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NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

Esteja ao lado de Nossa Senhora de Fátima como nunca pode imaginar.

Visite a Capela das Aparições, ON LINE.
Participe das orações, do terço e das missas diárias.

Clique na imagem de Nossa Senhora e estará em frente à Capelinha do Santuário de Fátima.

CAPELA DE NOSSA SENHORA DA MEDALHA MILAGROSA

Uma Capela cheia de segredos !Você quer descobri-la conosco? Saiba, antes de tudo, que a Casa Mãe da Companhia das Filhas da Caridade era o antigo "Hotel de Châtillon". Este, foi concedido à Companhia, em 1813, por Napoleão Bonaparte, depois da tormenta da Revolução Francesa. Imediatamente, começa a construção da Capela.A 8 de agosto de 1813, realizou-se a bênção solene da Capela dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Em 1830, aconteceram então as aparições. Aumentou o numero de vocações.Foi necessário transformar a Capela, que passa então por várias modificações. Em 1930, por ocasião do centenário das apariçes, uma nova reforma nos mostra a Capela tal como a vemos hoje.Agora, a você a oportunidade de visitá-la!
http://www.chapellenotredamedelamedaillemiraculeuse.com

Visita a Capela da Medalha Milagrosa, localizada na Rue du Bac, 140 - Paris

Visita a Capela da Medalha Milagrosa, localizada na Rue du Bac, 140 - Paris
Clique sobre a foto para a visita guiada em 15 etapas

segunda-feira, 28 de junho de 2010

BUSCAR PLENA UNIDADE ENTRE CRISTÃOS

PAPA NA BASÍLICA DE SÃO PAULO: BUSCAR PLENA UNIDADE ENTRE CRISTÃOS

Cidade do Vaticano, 28 jun (RV)

- Bento XVI presidiu esta tarde, na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, a celebração das vésperas da Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo.O Santo Padre acolheu com alegria e reconhecimento a delegação do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, enviada pelo Patriarca Bartolomeu I, e guiada pelo Metropolita Ortodoxo de Sassina, Gennadios.Em sua homilia, o Papa enfatizou a vocação missionária da Igreja, citando como exemplo o Apóstolo dos Gentios. Bento XVI recordou o compromisso missionário da Igreja com Paulo VI, no Concílio Vaticano II, sobre a evangelização do mundo contemporâneo."O empenho de anunciar o Evangelho aos homens de nosso tempo, animados pela esperança e muitas vezes atribulados pelo medo e angústia, é sem dúvidas um serviço feito não somente à comunidade cristã, mas também a toda a humanidade" – frisou o pontífice.Bento XVI recordou também o Papa João Paulo II que representou em pessoa a natureza missionária da Igreja, com suas viagens apostólicas e com a insistência em seu Magistério sobre a urgência de uma "nova evangelização". "Hoje, repito diante do sepulcro de São Paulo: a Igreja é no mundo uma imensa força renovadora, não certamente por suas forças, mas pela força do Evangelho, no qual sopra o Espírito Santo de Deus, o Deus criador e redentor do mundo. Os desafios da época atual são certamente superiores às capacidades humanas: o são os desafios históricos e sociais, e com maior razão os espirituais" – frisou o Santo Padre.Nesta perspectiva, Bento XVI anunciou a criação de um novo organismo, na forma de Pontifício Conselho, com a tarefa de promover uma renovada evangelização nos países onde já ressoou o primeiro anúncio da fé e buscar meios adequados para propor novamente a perene verdade do Evangelho de Cristo.O Papa concluiu a homilia, recordando que o desafio da nova evangelização interpela a Igreja universal, e nos pede para que "sigamos com empenho a busca da plena unidade entre cristãos". (MJ/RD)
Fonte: RV

domingo, 27 de junho de 2010

SAUDADES - VICÊNCIA NILCE GALLUCCI LOPES - NILCE


Nilce por ocasião de visita à Casa Mãe dos Arautos do Evangelho

A FAMÍLIA CATÓLICA perde na manhã de hoje um de seus entes mais queridos, nossa prima Nilce.

Esteio da família, coração de bondade, exemplo de ações de amor, carinho e dedicação para com os que viviam intensamente ao seu redor.

A FAMÍLIA CATÓLICA presta aqui suas homenagens àquela que foi para nós, até o fim da vida, uma grande Amiga e conselheira. Uma verdadeira mãe.

Nossa orações para que Deus a receba no céu e de lá ela interceda por todos nós .

.......................ORAÇÃO

Ó Mãe boníssima,
Não me esqueçais, se eu de Vós me esquecer.
Não me abandoneis, se eu Vos abandonar.

Segui-me com vosso celeste olhar e chamai-me, se eu me afastar de Vós.
Procurai-me, se eu me esconder.
Ide ao meu encalço, se eu fugir.
Atai-me, se eu Vos resistir.
Domai-me, caso eu me ponha em pé contra Vós.
Levantai-me, se eu cair.
Reconduzi-me pelo vosso caminho, se eu me transviar.
Assim seja .
Plinio Correia de Oliveira
A FAMÍLIA CATÓLICA

NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO


Na ilha de Creta havia um quadro da Virgem Maria muito venerado pelos milagres atribuída a Virgem Maria.
Um negociante roubou o quadro, pensando no bom preço que receberia por ele, em Roma. Durante a viagem o navio foi atingido por uma tempestade, que ameaçava afundá-lo. Os tripulantes recorreram a Virgem Maria e logo a tormenta parou, permitindo que o navio ancorasse em um porto italiano.

Nesse quadro a Virgem Maria foi representada a meio corpo, segurando o Menino Jesus nos braços. O Menino segura forte a mão da Mãe e observa assustado, dois anjos que lhe mostram os elementos de sua Paixão.
São os Arcanjos Gabriel e Miguel que flutuam acima dos ombros de Maria. A belíssima obra é atribuída ao grande artista grego Andréas Ritzos daquele século e pode ter sido uma das cópias do quadro da Virgem pintado por São Lucas, segundo os peritos.

O ladrão faleceu e a Virgem Maria apareceu a uma menina, filha da mulher que guardava a pintura, avisando que a imagem de Santa Maria do Perpétuo Socorro deveria ir para uma igreja.
O quadro foi então solenemente entronizado na capela de São Mateus, em Roma no ano de 1499 e ai permaneceu durante décadas.

Em 1739, eram os agostinianos irlandeses exilados do seu país, os responsáveis dessa igreja e do convento anexo, no qual funcionava o centro de formação da sua Província, em Roma.
Ali, todos encontravam paz sob a devoção de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
Mas foram designados para a igreja de Santa Maria em Posterula, também em Roma, e para lá também seguiu o quadro da "Virgem de São Mateus".
Mas ali já se venerava Nossa Senhora da Graça. O ícone foi colocado na capela interna e acabou quase esquecido. Isto só não ocorreu, por causa da devoção de um agostiniano remanescente do antigo convento.

Mais tarde, já idoso ele quis cuidar para a devoção de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, não ser esquecida e contou a história do ícone milagroso à um jovem coroinha. Dois anos depois de sua morte, em 1855 os padres redentoristas compraram uma propriedade em Roma, para estabelecer a Casa Generalícia da Congregação fundada por Santo Afonso de Ligório.
Mas não sabiam que aquele terreno era da antiga igreja de São Mateus, escolhida pela própria Virgem para seu santuário. No final desse ano ingressou com a primeira turma do noviciado aquele jovem coroinha.
Em 1863, já padre, ajudou os redentoristas a localizarem o ícone de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, depois da descoberta oficial dessa devoção nos livros antigos da igreja de São Mateus. O quadro entregue pelo próprio Papa Pio I, com a especial recomendação: "Fazei que todo o mundo A conheça", foi entronizado no altar-mor do seu atual santuário, em 1866.
Outras cópias seguiram com esses missionários para a divulgação da devoção a partir das novas províncias instaladas por todo o mundo.


Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi declarada Padroeira dos Redentoristas, sendo celebrada no dia 27 de junho.

sábado, 26 de junho de 2010

BELGICA - ESPANTO" PELA VIOLAÇÃO DE TÚMULOS

VATICANO MANIFESTA "ESPANTO" PELA VIOLAÇÃO DE TÚMULOS EM BUSCA EFETUADA PELA JUSTIÇA BELGA


Bruxelas - Belgica - Palácio da Justiça, onde nem tudo são flores

Cidade do Vaticano,


- O Vaticano manifestou seu "espanto" diante da abertura de túmulos, no contexto das buscas efetuadas nesta quinta-feira, pela Justiça belga, no território do Arcebispado de Malines-Bruxelas, mas reiterou sua "firme condenação contra todo e qualquer ato pecaminoso e criminoso de abuso de menores por parte de membros da Igreja".

Num comunicado oficial da Secretaria de Estado, a Santa Sé indica "a necessidade de reparar e confrontar tais atos, em conformidade com as exigências da Justiça e os ensinamentos do Evangelho".

De acordo com a imprensa da Bélgica, as buscas feitas na sede do Arcebispado, em seguida a novas denúncias contra membros do clero do país, estenderam-se à cripta da Catedral Saint Rombout, em Malines.

Os policiais estariam à procura de um dossier sobre pedofilia, que – supostamente – estaria escondido num túmulo.
A Secretaria de Estado exprimiu "vivo espanto pela modalidade com que foram feitas algumas buscas conduzidas ontem pelas autoridades judiciais belgas, e seu ressentimento pelo fato de terem sido violadas as sepulturas dos cardeais Jozef-Ernest Van Roey e Léon-Joseph Suenens, falecidos arcebispos de Malines-Bruxelas".

A nota do Vaticano comentou a ação, expressando "pesar" contra "algumas infrações à confidencialidade" "à qual têm direito as vítimas que motivaram a realização dessas buscas".
De acordo com o comunicado, as opiniões foram discutidas pessoalmente pelo secretário vaticano das Relações com os Estados, Dom Dominique Mamberti, e pelo embaixador da Bélgica junto à Santa Sé, Charles Ghislain.

A Igreja belga é uma das atingidas pelos episódios de pedofilia denunciados, recentemente, em várias partes do mundo, e que teriam sido cometidos por membros do clero.
Em abril, o bispo emérito de Bruges, Dom Roger Joseph Vangheluwe, teve sua renúncia aceita pelo papa, após ter enviado uma carta à Santa Sé, na qual admitia ter abusado sexualmente de uma criança, durante anos.

O Santo Padre acaba de nomear o novo bispo de Bruges. Trata-se de Dom Jozef De Kesel.A busca de documentos na sede do Arcebispado belga foi condenada pela Conferência Episcopal do país.

De acordo com o porta-voz da entidade, Eric de Beukelaer, a medida "vai contra o direito à reserva, que deve ser garantido às vítimas" de pedofilia.

"Não foi uma experiência agradável, mas tudo se desenvolveu de modo correto" – disse ele.
Por sua vez, o arcebispo de Malines-Bruxelas, Dom André Joseph Leonard, primaz da Bélgica, afirmou que a magistratura "tinha o direito de fazer aquilo que desejava", mas que ficou "chocado" pelo método adotado.

Dom Leonard enfatizou que durante as buscas "foram abertos túmulos na catedral e confiscados computadores e os livros de contabilidade sobre a administração do pessoal". (AF)


Fonte: RV

sexta-feira, 25 de junho de 2010

HOMENAGEM A CRISTÃOS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA POR FIDELIDADE AO EVANGELHO

PAPA HOMENAGEIA CRISTÃOS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA POR FIDELIDADE AO EVANGELHO

Cidade do Vaticano, 25 jun (RV)

– Entre suas atividades, nesta sexta-feira, o Papa recebeu os 75 participantes da Reunião das Obras de Ajuda às Igrejas Orientais, ROACO, presentes em Roma para sua sessão de verão.
Em seu discurso em várias línguas, Bento XVI retomou os temas de sua recente viagem a Chipre: a paz na Terra Santa, a emigração da comunidade cristã e os preparativos para o Sínodo dos Bispos sobre o Oriente Médio.
Falando em francês, o Pontífice citou em especial os cristãos que são vítimas de violência por causa do Evangelho: "Conto com os líderes das nações para que garantam de maneira real, sem distinção e em todos os lugares, a profissão pública e comunitária das convicções religiosas de cada um".
O Papa falou ainda do dom de uma paz estável, que é o desejo de todos para a Terra Santa, o Iraque e o Oriente Médio. Paz, todavia, que só pode nascer do respeito pelos direitos humanos, famílias, comunidades e povos, superando a discriminação religiosa, cultural ou social.
Em alemão, Bento XVI falou das vocações sacerdotais, recordando os inúmeros santos e pastores que o Oriente ofereceu à Igreja, fazendo votos de que os sacerdotes das Igrejas orientais de hoje possam resgatar essa herança espiritual.
A seguir, em inglês, o Papa falou dos preparativos para a Assembléia Especial do Sínodo dos Bispos para o Oriente Médio, que se realizará no Vaticano em outubro próximo.
Esta iniciativa, afirmou, já está produzindo os benéficos frutos de "comunhão e testemunho" para o qual o Sínodo foi convocado.
Por fim, em italiano, Bento XVI pediu que os membros da ROACO continuem contribuindo com suas obras para manter viva a "esperança que não desilude" entre os cristãos do Oriente, recordando mais uma vez a morte de Dom Luigi Padovese, Vigário Apostólico de Anatólia assassinado em 3 de junho na Turquia. (BF)

Fonte: RV

quinta-feira, 24 de junho de 2010

NASCIMENTO DE SÃO JOÃO BATISTA


As festas dos Santos são geralmente o aniversário da morte, isto é, da despedida do mundo e do nascimento para a vida eterna.

São João Batista faz exceção desta regra, pelo motivo de ter vindo ao mundo em estado de santidade, isento da lei do pecado original. Sabemos que seu nascimento foi um acontecimento extraordinário, acompanhado de fatos igualmente extraordinários, como o relatam os santos Evangelhos. A narração bíblica do nascimento do Precursor de Jesus Cristo, feita sob a inspiração do Divino Espírito Santo, é tão clara e circunstanciada, que não há mister acrescentar coisa alguma.

