, foi concedido à Companhia, em 1813, por Napoleão Bonaparte, depois da tormenta da Revolução Francesa. Imediatamente, começa a construção da Capela.A 8 de agosto de 1813, realizou-se a bênção solene da Capela dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Em 1830, aconteceram então as aparições. Aumentou o numero de vocações.Foi necessário transformar a Capela, que passa então por várias modificações. Em 1930, por ocasião do centenário das apariçes, uma nova reforma nos mostra a Capela tal como a vemos hoje.Agora, a você a oportunidade de visitá-la!
http://www.chapellenotredamedelamedaillemiraculeuse.com

Visita a Capela da Medalha Milagrosa, localizada na Rue du Bac, 140 - Paris

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terça-feira, 27 de maio de 2014

No avião, de retorno à Roma, Papa ressalta momentos marcantes da viagem à Terra Santa

No avião, Papa ressalta momentos marcantes da viagem à Terra Santa




Cidade do Vaticano (RV) – No avião que o trouxe de volta ao Vaticano, o Papa Francisco conversou - durante quase uma hora - com os jornalistas que o acompanharam na Terra Santa. Os temas tratados foram muitos: dos momentos mais marcantes da viagem ao celibato dos sacerdotes, passando por escândalos financeiros e a hipótese de uma renúncia a exemplo de Bento XVI. Confira alguns pontos:

Os gestos na Terra Santa e o encontro Peres e Abu Mazen
“Os gestos mais autênticos são os que não se pensam, mas os que acontecem. Algumas coisas, por exemplo, o convite aos dois presidentes à oração, isto estava sendo pensado, mas havia muitos problemas logísticos, muitos, porque é preciso levar em consideração o território onde se realiza, e não é fácil. Isso já se programava, uma reunião, mas no fim saiu o que espero que seja bom. Será um encontro de oração, não para fazer mediação.”

Relação com os ortodoxos
“Com Bartolomeu falamos de unidade, que se faz em caminho, jamais poderemos fazer a unidade num congresso de Teologia. Ele confirmou-me que Atenágoras realmente disse a Paulo VI: ‘vamos colocar todos os teólogos numa ilha e nós prosseguiremos juntos’. Devemos nos ajudar, por exemplo, com as igrejas, inclusive em Roma, onde muitos ortodoxos usam igrejas católicas. Falamos do concílio pan-ortodoxo, para que se faça algo sobre a data da Páscoa. É um pouco ridículo: ‘Quando ressuscita o seu Cristo? O meu na semana que vem. O meu, ao invés, ressuscitou na semana passada’. Com Bartolomeu falamos como irmãos, nos queremos bem, contamos as dificuldades do nosso governo. Falamos bastante da ecologia, de fazermos juntos um trabalho conjunto sobre este problema.”

Abusos contra menores
“Neste momento, há três bispos sob investigação e um deles, já condenado, tem a pena em estudo. Não há privilégios neste tema dos menores. Na Argentina, chamamos os privilegiados de ‘filhos de papai’. Pois bem, sobre este tema não haverá filhos de papai. É um problema muito grave. Um sacerdote que comete um abuso, trai o corpo do Senhor. O padre deve levar o menino ou a menina à santidade. E o menor confia nele. E ao invés de levá-lo à santidade, abusa. É gravíssimo. É como fazer uma missa negra! Ao invés de levá-lo à santidade, o leva a uma problema que terá por toda a vida. Na próxima semana, no dia 6 ou 7 de julho haverá uma missa com algumas pessoas abusadas, na Santa Marta, e depois haverá uma reunião, eu com eles. Sobre isto se deve prosseguir com tolerância zero.”

Celibato dos padres
“Há padres católicos casados, nos ritos orientais. O celibato não é um dogma de fé, é uma regra de vida, que eu aprecio muito e creio que seja um dom para a Igreja. Não sendo um dogma de fé, há sempre uma porta aberta.”

Eventual renúncia
“Eu farei o que o Senhor me dirá de fazer. Rezar, buscar a vontade de Deus. Bento XVI não tinha mais forças e, honestamente, é um homem de fé, humilde como é, tomou esta decisão. Setenta anos atrás os bispos eméritos não existiam. O que acontecerá com os Papas eméritos? Devemos olhar para Bento XVI como uma instituição, abriu uma porta, a dos Papas eméritos. A porta está aberta, se haverá outros ou não, somente Deus sabe. Eu creio que um Bispo de Roma, ao sentir que lhe faltam forças, deva fazer as mesmas perguntas que o Papa Bento fez.”

Outros temas
Francisco falou ainda da alegada investigação sobre um desvio de 15 milhões de euros dos fundos do Instituto para as Obras de Religião, em que estaria envolvido o antigo Secretário de Estado do Vaticano.

“A questão desses 15 milhões está ainda em estudo, não é claro o que aconteceu”, adiantou.

O Papa disse que quer “honestidade e transparência” na administração financeira do Vaticano e que a nova Secretaria para a Economia, dirigida pelo Cardeal Pell, vai “levar por diante as reformas que foram sugeridas” por várias comissões para evitar “escândalos e problemas”. Nesse sentido, recordou que cerca de 1,6 mil contas foram fechadas no IOR nos últimos tempos.

Francisco confirmou que, além da viagem à Coreia do Sul em agosto, voltará à Ásia em janeiro de 2015, para visitar o Sri Lanka e as regiões afetadas pelo tufão nas Filipinas. O Papa mostrou-se preocupado com a falta de liberdade religiosa neste continente, falando num número de “mártires” cristãos que supera os dos primeiros tempos da Igreja.

O Papa não quis comentar os resultados das eleições europeias, mas lembrou as críticas que deixou na exortação apostólica Evangelii Gaudium a um sistema econômico “desumano”, que “mata”.

Já sobre a beatificação de Pio XII, pontífice durante a II Guerra Mundial, Francisco disse ter sido informado de que ainda não há o milagre reconhecido para que a causa avance.

Fonte: Rádio Vaticano

Pe. Lombardi: balanço da peregrinação de Francisco

Pe. Lombardi: balanço da peregrinação de Francisco




Cidade do Vaticano (RV) - O último dia do Papa Francisco na Terra Santa foi rico de mensagens e gestos fortes. Um dia marcado pelo encontro com o mundo muçulmano, pelos vários eventos relacionados à comunidade judaica e ao Estado de Israel e, finalmente, pelos momentos com a comunidade cristã no Getsêmani e no Cenáculo, na dimensão da oração, típica desta peregrinação. Para comentar esta viagem histórica, conversamos por telefone com o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé e Diretor da Rádio Vaticano que acompanhou Francisco, Padre Federico Lombardi :

R. - Com certeza, na parte da manhã de ontem o encontro com o Islã, os encontros com o judaísmo e com o Estado de Israel foram particularmente significativos e também estavam ao centro da atenção da mídia internacional. Acho que o pequeno ato original desta viagem, o momento do abraço diante do Muro das Lamentações do Papa com o rabino e o amigo muçulmano; o abraço de três amigos, de três religiões diferentes diante do Muro das Lamentações tenha sido realmente um pequeno, mas grande sinal, porque, além de todos os discursos sobre o diálogo inter-religioso, da dificuldade em compreender um ao outro e assim por diante, e depois a cultura do encontro mencionada pelo Papa, o encontro entre pessoas reais que são capazes de se entenderem, e também de trabalharem juntas para construir a paz, que é - eu acho – o caminho fundamental. Outro grande encontro pessoal, que parece ter caracterizado a manhã de ontem, foi o encontro entre o Papa e o Presidente Peres: eu tive a impressão que são dois grandes sábios construtores de paz. O Papa, naturalmente, com a sua autoridade de líder religioso que convida a rezar pela paz, e também o presidente uma pessoa verdadeiramente sábia que passou uma longa vida através de muitas situações, mas que se vê, que realmente aspira a um mundo melhor, que pretende colocar a sua experiência de vida ao serviço do bem comum dos povos, superando as tensões e fazendo a paz. A maneira com a qual o Papa também falou da acolhida de Peres, e na qual "casa", ele se sentia feliz, parece-me tenha sido um grande elogio e uma boa premissa também para o próximo encontro de oração pela paz, que é foi confirmado pelas pessoas convidadas, e que por isso esperamos que possa acontecer em tempos breves, no Vaticano.

P. - Em alguns momentos, o Papa pareceu emocionado, mas também muito triste: quando disse o seu "não" a violência em nome de Deus, mas também o "nunca mais a monstruosidade do Holocausto", quase como se tivesse sobre si a vergonha do homem, daquilo que o homem consegue fazer nos momentos de escuridão total ...

