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http://www.chapellenotredamedelamedaillemiraculeuse.com

Visita a Capela da Medalha Milagrosa, localizada na Rue du Bac, 140 - Paris

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domingo, 29 de setembro de 2013

ARCANJOS


 
OS ARCANJOS
 
Os anjos foram dotados por Deus de inteligência perfeitíssima e, no entanto,
pecaram, revoltando-se contra seu Criador. Mistério do mal...  São
Miguel,  por sua fidelidade, recebeu em prêmio a missão de 
proteger a Santa Igreja.
 
» O mistério da criação
          » O mundo angélico
          » O primeiro dos anjos
            » A prova dos espíritos celestes
            » A primeira revolução da História
            » O defensor da glória de Deus
            * A primeira batalha de uma guerra eterna
            » O novo campo de batalha
            » Protetor
Divididos em nove coros subordinados um ao outro, os anjos que se conservaram fiéis formam um exército invencível. Seu número é incalculável. Só há três anjos cujos nomes próprios as Escrituras Sagradas nos dão a conhecer.
 
São Miguel é o grande capitão do exército celeste. Seu nome Mi-cha-el significa, quem é igual a Deus? Quando Lúcifer, cego pelo ANJO_2.jpgorgulho, quis igualar-se ao Altíssimo, Miguel exclamou com voz trovejante:
"Quem é igual a Deus?" E acompanhado pelos anjos fiéis, precipitou do alto dos céus a tropa rebelde dos apóstatas. Assim se tornou o generalíssimo do incontável exército dos santos anjos. Vê-se, nos profetas, que era o protetor do povo de Israel; agora o é da Igreja.

São Gabriel, cujo nome significa Força de Deus, anuncia ao profeta Daniel a época da grande obra de Deus, a época do Filho de Deus feito homem, Cristo condenado à morte, a remissão dos pecados, o Evangelho pregado a todas as nações, a ruína de Jerusalém e de seu templo, a condenação final do povo judeu. É o mesmo anjo Gabriel que prediz ao sacerdote Zacarias, no templo, no santuário, junto ao altar dos perfumes, o nascimento de um homem que será chamado João, ou cheio de graça, e que não mais anunciará a vinda do Salvador, mas que o apontará: "Eis o Cordeiro de Deus! Eis quem tira os pecados do mundo!" É o mesmo arcanjo, sempre enviado para anunciar grandes coisas, que irá à humilde casa de Nazaré anunciar à Virgem Maria a maior de todas as coisas; comunicar que, sem deixar de ser virgem, ela daria à luz ao Filho do Altíssimo, que seria chamado Jesus ou Salvador, porque seria o Salvador do mundo. É esse glorioso arcanjo que nos ensina a dizer tal como ele: "Ave-Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres!"
 
São Rafael, cujo nome significa Médico ou cura de Deus, dá-se a conhecer a Tobias: "Quando oráveis, vós e Sara vossa nora, ou apresentava o memorial de vossas orações diante do santo; e quando sepultáveis os mortos, estava presente junto de vós. Quando não vos recusáveis a levantar-vos da mesa e deixar vosso jantar para amortalhardes um morto, o bem que praticáveis não permanecia oculto; pois eu estava convosco. E por que éreis agradáveis a Deus, foi necessário que fosseis provados. Agora, porém, Deus enviou-me para curar-vos, a vós e a Sara, esposa de vosso Filho. Sou Rafael, um dos sete anjos que apresentam as orações dos santos, e que podem defrontar a majestade do Santíssimo!
* * * * * * * *
Todos os domingos, um incontável número de fiéis no orbe católico canta ou recita durante a celebração da sagrada Eucaristia o símbolo da nossa fé. As verdades de nossa santa religião são proclamadas, uma após outra, numa inspirada e sublime síntese, até completar a totalidade da única doutrina da fé: "Assim como a semente da mostarda contém num pequeníssimo grão um grande número de ramos - ensina-nos São Cirilo de Jerusalém -, da mesma forma este resumo da fé encerra em algumas palavras todo o conhecimento da verdadeira piedade contida no Antigo e no Novo Testamento".
"Creio em Deus Pai todo-poderoso!" Depois desta primeira e fundamental afirmação, da qual dependem todos os outros artigos do Credo, proclamamos em seguida "o começo da história da salvação": "Criador do Céu e da terra!"
 