Em Hebron, nas montanhas da Judéia, oito milhas além de Jerusalém, vivia um casal - Zacarias e Isabel. Ambos justos diante do Senhor. Não tinham filhos, o que muito os afligia, e eram já idosos. Zacarias, sacerdote, um dia em que estava desempenhando seu ministério no templo de Jerusalém, entrou no santuário para queimar o incenso, enquanto o povo orava no adro. Apareceu-lhe então, à direita do altar dos perfumes um Anjo. Zacarias ficou atônito. O Anjo, porém, lhe disse: "Não temas Zacarias, porque Deus ouviu a tua oração. Tua mulher dar-te-á um filho, a quem darás o nome de João.
Grande será a tua alegria e muitos se regozijarão pelo nascimento do menino, porque será grande diante do Senhor. Não beberá vinho, nem bebida alguma fermentada, e será cheio do Espírito Santo. Reconduzirá os filhos de Israel, em grande número, a Deus. Ele próprio o precederá em espírito e com o poder de Elias, a fim de preparar ao Senhor um povo perfeito".

Zacarias disse ao Anjo: "Como saberei com certeza que isto vai dar? Já estou velho e minha mulher já vai adiantada em anos". Respondeu-lhe o Anjo: "Eu sou Gabriel e meu lugar é diante de Deus. Ele é que me manda trazer esta feliz nova. Mas como não deste crédito a estas minhas palavras, ficarás mudo, até o dia em que tudo isto se cumprir".
Fora, o povo se admirava da longa demora de Zacarias no santuário. Afinal este saiu, sem poder falar. Por sinais deu a compreender que tivera uma visão. Acabando os dias do serviço, foi para casa.

Tudo o que o Anjo predissera se cumpriu ao pé da letra. Seis meses depois, o mesmo Anjo Gabriel foi mandado por Deus à cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a Maria Santíssima, para comunicar-lhe que tinha sido escolhida para ser Mãe do Salvador. Disse-lhe também que sua prima Isabel, apesar de idosa e estéril, tinha concebido um filho, porque a Deus nada era impossível. Maravilhada pelos acontecimentos extraordinários, cheia de gratidão a Deus, que coisas tão maravilhosas operara, Maria pôs-se a caminho e, pressurosa, foi à casa da prima. Esta, ouvindo a voz de Maria, ficou cheia do Espírito Santo e exclamou: "Bendita sois entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre! De onde me vem a felicidade de ser visitada pela Mãe do meu Senhor?

"Logo que chegou a meus ouvidos a voz da vossa saudação, o menino saltou de prazer no meu ventre! Bem-aventurada sois por teres criado! Pois tudo que vos foi dito da parte do Senhor, se realizará".

É opinião unânime dos Santos Padres, que os sinais de prazer que João deu, antes do nascimento, foram causados pelo fato do Precursor, por uma graça especial de Deus, ter conhecido a presença do Senhor e lhe haver prestado homenagem de adoração. Dizem mais, que ao mesmo momento, teria João sido santificado, como o Anjo prometera.

Chegada a época, Isabel deu à luz um filho. Sabendo os vizinhos e parentes desse grande favor, que lhe fizera Deus, correram todos jubilosos a felicitá-la.

No oitavo dia se reuniram para a circuncisão da criança e propuseram, que lhe fosse dado o nome do pai. A mãe, porém, opôs-se e disse: "Não; deve chamar-se João". Disseram-lhe: "Mas, na tua família não há pessoa desse nome". Isabel, porém, insistiu que ao menino fosse dado o nome de João. Então, fizeram sinal ao pai, para que manifestasse a sua opinião. Zacarias pediu uma tabuinha para escrever e escreveu: "João é o seu nome".
Ficaram todos admirados. No mesmo instante desatou-se-lhe a língua e Zacarias falou, bendizendo a Deus. Cheio do Espírito Santo, entoou um dos cantos mais belos que a liturgia conhece, e que faz parte do Ofício que os sacerdotes da Igreja diariamente oferecem a Deus - "Bendito seja o Senhor de Israel, porque visitou seu povo e o resgatou. Suscitou um Salvador poderosos, na casa de seu servo Davi, como tinha prometido por boca dos profetas..." E dirigindo-se ao filhinho, disse: "E tu, ó menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque irás ante a face do Senhor, preparar-Lhe os caminhos..."

Tendo ciência desses acontecimentos, toda a região vizinha se impressionou e por toda a parte, nas montanhas e nos vales da Judéia, se contava estas maravilhas e cada qual dizia: "Que será um dia deste menino?" De fato, a mão do Senhor estava com ele.

Alguns dos Santos Padres são de opinião, que Isabel procurou com o filhinho o deserto, para salvá-lo da perseguição e crueldade de Herodes. Outros dizem que João, tendo apenas cinco anos, levado pelo Espírito Santo, foi para o deserto, com o intuito de santificar-se ainda mais e preparar-se para a alta missão que Deus lhe dera. Os Santos dos Evangelhos dizem-nos alguma coisa sobre a vida de São João no deserto.
Trajava vestes de pele de camelo, cingidos os rins com cintura de couro, e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre. Levava uma vida de oração e de penitência. Diz Santo Agostinho que em João o mundo, pela vez primeira, teve o exemplo mais tarde imitado pelos eremitas. "Que saístes a ver no deserto?" – perguntou Jesus Cristo às turbas. "Uma cana agitada pelo vento? Mas, que saístes a ver? Um homem regaladamente vestido? Eis os que se vestem com regalo, estão nos palácios dos reis. Mas, que saístes a ver? Um profeta? Sim, digo-vos, e mais que profeta. Porque este é aquele do qual está escrito: eis que eu envio meu Anjo diante de ti, que preparará teu caminho. E eu vos declaro: Que entre os nascidos de mulher, não há maior profeta que João Batista". Essas palavras do Divino Mestre contém o maior elogio que o homem jamais recebeu, e são equivalentes a uma formal canonização, a única que o Filho de Deus em vida pronunciou.

Tendo trinta anos de idade, recebeu São João ordem divina para sair do deserto e encetar sua missão, que era de pregar os caminhos ao Messias. João Batista percorreu toda a região do Jordão pregando o batismo de penitência, para a remissão dos pecados. Vieram, então, de Jerusalém e de toda a parte da Judéia, grandes turbas. Todos se faziam batizar por ele no Jordão, confessando os seus pecados.

Os santos Evangelhos contam minuciosamente o que ele pregou, que conselho deu às pessoas que o procuravam, entre estas aos soldados; falam da grande graça que teve, de receber a visita de Nosso Senhor, que quis por ele ser batizado e naquela ocasião o Espírito Santo desceu visivelmente, pairou sobre Jesus Cristo e ao mesmo tempo se ouviu do céu uma voz: "Este é meu Filho muito amado, em quem pus minha complacência".
Lemos ainda com que amor e dedicação trabalhou pelo advento do Reino de Deus, dando testemunho de Jesus Cristo: "Eu batizo na água, para a penitência; mas vem outro, que é mais poderoso que eu, e de quem não sou digno de desatar as correias das sandálias; ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo.
Ele têm a joeira na mão e vai limpar sua eira. Ajuntará o trigo no celeiro e queimará a palha no fogo, que não se apaga nunca! Em certa ocasião os Judeus de Jerusalém mandaram tratar com João uma comissão, composta de sacerdotes e de levitas, que lhe perguntaram: "Quem sois vós? Por que batizais, se não sois nem o Cristo, nem Elias, nem profeta?". João respondeu-lhes: "Eu batizo em água; mas há em meio de vós alguém que não conheceis. É ele que deve vir depois de mim e não sou digno de desligar-lhe os cadarços das sandálias".

No dia seguinte, diz o Evangelista, João viu aproximar-se Jesus e disse: "Eis o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo". Com essas palavras foi apresentado ao mundo o Messias, como tinha profetizado Isaías.

O que mais aconteceu ao glorioso Precursor, até a morte do martírio, o leitor encontrará no capítulo da degolação de São João Batista. (29 de agosto)

Reflexões:

Que nestas reflexões encontrem sabedoria, consolo e edificação as senhoras casadas e que, como a Santa Isabel, faz sofrer as tristezas da esterilidade. Não devem esquecer-se das angústias do parto, que não raras vezes equivalem a uma verdadeira agonia, e da série infinita de trabalhos, de cuidados e preocupações, que acompanham infalivelmente a educação dos filhos.
Ninguém prevê o futuro; mas se pudéssemos ter a ciência do rumo que a vida dos homens vai tomar, quantas senhoras não desejariam hoje nunca ter tido filhos! Filhos pequenos, pequenos cuidados; filhos crescidos, cuidados dobrados! Quantos filhos, cujo advento era a prece constante o desejo mais ardoroso dos pais, não corresponderam às esperanças que neles se colocara e, longe de serem a honra dos progenitores, vieram a ser sua vergonha, humilhação e desgraça.
É mais que justificado o desejo da bênção da maternidade.
A criança é muitas vezes o anjo pacificador do lar; mas exemplos não faltam e não são poucos, que atestam o contrário. Em muitos casos isso se deve à culpa dos próprios pais, em outras, para nossa perplexidade, no seio de famílias boas e bem estruturadas. Em ambos os casos, a oração deve ser a principal arma para derrotar tal circunstância.
Lembremo-nos que Santa Mônica derramou lágrimas e rezou por 30 anos anos consecutivos implorando ao Senhor a conversão do seu filho. Deus atendeu seu pedido e tocou naquele coração desregrado, de forma que, convertido, empreendeu grandes obras para a edificação da Igreja de Cristo, vindo a tornar-se uma das grandes colunas de Igreja: Santo Agostinho de Hipona.

O respeito, o amor, o cumprimento dos Mandamentos da Lei de Deus e da Igreja, são coisas que devem cultivadas desde tenra idade. Ai dos pais que dão liberdade excessiva aos filhos e não os conduzem pelo caminho da virtude. Devemos pedir a intercessão de São João Batista, cuja retidão, personalidade e caráter incita poderosamente na alma o desejo ardente em consagrar nossos filhos a Deus, os quais queremos ver preservados de tantas distorções e imundícies que o mundo atual lhes oferece.

Os casais que sofrem o drama da esterilidade, devem procurar todos meios lícitos para tentar reverter tal situação, confiando, sobretudo, na Providência Divina. Existem bons médicos e medicamentos nessa área, que poderão auxiliar no tratamento adequado para cada caso. Sendo, porém, algo crônico ou irreversível, coloquemo-nos resignadamente aos desígnios de Deus, principalmente na prática da virtude e da oração.
Qualquer que seja o motivo que determine a ausência de filhos, o casal se conforme com este estado de coisas, quando não se lhes depara outro remédio. O homem contemporâneo, porém, parece ter se esquecido dos valores primordiais da vida. A ciência atual, que tantos benefícios proporciona diariamente à humanidade, muitas vezes por não querer ouvir a Igreja, penetra agora em sendas obscuras, onde a ética e a moral são postas à deriva por orgulho e sensação de auto-suficiência.
E, para reforçar o assunto em tela, não é verdade que reside a tentação, mesmo junto aos casais que se julgam mais esclarecidos, recorrer a métodos artificiais condenados pela Igreja, ora para evitar filhos, ora para vencer a esterilidade, deixando de lado os mistérios e os desígnios que a Providência Divina nos coloca no caminho?

Em nome do que chamam de "progresso científico", os estudos e procedimentos de fertilização a qualquer preço parecem prevalecer. Muitos casais estéreis, tapando olhos e ouvidos à Igreja, perseguem obsessivamente a gestação e submetem-se à qualquer tipo de método para satisfazer seu próprio desejo, seu ego. Dão de ombros com o "... seja feita a Vossa vontade" do Pai-Nosso; em detrimento de tantas e tantas crianças nos orfanatos que, ansiosamente, aguardam a eventual chegada de um pai e uma mãe que os acolha. A voz dos bebês, crianças e adolescentes, dos orfanatos sobe aos céus clamando por justiça junto ao trono de Deus. E neste cenário global, acentuam-se sistemáticos ataques ao Papa pela condenação dos métodos artificiais de fertilização, de contracepção, também das escandalosas pesquisas envolvendo células-tronco embrionárias e da clonagem humana, cujo terreno foi maliciosamente bem preparado pela ciência há anos. Ai de nós, ai de nós, se formos cúmplices ou defendermos a ciência nesse aspecto, fechando nossos ouvidos ao que a Igreja diz. Se ao mundo apoiamos, somos co-responsáveis e participantes diretos nessas práticas artificiais absurdas, que o mundo oferece sutilmente como grandes conquistas científicas, sem querer se aperceber do grave pecado que tudo isso constitui. Pecado, portanto, na mesma proporção grave para tanto para o cientista, legislador, ou para qualquer um de nós, seja pela conivência, apoio ou pela prática.

São Zacarias e Santa Isabel, intercedei pelos casais estéreis, pedi a Deus que lhes conceda sabedoria, confiança, resignação e amor às práticas das virtudes.