R. - É verdade. O Papa usou uma expressão que eu acho que é muito sua, característica, quando ele fala da vergonha. É uma palavra bíblica, que também os antigos profetas, quando falavam da experiência do pecado e do peso do pecado sobre a humanidade e sobre o povo de Israel, diziam: "A vergonha sobre nós que não fomos capazes de construir a paz". Portanto, esta palavra, vergonha, de fato, no discurso do Papa no Yad Vashem me pareceu precisamente trazer à luz esse seu sentimento profético muito forte que lhe dá, às vezes, um tom particularmente voltado para o futuro que nos toca e nos sacode.

R. - Em fim, no Getsêmani, depois no Cenáculo os últimos dois compromissos desse intenso dia, e mais uma vez é a luz da esperança que o Papa pede aos cristãos que testemunhem. E depois reafirmou também a ideia de uma Igreja em saída, uma Igreja a serviço, que é outro tema que o Papa tem muito a peito...

R - Sim, porque no Cenáculo foi celebrada a Missa de Pentecostes, e portanto, precisamente o evento da Igreja que, recebendo o Espírito, torna-se missionária. Eu diria que pudemos experimentar a alegria desta celebração próprio no lugar original da missão da Igreja na força do Espírito.

P. - No entanto, o tema da esperança pareceu quase prevalecer, nesses últimos momentos do dia ...

A. - Certamente: a presença do Espírito que dá vida, que o acompanha, que torna presente Jesus Cristo ressuscitado, é um espírito que alimenta, evidentemente, uma esperança mais forte do que qualquer forma de desânimo diante das dificuldades que estão ao nosso redor. Assim, também nesta terra, mesmo com os problemas que as comunidades eclesiais possam ter, e que as comunidades dos povos possam ter. E, com o anúncio do Espírito que desce para nos tornar missionários e nos renovar, para renovar a Criação, é um anúncio de esperança para todos! (SP)
Fonte: Rádio Vaticano

Patriarca Bartolomeu fala do encontro com o Papa Francisco em Jerusalém

Patriarca Bartolomeu fala do encontro com o Papa Francisco em Jerusalém




Em 1964 iniciou um caminho “que agora já não pode mais parar": ainda não chegámos "à meta da unidade dos cristãos", mas a partir daquele momento, "aprendemos a perdoar-nos uns aos outros pelos erros e desconfianças do passado, e demos passos importantes no sentido da aproximação e reconciliação". Agora “chegou o momento de seguirmos em frente - diz Bartolomeu, Patriarca de Constantinopla - e com o Papa Francisco faremos precisamente um bom passo em frente" - uma convicção que o patriarca tem alimentado desde que ele encontrou o bispo de Roma, por ocasião das celebrações do início do ministério papal, quando se aproximava o quinquagésimo aniversário do “histórico abraço de Jerusalém". Dos frutos que ele esperava deste encontro Bartolomeu falou há dias em entrevista ao "Osservatore Romana", que aqui transcrevemos na íntegra:

Papa Francisco nos passos do Papa Paulo VI, 50 anos mais tarde. Durante esse tempo, passou-se do “diálogo do amor" ao "diálogo da verdade". E agora, como poderá continuar o caminho, em vista da meta final?
Não há dúvida que o histórico encontro entre os nossos veneráveis Predecessores, o Patriarca Ecuménico Atenágoras e o Papa Paulo VI marcou um novo início nas relações entre o catolicismo e a ortodoxia. É importante lembrar que aquele encontro seguia-se a um milénio inteiro de desconfiança recíproca e de distanciamento teológico entre as nossas duas grandes tradições. Apesar da nossa história comum de Escritura e Tradição, as nossas duas Igrejas, arriscavam portanto, de ser danificadas pelo isolamento e a auto-suficiência, tendo seguido caminhos diferentes a partir do século XI. O encontro em Jerusalém, no dia 5 de Janeiro de 1964, foi um ponto de partida extraordinário para o longo caminho de reconciliação e de diálogo, que as gerações posteriores foram chamadas a continuar. Olhando para trás nos últimos cinquenta anos, podemos ser gratos a Deus por aquilo que foi alcançado, tanto no "diálogo de amor" como no "diálogo da verdade". O espírito de amor fraterno e de respeito recíproco tomou o lugar das velhas polémicas e suspeitas. E a nível teológico?
A Comissão mista internacional para o diálogo teológico das duas Igrejas produziu vários importantes documentos conjuntos. Estamos, no entanto, conscientes de que ainda há muito a fazer entre as nossas duas Igrejas, bem como dentro delas. Sem dúvida, o caminho é longo e difícil. Contudo, como discípulos de nosso Senhor, que rezou ao Pai e exortou aos seus discípulos a serem "um" - ut unum sint, lemos no Evangelho de João (17,21) - não temos outra alternativa senão prosseguir este caminho de reconciliação e de unidade. Qualquer outro caminho seria uma traição vergonhosa da vontade do Senhor e um retorno inaceitável ao nosso passado
separado.
Disse recentemente que espera poder convocar em breve o Grande Concílio da Igreja Ortodoxa para simbolizar a unidade da sua Igreja. Poderá ser também uma ocasião para redescobrir o valor da unidade de todos os cristãos?
Durante a última assembleia, a synaxis
dos chefes das Igrejas Ortodoxas autocéfalas do mundo, que teve lugar em Istambul de 6 a 9 de Março últimos, os primazes das Igrejas Ortodoxas falaram da questão do Santo e Grande Sínodo da Igreja Ortodoxa, tendo decidido por unanimidade que, acelerando o processo de preparação, será convocado em Constantinopla em 2016. Este Sínodo, como observa, será um sinal vital de unidade entre as Igrejas Ortodoxas, num momento em que o mundo exige uma resposta unificada aos seus desafios fundamentais. Durante tal assembleia, informámos aos irmãos primazes sobre o nosso próximo encontro com o Papa Francisco em Jerusalém. Eles exprimiram assim o seu apoio ao evento e reiteraram o seu empenho em favor do diálogo teológico com a Igreja Católica Romana. Isto é importante, uma vez que o encontro em Jerusalém será muito mais de uma confirmação simbólica da nossa disponibilidade de continuar no caminho de amor iniciado há 50 anos pelos nossos predecessores em espírito de fidelidade à verdade do Evangelho. Será também uma importante ocasião para que o mundo possa ver uma abordagem unida - para além das identidades confessionais e das diferenças - ao sofrimento dos cristãos em tantos lugares, especialmente nas regiões onde o cristianismo nasceu e se desenvolveu . Além disso, também será uma oportunidade para falarmos das injustiças que os membros mais vulneráveis ​​das sociedades contemporâneas são obrigados a suportar, assim como das preocupantes consequências da crise ecológica.
Há muita expectativa por este encontro. E muitos nutrem esperanças concretas de um passo em frente decisivo que leve a superar os obstáculos que ainda impedem a unidade entre os cristãos. Quais são as suas expectativas e as suas esperanças?
Hoje, mais do que há cinquenta anos, há uma necessidade urgente de reconciliação, e isto faz com que o nosso próximo encontro com o Papa Francisco em Jerusalém seja um evento de grande significado. Trata-se naturalmente - como devemos humildemente entender e admitir - apenas de um primeiro passo para irmos ao encontro do mundo, como afirmação do nosso desejo de aumentar os esforços em favor da reconciliação cristã e pacífica. Isto demonstrará igualmente a nossa disponibilidade e responsabilidade comum em progredir no caminho preparado pelos nossos predecessores. Portanto, como líderes eclesiásticos e espirituais, vamos nos encontrar para dirigir um apelo e um convite a todas as pessoas, independentemente da sua fé e suas virtudes, por um diálogo que, no fundo, visa o conhecimento da verdade de Cristo e a saborear a imensa alegria que acompanha o encontro com Ele. Contudo, em última análise, isto só é possível eliminando a separação interior entre uns e outros e através da unidade de todo o povo em Cristo, que é a verdadeira plenitude do amor e da alegria.
Mas este era o objectivo também do encontro de 1964.
É claro que de 1964 até hoje não alcançámos a plena comunhão, que deve ser sempre o objectivo final dos fiéis discípulos de Cristo. Contudo, aprendemos a perdoar-nos uns aos outros pelos erros e a desconfiança do passado; e demos passos importantes no sentido da reaproximação e a reconciliação. Atenágoras e Paulo VI foram certamente grandes precursores da unidade. No entanto, outro passo importante para a reconciliação e a unidade será realizado, com a graça de Deus, no dia 25 de Maio de 2014, através do encontro com o nosso irmão Papa Francisco. Que tudo seja segundo a
vontade de Deus. 