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O mistério da criação
Deus, Ser absoluto e eterno, não precisava de nenhuma criatura que Lhe rendesse homenagens e reconhecesse sua grandeza sem limites. Entretanto, em sua misericórdia, quis criar, não para aumentar a própria glória, intrínseca e sempiterna, mas para manifestar seu amor todo-poderoso e "comunicar sua glória" aos seres por Ele criados, fazendo-os participar de sua verdade, sua bondade e sua beleza.
Uma imensa multidão de criaturas diversas e desiguais - seres visíveis e invisíveis, inteligentes ou desprovidos de razão, dispostos numa maravilhosa hierarquia - constituiu então a Ordem do universo, reflexo da perfeição adorável danjo_3.jpgo Ser infinito, que só se manifestaria totalmente, na plenitude dos tempos, por seu Filho Unigênito, Jesus Cristo, o Verbo eterno encarnado.
Explica o Doutor Angélico que "todo efeito representa algo da sua causa". Assim, em todas as criaturas podemos encontrar vestígios da eterna Sabedoria que as tirou do nada: nos astros que enchem as vastidões do firmamento e cujas constelações encontramse separadas, às vezes, por milhões de anos-luz; nos diminutos grãos de areia, jamais iguais entre si, que cobrem desertos e praias; na variedade assombrosa de vegetais, que vai da "erva do campo que hoje existe e amanhã é queimada" (Mt 6, 30) às seculares sequóias e jequitibás; no admirável instinto dos insetos, na fidelidade quase inteligente de um cão, na delicadeza virginal de um arminho, nos milhares de micróbios que podem pulular numa gota de água... Mas quis Deus espelhar-se sobretudo no homem, criando-o à sua imagem. E ao constituí-lo um composto de corpo corruptível e alma imortal, o tornou elo de ligação entre a matéria e o mundo espiritual.
 
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O mundo angélico
Porém, no alto desta grandiosa hierarquia, "superando em perfeição todas as criaturas visíveis", colocou Deus a natureza angélica: espíritos puros, inteligentes e capazes de amar, cheios da graça divina desde o início de sua existência, na aurora da primeira manhã da criação. Distribuídos e ordenados por Deus em nove coros - Serafins, Querubins, Tronos, Dominações, Virtudes, Potestades, Principados, Arcanjos e Anjos - constituem o exército da celeste Jerusalém e receberam a tríplice missão de perpétuos adoradores da Santíssima Trindade, executores dos divinos desígnios e protetores do gênero humano.
Imensa e incalculável é esta corte do Senhor. "Porventura podem ser contadas as suas legiões?", pergunta o livro de Jó (25, 3). E o profeta Daniel, abismado, escreveu: "Eram milhares de milhares os que o serviam, e mil milhões os que assistiam diante d'Ele" (Dn 7, 10). Entretanto, cada um desses espíritos possui uma personalidade própria, inconfundível e específica, não havendo sido criado um igual ao outro.
 
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O primeiro dos anjos
A tanta diversidade e esplendor quis Deus colocar um ápice, um ponto monárquico, um ser que espelhasse de modo inigualável a luz eterna e inextinguível. Maravilha dentre as maravilhas, obra-prima do mundo angélico, fulgurava no mais alto dos coros e todos extasiavam-se diante dele. "Tu és o selo da semelhança de Deus, cheio de sabedoria e perfeito na beleza; tu vivias nas delícias do paraíso de Deus e tudo foi empregado em realçar a tua formosura!" (cf. Ez 28, 12-13).
Sendo o primeiro dos serafins, iluminava todos os espíritos celestes com os reflexos da divindade que sua inteligência ímpar discernia com o auxílio da graça. Lúcifer era seu nome: o que levava a luz...
 
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A prova dos espíritos celestes
Entretanto, antes de poder contemplar, por toda a eternidade, a essência de Deus, deviam os anjos passar por uma prova, e apesar da altíssima perfeição da sua natureza, "não podiam dirigir-se a esta bem-aventurança por sua vontade, sem ajuda da graça de Deus".
Diante deles a face do Ser infinito permanecia como que envolta em penumbras e só seus reflexos eram capazes de alimentar o ardente amor das legiões do Senhor.
Segundo afirmam Tertuliano, São Cipriano, São Basílio, São Bernardo e outros santos, a prova que decidiu o destino eterno dos espíritos angélicos foi o aSan Gabriel Pq S Sulpice Fougeres.jpgnúncio da Encarnação do Verbo, Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, o qual haveria de nascer da Virgem Maria.
Podemos imaginar, então, que um frêmito de assombro percorreu as fileiras das milícias celestes ao conhecerem intuitivamente, por uma ação de Deus, o plano da Salvação: o Criador eterno, inacessível, todo-poderoso, se uniria hipostaticamente à natureza humana, elevando-a assim até o trono do Altíssimo; e uma mulher, a Mãe de Deus, tornar-se-ia medianeira de todas as graças, seria exaltada por cima dos coros angélicos e coroada Rainha do universo!
O inexplicável surgia diante dos anjos como sendo o píncaro e o centro da obra da criação.
A prova havia chegado. Amar sem entender! Amar sobre todas as coisas ao Deus Altíssimo que numa sublime manifestação de seu amor havia tirado do nada todas as criaturas! Reconhecer, num supremo lance de adoração e submissão, a superioridade infinita da Bondade absoluta e eterna! Era este o ato que confirmaria os espíritos angélicos na graça divina e os introduziria na visão beatífica para todo o sempre.
 