São João Batista, que possamos ter tua valentia, coragem e determinação na defesa da Igreja de Cristo. São João Batista, rogai por nós, esclarecei nossos casais, médicos cientistas, políticos e todos os responsáveis pela legislação nacional.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

SOCERDOTES: "A VOCAÇÂO VEM DE DEUS"

Bento XVI aos sacerdotes (V): vocação vem de Deus
Diálogo entre o Papa e os sacerdotes do mundo inteiro

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 21 de junho de 2010

- A falta de vocações hoje é um "problema doloroso" que aflige a Igreja, reconheceu o Papa Bento XVI, na última pergunta durante a vigília realizada em São Pedro no dia 10 de junho, durante o encerramento do Ano Sacerdotal.
A questão apresentada por Anthony Denton, da Austrália, em nome dos sacerdotes da Oceania, supõe "um problema grande e doloroso da nossa época", admitiu Bento XVI.
É "a falta de vocações, razão pela qual as igrejas locais estão em perigo de tornar-se áridas, porque falta a Palavra da vida, falta a presença do sacramento da Eucaristia e dos demais sacramentos".
No entanto, advertiu o Papa, diante desse problema existe uma "grande tentação", que consiste em "transformar o sacerdócio - o sacramento de Cristo, o ser escolhidos por Ele - em uma profissão normal, em um emprego que tem suas horas e que, no resto do tempo, a pessoa pertence somente a si mesma; e fazer isso como qualquer outra vocação: torná-lo acessível e fácil".
Mas - sublinhou - esta "é uma tentação, não resolve o problema".
A propósito disso, citou a história bíblica de Saul, que realiza um sacrifício no lugar do profeta Samuel porque este não se apresenta a tempo antes de uma batalha.
Este rei, explicou o Papa, "pensa em resolver assim o problema, que naturalmente não se resolve, porque tenta fazer o que não pode fazer sozinho; considera-se Deus ou quase Deus; e não se pode esperar que as coisas aconteçam do jeito que Deus quer".
"Assim também nós, se exercêssemos somente uma profissão como as demais, renunciando à sacralidade, à novidade, à diversidade do sacramento que só Deus dá, que pode vir somente da sua vocação e não do nosso fazer, não resolveríamos nada."
O único que é preciso fazer, insistiu, é "rezar com grande insistência, com grande determinação, com grande convicção também", clamar "ao coração de Deus, para que nos dê sacerdotes".
Três conselhos
O Papa indicou três "receitas" para promover as vocações. A primeira: cada sacerdote "deveria fazer o possível para viver seu próprio sacerdócio de tal maneira que este se tornasse convincente".
"Acho que nenhum de nós teria chegado a ser sacerdote se não tivesse conhecido sacerdotes convincentes, nos quais ardia o fogo do amor de Cristo", sublinhou.
A segunda: oração; e a terceira: "ter o valor de falar com os jovens sobre o possível chamado de Deus, porque com frequência uma palavra humana é necessária para abrir a escuta da vocação divina".
"O mundo de hoje é tal que quase parece excluído o amadurecimento de uma vocação sacerdotal; os jovens precisam de ambientes nos quais se viva a fé, nos quais apareça a beleza da fé, nos quais apareça que este é um modelo de vida."


Fonte: ZENIT.org

quinta-feira, 17 de junho de 2010


PAPA: "A MELHOR CATEQUESE É A EUCARISTA BEM CELEBRADA"

Cidade do Vaticano, 16 jun (RV) - Abrindo ontem o Congresso Diocesano na Basílica de São João de Latrão, Bento XVI pediu aos cristãos que participem das missas dominicais, “momentos fundamentais do encontro entre o homem e Deus”.

“Para nós cristãos, é muito importante encontrarmo-nos com o Renascido aos domingos” - destacou o Pontífice, que ainda recordou que “o compromisso apostólico é reduzido com o ativismo estéril”.

Ao se referir ao tema do Congresso Diocesano deste ano, “Seus olhos se abriram, reconheceram-no e anunciaram-no. A Eucaristia dominical e o testemunho da caridade”, Bento XVI explorou a questão das necessidades e pobrezas de tantos homens e mulheres, pedindo:

“Em um tempo como o atual, de crise econômica e social, devemos ser solidários com todos os que vivem na indigência” – apontou. Para o Papa, a caridade é capaz de gerar uma mudança autêntica e permanente na sociedade, agindo nos corações e nas mentes dos homens. “Assim sendo – completou – o testemunho da caridade pelo discípulo de Jesus não é um sentimento passageiro, mas ao contrário, plasma a vida, em qualquer circunstância”. O Pontífice fez também um convite aos jovens da Diocese de Roma a não terem medo de escolher o amor como a regra suprema da vida, seja no sacerdócio como ao formar famílias cristãs que vivem o amor fiel, indissolúvel e aberto à vida.

Ao chegar à Basílica, Bento XVI foi confortado pelo Cardeal-vigário de Roma, Dom Agostino Vallini, pelo sofrimento dos últimos meses, em que a Igreja foi abalada com a revelação de casos de abusos envolvendo alguns sacerdotes.

“Desejamos lhe manifestar, mais uma vez, o afeto e a proximidade pelo sofrimento destes últimos meses, e juntos expressar a gratidão mais sincera por seu testemunho humilde e forte”.
(CM)

Fonte: RV

quarta-feira, 16 de junho de 2010

A GRAÇA DIVINA NÃO ANULA MAS APERFEIÇOA A NATUREZA HUMANA


PAPA: "A GRAÇA DIVINA NÃO ANULA MAS APERFEIÇOA A NATUREZA HUMANA"

Cidade do Vaticano, 16 jun (RV) - O Papa Bento XVI encontrou-se nesta manhã com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro para a habitual audiência geral das quartas-feiras. O Pontífice continuou hoje com a apresentação de Santo Tomás de Aquino, um teólogo tão importante, que o estudo de seus escritos foi recomendado especialmente pelo Concílio Vaticano II.

Já anteriormente, o Papa Leão XIII, grande promotor do tomismo, declarou Santo Tomás padroeiro das escolas e universidades católicas. Sua doutrina - disse Bento XVI – destaca-se não somente pelo seu conteúdo, mas também pela metodologia que utiliza. Trata-se do esforço para discernir a inteligibilidade e coerência das verdades da fé cristã com o auxílio da razão humana, iluminada sempre pela fé.

A profundidade do pensamento de Tomás de Aquino brota da sua fé viva e de sua piedade fervorosa, que expressou em orações eloqüentes, como a que pede a Deus: “Concede-me, Senhor meu Deus, uma inteligência que te conheça, uma vontade que te busque, uma sabedoria que te encontre, uma vida que te agrade, uma perseverança que te espere com confiança e uma confiança que, enfim, te possua”.

Após a catequese proferida em língua italiana, o Santo Padre fez uma síntese da mesma em várias línguas e saudou os diversos grupos de fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro. Ouça o que Bento XVI disse em português.

Queridos irmãos e irmãs,
A confiança que São Tomás de Aquino deposita nos dois instrumentos do nosso conhecimento – a fé e a razão –, assenta na convicção de que ambas provêm da mesma e única fonte da verdade, o Verbo divino, que age tanto no âmbito da criação como no da redenção. Este acordo fundamental entre razão humana e fé cristã transparece ainda noutro princípio basilar do seu pensamento: a Graça divina não anula, mas supõe e aperfeiçoa a natureza humana. Esta, com o pecado, não ficou totalmente corrompida, mas apenas ferida e debilitada. Com a Graça, a natureza é curada, fortalecida e ajudada a alcançar a felicidade, que é o anseio natural de toda a pessoa humana. São Tomás propõe-nos um conceito amplo da razão humana, porque não se limita aos espaços da chamada razão empírico-científica, mas abre-se a todo o ser e às questões fundamentais e irrenunciáveis do viver humano.

Saúdo cordialmente todos os peregrinos lusófonos, em particular os brasileiros da paróquia São Vicente Mártir de Porto Alegre e os irmãos da Misericórdia de Maringá, como também os professores e alunos portugueses do Centro Cultural Sénior de Braga, para todos implorando uma vontade que procure a Deus, uma sabedoria que O encontre, uma vida que Lhe agrade, uma perseverança que por Ele espere e a confiança de chegar a possuí-Lo. São os meus votos e também a minha Bênção!

Fonte: RV

terça-feira, 15 de junho de 2010

TRABALHAR A SERVIÇO DA VERDADE E DAS CAUSAS NOBRES


BENTO XVI EXORTA JORNALISTAS: TRABALHAR A SERVIÇO DA VERDADE E DAS CAUSAS NOBRES


Cidade do Vaticano,

- Depois da oração mariana deste último domingo (13/06), Bento XVI recordou a proclamação, este final de semana, de dois novos Beatos que viveram no século passado.

Este domingo, na Eslovênia, na conclusão do Congresso Eucarístico Nacional, o legado pontifício, Cardeal Tarcisio Bertone, beatificou o jovem mártir Lojze Grozde.

Ele era particularmente devoto da Eucaristia, que alimentava a sua fé inabalável, a sua capacidade de sacrifício pela salvação das almas, e o seu apostolado na Ação Católica para conduzir outros jovens a Cristo.

Ontem (12/06), na Espanha, foi beatificado Manuel Lozano Garrido, leigo e jornalista.

Não obstante a doença, a cegueira no final da vida e a invalidez que o obrigaram a viver 28 anos em uma cadeira de rodas, "Lolo", como era conhecido, trabalhou com espírito cristão no campo da comunicação social.

"Os jornalistas poderão encontrar nele um testemunho eloquente do bem que se pode fazer quando o trabalho reflete a grandeza da alma e se põe a serviço da verdade e das causas nobres" – exortou o pontífice. (BF)

Fonte: RV

segunda-feira, 14 de junho de 2010

SACERDOTES, OPERÁRIOS DA CIVILIZAÇÃO DO AMOR

PAPA: SACERDOTES, OPERÁRIOS DA CIVILIZAÇÃO DO AMOR


Cidade do Vaticano, 13 jun (RV)

- A conclusão do Ano Sacerdotal esteve no centro da oração mariana do Angelus deste domingo, na Praça S. Pedro, que Bento XVI rezou na presença de milhares de fiéis e turistas que não se deixaram intimidar pelo sol e pelo calor romanos. Esta cidade, disse o Papa, viveu jornadas inesquecíveis, com a presença de mais de 15 mil sacerdotes de todas as partes do mundo. "Por isso, hoje desejo dar graças a Deus por todos os benefícios que este Ano trouxe para a Igreja em todo o mundo. Ninguém jamais poderá medi-los, mas certamente estão visíveis e serão ainda mais visíveis os seus frutos." A conclusão teve um significado ainda mais especial, destacou o Pontífice, pois foi celebrada na solenidade do Sagrado Coração de Jesus, que tradicionalmente é o dia de santificação sacerdotal:"Com efeito, queridos amigos, o sacerdote é um dom do Coração de Cristo: um dom para a Igreja e para o mundo. Do coração do Filho de Deus, do qual transborda a caridade, brotam todos os bens da Igreja, e de modo particular tem origem a vocação daqueles homens que, conquistados pelo Senhor Jesus, deixam tudo para se dedicar inteiramente a serviço do povo cristão, a exemplo do Bom Pastor." Os sacerdotes são os primeiros operários da civilização do amor, disse o Papa, mencionando os inúmeros padres, famosos ou não, cuja lembrança permanece indelével nos fiéis. Como aconteceu em Ars, vilarejo da França onde S. João Maria Vianey desempenhou seu ministério. "Não é preciso acrescentar mais palavras ao que foi dito sobre ele nos últimos meses. Mas sua intercessão deve nos acompanhar ainda mais daqui para frente. Que sua oração, que seu 'Ato de amor' que muitas vezes recitamos durante este Ano Sacerdotal, continue a alimentar o nosso colóquio com Deus."A seguir, citou o Pe. Jerzy Popiełuszko, sacerdote e mártir, que foi proclamado Beato domingo passado, em Varsóvia, na Polônia. Ele exercitou o seu generoso e corajoso ministério ao lado das pessoas engajadas pela liberdade, pela defesa da vida e sua dignidade. Bento XVI notou que sua obra a serviço do bem e da verdade era um sinal de contradição para o regime vigente na Polônia na época. Todavia, seu testemunho foi semente de uma nova primavera na Igreja e na sociedade. "Se olharmos para a história, podemos observar quantas páginas de autêntica renovação espiritual e social foram escritas com a contribuição decisiva de sacerdotes católicos, animados somente pela paixão pelo Evangelho e pelo homem, por sua verdadeira liberdade, religiosa e civil. Quantas iniciativas de promoção humana integral saíram da intuição de um coração sacerdotal!"O Papa concluiu sua alocução, confiando ao Coração Imaculado de Maria, do qual celebramos ontem a memória litúrgica, todos os sacerdotes do mundo, para que, com a força do Evangelho, continuem a construir em todos os lugares a civilização do amor. (BF)

Fonte: RV

sábado, 12 de junho de 2010

IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

“Imaculado Coração de Maria”

“O Meu coração exulta no senhor, meu Salvador”.

Quando celebramos a festa do Imaculado Coração de Maria; saboreamos a insondável bondade de Deus que desejou amar com um coração humano, um coração da Virgem de Nazaré.Foi no coração Imaculado de Maria, que o Senhor encontrou um espaço transbordante de santidade, beleza e doação total.

O Coração de Maria é fonte de graças e virtudes, devemos contempla-lo e imita-lo na entrega total aos designos de Deus! Faça-se!

É verdade que de uma forma ou de outra aprendemos a amar, e é sobretudo com os pais e na familia, que aprendemos os mais diversos sinais de amor. Quantas vezes Jesus recostado no colo de sua mãe, adormece com pulsar do coração Imaculado e amoroso de sua mãe. Maria ao mostrar-nos o seu coração é sobretudo a vida que ela mostra. Ela quer ensinar-nos que o amor repara os pecados, reanima a esperança, leva á vida, une, constrói, perdoa, santifica, defende os pequeninos e liberta os humilhados.

São Lucas nos lembra que era no Coração de Maria que todas as coisas estavam conservadas, ou seja guardadas! As lembranças do Sim, do nascimento, da infância, da juventude e da missâo do filho de Deus, que era seu menino!

A Celebração
Liturgicamente a festa do Imaculado Coração de Maria deve ser celebrada no sábado seguinte ao segundo domingo de Pentecostes.

Os Santos Padres, mistícos da idade média, os teólogos e os ascetas dos séculos seguintes foram todos grandes devotos do Coração de Maria assim como do Coração de Jesus.

Porém foi São João Eudes(1601-1680) o grande promotor do culto litúrigco que se devia tornar em devoção e patrimônio dos fiéis. Esta festa tornou-se pública de 1648 entrando assim na liturgia comun, e a partir daí, muitos bispos autorizaram nas próprias dioceses o culto ao coração de Maria.