Após peregrinação à Terra Santa, S.S. Papa Francisco visita Basílica Santa Maria Maior

Papa Francisco visita Basílica Santa Maria Maior, após peregrinação à Terra Santa




Cidade do Vaticano (RV) – Na manhã desta terça-feira, por volta das 11 horas, o Papa Francisco dirigiu-se à Basílica de Santa Maria Maior, no centro de Roma, para agradecer a Nossa Senhora o bom êxito da viagem à Terra Santa e confiar a ela os frutos desta peregrinação.

O Papa – declarou à Rádio Vaticano o Arcipreste da Basílica, Cardeal Santos Abril y Castello – ofereceu um ramalhete de flores a Nossa Senhora, recolhendo-se, a seguir, em oração por alguns minutos. Após saudou alguns fiéis”.

Francisco deixou a Basílica por volta das 11h30min, sendo esta a nona vez que reza neste local, desde o início de seu pontificado. (JE)

Fonte: Rádio Vaticano

segunda-feira, 26 de maio de 2014

O Papa Francisco deixou o aeroporto de Ben Gurion, Tel Aviv.

Francisco se despede da Terra Santa

Liliane Borges
Da Redação
 
Francisco se despede da Terra Santa
Antes da Partida, Francisco lê jornal e conversa com membros da comitiva / Foto: Reprodução CTV
 
O Papa Francisco deixou o aeroporto de Ben Gurion, em Tel Aviv,  às 20h20 (14h20 no Brasil) na aeronave da companhia israelense EL AL.
O Pontífice chegou 25 minutos antes da partida acompanhado pelo presidente israelense Shimon Peres e o primeiro-ministro Benjamim Netanyahu. Durante o percurso, o premier perguntou ao Papa se ele estava cansado: “Mais ou menos”, respondeu Francisco.
A despedida, como prevista, não contou com discursos, mas apenas saudações particulares às autoridades eclesiásticas e civis de Israel. Francisco, acompanhado por uma tradutora, agradeceu à segurança e às pessoas envolvidas na organização da viagem. Enquanto isso,  a  Comitiva Papal foi saudada por Peres e Netanyahu.
“Boa viagem! Eu rezo pelo senhor e o senhor reza por mim”, disse o primeiro-ministro de Israel durante o último aperto de mão dado a Francisco.
Com honras militares e marcha de despedida, o Papa deixou a Terra Santa finalizando uma agenda de três dias, com 28 compromissos oficiais.
Antes dos procedimentos finais para a partida, foi possível ver o Papa, pela janela, lendo o jornal vaticano L´Osservatore Romano e conversando com os membros da Comitiva.

Fonte: Canção Nova

Papa despede-se de Jerusalém com um abraço entre religiões

Papa despede-se de Jerusalém com um abraço entre religiões

Francisco cumpre hoje o último de três dias de visita à Terra Santa. Jornada ficou marcada por uma mensagem de união junto ao Muro das Lamentações, o lugar sagrado do judaísmo.

O Papa Francisco cumprimenta o grande mufti de Jerusalém, Muhammad Ahmad Hussein, durante a visita à mesquita de al-Aqsa
O Papa Francisco cumprimenta o grande mufti de Jerusalém, Muhammad Ahmad Hussein, durante a visita à mesquita de al-Aqsa / OLIVER WEIKEN/EPA
O Papa realiza esta segunda-feira o terceiro e último dia da sua visita à Terra Santa. A manhã começou com a ida do Sumo Pontífice à mesquita de al-Aqsa e ao Muro das Lamentações - o lugar mais sagrado da religião judaica.
"Que ninguém instrumentalize o nome de Deus para a violência", disse Francisco esta manhã perante o grande mufti de Jerusalém, Mohamad Ahmad Husein, antes de se dirigir ao Muro das Lamentações, onde rezou ao lado do seu amigo rabino argentino Abraham Skorka. Depois, permaneceu imóvel durante alguns instantes frente ao muro, e abraçou-o, tal como fez a outro amigo muçulmano que fez questão em ter ao seu lado, Omar Abboud.
Jorge Mario Bergoglio convidou para o acompanharem na sua viagem à Terra Santa dois amigos de diferentes religiões, um gesto que procurou passar uma mensagem clara de coexistência. Perante altos representantes do mundo árabe, o Papa Francisco pediu "a todas as pessoas e comunidades que se identificam com Abraão: respeitemo-nos e amemo-nos uns aos outros como irmãos e irmãs. Aprendamos a compreender a dor do outro. Que ninguém instrumentalize o nome de Deus para a violência. Trabalhemos juntos pela justiça e pela paz".
Um dia muito agitado
O último dia da visita do Papa à Terra Santa foi, sem dúvida, o mais agitado, escreve o site israelita Ynetnews. Após a visita ao Muro das Lamentações, ao Monte Herzel, ao museu do Holocausto Yad Vashem e ao memorial às vítimas israelitas de atentados terroristas, o Papa encontrou-se com Shimon Peres.
O sumo pontífice elogiu o Presidente israelita pelos seus esforços na resolução do conflito no Médio Oriente. "É um homem de paz e um construtor da paz. Tem por isso a minha admiração e o meu agradecimento", disse a Peres, que retribuiu com palavras de apoio à visita do Papa à região.
O prémio Nobel da Paz, Shimon Peres, acredita que estes três dias de visita vão contribuir para revitalizar o processo de paz com os palestinianos, "baseado em dois estados que vivem em paz, um estado judeu, Israel, e um estado árabe, Palestina".
Francisco pediu a ambas as partes em conflito que encontrem uma solução e disse esperar que "a dor das pessoas atingidas pelo conflito no Médio Oriente seja, em breve, apaziguada". O líder da Igreja Católica condenou "o antissemitismo em todas as formas possíveis", o vandalismo e "as manifestações de intolerância contra pessoas ou lugares de culto de judeus, cristãos e muçulmanos".
A movimentada agenda do Papa terminará fora dos limites da Cidade Velha de Jerusalém. Depois do encontro com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, Francisco reunir-se-á à porta fechada com Bartolomeu I, patriarca de Constantinopla, e participará num encontro com padres e seminaristas na Igreja de Gethsemane, no sopé do Monte das Oliveiras. Antes de deixar Israel, celebrará ainda uma missa na sala do Cenáculo, em Jerusalém.


Papa Francisco na Missa final da sua peregrinação à Terra Santa

No Cenáculo de Jerusalém nasceu a Igreja e daí "saiu": Papa Francisco na Missa final da sua peregrinação à Terra Santa




Naquele que constituía praticamente o último número do carregadíssimo programa deste terceiro e último dia da sua peregrinação à Terra Santa, Papa Francisco presidiu esta tarde à Missa no Cenáculo, local que evoca a Última Ceia de Jesus, e afirmou que ali “nasceu a Igreja”:

“Aqui nasceu a Igreja, e nasceu em saída. Daqui partiu, com o Pão repartido nas mãos, as chagas de Jesus nos olhos e o Espírito de amor no coração”, disse na homilia que pronunciou diante dos patriarcas orientais, bispos e outros responsáveis católicos da Terra Santa.
A viagem do Papa levou a Israel o patriarca dos maronitas (Líbano), cardeal Bechara Rai, o que aconteceu pela primeira vez desde 1948. A celebração não contou com a presença de outros fiéis, dada a exiguidade do espaço.

“O Senhor concede-nos um grande dom, ao reunir-nos aqui no Cenáculo, para celebrar a Eucaristia. Aqui, onde Jesus comeu a Última Ceia com os Apóstolos; onde, ressuscitado, apareceu no meio deles; onde o Espírito Santo desceu poderosamente sobre Maria e os discípulos”, declarou Francisco.

“O grande rio da santidade da Igreja, sempre sem cessar, tem origem daqui, do Coração de Cristo, da Eucaristia, do seu Santo Espírito”, acrescentou. O Cenáculo, realçou o Papa, recorda a todos os católicos o “serviço, “a partilha, a fraternidade, a harmonia, a paz”.

“Lavar os pés uns aos outros significa acolher-se, aceitar-se, amar-se, servir-se reciprocamente. Quer dizer servir o pobre, o doente, o marginalizado”, afirmou.

Este local evoca também, lembrou o Papa Francisco, a “traição” da Última Ceia: “Reproduzir na vida estas atitudes não sucede só aos outros, mas pode acontecer a cada um de nós, quando olhamos com desdém o irmão e o julgamos; quando, com os nossos pecados, atraiçoamos Jesus”.

Finalmente, disse, o Cenáculo recorda “o nascimento da nova família, a Igreja, constituída por Jesus ressuscitado”, para a qual “estão convidados e chamados todos os filhos de Deus de cada povo e língua”.