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A primeira revolução da História
Lúcifer, porém, duvidou diante de um mistério que ultrapassava seu angélico entendimento. Será que Deus ignorava a natureza perfeitíssima dos anjos e preferia unir-Se a um ser humano, tão inferior a eles na ordem das criaturas? Ele, o mais alto dos serafins, seria compelido a adorar um homem? "Esta união hipostática do homem com o Verbo pareceu-lhe intolerável e desejou que fosse realizada com ele", afirma Cornélio a Lápide. Sim, só a ele mesmo, Lúcifer, "o perfeito desde o dia da criação" (Ez 28, 15), deveria Deus unir-Se e deste modo constituí-lo como o mediador único e necessário entre o Criador e as criaturas. Assim, "aquele que do nada havia sido feito anjo, comparando-se, cheio de soberba, com o seu Criador, pretendeu roubar o que era próprio do Filho de Deus", conclui São Bernardo.
"O anjo pecou querendo ser como Deus" e o príncipe da luz tornou- se trevas.
Fez-se ouvir o primeiro grito de revolta da história da criação: "Não servirei! Subirei até o Céu, estabelecerei o meu trono acima dos astros de Deus, sentar-me-ei sobre o monte da aliança! Serei semelhante ao Altíssimo!" (cf. Is 14,13-14).
 
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O defensor da glória de Deus
Ecoou, então, um brado no Céu: "Quem como Deus?"
Entre o anjo revoltado e o trono do Todo-Poderoso erguia-se "um dos primeiros príncipes" (São Miguel.jpgDn 10, 3), um serafim incomparavelmente mais esplendoroso e forte do que havia sido "o que levava a luz". Quem era este que ousava desafiar o mais alto dos anjos e agora refulgia invencível, revestido do "poder da justiça divina, mais forte que toda a força natural dos anjos"?
Quem era este? Chama viva de amor, labareda de zelo e humildade, executor da divina justiça.
"Quem como Deus?" - Milhões de milhões dos espíritos celestes repetiram o mesmo brado de fidelidade. "Quem como Deus?" - Este sinal de fidelidade, que em hebraico se diz Mi-ka-el, passou a ser o nome daquele serafim que por sua caridade ímpar foi o primeiro a levantar-se em defesa da Majestade ofendida.
Michael, Miguel: nome que exprime, em sua sonora brevidade, o louvor mais completo, a adoração mais perfeita, o reconhecimento mais cheio de amor da transcendência divina e a confissão mais humilde da contingência da criatura.
 
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A primeira batalha de uma guerra eterna
"Houve no Céu uma grande batalha" (Ap 12, 7). Luta entre anjos e demônios, luta da luz contra as trevas, da fidelidade contra a soberba, da humildade e da ordem contra o orgulho e a desordem. "Miguel e os seus anjos pelejavam contra o dragão, e o dragão com os seus anjos pelejavam contra ele" (Ap 12, 7).
Satanás, desvairado de orgulho e "obstinado em seu pecado", "arrastou a terça parte" (Ap 12, 4) dos espíritos angélicos, submergindo-os consigo nas trevas eternas da revolta. Porém, estes não prevaleceram, nem o seu lugar se encontrou mais no Céu. Foi precipitado aquele grande dragão, que se chama demônio e Satanás, e foram junto com ele os seus anjos (cf. Ap 12, 8-9) nos abismos tenebrosos do inferno (cf. 2Pd 2, 4).
Um imenso clamor encheu o universo: Como caíste do céu, ó astro resplandecente, que no nascer do dia brilhavas? (cf. Is 14, 12). A tua soberba foi abatida até os infernos! (cf. Is 14, 11). E enquanto o serafim revoltado era visto "cair do céu como um relâmpago" (Lc 10, 18) e ser condenado ao fogo inextinguível, "preparado para ele e os seu anjos" (Mt 25, 41), São Miguel era elevado pelo Rei eterno ao píncaro da hierarquia dos anjos fiéis e se tornava o "gloriosíssimo príncipe da milícia celeste", como é designado pela liturgia da Santa Igreja Católica.
 