Porém devemos entender que foi sobretudo a partir das aparições da Virgem Maria em Fátima, que a devoção tomou grande impulso, conforme escreveu o Cardeal Cerejeira: “A Missão especial de Fátima é a divulgação no mundo do culto ao Imaculado Coração de Maria. ”No dia 13 de junho, em Fátima, a Senhora apresenta o Coração circundad de espinhos pedindo a reparação e pronunciando estas palavras “Jesus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração.”...Vistes o inferno, para onde vãos as pobres almas dos pecadores...-Para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração.

No dia 4 de Maio de 1944, o Papa Pio XII ordenou que esta festa fosse observada em toda Igreja para obter a intercessão de Maria para: A paz entre as nações, a liberdade para a Igreja, a conversão dos pecadores e o amor pela pureza e pelas virtudes.

Dois anos mais tarde o mesmo Papa Pio XII consagra o genero humano ao Imaculado Coração de Maria .No dia 25 de março de 1984, portanto há 25 anos atrás, o então Papa João Paulo II realizou na Basílica de São Pedro, acompanhado por uma multidão de mais de 150 mil peregrinos e diante da imagem da Virgem peregrina de Fátima, vinda de Portugal, proferiu a solene consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria em união espiritual com os bispos do mundo inteiro. João Paulo II na ocasião, pediu a Nossa Senhora que livrasse a humanidade da fome, das guerras, e de todos males.

Nas aparições da Virgem Maria á Irmã Lucia, na Espanha ela pede reparação pelas ofensas, rezar pela conversão dos pecadores, confessando, comungando, e recitando o Santo Terço ao longo de cinco meses seguidos e sempre no primeiro sábado do mês.

Nosso Papa Bento XVI, assim nos exorta sobre a devoção: “Vemos que o coração de Maria é visitado pela graça do Pai, é penetrado pela força do Espírito e impulsionado interiormente pelo filho; isto é vemos um coração humano perfeitamente introduzido no dinamismo da Santissima Trindade.”Que os Corações unidos de Jesus e Maria sejam nossa salvação.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS


Ah! Se as almas soubessem como as espero cheio de misericórdia! Sou o Amor dos amores! E não posso descansar senão perdoando!Estou sempre esperando com amor que as almas ve­nham a Mim! Venham!... Atirem-se nos meus Braços! Não tenham medo! Conheço o fundo das almas, suas paixões, sua atração pelo mundo e pelos prazeres. Sei, desde toda a eternidade, quantas almas me hão de en­cher o Coração de amargura e que, para grande nú­mero, meus sofrimentos e meu sangue serão inúteis! Mas, como as amei, assim as amo... Não é o pecado que mais fere meu Coração... O que O despedaça é não quererem as almas refugiar-se em Mim depois de o terem cometido. Sim, desejo perdoar e quero que minhas almas escolhidas dêem a conhecer ao mundo como meu Coração, transbordando de amor e de misericórdia, espera os pe­cadores.

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Vinde a Mim e não temais, porque Eu vos amo!

Ah! Se as almas soubessem como as espero cheio de misericórdia!
Sou o Amor dos amores!
E não posso descansar senão perdoando!
Estou sempre esperando com amor que as almas venham a Mim!
Venham!... Atirem-se nos meus Braços!
Não tenham medo!
Conheço o fundo das almas, suas paixões, sua atração pelo mundo e pelos prazeres.
Sei, desde toda a eternidade, quantas almas me hão de encher o Coração de amargura e que, para grande número, meus sofrimentos e meu sangue serão inúteis!
Mas, como as amei, assim as amo...

Não é o pecado que mais fere meu Coração...
O que O despedaça é não quererem as almas refugiar-se em Mim depois de o terem cometido. Sim, desejo perdoar e quero que minhas almas escolhidas dêem a conhecer ao mundo como meu Coração, transbordando de amor e de misericórdia, espera os pecadores.
Queria também mostrar às almas que nunca lhes recuso a minha graça, nem mesmo quando estão carregadas dos mais graves pecados, e que não as separo então daquelas que amo com predileção.

Guardo-as todas no meu Coração, para dar a cada uma os socorros que o seu estado reclama. Queria dar-lhes a compreender que não é pelo fato de estarem em pecado mortal que devem afastar-se de Mim.
Não julguem que já não há remédio para elas e que nunca mais serão amadas como o foram outrora! Não, pobres almas, não são estes os sentimentos de um Deus que derramou todo o seu sangue por vós!

Vinde a Mim e não temais, porque Eu vos amo! Purificar-vos-ei no meu sangue e vos tornareis mais brancas que a neve.
Os vossos pecados serão mergulhados nas águas da minha misericórdia e não será possível arrancar do meu Coração o amor que vos tenho.
Vós, que estais mergulhados no mal e que há mais ou menos tempo viveis errantes e fugitivos por causa de vossos crimes... se os pecados de que sois culpados vos endureceram e cegaram o coração; se, para satisfazerdes às vossas paixões, caístes nos piores escândalos... ah!
Quando vossa alma reconhecer o seu estado, e os motivos ou os cúmplices de vossas faltas vos abandonarem não deixeis que de vós se apodere o desespero.

Enquanto tiver o homem um sopro de vida, poderá ainda recorrer à misericórdia e implorar perdão.
Vosso Deus não consentirá que vossa alma seja presa do inferno.
Pelo contrário, deseja, e com ardor, que d’Ele vos aproximeis para vos perdoar. Se não ousais falar-Lhe, dirigi para Ele vossos olhares e os suspiros do vosso coração e em breve vereis que sua mão bondosa e paternal vos conduz à fonte do Perdão e da Vida!

Desejo que as almas creiam na minha misericórdia, esperem tudo da minha bondade e não duvidem nunca do meu perdão.
Sou Deus, mas Deus de amor! Sou Pai, mas Pai que ama com ternura e não com severidade.
Meu Coração é infinitamente sábio, mas também infinitamente santo, e como conhece a miséria e a fragilidade humanas, inclina-se para os pobres pecadores com misericórdia infinita.
Amo as almas depois que cometeram o primeiro pecado, se vêm pedir humildemente perdão. Amo-as ainda, quando choraram o segundo pecado e, se isso se repetir, não digo um bilhão de vezes, mas milhões de bilhões. Amo-as e perdôo-lhes sempre, e lavo no mesmo sangue o último como o primeiro pecado!

Não me canso das almas, e o meu Coração sempre espera que venham refugiar-se n’Ele, por mais miseráveis que sejam. Não tem um pai mais cuidado com filho que é doente, do que com os que têm boa saúde? Para com este filho, não são maiores as suas delicadezas e a sua solicitude. Assim também o meu Coração derrama sobre os pecadores, com mais liberalidade do que sobre os justos, a sua compaixão e a sua ternura.

Dêem-me o seu amor e nunca desconfiem do meu, e sobretudo me dêem a sua confiança e não duvidem da minha misericórdia. É fácil esperar tudo do meu Coração!” (1)
Assim falou o Divino Redentor. Assim continua a nos falar, com o mesmo entranhado e infinito amor de Pai e de Deus. Procuremos ouvi-Lo, esforcemo-nos em seguir o seu carinhoso apelo, em depositar n’Ele essa confiança completa de filhos que tudo podem alcançar das infinitas misericórdias de um Coração onipotente.

Roguemos a Maria Santíssima, Mãe deste Sagrado Coração, que interceda por nós junto a Ele, a fim de que essa Fornalha ardente de caridade “nunca cesse de iluminar o horizonte da vida de cada um de nós, aqueça nossos próprios corações e nos faça abrir nossas almas para o seu amor que é eterno e nunca se consome. O único amor capaz de transformar o mundo e a vida humana” (João Paulo II, Meditações da Ladainha do Sagrado Coração de Jesus, junho de 1985).

(“Sagrado Coração de Jesus, Tesouro de Bondade e Amor”, Mons. João Clá Dias, EP)

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Sagrado Coração, Eucaristia e Nossa Senhora

A fim de mais nos afervorarmos nessa devoção, não será supérfluo salientar o vínculo indissociável entre o Sagrado Coração e o Sacramento da Eucaristia. Neste, Jesus está realmente presente em corpo, sangue, alma e divindade. Portanto, nele se acha vivo e palpitante o seu Coração adorável que convida a si todos os homens.
É através da Eucaristia que Ele realiza as suas promessas, fazendo-nos objetos de seu insondável amor, conforme nos ensina o Papa João Paulo II:
“A infinita majestade de Deus se oculta no Coração humano do Filho de Maria. Este Coração é nossa Aliança. Este Coração é a máxima proximidade de Deus junto à história e aos corações humanos. Este Coração é a maravilhosa condescendência de Deus: o Coração humano que pulsa com a vida divina; a vida divina que pulsa no coração humano.

“Na Santíssima Eucaristia descobrimos com o sentido da fé esse mesmo Coração — o Coração de Majestade Infinita — que (nela) continua latejando com o amor humano de Cristo, Deus-Homem.
“Quão profundamente sentiu este amor o Santo Papa Pio X! Quanto desejou que todos os cristãos, desde os anos da infância, se aproximassem da Eucaristia, recebendo a santa comunhão: para que se unissem a este Coração que é, ao mesmo tempo, para cada um dos homens, Casa de Deus e Porta do Céu.

“Casa, uma vez que, através da comunhão eucarística, o Coração de Jesus estende sua morada a cada um dos corações humanos. Porta, porque em cada um destes corações humanos, Ele abre a perspectiva da eterna união com a Santíssima Trindade” (Meditações da Ladainha do Sagrado Coração, junho de 1985).

Devemos, pois, ir ao Santíssimo Sacramento para encontrarmos o Sagrado Coração, aí acessível a todos, infatigável, prodigalizando as maravilhas de sua bondade, de sua terníssima compaixão pela humanidade pecadora.

Melhor ilustração desse vínculo não poderíamos evocar, senão a que nos mostram as próprias aparições de Paray-le-Monial: na maioria das vezes, o Sagrado Coração se revelou a Santa Margarida-Maria numa hora em que esta, humilde e recolhida nos abençoados silêncios da capela, orava fervorosamente diante do Santíssimo Sacramento.

Imitemos o edificante exemplo dessa zelosa filha de São Francisco de Sales, dessa alma eleita que, por suas excelentes virtudes e obras, até o fim de sua vida não cessou de glorificar e exaltar o divino Coração de Jesus. E, por isso mesmo, mereceu ser inscrita para sempre no rol dos heróis da Fé.
Sim, procuremos seguir o caminho traçado por Santa Margarida-Maria.
Sem nunca nos esquecermos, porém, de que devemos fazê-lo implorando a onipotente mediação de Nossa Senhora. Melhor intercessora não poderíamos invocar, pois Ela é a Mãe do Homem-Deus, Aquela que engendrou e nutriu de seu próprio sangue o Coração de Jesus, A que trouxe encerrado no seu claustro virginal essa fonte de amor infinito, cujas pulsações desde então batem em uníssono com as de seu Coração Imaculado.

Ela é, sobretudo, A que soube corresponder de modo exímio, crescente e ininterrupto às ardentes efusões da caridade de seu Divino Filho, junto a Quem não cessa de pedir por todos e cada um de nós. “Através do Imaculado Coração de Maria permanecemos na aliança com o Coração de Jesus, que é o mais esplêndido e perfeito Tabernáculo do Altíssimo” (João Paulo II, idem).

(Sagrado Coração de Jesus, Tesouro de Bondade e Amor”, Mons João Clá Dias, EP)

Fonte: Arautos do Evangelho

quarta-feira, 9 de junho de 2010

BEATO JOSÉ DE ANCHIETA


Beato José de Anchieta
Apóstolo do Brasil.

Ele nasceu em 19 de março de 1534 em San Cristóvão de La Laguna, Tenerife, Ilhas Canárias, Espanha.
Filho de uma rica e proeminente família e possivelmente parente de Santo Inácio de Loyola, ele foi educado em Portugal. Entrou para a Ordem dos jesuítas em 1551 com
17 anos. Foi missionário no Brasil, chegando 13 de julho em 1553.Apóstolo Nacional do Brasil e co-fundador das cidades de São Paulo e São Sebastiãodo Rio de Janeiro.
Quando jovem deslocou a espinha e quando entrou para os jesuítas foi enviado ao Brasil na esperança que com o seu clima quente suas costas melhorassem. Isto nunca ocorreu e ele estava em constantes dores nas constas por 44 anos que ele trabalhou no Brasil.
Ele e o Jesuíta Manuel da Nóbrega chegaram em Piratininga na festa de São Paulo e assim nomearam a missão como São Paulo. Nascia a cidade de São Paulo. Seus fundadores, sob a inspiração de Manuel da Nóbrega, haviam sido os treze jesuítas chegados de São Vicente. Em 1553 ele se encontrou com os índios Tupis que viviam nas proximidades da missão. Ele dominou rapidamente a língua dos índios. Por duas décadas José trabalhou na gramática indigina e escreveu dicionários que seriam usados pelos portugueses e pelos missionários. José mais tarde foi feito refém por 5 meses pelos índios da tribo do Tamoios e durante este tempo ele compôs um poema em latim em Honra a Santíssima Virgem.Como não tinha papel e tinta, ele escreveu na areia molhada e memorizou os versos. Quando de novo voltou para São Vicente ele passou ,ao todo, 4.172 linhas para o papel. José converteu a tribo dos Maramomis e compôs peças para os estudantes representarem. Ele as compunha em latim ,espanhol, português e em Tupi (a mais usada das línguas indiginas). Como os seus dramas foram os primeiros escritos no Brasil, José é conhecido como o "Pai da Literatura Nacional Brasileira".
Foi indicado Provincial Jesuíta em 1577 . Em carta para seus colegas missionários ele os advertia que o desejo de converter apenas, não era suficiente "E necessário vir com uma sacola cheia de virtudes".
Ele faleceu em 9 de junho de 1597 em Reritiba( hoje Anchieta) no Estado do Espirito Santo, Brasil.
Foi beatificado em 22 de junho de 1980 pelo Papa João Paulo II.