No final da celebração, o padre Pierbattista Pizzaballa, custódio da Terra Santa, dirigiu uma saudação ao Papa, agradecendo o seu testemunho de “paz e unidade”.

Francisco seguiu depois para um um heliporto, em Jerusalém, para regressar ao aeroporto de Telavive, de onde, após a cerimónia de despedida, toma o avião para Roma, aonde a chegada está prevista para as 23 horas locais.

Amados Irmãos!
Um grande dom nos concede o Senhor, ao reunir-nos aqui, no Cenáculo, para celebrar a Eucaristia. Aqui, onde Jesus comeu a Última Ceia com os Apóstolos; onde, ressuscitado, apareceu no meio deles; onde o Espírito Santo desceu poderosamente sobre Maria e os discípulos. Aqui nasceu a Igreja, e nasceu em saída. Daqui partiu, com o Pão repartido nas mãos, as chagas de Jesus nos olhos e o Espírito de amor no coração.
Jesus ressuscitado, enviado pelo Pai, no Cenáculo comunicou aos Apóstolos o seu próprio Espírito e, com esta força, enviou-os a renovar a face da terra (cf. Sal 104, 30).
Sair, partir, não quer dizer esquecer. A Igreja em saída guarda a memória daquilo que aconteceu aqui; o Espírito Paráclito recorda-lhe cada palavra, cada gesto, e revela o seu significado.
O Cenáculo recorda-nos o serviço, o lava-pés que Jesus realizou, como exemplo para os seus discípulos. Lavar os pés uns aos outros significa acolher-se, aceitar-se, amar-se, servir-se reciprocamente. Quer dizer servir o pobre, o doente, o marginalizado.
O Cenáculo recorda-nos, com a Eucaristia, o sacrifício. Em cada celebração eucarística, Jesus oferece-Se por nós ao Pai, para que também nós possamos unir-nos a Ele, oferecendo a Deus a nossa vida, o nosso trabalho, as nossas alegrias e as nossas penas..., oferecer tudo em sacrifício espiritual.
O Cenáculo recorda-nos a amizade. «Já não vos chamo servos – disse Jesus aos Doze – (…) mas a vós chamei-vos amigos» (Jo 15, 15). O Senhor faz de nós seus amigos, confia-nos a vontade do Pai e dá-Se-nos a Si mesmo. Esta é a experiência mais bela do cristão e, de modo particular, do sacerdote: tornar-se amigo do Senhor Jesus.
O Cenáculo recorda-nos a despedida do Mestre e a promessa de reencontrar-se com os seus amigos: «Quando Eu tiver ido (…), virei novamente e hei-de levar-vos para junto de Mim, a fim de que, onde Eu estou, vós estejais também» (Jo 14, 3). Jesus não nos deixa, nunca nos abandona, vai à nossa frente para a casa do Pai; e, para lá, nos quer levar consigo.
Mas, o Cenáculo recorda também a mesquinhez, a curiosidade – «quem é o traidor?» – a traição. E reproduzir na vida estas atitudes não sucede só nem sempre aos outros, mas pode suceder a cada um de nós, quando olhamos com desdém o irmão e o julgamos; quando, com os nossos pecados, atraiçoamos Jesus.
O Cenáculo recorda-nos a partilha, a fraternidade, a harmonia, a paz entre nós. Quanto amor, quanto bem jorrou do Cenáculo! Quanta caridade saiu daqui como um rio da sua fonte, que, ao princípio, é um ribeiro e depois se alarga e torna grande... Todos os santos beberam daqui; o grande rio da santidade da Igreja, sempre sem cessar, tem origem daqui, do Coração de Cristo, da Eucaristia, do seu Santo Espírito.
Finalmente, o Cenáculo recorda-nos o nascimento da nova família, a Igreja, constituída por Jesus ressuscitado. Família esta, que tem uma Mãe, a Virgem Maria. As famílias cristãs pertencem a esta grande família e, nela, encontram luz e força para caminhar e se renovar no meio das fadigas e provações da vida. Para esta grande família, estão convidados e chamados todos os filhos de Deus de cada povo e língua, todos irmãos e filhos do único Pai que está nos céus.
Este é o horizonte do Cenáculo: o horizonte do Ressuscitado e da Igreja.
Daqui parte a Igreja em saída, animada pelo sopro vital do Espírito. Reunida em oração com a Mãe de Jesus, ela sempre revive a espera de uma renovada efusão do Espírito Santo: Desça o vosso Espírito, Senhor, e renove a face da terra (cf. Sal 104, 30)!



Fonte: RV

Papa ao Presidente Peres:Jerusalém - Cidade de paz!

Jerusalém - Cidade de paz! Papa ao Presidente Peres, num encontro muito cordial




A manhã do Papa Francisco em Jerusalém concluiu-se com dois encontros políticos: a visita de cortesia ao Presidente do Estado de Israel, Shimon Peres (foto), e a audiência privada ao Primeiro-Ministro, Benjamin Netanyahu (segunda foto).

A paz esteve novamente no centro do discurso no primeiro encontro, pronunciado no jardim da Residência, onde aliás o Papa plantou uma oliveira, símbolo da paz, e foi acompanhado por coros de crianças de diferentes condições e religiões. O Papa reconheceu no Presidente de Israel a vocação de “artífice de paz”, assim como a da cidade de Jerusalém.

“Que Jerusalém seja verdadeiramente a Cidade da paz! Que resplandeçam plenamente a sua identidade e o seu carácter sagrado, o seu valor religioso e cultural universal, como tesouro para toda a humanidade! Como é belo quando os peregrinos e os residentes podem aceder livremente aos Lugares Santos e participar nas celebrações!”

A construção da paz, recordou o Papa, exige, antes de mais nada, o respeito pela liberdade e a dignidade de cada pessoa humana. “Renovo os meus votos de que se evitem, por parte de todos, iniciativas e ações que contradizem a declarada vontade de chegar a um verdadeiro acordo e de que não nos cansemos de buscar a paz com determinação e coerência.”
O Papa referiu o que impede a paz, como a violência e o terrorismo, a pretensão de impor o próprio ponto de vista em detrimento dos direitos alheios e o antissemitismo.E concluiu:
“Dirijo o meu pensamento a todos aqueles que sofrem as consequências das crises ainda abertas na região médio-oriental, para que o mais rápido possível sejam aliviadas as suas penas através de uma honrosa composição dos conflitos. Paz sobre Israel e em todo o Médio Oriente! Shalom!

Ao deixar o Palácio Presidencial, o Papa dirigiuse ao Centro Notre Dame de Jerusalém – um Instituto Pontifício administrado atualmente pelos Legionários de Cristo, onde recebeu em audiência o Primeiro-Ministro Netanyahu para um colóquio privado, almoçando depois aí, com a comitiva.

Papa no encontro com Grã-Rabinos

O atual relacionamento entre judeus e católicos - dom de Deus e fruto do empenho de muitos: Papa no encontro com Grã-Rabinos




Momento significativo, para as relações entre Judeus e Católicos, o encontro, no Centro do Grã-Rabinato de Israel, junto da Grande Sinagoga de Jerusalém, em que intervieram, antes do Papa, os dois Grandes Rabinos, das duas tradições judaicas – Azkenazi e Sefardita.
Na sua alocução, o Papa Francisco recordou a amizade, colaboração e partilha, mesmo no plano espiritual que, como arcebispo de Buenos Aires, teve com os judeus. “Este caminho de amizade – sublinhou o Papa – constitui um dos frutos do Concílio Vaticano II.
Na realidade, estou convencido de que o sucedido durante as últimas décadas nas relações entre judeus e católicos tenha sido um verdadeiro dom de Deus, uma das maravilhas por Ele realizadas, pela qual somos chamados a bendizer o seu Nome.
Em todo o caso este um dom de Deus “não poderia manifestar-se sem o empenho de muitíssimas pessoas corajosas e generosas, tanto judias como cristãs” – sublinhou o Papa, referindo a importância assumida pelo diálogo entre o Grã-Rabinato de Israel e a Comissão da Santa Sé para as Relações Religiosas com o Judaísmo. Não se trata apenas de estabelecer, num plano humano, relações de respeito mútuo:

Somos chamados, como somos chamados, como cristãos e como judeus, a interrogarmo-nos em profundidade sobre o significado espiritual do vínculo que nos une. É um vínculo que vem do Alto, ultrapassa a nossa vontade e permanece íntegro, não obstante todas as dificuldades de relacionamento vividas, infelizmente, na história.