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O novo campo de batalha
Restabelecida a ordem nos céus angélicos, o campo de batalha onde prosseguiu a luta entre a luz e as trevas passou a ser a terra dos homens. O anjo destronado conseguiu seduzir nossos primeiros pais a pecarem, como ele, contra o Altíssimo, querendo ser como deuses (cf. Gn 3,5), e o Senhor Deus declarou guerra ao tentador: "Porei inimizades entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela" (Gn 3, 15).
San Miguel Pquia-San-Miguel-Dijon-Francia.jpg
A partir deste momento uma luta árdua contra o poder das trevas perpassa a história da humanidade. Iniciada na origem do mundo, vai durar até o último dia, segundo as palavras do Senhor. Inserido nesta batalha, o homem deve lutar sempre para aderir ao bem.
Neste combate, além das armas decisivas da graça de Deus, que recebemos superabundantemente por meio dos sacramentos, contam os homens com o auxílio e a proteção dos anjos. E ao príncipe da Jerusalém celeste corresponde a capitania de todas as legiões angélicas na luta contra as forças do inferno, pela salvação das almas. Assim, São Miguel continua na terra a luta triunfal que iniciou no Céu.
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Protetor do povo eleito e da Santa Igreja
Foi São Miguel o anjo tutelar do povo de Israel.
Nas Sagradas Escrituras, é ele mencionado pela primeira vez no livro de Daniel. Este profeta, ao escrever as revelações recebidas do anjo Gabriel sobre o combate para libertar a nação eleita da servidão aos persas, afirma que ninguém a defenderá "a não ser Miguel, vosso príncipe" (Dn 10, 22). E acrescenta ao narrar as tribulações de épocas vindouras: "Naquele tempo, surgirá Miguel, o grande príncipe, o protetor dos filhos de seu povo" (Dn 12, 1).
O serafim da fidelidade não cessou de proteger o povo de Israel e velar pela fé da Sinagoga até o momento supremo da morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Escureceu-se o sol e houve trevas, a terra tremeu, fenderam-se as rochas e o véu do Templo - monumental tecido de jacinto, púrpura e escarlate que cobria a entrada do impenetrável "Santo dos Santos" - rasgou-se em duas partes, de alto a baixo (cf. Mt 27, 51; Mc 15, 38; Lc 23, 45). Narra- nos o famoso historiador judeu, Flávio Josefo, que depois desses acontecimentos os próprios sacerdotes do Templo escutaram dentro do recinto sagrado uma misteriosa voz que clamava repetidas vezes: "Saiamos daqui!" (15).
São Miguel, a sentinela de Israel, abandonava definitivamente o Templo da Antiga Aliança, inútil agora, porque o único e verdadeiro sacrifício acabava de consumar-se no alto do Calvário. Do coração trespassado do Cordeiro Imaculado nascia a Santa Igreja, Corpo Místico de Cristo, Templo eterno do Espírito Santo. E a partir desse instante, Miguel o triunfador, o primeiro adorador do Verbo encarnado, tornou-se também o vigilante protetor da única Igreja de Deus.
A este respeito escreveu o cardeal Shuster: "Depois do ofício de pai legal de Jesus Cristo, que corresponde a São José, não há na terra nenhum ministério mais importante e mais sublime do que o conferido a São Miguel: protetor e defensor da Igreja" (16).
 
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Fonte: Arautos do Evangelho

ARCANJOS

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Papa abre Igreja aos gays, aos divorciados e às mulheres que abortam

Papa abre Igreja aos gays, aos divorciados e às mulheres que abortam


Em entrevista à revista jesuíta italiana 'La Civiltà Cattolica', Francisco disse que a Igreja deve encontrar um 'novo equilíbrio'


19 de setembro de 2013 | 16h 51
 
Marcelo Godoy - O Estado de S. Paulo
 
SÃO PAULO - O papa Francisco abriu a Igreja Católica para homossexuais, divorciados e para as mulheres que fizeram o aborto. "A religião tem o direito de exprimir sua opinião própria a serviço das pessoas, mas Deus na criação nos fez livres: a ingerência espiritual na vida das pessoas não é possível", disse o papa em entrevista ao padre Antonio Spadaro, feita em agosto e publicada nesta quinta-feira, 19, pela revista jesuíta italiana La Civiltà Cattolica. "Não podemos insistir somente sobre as questões ligadas ao aborto, matrimônio homossexual e ao uso de contraceptivos. Isso não é possível." A reforma mais importante para ele, não é, pois, a administrativa da Igreja. Mas a que deve abrir a Igreja aos feridos. "Eu vejo a Igreja como um hospital de campanha depois de uma batalha." Para Francisco, a Igreja deve "encontrar uma novo equilíbrio". "De outra forma até o edifício moral da Igreja corre risco de cair como uma castelo de cartas e de perder a frescura e o perfume do Evangelho."