Fonte: cademeusanto

segunda-feira, 7 de junho de 2010

PAPA SE DESPEDE DE CHIPRE

SÍNODO, ECUMENISMO E PAZ: PAPA SE DESPEDE DE CHIPRE

Larnaca,

– A intensa visita de três dias de Bento XVI a Chipre se concluiu esta tarde no Aeroporto Internacional de Larnaca (antiga cidade fenícia que nasceu no IX século a.C.)Assim como na chegada, a cerimônia se realizou com a saudação do Presidente da República de Chipre, Demetris Christofias, e com o discurso do Santo Padre, que recapitulou os principais momentos da viagem, marcada pelos temas do Sínodo, do ecumenismo e da paz no Oriente Médio.Mais uma vez, o Papa falou da riqueza de culturas que compõem o Mediterrâneo e, não obstante, os conflitos e o derramamento de sangue que se verificam na região, "como vimos nos últimos dias" (em alusão à blitz israelense perto da Faixa de Gaza). É preciso duplicar os esforços a fim de construir uma paz real e duradoura, pediu o Pontífice, ressaltando o papel de Chipre na promoção do diálogo e da cooperação. Pernoitando na Nunciatura Apostólica, que se encontra na zona controlada pelas Nações Unidas, o Papa disse que pôde observar pessoalmente as conseqüências da "triste divisão" da Ilha e, ao mesmo tempo, ouvir de muitos cipriotas provenientes do norte o anseio por um restabelecimento da paz. Muito já foi feito, constatou Bento XVI, mas muito permanece por fazer para recompor as divisões. O Papa falou ainda do diálogo inter-religioso, fazendo votos de que, juntos, cristãos e muçulmanos se tornem um fermento de paz e reconciliação entre os cipriotas e isso sirva de exemplo para os outros países.Sobre as relações ecumênicas, evocou o abraço em Jerusalém do então Patriarca Atenágoras e de seu predecessor Paulo VI – abraço profético que indicou a estrada a percorrer. "Temos um chamado divino a sermos irmãos, a caminhar lado a lado na fé" – disse, garantindo o empenho da Igreja Católica para alcançar o objetivo da perfeita unidade. Após abençoar uma árvore de oliveira, símbolo da paz, Bento XVI embarcou no avião de bandeira da República de Chipre em direção ao Vaticano, onde sua chegada está prevista para as 20h45, horário local. (BF)

Fonte: RV

domingo, 6 de junho de 2010

CRISTÃOS, ARTESÃOS DA PAZ. BENTO XVI RENOVA APELO PELA PAZ NA TERRA SANTA

CRISTÃOS, ARTESÃOS DA PAZ. BENTO XVI RENOVA APELO PELA PAZ NA TERRA SANTA

Nicósia, 06 jun (RV)

– A viagem de Bento XVI a Chipre alcançou esta manhã o seu ápice com a publicação do Instrumento de Trabalho (Instrumentum Laboris) da Assembleia Especial para o Oriente Médio do Sínodo dos Bispos. O ato ocorreu durante a celebração da Santa Missa no Ginásio de Esportes Elefthería de Nicósia, capital da Ilha.Na presença de seis mil fiéis, entre os quais os patriarcas e os bispos católicos do Oriente Médio, o Papa desenvolveu sua homilia sobre o Corpo e Sangue do Senhor, na Solenidade de Corpus Christi, que o Brasil celebrou quinta-feira passada. O papa citou Santo Agostinho, que nos recorda que o pão não é preparado a partir de um só grão, mas de inúmeros grãos: "Cada um de nós que pertencemos à Igreja precisa sair do mundo fechado da própria individualidade e aceitar a companhia daqueles que partilham o pão conosco. Não devo mais pensar a partir de 'mim mesmo', mas de 'nós'. É por isso que todos os dias pedimos ao 'nosso' Pai que nos dê o pão 'nosso' de cada dia". Para entrar na vida divina, prosseguiu o pontífice, a primeira premissa é derrubar as barreiras entre nós e nossos vizinhos e nos libertar de tudo aquilo que nos bloqueia e isola: temor e desconfiança de uns para com os outros, avidez e egoísmo, falta de vontade de aceitar o risco da vulnerabilidade à qual nos expomos quando nos abrimos ao amor. Em grego, Bento XVI afirmou: "Caros irmãos e irmãs em Cristo, hoje somos chamados a ser um só coração e uma só alma, para aprofundar nossa comunhão com o Senhor e uns com os outros, e testemunhá-Lo diante do mundo". Hoje, continuou o Papa, somos chamados a superar as nossas diferenças, a levar paz e reconciliação onde há conflitos e a oferecer ao mundo uma mensagem de esperança. "Somos chamados a atender os que estão em necessidade, partilhando generosamente nossos bens terrenos com os menos favorecidos. E somos chamados a proclamar incessantemente a morte e ressurreição do Senhor, até que Ele venha."No final da celebração, tomou a palavra o Secretário-Geral do Sínodo dos Bispos, Dom Nikola Eterovic, convidando o Papa a entregar o Instrumento de trabalho.Com a convocação deste Sínodo, recordou o Arcebispo, todos os bispos do Oriente Médio, inclusive aqueles da Diáspora, refletirão sobre a atual situação eclesial e social nas respectivas Igrejas."No Oriente Médio, há situações difíceis, que podem ser comparadas com a dispersão das pessoas em busca de alimento para sobreviver "em uma região deserta" – constatou Dom Eterovic, recordando que a finalidade do Sínodo será implorar de Deus Uno e Trino a graça de doar um novo dinamismo pastoral às Igrejas na região, para que possam prosseguir sua providencial missão.Antes de sua saudação, Bento XVI quis recordar a morte do Presidente da Conferência Episcopal Turca, Dom Luigi Padovese, que contribuiu à preparação do Instrumentum laboris."As notícias de sua imprevisível e trágica morte, na quinta-feira, nos surpreenderam e nos chocaram" – afirmou o pontífice, destacando seu trabalho em prol do diálogo inter-religioso, ecumênico e cultural. "Sua morte é um lembrete da vocação de todo cristão de ser testemunha corajosa em toda circunstância daquilo que é bom, nobre e justo."A seguir, o Papa afirmou que o Oriente Médio tem um lugar especial nos corações de todos os cristãos, já que foi ali que Deus se revelou.Desde então, os cristãos olham para o Oriente Médio com uma reverência especial e continuam presentes na região apesar das hostilidades que, às vezes, são obrigados a enfrentar. Eis, portanto, que o Sínodo é uma ocasião para os cristãos do resto do mundo de oferecerem apoio espiritual e solidariedade aos irmãos e irmãs do Oriente Médio. Muitas vezes, continuou, os cristãos atuam como "artesãos da paz" no difícil processo de reconciliação: "Vocês merecem o reconhecimento pelo papel inestimável que desempenham. É minha firme esperança que seus direitos sejam sempre mais respeitados, inclusive o direito à liberdade de culto e à liberdade religiosa, e que jamais sofram discriminações de qualquer tipo".E antes de entregar pessoal e individualmente o texto aos patriarcas e bispos presentes, Bento XVI renovou seu apelo por um esforço internacional urgente e conjunto a fim de resolver as tensões que permanecem no Oriente Médio, em especial na Terra Santa, antes que esses conflitos levem a um derramamento de sangue ainda maior. (BF)

Fonte: RV

MARIA TORNOU REALIDADE A ESPERANÇA DA HISTÓRIA

ANGELUS: MARIA TORNOU REALIDADE A ESPERANÇA DA HISTÓRIA

Nicósia, 06 jun (RV) – No Angelus que se seguiu à celebração eucarística no Ginásio de Esportes Elefthería de Nicósia, capital de Chipre, Maria foi o centro da alocução de Bento XVI.Através do "sim" de Maria, a esperança da história tornou-se uma realidade, com a vinda ao mundo de Jesus, afirmou o Papa. Essa mesma esperança vacilou, cerca de 30 anos depois, com a Crucificação do Filho. Todavia, na desolação do Sábado Santo, a certeza da esperança amparou Maria até chegar a alegria da manhã da Páscoa."Também nós, seus filhos, vivemos na mesma esperança confiante de que o Verbo feito carne no seio de Maria jamais nos abandonará. Ele, o Filho de Deus e o Filho de Maria, fortifica a comunhão que nos une, de modo que possamos nos tornar testemunhas Dele e do poder do Seu amor, que cura e reconcilia" – afirmou Bento XVI, implorando a intercessão da Virgem Maria pelo povo de Chipre e pela Igreja no Oriente Médio.Em polonês, o Papa recordou a beatificação hoje, na Polônia, de Jerzy Popieluszko, sacerdote e mártir."Envio cordial saudação à Igreja na Polônia que hoje se alegra com a elevação aos altares do Padre Jerzy Popieluszko. Seu serviço zeloso e seu martírio são um sinal especial de vitória do bem sobre o mal. Possa o seu exemplo e a sua intercessão alimentar o zelo dos sacerdotes e acender nos fiéis a chama do amor." (BF)

Fonte: RV

A RIQUEZA DA IGREJA

LITURGIAS E LÍNGUAS: A RIQUEZA DA IGREJA
Nicósia, 06 jun (RV)

– O penúltimo compromisso de Bento XVI em terras cipriotas foi a visita à Catedral maronita de Nossa Senhora das Graças, na capital Nicósia, consagrada em 1960.Na presença dos fiéis maronitas, o Papa recordou a presença desta comunidade em Chipre, marcada por uma longa e rica história, mas também por episódios turbulentos. Todavia, apesar das provações, eles permaneceram perseverantes na fé: "Eu os exorto a fazerem tesouro desta grande herança, deste precioso dom".A seguir, Bento XVI falou do grande templo que é o Corpo Místico de Cristo, que se expressa na variedade de liturgias, de línguas e de lugares onde os cristãos se encontram. Manifestação da única voz do Povo de Deus, essa comunhão nos impulsiona a levar a Boa Nova a toda a humanidade."Este é o empenho que eu compartilho com vocês hoje: rezo para que a Igreja maronita, em união com todos os pastores e com o Bispo de Roma, possa crescer em santidade, na fidelidade ao Evangelho e no amor pelo Senhor e pelo próximo" – disse Bento XVI em grego. Depois da saudação do pontífice, seguiu a "Oração do Perdão" (segundo a liturgia síria), pronunciada pelo Patriarca maronita, Card. Nasrallah Sfeir, o hino de invocação a Nossa Senhora e a entrega de um dom ao Papa.Concluída a visita, Bento XVI se dirigiu ao Aeroporto Internacional de Larnaca, para a cerimônia de despedida. (BF)


Fonte: RV

sábado, 5 de junho de 2010

CHIPRE UM GRANDE EVENTO

EDITORIAL: CHIPRE UM GRANDE EVENTO

Cidade do Vaticano, 05 jun (RV)

- Bento XVI se encontra em terras cipriotas desde a manhã de sexta-feira última, uma visita a um pequeno país, sem grandes multidões a acolhê-lo, mas mesmo assim um grande evento. A viagem de Bento XVI a Chipre é rica de sinais e de significados: pela primeira vez o país é visitado por um Pontífice e esse fato dá um significado especial, quer pela dimensão missionária, nos passos de São Paulo, quer pelo aspecto pastoral, ligado ao encontro com a Igreja em Chipre. Temos ainda o ainda o quadro ecumênico, pois a maioria da população é ortodoxa.Mas o que determina a importância da viagem de Bento XVI a Chipre além de confirmar os fiéis na fé é a publicação do Instrumentum laboris do próximo Sínodo dos Bispos para o Oriente Médio, por isso a visita tem uma dimensão ainda mais ampla e diz respeito a todo o Oriente Médio. Dois fatos marcaram os dias que precederam a chegada do Papa: O ataque israelense contra a frota pró-palestina, que causou várias mortes – o Papa disse que “diante de casos de violência, é necessário não perder a paciência, o valor, a capacidade de voltar ao início”, e o assassinato do Vigário Apostólico de Anatólia e Presidente da Conferência Episcopal da Turquia, Dom Luigi Padovese. Dor, tristeza e esperança se misturam neste momento enquanto se multiplicam esforços e orações em favor da reconciliação e da paz na região.Passado pouco mais de um ano, é como se o Papa voltasse à Terra Santa. Visitando a pequena minoria católica que vive em Chipre, Bento XVI abraça os fiéis de todo o Oriente Médio e reforça o seu olhar ecumênico tão importante no seu Pontificado.Com a visita de Bento XVI tem início ainda uma nova etapa no diálogo entre ortodoxos e católicos, dando ainda mais ênfase e importância a esse diálogo, hoje mais do que nunca vital para a difusão do Evangelho em sociedades e terras cada vez mais secularizadas. (SP)

Fonte: RV

sexta-feira, 4 de junho de 2010

"SUICIDIO DEMOGRAFICO" DA ITÁLIA



Presidente da CEI adverte contra “suicídio demográfico” da Itália
Pede proteção para as famílias saírem da crise
Por Antonio Gaspari

ROMA,

-O inverno demográfico e a falta de trabalho, sobretudo dos jovens, são os dois problemas mais graves que a Itália deve enfrentar nesse momento.

Assim afirmou o cardeal Angelo Bagnasco, arcebispo de Gênova e presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), durante a abertura, no Vaticano, da Assembleia Plenária dos bispos italianos, realizada na semana passada.

O purpurado quis alertar sobretudo sobre o "lento suicídio demográfico ao qual a Itália está se dirigindo".

Mais de 50% das famílias italianas atuais não têm filhos, e entre as que têm, quase metade tem somente um e o restante, dois. Só 5,1% das famílias têm três ou mais filhos.

"Por isso - afirmou o arcebispo de Gênova -, é urgente uma política que oriente os filhos, que querem desde já se encarregar de uma mudança 'geracional‘ equilibrada."
Segundo o presidente dos bispos italianos, "a família fundada nesse bem inalterável que é o matrimônio entre um homem e uma mulher, deve ser defendida e continuamente preservada e determinante na hora de dar perspectiva de vida a nosso presente".