“Do lado católico (assegurou o Papa), há seguramente a intenção de considerar plenamente o sentido das raízes judaicas da própria fé. Estou confiante, com a vossa ajuda, que também do lado judaico se mantenha e, se possível, aumente o interesse pelo conhecimento do cristianismo, mesmo nesta terra bendita onde o cristianismo reconhece as suas origens e, especialmente, entre as jovens gerações.”

Juntos, poderemos dar uma grande contribuição para a causa da paz; juntos, poderemos, num mundo em rápida mudança, testemunhar o significado perene do plano divino da criação; juntos, poderemos opor-nos, firmemente, a todas as formas de anti-semitismo e restantes formas de discriminação.


Papa: “Não nos cansemos de buscar a paz”

“Não nos cansemos de buscar a paz”, diz Papa a Shimon Peres




  Jerusalém (RV) – A manhã do Papa Francisco em Jerusalém se concluiu com dois encontros políticos: a visita de cortesia ao Presidente do Estado de Israel, Shimon Peres, e a audiência privada ao Primeiro-Ministro, Benjamin Netanyahu.

A paz esteve novamente no centro do discurso de Francisco a Peres, que reconheceu no Presidente de Israel sua vocação de “artífice de paz”, assim como a da cidade de Jerusalém.

“Que Jerusalém seja verdadeiramente a Cidade da paz! Que resplandeçam plenamente a sua identidade e o seu carácter sagrado, o seu valor religioso e cultural universal, como tesouro para toda a humanidade! Como é belo quando os peregrinos e os residentes podem aceder livremente aos Lugares Santos e participar nas celebrações!”

A construção da paz, disse ainda o Papa, exige, antes de mais nada, o respeito pela liberdade e a dignidade de cada pessoa humana. “Renovo os meus votos de que se evitem, por parte de todos, iniciativas e ações que contradizem a declarada vontade de chegar a um verdadeiro acordo e de que não nos cansemos de buscar a paz com determinação e coerência.”

Francisco falou contra o que impede esta paz, como a violência e ao terrorismo, a pretensão de impor o próprio ponto de vista em detrimento dos direitos alheios e o antissemitismo.

E concluiu: “Dirijo o meu pensamento a todos aqueles que sofrem as consequências das crises ainda abertas na região médio-oriental, para que o mais rápido possível sejam aliviadas as suas penas através de uma honrosa composição dos conflitos. Paz sobre Israel e em todo o Médio Oriente! Shalom!”

Ao deixar o Palácio Presidencial, o Papa se dirigiu ao Centro Notre Dame de Jerusalém – um Instituto Pontifício administrado atualmente pelos Legionários de Cristo. Neste Centro, o Pontífice recebeu em audiência o Primeiro-Ministro Netanyahu para um colóquio privado e, na sequência, almoçou com sua comitiva.

Fonte: Rádio Vaticano

Papa Francisco no Memorial do Holocausto

No Memorial do Holocausto, Papa Francisco evoca a tragédia do homem desfigurado que pretende ser deus. Senhor, misericórdia!




Especialmente intenso e comovente foi a visita feita ao Memorial de Yad Vashem, em que se recordam todas as vítimas do Holocausto dos Judeus. Acompanhado pelo Presidente Shimon Peres e pelo Primeiro ministro Netanyau, o Santo Padre participou numa cerimónia invocativa da tragédia que constituiu o extermínio do milhões de judeus na II Grande Guerra, incluindo algumas leituras, cantos religiosos e orações.
Nas sentidas palavras que pronunciou, o Papa partiu da pergunta que o Senhor dirige a Adão, no livro do Génesis: “Onde estás?”.

Onde estás, ó homem, onde foste parar? Neste memorial do Holocausto, ouvimos ressoar esta pergunta, onde está toda a dor do Pai que perdeu o filho. Este grito – onde estás? – ressoa aqui perante a tragédia incomensurável do Holocausto, como uma voz que se perde num abismo!
Homem, quem és? Não te reconheço? Em quem te tornaste? De que horrores foste capaz? … Quem te contagiou a presunção de te apoderares do bem e do mal? Quem te convenceu que eras deus? …
Da terra levanta-se um gemido submisso: Tende piedade de nós, Senhor! … Escutai a nossa oração! Salvai-nos pela vossa misericórdia! Salvai-nos desta monstruosidade! … Nunca mais, nunca mais!
Adão, onde estás? Eis-nos aqui, Senhor, com a vergonha daquilo que o homem, criado à vossa imagem e semelhança, foi capaz de fazer. Lembrai-Vos de nós, na vossa misericórdia?


Fonte: RV





domingo, 25 de maio de 2014

Papa reza no Muro das Lamentações

Papa reza no Muro das Lamentações, deixa bilhete com Pai-nosso e abraça rabino e professor muçulmano que o acompanham




O Papa rezou em silêncio pela paz diante do Muro das Lamentações, o lugar mais sagrado do Judaísmo, e depositou no local um bilhete escrito, com a oração do Pai-nosso.
Recebido pelo rabino chefe Samuel Rabinovitch, que preside à Fundação que gere este lugar santo judaico, ouviu uma explicação histórica, em inglês, sobre a história do Templo de Jerusalém. O rabino recitou depois um salmo dedicado à cidade santa de Jerusalém, recitado também na liturgia católica.
O Papa aproximou-se depois do Muro e rezou em silêncio durante alguns minutos, retirando o bilhete do envelope para recitar a oração.
O momento concluiu-se com um abraço entre Francisco, o rabino Abraham Skorka, de Buenos Aires, e o professor muçulmano, Omar Ahmed Abboud, secretário-geral do Instituto de Diálogo Inter-religioso da República da Argentina, que integram a comitiva pontifícia.
O pontífice argentino assinou o livro de honra, deixando uma mensagem na qual manifestou sentimentos de "alegria e gratidão" por ter podido rezar pela "graça da paz".
Deixando o Muro das Lamentações, o Papa seguiu para o Monte Herzl, cemitério nacional de Israel, para depor uma coroa de flores no túmulo de Théodore Herzl, fundador e o símbolo do sionismo moderno, segundo as exigências do protocolo israelita, um gesto no qual foi ajudado por duas crianças católicas, nascidas em Israel, que falam hebraico. Presentes o presidente e o primeiro-ministro, Shimon Peres e Benjamin Netanyahu.
Francisco encontra-se agora no mausoléu do Yad Vashem de Jerusalém, em memória das vítimas do Holocausto, visitando em seguida os dois grãos-rabinos de Israel, no centro Heichal Shlomo.


 
Fonte: RV

Papa Francisco e Patriarca Bartolomeu assinam Declaração

Papa Francisco e Patriarca Bartolomeu assinam Declaração comum




Jerusalém (RV) - Ponto alto da viagem do Santo Padre à Terra Santa, realizou-se no final da tarde deste domingo o tão aguardado encontro do Papa Francisco com o Patriarca ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I. O encontro teve lugar na Delegação Apostólica de Jerusalém, onde, 50 anos atrás, se verificou o histórico abraço entre Paulo VI e Atenágoras.

Marcado de grande comoção e carregado de grande significado ecumênico, o encontro deu-se de forma privada, na presença do cardeal secretário de estado, Pietro Parolin, e do presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch.

O Pontífice e o Patriarca assinaram uma Declaração comum, cujo texto propomos a seguir, na íntegra:

1. Como os nossos venerados predecessores Papa Paulo VI e Patriarca Ecuménico Atenágoras, que se encontraram aqui em Jerusalém há cinquenta anos, também nós – Papa Francisco e Patriarca Ecuménico Bartolomeu – decidimos encontrar-nos na Terra Santa, «onde o nosso Redentor comum, Cristo nosso Senhor, viveu, ensinou, morreu, ressuscitou e subiu aos céus, donde enviou o Espírito Santo sobre a Igreja nascente» (Comunicado comum de Papa Paulo VI e Patriarca Atenágoras, publicado depois do seu encontro de 6 de Janeiro de 1964). O nosso encontro – um novo encontro dos Bispos das Igrejas de Roma e Constantinopla fundadas respectivamente por dois Irmãos, os Apóstolos Pedro e André – é fonte de profunda alegria espiritual para nós. O mesmo proporciona uma ocasião providencial para reflectir sobre a profundidade e a autenticidade dos vínculos existentes entre nós, vínculos esses fruto de um caminho cheio de graça pelo qual o Senhor nos guiou desde aquele abençoado dia de cinquenta anos atrás.