'Eu vejo a Igreja como um hospital de campanha depois de uma batalha', diz Francisco - Marcos de Paula/Estadão
 
Marcos de Paula/Estadão
 
'Eu vejo a Igreja como um hospital de campanha depois de uma batalha', diz Francisco
Em julho, no voo de volta a Roma, depois de participar da Jornada Mundial da Juventude no Rio, o papa já havia surpreendido ao afirmar que o catecismo da Igreja "diz que eles (gays) não devem ser discriminados por causa disso, mas devem ser integrados na sociedade." "Quem sou eu para julgar os gays", afirmou então.
A seguir os principais trechos da entrevista.
Sobre a Igreja. "Essa Igreja com a qual devemos conviver é a casa de todos e não a pequena capela que pode conter somente um grupinho de pessoas selecionadas. Não podemos reduzir o seio da Igreja universal ao ninho protetor da nossa mediocridade. E a Igreja é Mãe. A Igreja é fecunda, deve sê-lo. Veja, quando me dou conta dos comportamentos negativos dos ministros da Igreja ou dos consagrados ou consagrantes, a primeira coisa que me vem à cabeça é eis um solteirão, eis uma solteirona. Não são nem pais, nem mães. Não foram capazes da dar vida. Em vez disso, por exemplo, quando leio a vida dos missionários salesianos que partiram para a Patagônia, leio histórias de vida, de fecundidade".
Do que a Igreja mais precisa agora? Eu vejo com muita clareza que a coisa que a Igreja mais tem necessidade agora é a capacidade de curar feridas e de aquecer o coração dos fiéis, avizinhar-se, aproximar-se. Eu vejo a Igreja como um hospital de campanha depois de uma batalha. É inútil perguntar a um ferido grave se o seu colesterol ou a sua glicose são altos. Se deve curar as suas feridas. Depois podemos falar de todo o resto. Curar as feridas, curar as feridas. E é necessário começar de baixo. A Igreja, às vezes, fechou-se em torno de pequenas coisas, pequenos preceitos. A coisa mais importante é, em vez disso, o primeiro anúncio: Jesus Cristo nos salvou!. E os ministros da Igreja devem ser antes de tudo ministros da misericórdia. O confessor, por exemplo, corre sempre o perigo de ser muito rigoroso ou leniente. Nenhum dos dois é misericordioso porque nenhum deles se encarrega verdadeiramente das pessoas. As pessoas devem ser acompanhadas, e as feridas curadas."
Reformas na Igreja. As reformas organizacionais e administrativas são secundárias, isto é, vêm depois. A primeira reforma deve ser a do comportamento. Os ministros do Evangelho devem ser pessoas capazes de aquecer o coração das pessoas, de caminhar na noite com eles, de saber dialogar e de descer em sua noite, em sua escuridão sem perde-se. O povo de Deus precisa de pastores e não funcionários ou clérigos de Estado. O que importa é saber como estamos tratando o povo de Deus. Em vez de ser somente uma Igreja que acolhe e que recebe mantendo as portas abertas, procuremos ser uma Igreja que encontre novos caminhos, capaz de sair de si mesma e ir em direção de quem não a frequenta, de quem se foi ou que se tornou indiferente. Quem se foi, às vezes partiu por razões que, se bem compreendidas e avaliadas, podem levar a um retorno. Mas é necessário audácia e coragem.
Homossexuais, divorciados e aborto. Devemos anunciar o Evangelho em todos os caminhos, predicando a boa nova do Reino de Deus e curando com a nossa predicação todo tipo de ferida e de doença. Em Buenos Aires, recebia cartas de pessoas homossexuais, que são ‘feridas sociais’ porque me dizem que sentem como se a Igreja os tenha condenado para sempre. Mas a Igreja não quer fazer isso. Durante o voo de retorno do Rio de Janeiro eu disse o que diz o Catecismo. A religião tem o direito de exprimir sua opinião própria a serviço das pessoas, mas Deus na criação nos fez livres: a ingerência espiritual na vida das pessoas não é possível. Uma vez uma pessoa, de forma provocadora, me perguntou se eu aprovava a homossexualidade. Eu então respondi-lhe com uma outra pergunta: ‘Diga-me: Deus quando olha uma pessoa homossexual aprova a sua existência com afeto ou a repele condenando-a?’ É preciso sempre considerar a pessoa. Aqui entramos no mistério do homem. Na vida, Deus acompanha as pessoas e nós devemos acompanhá-las a partir da sua condição. É preciso acompanhá-las na misericórdia. Quando isso acontece, o Espírito Santo inspira o sacerdote a dizer coisas mais justas.