Trabalho e jovens

O presidente da CEI destacou que outro ponto essencial para que a Itália saia dessa crise é o trabalho, que é "o recurso, a cota mínima de capital que a sociedade proporciona a cada cidadão, em particular aos jovens em busca do primeiro emprego, para que possam se isentar e, encontrando sentido no que fazem, possam se sentir úteis como fator de crescimento e desenvolvimento".

O arcebispo de Gênova convidou o governo e as forças sociais a potencializarem as pequenas e médias indústrias, colocá-las em rede também no plano decisivo, qualificar o setor da pesquisa e o turístico, potencializar a agricultura e o artesanato, racionalizar a distribuição, facilitar o cooperativismo.

Clero e abusos

Outra questão central em sua intervenção foram os atuais escândalos por abusos sexuais cometidos por membros do clero, animando aos fiéis a "viver de forma cristã neste momento de prova", contudo, "nos termos de um exame de consciência".

O cardeal Bagnasco disse que a pedofilia é um "pecado assustador" e afirmou que o Papa é "intransigente com toda a sujeira, tendo decisões de transparência e limpeza. Com ele a Igreja aprendeu e aprende a não ter medo da verdade, ainda que seja dolorosa e odiosa, a não calar-se ou se encobrir".

O purpurado acrescentou que "sem evocar aqui as posturas extremas daqueles que, no Ocidente, tentam dar dignidade política à prática pedófila, temos que dizer que nos movemos em uma contradição cultural e ética" nesta questão.

"Hoje existe uma inquestionável exasperação da dimensão da sexualidade, que se distingue por ser cansadamente obsessiva e que não pode deixar de produzir efeitos indesejados nas atitudes das pessoas, em particular das psicologicamente mais frágeis e expostas."


Fonte: ZENIT.org

quinta-feira, 3 de junho de 2010

CORPUS CHRISTI



Mais do que a Encarnação ou a morte na Cruz, o amor de Deus para com os homens manifestado na Eucaristia ultrapassa nossa capacidade de compreensão.



lara Isabel Morazzani Arráiz, EP

Maria e Jesus caminham juntos. Através d'Elaqueremos permanecer em diálogo com o Senhor,aprendendo deste modo a recebê-Lo melhor.(Bento XVI, homilia de 11/9/2006)
Corria o ano de 1264.
O Papa Urbano IV mandara convocar uma seleta assembleia que reunia os mais famosos mestres de Teologia daquele tempo. Entre eles encontravam-se dois varões conhecidos não só pelo brilho da inteligência e pureza da doutrina, mas, sobretudo, pela heroicidade de suas virtudes: São Tomás de Aquino e São Boaventura.

A razão da convocatória relacionava- se com uma recente bula Pontifícia instituindo uma festa anual em honra do Santíssimo Corpo de Cristo. Para o máximo esplendor desta comemoração, desejava Urbano IV que fosse composto um Ofício, bem como o próprio da Missa a ser cantada naquela solenidade.
Assim, solicitou de cada um daqueles doutos personagens uma composição a ser-lhe apresentada dentro de alguns dias, a fim de ser escolhida a melhor.
Célebre tornou-se o episódio ocorrido durante a sessão.
O primeiro a expor foi Frei Tomás. Serena e calmamente, desenrolou um pergaminho e os circunstantes ouviram a declamação pausada da Sequência por ele composta:
Lauda Sion Salvatorem, lauda ducem et pastorem in hymnis et canticis (Louva, Sião, o Salvador, o teu guia, o teu pastor com hinos e cânticos) ... Maravilhamento geral.

Frei Tomás concluiu: ...tuos ibi commensales, cohæredes et sodales, fac sanctorum civium (admiti-nos no Céu, à Vossa mesa, e fazei-nos coherdeiros na companhia dos que habitam a Cidade Santa).

Frei Boaventura, digno filho do Poverello, rasgou sem vacilações sua composição, e os demais o imitaram, rendendo tributo ao gênio e à piedade do Aquinate. A posteridade não conheceu as demais obras, sem dúvida sublimes também, mas imortalizou o gesto de seus autores, verdadeiro monumento de humildade e despretensão.

Origem da festa de "Corpus Christi"

Vários motivos haviam conduzido a Sé Apostólica a dar esse novo impulso à piedade eucarística, estendendo a toda a Igreja uma devoção que já se praticava em certas regiões da Bélgica, Alemanha e Polônia. O primeiro deles remonta à época em que Urbano IV, então membro do clero de Liège, na Bélgica, analisou de perto o conteúdo das revelações com as quais o Senhor Se dignara favorecer uma jovem religiosa do mosteiro agostiniano de Mont Cornillon, próximo a essa cidade.

Em 1208, quando contava apenas 16 anos, Juliana fora objeto de uma singular visão: um refulgente disco branco, semelhante à lua cheia, tendo um dos seus lados obscurecido por uma mancha. Após alguns anos de intensa oração, fora-lhe revelado o significado daquela luminosa "lua incompleta": ela simbolizava a Liturgia da Igreja, à qual faltava uma solenidade em louvor ao Santíssimo Sacramento. Santa Juliana de Mont Cornillon fora por Deus escolhida para comunicar ao mundo esse desejo celeste.

Mais de vinte anos se passaram até que a piedosa monja, dominando a repugnância proveniente de sua profunda humildade, se decidisse a cumprir sua missão, relatando a mensagem que recebera. A pedido seu, foram consultados vários teólogos, entre o quais o padre Jacques Pantaléon - futuro Bispo de Verdun e Patriarca de Jerusalém -, e este mostrou- se entusiasta das revelações de Juliana.
Transcorridas algumas décadas, e já após a morte da santa vidente, quis a Divina Providência que ele fosse elevado ao Sólio Pontifício, em 1261, tomando o nome de Urbano IV.

Que seria a Igreja sem a Eucaristia? Seria um museudotado de coisas antigas e preciosas, mas sem vida.(...) Por isso Jesus Cristo na Eucaristia é o coraçãoda Igreja. (...) (D. Antonio Augusto dos SantosMarto, Bispo Leiria-Fátima)

Encontrava-se esse Papa em Orvieto, no verão de 1264, quando chegou a notícia de que, a pouca distância dali, na cidade de Bolsena, durante uma Missa na Igreja de Santa Cristina, o celebrante - que passava por provações quanto à presença real de Cristo na Eucaristia - vira transformar- se em suas próprias mãos a Sagrada Hóstia em um pedaço de carne, que derramava abundante sangue sobre os corporais.
A notícia do milagre espalhou-se rapidamente pela região. Informado de todos os detalhes, o Papa mandou trazer as relíquias para Orvieto, com a reverência e a solenidade devidas. E ele mesmo, acompanhado de numerosos Cardeais e Bispos, saiu ao encontro da procissão formada para conduzi-las à catedral.

Pouco depois, em 11 de agosto do mesmo ano, Urbano IV emitia a bula Transiturus de hoc mundo, pela qual determinava a solene celebração da festa de Corpus Christi em toda a Igreja.
Uma afirmação contida no texto do documento deixava entrever ainda um terceiro motivo que contribuíra para a promulgação da mencionada festa no calendário litúrgico: "Ainda que renovemos todos os dias na Missa a memória da instituição desse Sacramento, estimamos todavia, conveniente que seja celebrada mais solenemente pelo menos uma vez ao ano para confundir particularmente os hereges; pois, na Quinta-Feira Santa a Igreja ocupa-se com a reconciliação dos penitentes, a consagração do santo crisma, o lava-pés e muitas outras funções que lhe impedem de voltar-se plenamente à veneração desse mistério".

Assim, a solenidade do Santíssimo Corpo de Cristo nascia também para contrarrestar a perniciosa influência de certas ideias heréticas que se alastravam entre o povo, em detrimento da verdadeira Fé.

Já no século XI, Berengário de Tours se opusera abertamente ao Mistério do Altar, negando a transubstanciação e a presença real de Jesus Cristo em Corpo, Sangue, Alma e Divindade nas sagradas espécies. Segundo ele, a Eucaristia não passava de um pão bento, dotado de um simbolismo especial. E em inícios do século XII, o heresiarca Tanquelmo espalhara seus erros em Flandres, principalmente na cidade de Antuérpia, afirmando que os Sacramentos, e sobretudo, a Santíssima Eucaristia, não possuíam valor algum.

Embora todas essas falsas doutrinas já estivessem condenadas pela Igreja, algo de seus ecos nefandos ainda se faziam sentir pela Europa cristã. Assim, Urbano IV não julgou supérfluo censurá-las publicamente, de modo a tirar-lhes todo prestígio e penetração.

A Eucaristia passa a ser o centro da vida cristã

A partir desse momento, a devoção eucarística desabrochou com maior vigor entre os fiéis: os hinos e antífonas compostos por São Tomás de Aquino para a ocasião - entre os quais o Lauda Sion, verdadeiro compêndio da teologia do Santíssimo Sacramento, chamado por alguns o credo da Eucaristia - passaram a ocupar lugar de destaque dentro do tesouro litúrgico da Igreja.

No transcurso dos séculos, sob o sopro do Espírito Santo, a piedade popular e a sabedoria do Magistério infalível aliaram-se na constituição dos costumes, usos, privilégios e honras que hoje acompanham o Serviço do Altar, formando uma rica tradição eucarística.

Ainda no século XIII, surgiram as grandes procissões conduzindo o Santíssimo Sacramento pelas ruas, primeiro dentro de uma âmbula coberta, e mais tarde exposto no ostensório. Também neste ponto o fervor e o senso artístico das várias nações esmeraram-se na elaboração de custódias que rivalizavam em beleza e esplendor, na confecção de ornamentos apropriados e na colocação de imensos tapetes florais ao longo do caminho a ser percorrido pelo cortejo.

Os Papas Martinho V (1417-1431) e Eugênio IV (1431-1447) concederam generosas indulgências a quem participasse das procissões. Mais tarde, o Concílio de Trento - no seu Decreto sobre a Eucaristia, de 1551 - sublinharia o valor dessas demonstrações de Fé: "O santo Sínodo declara que é piedoso e religioso o costume, introduzido na Igreja de Deus, de celebrar todos os anos com singular veneração e solenidade, em dia festivo e peculiar, este excelso e venerável Sacramento, levando-O em procissões por vias e locais públicos com reverência e honra".1

O amor eucarístico do povo fiel não se restringiu, porém, a manifestações externas; pelo contrário, elas eram a expressão de um sentimento profundo posto pelo Espírito Santo nas almas, no sentido de valorizar o precioso dom da presença sacramental de Jesus entre os homens, conforme Suas próprias palavras: "Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo" (Mt 28, 20). O mistério de amor de um Deus que não só Se fez semelhante a nós para resgatar-nos da morte do pecado, mas quis, num extremo de ternura, permanecer entre os Seus, ouvindo seus pedidos e fortalecendo- os em suas tribulações, passou a ser o centro da vida cristã, o alimento dos fortes, a paixão dos santos.

«Ao levar a Eucaristia pelas ruas e as praças, queremossubmergir o Pão descido do céu no cotidiano denossa vida; queremos que Jesus caminhe ondenós caminhamos, que viva onde vivemos» (Papa Bento XVI - Angelus 18-6-2006)

São Pedro Julião Eymard, ardoroso devoto e apóstolo da Eucaristia, exprimiu em termos cheios de unção esta celestial "loucura" do Salvador ao permanecer como Sacramento de vida para nós:
"Compreende-se que o Filho de Deus, levado por Seu amor ao homem, tenha-Se feito homem como ele, pois era natural que o Criador tivesse interesse na reparação da obra saída de Suas mãos. Que, por um excesso de amor, o Homem-Deus morresse sobre a Cruz, compreende-se também. Mas o que já não se compreende, aquilo que espanta os débeis na Fé e escandaliza os incrédulos, é que Jesus Cristo glorioso e triunfante, depois de ter terminado Sua missão na terra, queira ainda permanecer conosco, num estado mais humilhante e aniquilado do que em Belém e no Calvário".2

"Desejei ardentemente comer convosco esta Páscoa"

A Eucaristia é o maior e o mais sublime de todos os Sacramentos. Embora o Batismo, sob certo ponto de vista, mereça o primeiro lugar por nos introduzir na vida divina, tornando- nos filhos de Deus e participantes de Sua natureza, a Eucaristia supera- o quanto à substância, pois tratase do verdadeiro Corpo, Sangue Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo.

O próprio momento e as circunstâncias solenes em que foi instituído indicam sua importância e a veneração que Cristo queria infundir nas almas de seus discípulos por este admirável Sacramento. Para isto reservou Ele as últimas horas que Lhe restavam de convívio com os Apóstolos antes de caminhar para a morte, pois "as últimas ações e palavras que fazem e dizem os amigos no momento de se separar, gravam- se mais profundamente na memória e imprimem-se mais fortemente na alma".3

Naqueles instantes - poder-se-ia afirmar - Seu adorável Coração pulsava com santa pressa de realizar, no tempo, aquilo que desde toda a eternidade contemplara em Sua ciência divina. Suas palavras "desejei ardentemente comer convosco esta Páscoa, antes de sofrer" (Lc 22, 15), deixam transparecer claramente os inefáveis anseios de amor do Deus Encarnado por todos os homens, a "multidão de irmãos" (Rm 8, 29), pelos quais iria oferecer-Se naquela mesma noite.

O desejo do Divino Mestre era de que o mistério de Seu Corpo e Sangue se perpetuasse pelos séculos futuros: "Fazei isto em memória de Mim" (Lc 22, 19). Entretanto, devemos considerar que já bem antes da Encarnação havia a Divina Providência multiplicado os símbolos e as figuras que permitiriam aos homens melhor compreender e amar este Sacramento.

A este respeito, diz São Tomás de Aquino: "Este Sacramento é especialmente um memorial da Paixão de Cristo; e convinha que a Paixão de Cristo, pela qual Ele nos redimiu, fosse préfigurada para que a Fé dos antigos se encaminhasse ao Redentor".4

Melquisedec: símbolo e prenúncio do Supremo Sacerdote

Um dos sinais mais remotos da Eucaristia aparece no capítulo 14 do Gênesis, naquele personagem fascinante e misterioso que saiu ao encontro de Abraão quando este voltava de sua vitória contra os reis, e o abençoou, oferecendo pão e vinho. Melquisedec, "rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo" (Gn 14, 18), reunia em si as glórias da realeza, a santidade sacerdotal e o carisma profético.