2. O nosso encontro fraterno de hoje é um passo novo e necessário no caminho para a unidade, à qual só o Espírito Santo nos pode levar: a unidade da comunhão na legítima diversidade. Com profunda gratidão, relembramos os passos que o Senhor já nos permitiu realizar. O abraço trocado entre o Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras aqui em Jerusalém, depois de muitos séculos de silêncio, abriu a estrada para um gesto epocal: a remoção da memória e do meio da Igreja dos actos de recíproca excomunhão de 1054. Isso foi seguido por uma troca de visitas entre as respectivas Sés de Roma e de Constantinopla, por uma correspondência regular e, mais tarde, pela decisão anunciada pelo Papa João Paulo II e o Patriarca Dimitrios, ambos de abençoada memória, de se iniciar um diálogo teológico na verdade entre católicos e ortodoxos. Ao longo destes anos, Deus, fonte de toda a paz e amor, ensinou-nos a olhar uns para os outros como membros da mesma família cristã, sob o mesmo Senhor e Salvador Jesus Cristo, e a amar-nos de tal modo uns aos outros que podemos confessar a nossa fé no mesmo Evangelho de Cristo, tal como foi recebida pelos Apóstolos e nos foi expressa e transmitida a nós pelos Concílios Ecuménicos e pelos Padres da Igreja. Embora plenamente conscientes de ainda não ter atingido a meta da plena comunhão, hoje reafirmamos o nosso compromisso de continuar a caminhar juntos rumo à unidade pela qual Cristo nosso Senhor rezou ao Pai pedindo que «todos sejam um só» (Jo 17, 21).

3. Bem cientes de que a unidade se manifesta no amor de Deus e no amor do próximo, olhamos com ansiedade para o dia em que poderemos finalmente participar juntos no banquete eucarístico. Como cristãos, somos chamados a preparar-nos para receber este dom da comunhão eucarística, segundo o ensinamento de Santo Ireneu de Lião (Contra as Heresias, IV, 18, 5: PG 7, 1028), através da confissão de uma só fé, a oração perseverante, a conversão interior, a renovação da vida e o diálogo fraterno. Ao alcançar esta meta esperada, manifestaremos ao mundo o amor de Deus, pelo qual somos reconhecidos como verdadeiros discípulos de Jesus Cristo (cf. Jo 13, 35).

4. Para tal objectivo, o diálogo teológico realizado pela Comissão Mista Internacional oferece uma contribuição fundamental na busca da plena comunhão entre católicos e ortodoxos. Ao longo dos sucessivos tempos vividos sob os Papas João Paulo II e Bento XVI e o Patriarca Dimitrios, foi substancial o progresso dos nossos encontros teológicos. Hoje exprimimos vivo apreço pelos resultados obtidos até agora, bem como pelos esforços actuais. Não se trata de mero exercício teórico, mas de uma exercitação na verdade e no amor, que exige um conhecimento ainda mais profundo das tradições de cada um para as compreender e aprender com elas. Assim, afirmamos mais uma vez que o diálogo teológico não procura o mínimo denominador comum teológico sobre o qual se possa chegar a um compromisso, mas busca aprofundar o próprio conhecimento da verdade total que Cristo deu à sua Igreja, uma verdade cuja compreensão nunca cessará de crescer se seguirmos as inspirações do Espírito Santo. Por isso, afirmamos conjuntamente que a nossa fidelidade ao Senhor exige um encontro fraterno e um verdadeiro diálogo. Tal busca comum não nos leva para longe da verdade; antes, através de um intercâmbio de dons e sob a guia do Espírito Santo, levar-nos-á para a verdade total (cf. Jo 16, 13).

5. Todavia, apesar de estarmos ainda a caminho para a plena comunhão, já temos o dever de oferecer um testemunho comum do amor de Deus por todas as pessoas, trabalhando em conjunto ao serviço da humanidade, especialmente na defesa da dignidade da pessoa humana em todas as fases da vida e da santidade da família assente no matrimónio, na promoção da paz e do bem comum e dando resposta ao sofrimento que continua a afligir o nosso mundo. Reconhecemos que a fome, a pobreza, o analfabetismo, a distribuição desigual de recursos devem ser constantemente enfrentados. É nosso dever procurar construir juntos uma sociedade justa e humana, onde ninguém se sinta excluído ou marginalizado.

6. É nossa profunda convicção que o futuro da família humana depende também do modo como protegermos – de forma simultaneamente prudente e compassiva, com justiça e equidade – o dom da criação que o nosso Criador nos confiou. Por isso, arrependidos, reconhecemos os injustos maus-tratos ao nosso planeta, o que aos olhos de Deus equivale a um pecado. Reafirmamos a nossa responsabilidade e obrigação de fomentar um sentimento de humildade e moderação, para que todos possam sentir a necessidade de respeitar a criação e protegê-la cuidadosamente. Juntos, prometemos empenhar-nos na sensibilização sobre a salvaguarda da criação; apelamos a todas as pessoas de boa vontade para tomarem em consideração formas de viver menos dispendiosas e mais frugais, manifestando menos ganância e mais generosidade na protecção do mundo de Deus e para benefício do seu povo.

7. Há também urgente necessidade de uma cooperação efectiva e empenhada dos cristãos para salvaguardar, por todo o lado, o direito de exprimir publicamente a própria fé e de ser tratados equitativamente quando promovem aquilo que o cristianismo continua a oferecer à sociedade e à cultura contemporânea. A este propósito, convidamos todos os cristãos a promoverem um diálogo autêntico com o judaísmo, o islamismo e outras tradições religiosas. A indiferença e a ignorância mútua só podem levar à desconfiança e mesmo, infelizmente, ao conflito.

8. Desta cidade santa de Jerusalém, exprimimos a nossa comum e profunda preocupação pela situação dos cristãos no Médio Oriente e o seu direito de permanecerem plenamente cidadãos dos seus países de origem. Confiadamente voltamo-nos para Deus omnipotente e misericordioso, elevando uma oração pela paz na Terra Santa e no Médio Oriente em geral. Rezamos especialmente pelas Igrejas no Egipto, Síria e Iraque, que têm sofrido mais pesadamente por causa dos eventos recentes. Encorajamos todas as Partes, independentemente das próprias convicções religiosas, a continuarem a trabalhar pela reconciliação e o justo reconhecimento dos direitos dos povos. Estamos convencidos de que não são as armas, mas o diálogo, o perdão e a reconciliação, os únicos meios possíveis para alcançar a paz.

9. Num contexto histórico marcado pela violência, a indiferença e o egoísmo, muitos homens e mulheres de hoje sentem que perderam as suas referências. É precisamente através do nosso testemunho comum à boa notícia do Evangelho que seremos capazes de ajudar as pessoas do nosso tempo a redescobrirem o caminho que conduz à verdade, à justiça e à paz. Unidos nos nossos intentos e recordando o exemplo dado há cinquenta anos aqui em Jerusalém pelo Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras, apelamos a todos os cristãos, juntamente com os crentes das diferentes tradições religiosas e todas as pessoas de boa vontade, que reconheçam a urgência deste tempo que nos obriga a buscar a reconciliação e a unidade da família humana, no pleno respeito das legítimas diferenças, para bem de toda a humanidade actual e das gerações futuras.

10. Ao empreendermos esta peregrinação comum até ao lugar onde o nosso e único Senhor Jesus Cristo foi crucificado, sepultado e ressuscitou, humildemente confiamos à intercessão da Santíssima e Sempre Virgem Maria os nossos futuros passos no caminho rumo à plenitude da unidade e entregamos ao amor infinito de Deus toda a família humana.

«O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te favoreça! O Senhor volte para ti a sua face e te dê a paz!» (Nm 6, 25-26).

Jerusalém, 25 de Maio de 2014.

Fonte: Rádio Vaticano

Encontro e abraço entre o Papa Francisco e o Patriarca Bartolomeu

Encontro e abraço entre o Papa Francisco e o Patriarca Bartolomeu




Jerusalém (RV) – O último encontro e o mais importante deste segundo dia da Viagem Apostólica do Papa Francisco à Terra Santa foi a Celebração Ecumênica, no Santo Sepulcro, em Jerusalém.

Participaram da celebração, entre outros, os Ordinários Católicos da Terra Santa, os Arcebispos copta, siríaco, etiópico e os Bispos anglicano e luterano. O Papa Francisco e o Patriarca Bartolomeu foram acolhidos pelos três Superiores das Comunidades Greco-ortodoxa, Franciscana e Armênia Apostólica.