Esta é a grandeza da Confissão: o fato de avaliar caso a caso e poder discernir qual é a melhor coisa a fazer para uma pessoa que procura Deus e a sua graça. O confessionário não é uma sala de tortura, mas o lugar da misericórdia no qual o Senhor nos estimula a fazer o melhor que podemos. Penso também na situação das mulheres que tiveram sobre os ombros um matrimônio falido no qual até mesmo tenham abortado. Pois essa mulher se casou novamente e agora está serena, com cinco filhos. O aborto pesa sobre ela enormemente e ela está sinceramente arrependida. Ela gostaria de ir adiante na vida cristã. O que faz o confessor?
Não podemos insistir somente sobre as questões ligadas ao aborto, matrimônio homossexual e ao uso de contraceptivos. Isso não é possível. Eu não falei muito dessas coisas e isso me foi recriminado. Mas quando se fala disso, é necessário falar em um contexto. O parecer da Igreja, de resto, todos conhecem, e eu sou filho da Igreja, mas não é possível falar disso continuamente.
Os ensinamentos, tanto dogmáticos quanto morais, não são todos equivalentes. Uma pastoral missionária não é obcecada da transmissão desarticulada de uma multidão de doutrinas que se quer impor com insistência. O anúncio de tipo missionário se concentra sobre o essencial, sobre o necessário, que é também o que apaixona e atrai mais, que faz arder o nosso coração, como aos discípulos de Emaús. Devemos, pois, encontrar uma novo equilíbrio, de outra forma até o edifício moral da Igreja corre risco de cair como uma castelo de cartas, de perder a sua frescura e o perfume do Evangelho. A proposta evangélica deve ser mais simples, profunda e irradiante. E é dessa proposta que depois devem vir os ensinamentos morais.
Digo isso pensando à predicação e aos conteúdos da nossa predicação. Uma bela homilia deve começar com o primeiro anúncio, com o anúncio da salvação. Não há nada de mais sólido, profundo e seguro nesse anúncio. Depois se deve fazer a catequese. E, no fim, pode-se chegar a uma consequência moral. Mas o anúncio do amor salvífico de Cristo é prévio à obrigação moral e religiosa. Na maioria das vezes parece prevalecer o inverso. A homilia deve calibrar o avizinhar-se e a capacidade de encontro de um pastor com seu povo porque quem predica deve reconhecer o coração da sua comunidade para procurar onde é vivo e ardente o desejo de Deus. A mensagem evangélica não se pode reduzir, pois, a alguns de seus aspectos. Ainda que importantes, mas que sozinhos não manifestam o coração do ensinamento de Cristo
Quem é o papa Francisco? Não sei qual pode ser a definição mais justa... Eu sou um pecador. Esta é a definição mais justa. E não é um modo de dizer, um gênero literário. Sou um pecador. Sim, posso dizer que sou um pouco esperto, sei me mover, mas é verdade também que sou ingênuo. Sim, mas a síntese melhor, aquela que me vem do mais fundo de mim e que a sinto mais verdadeira é exatamente essa: ‘Sou um pecador do qual o Senhor cuidou’. Eu sou alguém que é cuidado e observado pelo Senhor. O meu moto Miserando atque eligendo (Olhou-o com misericórdia e o acolheu), escutei-o sempre como algo verdadeiro para mim. O gerúndio latino miserando é intraduzível em italiano ou espanhol. A mim me agrada traduzi-lo com um outro gerúndio que não existe: misericordiando. Eu não conheço Roma, conheço pouca coisa. Entre essas poucas coisas está (a igreja) Santa Maria Maior, onde ia sempre... São Pedro. Quando me hospedava em Roma, costumava ficar na Via della Scofra. Da li, visitava comumente a Igreja de São Luis dos Franceses e ia contemplar o quadro da vocação de São Mateus, de Caravaggio. Aquele dedo de Jesus assim... Em direção de Mateus. Assim sou eu. Assim me sinto. Como Mateus. É o gesto de Mateus que me toca. Ele segura o seu dinheiro como a dizer: ‘Não, não eu! Não, esse dinheiro é meu!’ E isso é o que eu disse quando me perguntaram se aceitava a minha eleição como pontífice.