A Eucaristia é o mais alto ícone da Beleza de Deusrevelada em Cristo, porque é a presença real do"mais belo entre os filhos dos homens", a verda-deira beleza em pessoa. (D. Antonio Augusto dosSantos Marto, Bispo Leiria-Fátima)

Ele é bem o símbolo dAquele que mais tarde proclamaria diante de Pilatos: "Eu sou Rei" (Jo 18, 37) e a propósito do qual todos comentavam: "um grande profeta surgiu entre nós" (Lc 7, 16).
Mas naquilo em que Melquisedec mostrou-se mais plenamente imagem de Cristo, foi na posse de um sacerdócio superior ao de Aarão, como está escrito na Carta aos Hebreus: "Se a perfeição tivesse sido realizada pelo sacerdócio levítico, [...] que necessidade havia ainda de que surgisse outro sacerdote segundo a ordem de Melquisedec, e não segundo a ordem de Aarão? Isto se torna ainda mais evidente se se tem em conta que este outro sacerdote, que surge à semelhança de Melquisedec, foi constituído não por prescrição de uma lei humana, mas pela sua imortalidade. Porque está escrito: ‘Tu és sacerdote eternamente segundo a ordem de Melquisedec'" (Hb 7, 11. 15-17).

Jesus Cristo, porém, ao descer à terra, não mais oferece pão e vinho, como outrora Melquisedec, mas sim a oblação pura de Seu Corpo e Sangue: "Não Vos comprazeis em nenhum sacrifício, em nenhuma oferenda, mas formastes-Me um corpo: não desejais holocausto nem vítima de expiação. Então Eu disse: ‘Eis que venho'" (Sl 39, 7-8). Assim Ele levou à plenitude aquilo que Melquisedec apenas prenunciara.

O Cordeiro entregue à morte pelos pecados do povo

No Livro do Êxodo abundam as figuras que nos aproximam da Eucaristia. Encontramo-las, sobretudo, na ceia pascal, prescrita em suas minúcias pelo próprio Deus a Moisés, na qual deveriam os israelitas imolar um cordeiro sem defeito e comê-lo com pães ázimos ao cair da tarde.
A este respeito, ensina o Doutor Angélico: "Neste Sacramento podemos considerar três aspectos: o que é o sinal sacramental, ou seja, o pão e o vinho; o que é realidade e sinal sacramental, ou seja, o verdadeiro Corpo de Cristo; e o que é só realidade, a saber, o efeito deste Sacramento. [...] O cordeiro pascal prefigurava este Sacramento sob os três aspectos. Quanto ao primeiro, porque era comido com pães ázimos, conforme a prescrição: ‘Comerão a carne com pães sem fermento'. Quanto ao segundo, porque era imolado no décimo quarto dia do mês por toda a multidão dos filhos de Israel: nisto era figura da Paixão de Cristo que por Sua inocência é chamado de cordeiro. Quanto ao efeito, porque pelo sangue do cordeiro pascal os filhos de Israel foram protegidos do anjo devastador e libertos da escravidão do Egito".5

O pão sem fermento, com o qual deviam os judeus comer a carne do cordeiro, representava também a integridade do Corpo de Cristo, concebido no seio puríssimo de Maria, sem mancha alguma de pecado, e que, após a morte, não experimentou a corrupção do sepulcro, como anunciara Davi: "Não permitireis que Vosso Santo conheça a corrupção" (Sl 15, 10).

Por isso o Salvador escolheu a noite da Páscoa, principal das festas judaicas, para deixar à humanidade Seu legado de amor, dando a entender que Ele mesmo é o Cordeiro imaculado, entregue à morte para tirar os pecados do mundo, por cujo sangue seria afastada a sentença de condenação que sobre nós pesava desde a queda de Adão e Eva.

Aquela oferenda que os israelitas, reunidos em Jerusalém, imolavam sob as sombras de uma figura profética, o Senhor, rodeado de um punhado de discípulos, levava à perfeição, no exíguo ambiente do Cenáculo. Entretanto, aquilo que as circunstâncias obrigavam Jesus a realizar na escuridão, os Apóstolos deveriam, no momento propício, dizer às claras e publicar de cima dos telhados (cf. Mt 10, 27), de maneira que o Sacrifício da Nova Aliança substituísse definitivamente os antigos sacrifícios e fosse celebrado diariamente sobre todos os altares da terra. Cumprir-se-ia assim a palavra do Espírito Santo pronunciada pela boca de Malaquias: "Do nascente ao poente, Meu nome é grande entre as nações e em todo lugar se oferecem ao Meu nome o incenso, sacrifícios e oblações puras" (Ml 1, 11).

A respeito desta passagem profética, assim comenta Alastruey: "Estes, são, pois, os caracteres do novo culto vaticinados por Malaquias: universalidade absoluta de tempos e lugares; pureza objetiva da vítima em si, incapaz de ser manchada por indignidade alguma do ofertante; excelência insigne, da qual resultará uma grande glorificação de Deus entre os povos".6

Alimento que reparava as forças e dava vigor

Quem come minha Carne e bebe meu Sangue tem a vida eterna" (Jo 6, 54).

Outra imagem de grande eloquência é a do maná, ao qual o próprio Jesus faz alusão no sermão sobre o Pão da Vida, referido no capítulo sexto de São João. Este alimento branco e miúdo como a geada (cf. Ex 16, 14), contendo em si todos os sabores (cf. Sb 16, 20), que nutriu o povo eleito durante a longa viagem pelo deserto, é símbolo também do Pão do Céu, penhor da ressurreição futura, que alimenta todo cristão, dando-lhe as graças e a fortaleza necessárias para atravessar o deserto desta vida e chegar à Terra Prometida, ou seja, à Pátria Celeste.

"O maná - comenta ainda São Pedro Julião Eymard - que Deus fazia cair cada manhã sobre o acampamento dos israelitas, continha todos os gostos e propriedades; reparava as forças decaídas, dava vigor ao corpo e era um pão muito suave.
Também a Eucaristia, prefigurada no maná, contém todo gênero de virtudes; é remédio contra nossas enfermidades, força contra nossas fraquezas cotidianas, fonte de paz, de gozo e felicidade".7
A mesa revestida de ouro

Encontramos por fim, ainda no Êxodo, mais uma prefigura desse divino Sacramento, na ordem dada por Deus a Moisés para fazer uma mesa de madeira revestida de ouro puro, onde seriam colocados permanentemente diante do Senhor os pães sagrados ou pães da proposição.

Aqueles pães, "porção santíssima" (Lv 24, 9) que só aos sacerdotes era permitido comer, exigiam a pureza ritual dos corpos (cf. I Sm 21, 4-5) e deviam ser consumidos "em lugar santo" (Lv 24, 9).
De nós, se queremos nos aproximar da mesa da Eucaristia, exige-se uma purificação muito superior àquela prescrita pela Lei mosaica: nossa alma - animada por uma reta intenção e com o firme propósito de enveredar pelas vias da perfeição - deve estar livre de pecado mortal.
De outro modo, esse inefável Sacramento será para nós causa de condenação: "Todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpável do corpo e do sangue do Senhor. Cada um se examine a si mesmo, e assim coma desse pão e beba desse cálice. Aquele que o come e o bebe sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação" (I Cor 11, 27-29).

Por outro lado, se os pães da proposição estavam reservados exclusivamente a Aarão e seus descendentes, Nosso Senhor Jesus Cristo, o verdadeiro Pão da proposição, oferece- Se em alimento a todos os fiéis, sem exceção, dando aos homens um privilégio do qual aos Anjos, por sua natureza, não é dado gozar. "Coisa admirável! Os pobres, os servos e os humildes comem o seu próprio Senhor" - canta-se no hino Sacris Solemnis, também composto por São Tomás de Aquino para a festa do Corpus.

A mesa de ouro sobre a qual se achavam os pães encerra outro simbolismo muito elevado: ela prefigura a Mãe de Deus, em cujo seio foi formado o Corpo de Jesus. Assim comenta o padre Jourdain: "Maria é a mesa mística magnificamente ornada e feita de madeira incorruptível, que Deus preparou para os que se comprazem na meditação das coisas divinas. Ela é a mesa santa e sagrada, portando o Pão da Vida, Jesus Cristo Nosso Senhor, o sustentáculo do mundo".8

A Eucaristia é a saúde da alma e do corpo, remédio detoda enfermidade espiritual, cura os vícios, reprime aspaixões, vence ou enfraquece as tentações, comunicamaior graça, confirma a virtude nascente, confirmaa fé, fortalece a esperança, inflama e dilata a caridade. (Imitação de Cristo, Tomás de Kempis):

Muitos outros indícios do Sacramento da Eucaristia no Antigo Testamento poderiam ser mencionados: Abraão oferecendo seu filho Isaac em sacrifício (cf. Gn 22, 1-13); o pão cozido sob cinza, pelo qual Elias recobrou as forças para andar quarenta dias e quarenta noites até chegar ao Horeb, Monte de Deus (cf. I Rs 19, 5-8); a multiplicação dos pães operada pelo profeta Eliseu para alimentar cem pessoas (cf. II Rs 4, 42-44); etc.

Preparação próxima para a revelação da Eucaristia

Já no Novo Testamento encontramos três sinais insignes pelos quais o Salvador preparou as almas para o grande mistério cuja manifestação reservara para a véspera de Sua Paixão.

Primeiro, a transmutação da água em vinho, nas bodas de Caná da Galileia, cujo efeito nos é relatado por São João: "manifestou a Sua glória, e os Seus discípulos creram nEle" (Jo 2, 11). Mais tarde, a multiplicação dos pães, pela qual Jesus saciou mais de cinco mil pessoas que O haviam seguido até o deserto (cf. Mt 14, 15- 21).
A este segundo milagre sucedeuse outro, poucas horas depois: estando os discípulos na barca, em meio ao mar agitado, viram Jesus aproximar-Se deles caminhando sobre as águas (cf. Mt 14, 24-33). Através desses prodígios, o Divino Mestre quis demonstrar o poder absoluto que possuía sobre o vinho e o pão, bem como sobre o Seu próprio Corpo.

Tão belos exemplos nos mostram como o Criador, enquanto divino Pedagogo, foi passo a passo preparando as mentalidades para a revelação do Sacramento da Eucaristia, eterno testemunho de Seu amor e de Seu desejo de permanecer entre nós.

Ajoelhemo-nos diante do Tabernáculo!


Quais devem ser nossa atitude e nossos sentimentos de alma ao considerarmos o extremo de bondade de Deus feito Homem que, tendo-Se encarnado, não abandonou a criatura resgatada por Seu Sangue, mas mantém- Se presente, assistindo e amparando todos os que dEle queiram se aproximar?

Ajoelhemo-nos diante do Tabernáculo ou, melhor ainda, diante do Ostensório, entreguemos a Jesus Sacramentado todo o nosso ser - nosso corpo com todos os seus membros e órgãos, nossa alma, com suas potências, suas qualidades e até as próprias misérias - e ofereçamos a Deus Pai o divino Sangue de Seu Filho, derramado na Cruz em reparação de nossas faltas.

De modo análogo aos raios do sol que, incidindo sobre o rosto, deixamno corado e moreno, assim também, diante do Santíssimo Sacramento nossa alma recebe uma renovada infusão de graças, convidando-nos ao abandono total nas mãos de Jesus, por meio de Maria. Assim, nossas almas irão se transformando rumo à santidade para a qual Deus nos chama.

E se em algum momento, as dificuldades da vida nos fizerem sentir desânimo ou aridez, lembremonos destas tocantes palavras do padre Faber:
"Muitas vezes, quando o homem é tomado de desespero e assaltado por questões, dúvidas, desânimos e incertezas, em considerar a sua vida, e se sente cercado de inimigos, que lhe uivam ao redor, como feras furiosas, então um impulso, que é uma graça, o leva a ajoelhar-se ante o Santíssimo Sacramento e, sem que faça qualquer esforço, eis que todos aqueles clamores se afundam no silêncio. O Senhor está com ele: as vagas se aquietaram, a tempestade abateu-se e diretamente, sem embaraço, a viagem vai terminar no ponto procurado. Não foi necessário mais que olhar para a face de Jesus, e as nuvens se dissiparam e a luz se fez. O esplendor do Tabernáculo reaparece como o sol".9 ²

1 DENZINGER-HÜNERMANN, n. 1644.2 EYMARD, São Pedro Julião. Obras Eucarísticas, "Eucaristía". 4. ed. Madrid: 1963, p. 65.3 ALASTRUEY, Gregorio. Tratado de la Santísima Eucaristía. 2. ed. Madrid: BAC, 1952, p. 19-20.4 AQUINO, São Tomás de. 4 Sent., dist. 8, q. 1, a.2 apud: ALASTRUEY, Op. Cit., p. 7.5 AQUINO, São Tomás de. Suma Teológica III, q. 73, a. 6, Resp.6 ALASTRUEY, Op. cit., p. 286.7 EYMARD, Op. cit., p. 272.8 JOURDAIN, Z.-C. Somme des Grandeurs de Marie. Paris: Hippolyte Walzer, 1900, t. I, p. 467.9 FABER, Frederick William. O Santíssimo Sacramento. Petrópolis: Vozes, 1929, p. 217.
(Revista Arautos do Evangelho, Junho/2009, n. 90, p. 24 à 31)

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O "Lauda Sion"

Monsenhor João Clá Dias, EP

A sequência da Missa de Corpus Christi é constituída por um belíssimo hino gregoriano, intitulado Lauda Sion.

Belíssimo por sua variada e suave melodia, e muito mais pela letra, ele canta a excelsitude do dom de Deus para conosco e a presença real de Jesus, em Corpo, Sangue, Alma e Divindade, no pão e no vinho consagrado.