A seguir, o Santo Padre e o Patriarca Ecumênico veneraram a “Pedra da Unção”. Após o discurso do Patriarca Bartolomeu, o Papa Francisco tomou a palavra, dizendo inicialmente:

Nesta Basílica, para a qual todo o cristão olha com profunda veneração, chega ao seu ápice a peregrinação que estou realizando, juntamente com o meu amado irmão em Cristo, Sua Santidade Bartolomeu. Nós a realizamos seguindo os passos dos nossos venerados predecessores, o Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras, que, com coragem e docilidade ao Espírito Santo, permitiram, há 50 anos, na Cidade Santa de Jerusalém, o histórico encontro entre o Bispo de Roma e o Patriarca de Constantinopla”.

Após ter saudado os presentes, o Papa disse “ser uma graça extraordinária estar reunido com eles em oração. O Túmulo vazio é o lugar de onde partiu o anúncio da Ressurreição: “Não tenhais medo! O crucificado não está aqui, mas ressuscitou dos mortos”. Este anúncio, testemunhado por aqueles a quem o Ressuscitado apareceu, é o coração da mensagem cristã, transmitida fielmente de geração em geração, desde o início. Eis o fundamento da nossa fé, que nos unge, disse o Bispo de Roma, graças à qual professamos conjuntamente Jesus Cristo, Filho unigênito do Pai e nosso único Senhor.

Acolhamos a graça especial deste momento, exortou o Papa. Detenhamo-nos em devoto recolhimento junto do sepulcro vazio, para redescobrir a grandeza da nossa vocação cristã: somos homens e mulheres de ressurreição, não de morte. Aprendamos, a partir deste lugar, a viver a nossa vida, as angústias das nossas Igrejas e do mundo inteiro, à luz da manhã pascal. O Bom Pastor carregou sobre si toda ferida, todo sofrimento, toda tribulação.

As suas chagas abertas são sinais da sua misericórdia. Por isso, não nos deixemos roubar o fundamento da nossa esperança! Não privemos o mundo do feliz anúncio da Ressurreição! E não sejamos surdos ao forte apelo à unidade que ressoa, precisamente deste lugar, pelas palavras do Ressuscitado que nos chama a todos como «os meus irmãos». E o Pontífice ponderou:

Claro, não podemos negar as divisões ainda existentes entre nós, discípulos de Jesus: este lugar sagrado nos faz sentir este drama com maior sofrimento. No entanto, à distância de 50 anos do abraço daqueles dois veneráveis Padres, reconhecemos, com gratidão e renovada admiração, que foi possível, por impulso do Espírito Santo, realizar passos verdadeiramente importantes rumo à unidade. Porém, estamos cientes de que ainda devemos percorrer muita estrada até alcançar a plenitude da Comunhão, expressa na partilha da mesma mesa Eucarística, que ardentemente desejamos”.

Porém, afirmou o Papa, as divergências não devem nos assustar e paralisar o nosso caminho. Devemos acreditar que, como a pedra do sepulcro foi removida, assim também poderão ser removidos os obstáculos que ainda impedem a nossa plena Comunhão. Esta será uma graça de ressurreição, que, desde já, podemos experimentar. Todas as vezes que temos a coragem de dar e receber o perdão, uns aos outros, fazemos experiência da ressurreição! Todas as vezes que superamos os antigos preconceitos e promovemos novas relações fraternas, recordou o Bispo de Roma, confessamos que Cristo ressuscitou verdadeiramente! Todas as vezes que desejamos a unidade da Igreja, brilha a luz da manhã da Páscoa! E o Papa exortou:

Desejo renovar o desejo, expresso pelos meus Predecessores, de manter diálogo com todos os irmãos em Cristo, para encontrar uma forma de exercer o ministério próprio do Bispo de Roma, que, em conformidade com a sua missão, possa se abrir a uma nova situação e ser, no contexto atual, um serviço de amor e de comunhão reconhecido por todos”.

Enquanto, como peregrinos, fazemos uma pausa nestes Lugares Santos, disse ainda o Santo Padre, o nosso pensamento espiritual se dirige a toda a região do Oriente Médio, tantas vezes marcada por violências e conflitos. Não devemos esquecer, em nossas orações, os tantos homens e mulheres que sofrem, em várias partes do mundo, por causa da guerra, da pobreza, da fome; bem como os numerosos cristãos, perseguidos por causa da sua fé no Senhor Ressuscitado.

Quando cristãos de diferentes confissões, acrescentou o Pontífice, sofrem juntos, um ao lado do outro, prestando ajuda mútua com caridade fraterna. Isto é uma obra concreta do ecumenismo do sofrimento, do ecumenismo de sangue.

O Papa Francisco concluiu seu pronunciamento, admoestando o amado irmão Patriarca Ecumênico e todos os queridos irmãos, a colocar de lado as hesitações que herdamos do passado e abrir o nosso coração à ação do Espírito Santo, Espírito de Amor e de Verdade, para juntos caminhar rumo ao dia abençoado da tão desejada plena Comunhão. (MT)

Fonte:Rádio Vaticano

Encontro do Papa com as Autoridades palestinas

Encontro do Papa com as Autoridades palestinas: premente encorajamento à paz




Belém (RV) – O primeiro encontro do Papa, na manhã deste domingo, segundo dia da sua Viagem Apostólica à Terra Santa, foi com as Autoridades Palestinas.

Com efeito, às 7.30, hora local, o Santo Padre deixou a Nunciatura de Amã e se dirigiu ao aeroporto internacional da cidade, onde se despediu das autoridades civis e religiosas da Jordânia, entre as quais o Rei Abdallah II Bin Al Hussein, da dinastia Hashemita.

Após a breve cerimônia de despedida, o Bispo de Roma se transferiu, em helicóptero, à cidade de Belém, que dista 75 km. da capital jordaniana, Amã. Na cidade natal de Jesus, o Papa Francisco foi recebido, entre outros, por Dom Giuseppe Lazzarotto, Núncio em Israel e Delegado Apostólico em Jerusalém; o Patriarca de Jerusalém dos Latinos e Presidente da Assembléia dos Ordinários Católicos na Terra Santa, Sua Beatitude Fouad Twal, e o Custódio da Terra Santa, Padre Pierbattista Pizzaballa.

Depois de quase uma hora de viagem em helicóptero, o Santo Padre se transferiu, de carro, ao Palácio Presidencial de Belém, para a cerimônia de boas vindas. Estavam presentes representantes das comunidades palestinas, provenientes da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, que entregaram ao Papa algumas mensagens. Após a visita de cortesia ao Presidente do Estado da Palestina, Mahmoud Abbas Abbas, o Papa manteve um encontro com as Autoridades Palestinas e o Corpo Diplomático.

No discurso que pronunciou aos presentes, o Pontífice dirigiu suas cordiais saudações cordiais aos representantes do Governo e a todo o povo palestino, expressando a sua gratidão a Deus por estar, hoje, naquele lugar sagrado, onde nasceu Jesus, o Príncipe da Paz.

A seguir, o Papa recordou que, há decênios, o Oriente Médio vive as consequências dramáticas de um conflito que causou tantas feridas, difíceis de se cicatrizar; ressaltou o clima de violência e de incerteza da situação, e a falta de entendimento entre as partes, que produzem insegurança, negação de direitos, isolamento e fuga de inteiras comunidades, divisões, carências e sofrimentos de todo o tipo. E o Papa fez seu apelo:

Ao manifestar a minha solidariedade aos sofrem, sobretudo por causa deste conflito, queria, do fundo do meu coração, dizer que chegou a hora de pôr um ponto final nesta situação, que se torna cada vez mais insustentável, para o bem de todos. Reforcem os esforços e as iniciativas para criar as devidas condições de uma paz estável, com base na justiça, no reconhecimento dos direitos de cada um e na segurança mútua. Chegou a hora de se demonstrar coragem, generosidade e criatividade, em prol do bem comum; a coragem de se construir a paz, alicerçada no reconhecimento, por parte de todos, do direito da coexistência de dois Estados, que gozem da paz e da segurança, entre os confins internacionalmente reconhecidos”.

Para que isto seja possível, continuou o Bispo de Roma, espero, vivamente, que sejam evitadas, por parte de todos, iniciativas e ações, que possam contradizer a clara vontade de se chegar a um verdadeiro acordo; jamais se cansem de buscar a paz, com determinação e coerência. A paz pode produzir inúmeros benefícios aos povos desta região e ao mundo inteiro. Mas, é preciso caminhar, com decisão, rumo a esta paz, custe o que custar. E o Papa exortou:

“Faço votos de que os povos, palestino e israelense, e as respectivas Autoridades emboquem esta estrada feliz rumo à paz, com aquela coragem e determinação necessárias. A paz na segurança e a confiança mútua se tornarão o ponto de referência estável para encarar e resolver outros problemas. Assim, ela poderá ser uma oportunidade de desenvolvimento equilibrado e modelo para outras áreas em crise”.