Fonte: ESTADÃO.COM.BR

A Igreja cure as feridas e aqueça o coração dos fiéis

 


A Igreja cure as feridas e aqueça o coração dos fiéis: Papa Francisco à "La Civiltà Cattolica"

 

Cidade do Vaticano (RV) -"A Igreja muitas vezes fechou-se em pequenas coisas, em pequenos preceitos. A coisa mais importante, ao invés, é o primeiro anúncio: 'Jesus Cristo o salvou'." Essa é uma das passagens da longa entrevista ao Papa Francisco, publicada nesta quinta-feira pela prestigiosa revista "La Civiltà Cattolica" e, ao mesmo tempo, por outras dezesseis revistas da Companhia de Jesus.

No longo colóquio de cerca de trinta páginas com o diretor da "La Civiltà Cattolica", Pe. Antonio Spadaro, o Papa traça um retrato falado de si mesmo, explica qual é a sua ideia da Companhia de Jesus, analisa o papel da Igreja hoje, indica as prioridades da ação pastoral e aborda questões sobre o anúncio do Evangelho.

"Um pecador para quem Deus olhou": assim se define o Papa Francisco na longa entrevista concedida em seu estúdio privado na Casa Santa Marta, no Vaticano, durante três encontros, realizados dias 19, 23 e 29 de agosto. Trinta páginas para contar a sua história de jesuíta, bem como o seu pensamento sobre a missão da Igreja.

"A capacidade de curar as feridas e de aquecer o coração dos fiéis, de estar perto, a proximidade... E precisa começar de baixo": com essas palavras, o Papa explica aquilo de que a Igreja mais precisa.

"Eu vejo a Igreja como um hospital de campo após uma batalha. É inútil – diz – perguntar a um ferido grave se tem colesterol e glicose altos! É preciso curar as feridas. Depois se poderá falar de todo o restante."

"A Igreja – prossegue – por vezes se fechou em pequenas coisas, pequenos preceitos. A coisa mais importante, ao invés, é o primeiro anúncio: 'Jesus o salvou!'. Portanto, os ministros da Igreja, em primeiro lugar, devem ser ministros de misericórdia" e "as reformas organizativas e estruturais são secundárias, ou seja, vêm depois", porque "a primeira reforma deve ser a da atitude".

De fato, para o Papa Francisco "os ministros do Evangelho devem ser pessoas capazes de aquecer o coração das pessoas, de caminhar com elas na noite, de saber dialogar e também entrar na noite delas, na escuridão delas sem perder-se. O povo de Deus – diz - quer pastores e não funcionários ou clérigos de Estado".

Quanto à pastoral missionária, o Papa explica que não se deve ter "obsessão pela transmissão desarticulada de um amontoado de doutrina a ser imposta com insistência". O anúncio missionário se concentra "no essencial" que é também aquilo que mais atrai, "aquilo que faz arder o coração".

Portanto, é preciso "encontrar um novo equilíbrio", do contrário – observa –, "também o edifício moral da Igreja corre o risco de desmoronar como um castelo de areia", de "perder o perfume do Evangelho". Assim sendo, a proposta evangélica deve ser "mais simples" e "é dessa proposta que depois vêm as conseqüências morais".

Em seguida, na entrevista o Papa Francisco relê a sua história de jesuíta, inclusive em relação a alguns momentos difíceis: "o meu modo autoritário e rápido de tomar decisões – afirma – levou-me a ter sérios problemas e a ser acusado de ser ultraconservador".

Uma experiência difícil que hoje produz fruto: recordando o seu ministério episcopal na Argentina, diz ter entendido como a "consulta" é importante: "Os Consistórios, os Sínodos, por exemplo, são lugares importantes para tornar esta consulta verdadeira e ativa", mas devem ser "menos rígidos na forma". "Quero consultas reais, não formais", diz.

O Papa fala, ainda, sobre a sua formação jesuíta, sobre o discernimento e sobre reformas. É sempre necessário "tempo para colocar as bases de uma mudança verdadeira". "E este é o tempo do discernimento", afirma, embora "por vezes o discernimento, ao invés, impulsione a fazer logo aquilo que, na realidade, inicialmente se pensa fazer depois. E foi o que aconteceu também comigo nestes meses.

No longo colóquio com o diretor da "La Civiltà Cattolica", Pe. Spadaro, também se faz referência à Companhia de Jesus, que para o Papa Francisco "é em si mesma descentralizada": o seu centro é Cristo e a Igreja, dois pontos de referência fundamentais para poder viver "na periferia", enquanto se colocar a si mesma no centro "como estrutura bem sólida", "corre o perigo de sentir-se segura e suficiente".

A imagem da Igreja evocada na entrevista é a expressa no Concílio Vaticano II na Lumen Gentium "do santo povo fiel de Deus", e "sentir com a Igreja" para Francisco é "estar neste povo".