"A devoção à Eucaristia é a mais nobre de todasas devoções, porque tem o próprio Deus porobjeto; é a mais salutar porque nos dá o próprioautor da graça; é a mais suave, pois suave é o Senhor". (S. Pio X)

A própria origem desse cântico é envolta no maravilhoso tipicamente medieval.

Urbano IV encontrava-se em Orvieto, quando decidiu estabelecer a comemoração de Corpus Christi. Estavam coincidentemente naquela cidade dois dos mais renomados teólogos de todos os tempos, São Boaventura e São Tomás de Aquino. O Papa os convocou, assim como a outros teólogos, encomendando-lhes um hino para a sequência da Missa dessa festa.

Conta-se que, terminada tarefa, apresentaram-se todos diante do Papa e cada um devia ter sua composição.
O primeiro a fazê-lo foi São Tomás de Aquino, que apresentou então os versos do Lauda Sion.

São Boaventura, ato contínuo àquela leitura, queimou seu próprio pergaminho, não sem causar espanto em São Tomás que perguntou "por que"? O santo franciscano, com toda a humildade, explicou-lhe que sua consciência não o deixaria em paz se ele causasse qualquer empecilho, por mínimo que fosse, à rápida difusão de tão magnífica Sequência escrita pelo dominicano.

Síntese teológica, em forma de poesia

Aquilo que São Tomás ensinou em seus tratados de Teologia a respeito da Sagrada Eucaristia, ele o expôs magistralmente em forma de poesia no Lauda Sion.

Trata-se de verdadeira pela de literatura, que brilha pela profundidade do conteúdo e pela beleza da forma, elevação da doutrina, acurada precisão teológica e intensidade do sentimento. O ritmo flui de modo suave, até mesmo nas estrofes mais didáticas. A melodia - cujo autor é desconhecido - combina belamente com o texto. A unção é inesgotável.

São Tomás se revela como filósofo e místico, como teólogo da mente e do coração, realizando sua própria exortação: "Seja o louvor pleno, retumbante, alegre e cheio do brilhante júbilo da alma".
Repassemos alguns trechos desse célebre cântico.
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LAUDA SION

1. Louva Sião, o Salvador, louva o guia e pastor com hinos e cânticos.2. Tanto quanto possas, ouses tu louvá-lo, porque está acima de todo o louvor e nunca o louvarás condignamente.3. É-nos hoje proposto um tema especial de louvor: o pão vivo que dá a vida.4. É Ele que na mesa da sagrada ceia foi distribuído aos doze, como na verdade o cremos.5. Seja o louvor pleno, retumbante, que ele seja alegre e cheio de brilhante júbilo da alma. 6. Porque celebramos o dia solene que nos recorda a instituição deste banquete.7. Na mesa do novo Rei, a páscoa da nova lei põe fim à páscoa antiga.8. O rito novo rejeita o velho, a realidade dissipa as sombras como o dia dissipa a noite.9. O que o Senhor fez na Ceia, nos mandou fazê-lo em memória sua.10. E nós, instruídos por suas ordens sagradas, consagramos o pão e o vinho em hóstia de salvação.11. É dogma de fé para os cristãos que o pão se converte na carne e o vinho no sangue do Salvador. 12. O que não compreende nem vês, uma Fé vigorosa te assegura, elevando-te acima da ordem natural.13. Debaixo de espécies diferentes, aparências e não realidades, ocultam-se realidades sublimes.14. A carne é alimento e o sangue é bebida; todavia debaixo de cada uma das espécies Cristo está totalmente. 15. E quem o recebe não o parte nem divide, mas recebe-o todo inteiro.16. Quer o recebam mil, quer um só, todos recebem o mesmo, nem recebendo-o podem consumi-lo.17. Recebem-no os bons e os maus igualmente, todos recebem o mesmo, porém com efeitos diversos: os bons para a vida e os maus para a morte.18. Morte para os maus e vida para os bons: vede como são diferentes os efeitos que produz o mesmo alimento.19. Quando a hóstia é dividida não vaciles, mas recorda que o Senhor encontra-se todo debaixo do fragmento, quanto na hóstia inteira.20. Nenhuma divisão pode violar as substâncias: apenas os sinais do pão, que vês com os olhos da carne, foram divididos! Nem o estado, nem as dimensões do Corpo de Cristo são alteradas.21. Eis o pão dos Anjos que se torna alimento dos peregrinos: verdadeiramente é o pão dos filhos de Deus que não deve ser lançado aos cães.22. As figuras o simbolizam: é Isaac que se imola, o cordeiro que se destina à Páscoa, o maná dado a nossos pais.23. Bom Pastor, pão verdadeiro, de nós tende piedade. Sustentai-nos, defendei-nos, fazei-nos na terra dos vivos contemplar o Bem supremo.24. Ó Vós que tudo o sabeis e tudo o podeis, que nos alimentais nesta vida mortal, admiti-nos no Céu, à vossa mesa e fazei-nos co-herdeiros na companhia dos que habitam a cidade santa.
Amém. Aleluia.

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Louva Sião, o Salvador, louva o Guia e Pastor com hinos e cânticos

As palavras do subtítulo acima constituem o primeiro verso do Lauda Sion. É a expansão do coração de um santo, tomado pela graça mística de encanto pelo Santíssimo Sacramento, que pede a Sião, quer dizer, ao povo eleito do Novo Testamento, que passe a louvar o Salvador.

Ele, o maior teólogo da história da Igreja - "o mais sábio dos santos, e o mais santo dos sábios" - era, tão fervoroso devoto de Jesus Eucarístico que, nas horas em que sentia dificuldade nos seus estudos, colocava a cabeça dentro de um sacrário à procura de ser iluminado pelo próprio Deus, e não a retirava enquanto não encontrasse a solução.

Desse primeiro verso até o final da quinta estrofe, São Tomás condensa todo o infinito louvor ao Santíssimo Sacramento do Altar.

"A Santa Missa é o presente mais precioso e mais agradávelque podemos oferecer à Santíssima Trindade; vale mais que o céu e a terra; vale o próprio Deus" (São João Batista Vianney)

Ele continua a conclamar os fiéis a "louvar o guia e pastor com hinos e cânticos". Mas, como louvar adequadamente esse santo sacramento? Como louvar de modo suficiente o próprio Deus? É o sacramento mais elevado e substancioso de todos, pois nele está presente o próprio Homem-Deus, em Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Não há palavras, não há gestos, não há nada a ser oferecido que esteja à altura d'Ele.

Por isso São Tomás quase geme ao dizer: "Tanto quanto possas, ouses tu louvá-Lo, porque está acima de todo o louvor e nunca O louvarás condignamente".

E explica ser essa a tarefa que recebeu do Papa: "É-nos hoje proposto um tema especial de louvor, o pão vivo que dá a vida".
"É Ele que na mesa da sagrada ceia foi distribuído aos doze, como na verdade o cremos. Seja o louvor pleno, retumbante, que ele seja alegre e cheio de brilhante júbilo da alma".

O santo se preocupa em incentivar em nossa alma um louvor, o mais perfeito de que sejamos capazes, para assim nos aproximarmos do Santíssimo Sacramento e adorar a Jesus, que ali se encontra por detrás do "véu" do pão e do vinho.

Porque celebramos o dia solene que nos recorda a instituição deste banquete
A partir deste verso, até a décima estrofe, São Tomás passa a apontar a instituição da Eucaristia na festa litúrgica estabelecida pelo Papa.

"Na mesa do novo Rei, a páscoa da nova lei põe fim à páscoa antiga". O rito da Igreja Católica Apostólica Romana encerrara o da Antiga Lei, que era uma prefigura dele. Por isso completa São Tomás:
"O rito novo rejeita o velho, a realidade dissipa as sombras como o dia dissipa a noite".
Sim, uma vez tendo vindo ao mundo o simbolizado, não faz sentido celebrar o símbolo. O culto da Sinagoga no antigo Testamento era todo voltado para a espera do Salvador, e seus ritos simbolizavam-No. No novo rito, na celebração Eucarística, Nosso Senhor Jesus Cristo se imola Ele próprio. Ora, estando presente o simbolizado, para que o símbolo? Qual o sentido de imolar um cordeiro?O rito novo rejeita o velho ...

"O que o Senhor fez na Ceia, nos mandou fazê-lo em memória sua".

Aqui São Tomás recorda as palavras de Jesus na Ceia da Quinta-feira Santa: "Fazei isto em memória de mim".

"E nós, instruídos por suas ordens sagradas, consagramos o pão e o vinho em hóstia de salvação".
São Tomás, sacerdote, podia dizer com toda a propriedade: "instruídos por suas ordens sagradas". É uma referência ao Sacramento da Ordem, que da àquele que o recebe a grande glória de poder emprestar sua laringe e suas mãos ao Divino Mestre. Para que, sobre o altar, se opere um dos maiores milagres - e o mais freqüente deles - da História da humanidade: a transubstanciação. Quer dizer, a substância vinho cedem lugar à substância Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo.

É dogma de Fé para os cristãos que o pão se converte na carne e o vinho no sangue do Salvador

A partir deste ponto, em dez estrofes, o autor dá em detalhe, numa maravilhosa síntese, a doutrina católica sobre o Sacramento do Altar. Ele continua:
"O que não compreendes nem vês, uma Fé vigorosa te assegura, elevando-te acima da ordem natural".

De fato, pela nossa inteligência, jamais chegaríamos a penetrar neste mistério tão sagrado. Nem sequer os demônios, que, embora decaídos, são de natureza angélica, e portanto superior à nossa, conseguem discernir nas aparências do pão e do vinho o Homem-Deus. Só mesmo a Fé nos faz penetrar neste mistério sagrado.

"Debaixo de espécies diferentes, aparência e não realidades, ocultam-se realidades sublimes".
São Tomás volta a insistir na idéia de que os "véus" do vinho e do pão ocultam realidades divinas.
"A carne é alimento e o sangue é bebida; todavia debaixo de cada uma das espécies Cristo está totalmente".

Esta é uma verdade de Fé, que a Teologia nos explica. Olhando para o vinho e para a hóstia consagrados, poderíamos ser levados a imaginar que a carne está só na eucaristia pão, e o sangue só na eucaristia vinho. Entretanto, a doutrina nos diz e a nossa Fé assimila que o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Cristo encontram-se plenamente tanto na hóstia como no vinho consagrados.

"E quem o recebe não o parte nem divide, mas recebe-o todo inteiro."

Outra das impressões equivocadas que podem transpassar uma alma é esta: ao ver o ministro dividindo uma hóstia, pensar que Nosso Senhor já não se encontra inteiro em cada uma das partículas. Não é verdade; Por um mistério sagrado, Nosso Senhor Jesus Cristo se encontra de modo integral em todas as frações que sejam visíveis.

"Quer o recebam mil, quer um só, todos recebem o mesmo, nem recebendo-O podem consumi-Lo"

Senhor meu Jesus Cristo, que, por amor aos homens,ficais dia e noite neste Sacramento, todo cheio demisericórdia e amor, esperando, chamandoe acolhendo todos os que vêm visitar-Vos, eucreio que estais presente no Sacramento doaltar... (Santo Afonso de Ligório)

Outra verdade de Fé: se um milhão de pessoas comungarem ao mesmo tempo, como já aconteceu em algumas Missas presididas pelo Santo Padre em suas viagens pelo mundo, todos estarão recebendo um só e o mesmo Jesus, sem qualquer fracionamento de seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade.
Todos O recebem no seu todo. E eis mais um mistério: ao receber Nosso Senhor Jesus Cristo, não podemos consumi-Lo, pois, quando se desfazem as espécies sagradas em nosso organismo, Ele deixa o nosso corpo sem tocá-lo, santificando nossa alma e dando-nos vigor até na saúde.

"Recebem-No os bons e os maus igualmente, todos recebem o mesmo, porém com efeitos diversos: os bons para a vida e os maus para a morte. Morte para os maus e vida para os bons: vede como são diferentes os efeitos que produz o mesmo alimento" .

Quem comunga em estado de graça, recebe um influxo de vida e de força espiritual e até corporal. Entretanto, ai daqueles que se aproximam desse Sacramento em estado de pecado mortal" O odor da morte se assenhoreia ainda mais da alma, e do próprio organismo. Quanto cuidado devemos tomar para não nos aproximarmos da Eucaristia sem estarmos inteiramente preparados. Procuremos antes o confessionário, que se encontra à nossa disposição, e saibamos ajoelhar-nos com humildade e pedir perdão de nossas faltas.

"Quando a hóstia é dividida, não vaciles, mas recorda que o Senhor encontra-se todo debaixo do fragmento, quando no hóstia inteira. Nenhuma divisão pode violar a substância: apenas os sinais do pão, que vês com os olhos da carne, foram divididos! Nem o estado, nem as dimensões do Corpo de Cristo são alterados".

São Tomás retorna aqui o que já ensinara mais acima, para solidificar nas almas a doutrina católica a respeito da Eucaristia.

"Eis o pão dos Anjos que se torna alimento dos peregrinos"

O santo recorda nestas frases que o Sacramento do Altar é a realização de antigos signos: "Verdadeiramente é o pão dos filhos de Deus que não deve ser lançado aos cães. As figuras o simbolizam, é Isaac que se imola, o cordeiro que se destina à Páscoa, o maná dado a nossos pais".
As últimas estrofes louvam o Bom Pastor que nos alimenta e guarda e nos faz futuramente participantes do Banquete Celestial. Nesse trecho final, letra e melodia se unem numa suprema beleza, de irresistível doçura:
"Bom Pastor, pão verdadeiro, Jesus,, de nós tende piedade. Sustentai-nos, defendei-nos, fazei-nos na terra dos vivos contemplar o Bem supremo.

"Ó Vós que tudo sabeis e tudo podeis, que nos alimentais nesta vida mortal, admiti-nos no Céu, à vossa mesa e fazei-nos co-herdeiros na companhia dos que habitam a cidade santa.
Amém. Aleluia".

Fonte: Arautos do Evangelho