Neste sentido, o Santo Padre referiu-se, aqui, de modo particular, à comunidade cristã, que diligentemente presta uma significativa contribuição para o bem comum da sociedade, participando das alegrias e dos sofrimentos do povo. Os cristãos querem continuar a desempenhar seu papel, com pleno direito de cidadãos, junto com os demais, considerados irmãos.

Enfim, dirigindo-se ao Presidente do Estado da Palestina, Mahmoud Abbas, o Papa Francisco afirmou que “ele é conhecido como homem de paz e artesão da paz. O recente encontro no Vaticano e, hoje, a presença papal, em território palestino, atestam as boas relações existentes entre a Santa Sé e o Estado da Palestina. Por isso, o Santo Padre espera que tais relações bilaterais possam se incrementar ainda mais, para o bem de todos.

A este propósito, o Bispo de Roma expressou seu apreço pelos esforços feitos para a elaboração de um Acordo entre as Partes, concernente aos diversos aspectos da vida da comunidade católica no país, com especial atenção à liberdade religiosa. O respeito deste direito humano fundamental, frisou o Pontífice, é uma das condições indispensáveis para a paz, a fraternidade e a harmonia, e demonstra ao mundo que é possível se chegar a um acordo entre culturas e religiões diferentes.

O Papa Francisco concluiu seu encontro com as Autoridades Palestinas pedindo a intercessão divina para abençoar, proteger e conceder a sabedoria e a força necessárias para dar continuação ao corajoso caminho rumo à paz, de modo que as armas se transformem em arados e esta Terra Santa volte à prosperidade e à concórdia. Salam!”.

Depois do encontro com as Autoridades Palestinas, o Papa deixou o Palácio Presidencial de Belém e se deslocou, em papamóvel, para a Praça da Manjedoura, também conhecida como “Praça do Berço”, onde era aguardado por uma grande multidão alegre e festiva de fiéis e pela Prefeita católica da cidade, Vera Baboun. Ali, o Pontífice presidiu à Santa Missa. (MT)

Fonte: Rádio Vaticano

Missa na Praça da Manjedoura

Missa na Praça da Manjedoura: apelo em defesa das crianças




Belém (RV) – O momento alto das atividades do Papa, na manhã deste domingo, segundo dia da sua Viagem Apostólica à Terra Santa, foia celebração Eucarísitca na Praça da Manjedoura.

De fato, depois do encontro com as Autoridades Palestinas, no Palácio Presidencial de Belém, o Santo Padre se deslocou, em papamóvel, para a Praça da Manjedoura, também conhecida como “Praça do Berço”, onde era aguardado por uma grande multidão de fiéis e pela Prefeita católica da cidade, Vera Baboun.

No caminho rumo a Belém, saindo do protocolo, o Papa desceu do papamóvel e se aproximou do muro, que divide Belém de Israel, onde encostou a cabeça e se deteve, por alguns minutos, em oração.

Ao chegar à Praça da Manjedoura, entre aplausos e gritos de “viva o Papa”, o Pontífice presidiu à celebração Eucarística, da qual participou, entre as muitas autoridades civis e religiosas, o Presidente palestino, Mahmoud Abbas.

Em sua homilia, o Santo Padre partiu da citação evangélica: “Isto vos servirá de sinal: encontrareis um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura”. Comentando este versículo de Lucas (2,12), o Papa Francisco exclamou:

Que grande graça celebrar a Eucaristia neste lugar, onde Jesus nasceu! Agradeço a Deus e a vocês, que me acolhem nesta minha peregrinação; agradeço ao Presidente Mahmoud Abbas e demais autoridades, ao Patriarca Fouad Twal, os outros Bispos e Ordinários da Terra Santa, os sacerdotes, as pessoas consagradas e aos que trabalham para manter vivas a fé, a esperança e a caridade nestes territórios; agradeço ainda as delegações de fiéis, vindas de Gaza e da Galileia, e os imigrantes da Ásia e da África. Obrigado a todos pela presença!

Após a sua saudação, o Bispo de Roma fez uma reflexão sobre o Menino Jesus, nascido em Belém, sinal enviado por Deus para quem esperava a salvação; ele permanece sempre o sinal da ternura de Deus e da sua presença no mundo. E o Papa continuou:

Também hoje as crianças são um sinal: sinal de esperança, sinal de vida, mas, sobretudo, sinal de ‘diagnóstico’ para se compreender o estado de saúde de uma família, de uma sociedade, do mundo inteiro. Quando as crianças são acolhidas, amadas, protegidas, tuteladas, a família é sadia, a sociedade melhora, o mundo é mais humano”.

Também para nós, homens e mulheres do século XXI, explicou o Pontífice, isto representa um sinal para procurar o Menino. O Menino de Belém é frágil, como todos os recém-nascidos. Ele não sabe falar! No entanto, é a Palavra que se fez carne e veio mudar o coração e a vida dos homens. Aquele Menino, como qualquer criança, é frágil e, como tal, precisa ser ajudado e protegido. Sobretudo, hoje, as crianças devem ser acolhidas e defendidas, desde o ventre materno.

Infelizmente, neste nosso mundo, que desenvolveu tecnologias tão sofisticadas, recordou o Papa, há tantas crianças que vivem em condições desumanas, à margem da sociedade, nas periferias das grandes cidades ou nas zonas rurais; crianças exploradas, maltratadas, escravizadas, vítimas de violência e de tráficos ilícitos; crianças exiladas, refugiadas e, por vezes, anegadas nos mares, sobretudo no Mediterrâneo. Tudo isso deve causar-nos vergonha diante Menino-Deus.

Aqui, o Papa perguntou: “Quem somos nós diante do Menino Jesus? Quem somos nós diante das crianças de hoje? Somos como Maria e José, que acolheram Jesus e cuidaram dele, com amor maternal e paternal? Ou somos como Herodes, que o quis eliminar? Somos como os pastores, que vieram adorá-lo e trazer-lhe presentes? Ou ficamos indiferentes, limitando-nos a ser pessoas que exploram as crianças pobres para fins de lucro? Somos capazes de permanecer com elas, ouvi-las, defendê-las e rezar por elas e com elas?

Hoje, disse ainda o Santo Padre, tantas crianças choram, por fome e frio, por doença e falta de remédios e de carinho. Neste mundo, onde se proclama a tutela dos menores, as armas acabam nas mãos de crianças-soldado; os menores se tornam trabalhadores e escravos. Quantas Raquéis, hoje, também choram por seus filhos. Será que este pranto não nos interpela?

O Papa Francisco concluiu sua homilia exortando os fiéis a meditarem sobre esta frase evangélica: “Isto vos servirá de sinal”. Desta profunda reflexão, pode brotar um novo estilo de vida, onde as relações deixam de ser conflito, opressão ou consumismo, para se tornarem relações de fraternidade, de perdão, de reconciliação, de partilha e de amor. (MT)


Fonte: Rádio Vaticano

Papa Francisco no Estado da Palestina: quebra de protocolo e convite inédito

Papa Francisco no Estado da Palestina: quebra de protocolo e convite inédito




Belém (RV) - Na manhã deste domingo, logo após aterrissar no Estado da Palestina, Papa Francisco fez uma parada fora de programa e rezou diante do Muro da Separação entre Israel e Palestina. À frente das escritas “Palestina Livre” e “Precisamos de alguém que fale sobre justiça”, Papa Francisco observou a altura do Muro da Separação e, logo após, tocou-o e encostou a cabeça recolhendo-se em oração.

Israel começou a construir o Muro da Separação em 2002, chamando-o de Muro de Segurança e com o objetivo de impedir a entrada de terroristas no Estado de Israel. Na fronteira entre Jerusalém e Belém, justamente onde Papa Francisco passou, o muro chega a ter oito metros de altura. Os palestinos que têm permissão para cruzar a fronteira precisam, todos os dias, passar pelo “Check Point” – o mesmo acontece com turistas que atravessam a fronteira para visitar a Basílica da Natividade, em Belém.

Uma imagem histórica que, por enquanto, torna-se o símbolo da passagem de Francisco pela Terra Santa. Todavia, Papa Francisco surpreendeu, mais uma vez, ao anunciar no final da celebração eucarística na Praça da Manjedoura, um convite para que os presidentes da Palestina e Israel, Mahmoud Abbas e Shimon Peres, respectivamente, encontrem-se com o pontífice no Vaticano para um “momento de profunda oração pela paz”.

Durante seu discurso na tarde deste domingo, já em Tel Aviv, Papa Francisco reiterou - desta vez na presença de Shimom Peres - o convite feito na manhã de domingo.

Fonte: Rádio Vaticano