Uma Igreja que não quer reduzir-se a conter "apenas um grupinho de pessoas selecionadas", mas deve ser uma "Igreja Mãe e Pastora". A Igreja é fecunda, deve sê-lo", diz o Papa contando que quando se dá conta de "comportamentos negativos de ministros da Igreja" ou consagradas, a primeira coisa que lhe vem em mente é: "'eis um solteirão' ou 'eis uma solteirona'". "Não são nem pais, nem mães. Não foram capazes de dar vida", diz.

Entre outras questões, o diretor da referida revista jesuíta volta também a temas complexos como divorciados em segunda união, pessoas homossexuais e pergunta qual pastoral fazer nesses casos.

"É preciso considerar sempre a pessoa – diz o Pontífice. Aí entramos no mistério do homem. Na vida Deus acompanha as pessoas, e nós devemos acompanhá-las a partir da condição delas. É preciso acompanhar com misericórdia."

Também se faz presente o tema da mulher e o Papa Francisco evidencia que "o desafio" é "refletir sobre o lugar específico da mulher também justamente onde se exerce a autoridade nos vários âmbitos da Igreja".

No final, a conversação chega um aspecto que está muito a peito para o Papa Francisco, ou seja, que "Deus o encontramos caminhando". "Deus é sempre uma surpresa – diz – e, portanto, jamais se sabe onde e como encontrá-lo, não é você quem fixa o tempo nem os lugares do encontro com Ele."

Para o Pontífice, portanto, é preciso "discernir o encontro": se o cristão "quer tudo preto no branco", então não encontra nada. A tradição e a memória do passado devem levar a "abrir novos espaços a Deus".

Com uma visão estática e de involução, se buscam sempre "soluções disciplinares" ou o passado perdido, "a fé torna-se uma ideologia entre tantas outras".

"Tenho uma certeza dogmática: Deus está na vida de toda pessoa", diz o Papa Francisco ressaltando que "mesmo se a vida de uma pessoa é um terreno repleto de espinhos e ervas daninhas, há sempre um espaço em que a semente boa pode crescer." Daí, o seu encorajamento: "É preciso confiar em Deus". (RL)

Fonte:Rádio Vaticano

domingo, 1 de setembro de 2013

Papa Francisco : não à guerra!

Não à guerra! Papa Francisco lançou, no Angelus, um premente apelo à paz na Síria e no mundo e anunciou uma jornada de jejum e oração pela paz no dia 7 de Stembro




 

Um forte apelo à paz, retomando as célebres palavras do seu predecessor, Paulo VI, “Nunca mais a guerra!”, marcou o discurso do Papa Francisco neste domingo por ocasião da Oração Mariana do Angelus, em que sublinhou que “a paz é um dom muito preciso que deve ser promovido e tutelado”

Os numerosos fiéis que, mais do que nunca, enchiam a Praça de São Pedro, reagiam com aplausos de consentimento às vibrantes palavras do Papa que disse estar profundamente preocupado com as diversas situações de conflito que se vivem no mundo, de modo particular na Síria.

Vivo com particular sofrimento e preocupação as tantas situações de conflito que há nesta terra, mas, nestes dias, o meu coração está profundamente ferido por aquilo que está a acontecer na Síria, e angustiado pelas dramáticas evoluções que se prospectam”.

O Papa dirigiu por isso, do fundo do coração, um forte apelo à paz …

“Dirijo um forte apelo à paz, um apelo que nasce do íntimo de mim mesmo! Quanto sofrimento, quanta devastação, quanta dor trouxe e trará o uso das armas naquele martirizado país, especialmente entre a população civil, inerme! Pensemos em quantas crianças não poderão ver a luz no futuro!

E o Pontífice condenou firmemente o uso das armas químicas, recordando que há um julgamento de Deus e também da História a que não se pode escapar:

Com particular firmeza, condeno o uso das armas químicas: digo-vos que tenho ainda fixas na mente e no coração as terríveis imagens dos dias passados! Há um julgamento de Deus e um julgamento da História sobre as nossas acções a que não se pode fugir! Não é nunca o uso da violência que leva à paz. Guerra chama guerra, violência chama violência!”
Às partes em conflito o Papa pediu para não se fecharem nos seus interesses, e a empreenderem com coragem e decisão a via do dialogo…

Com toda a minha força, peço às partes em conflito para ouvirem a voz da própria consciência, a não se fecharem nos seus interesses, mas a olharem para o outro como irmão e a empreender, com coragem e decisão, a via do encontro, da negociação, ultrapassando a cega contraposição”.

Não faltou uma palavra em relação à comunidade Internacional:

Com igual energia exorto também a Comunidade Internacional a envidar todos os esforços possíveis a fim de promover, sem demoras, iniciativas claras para a paz naquela Nação, baseadas no dialogo e na negociação, para o bem de toda a população síria” .

O Papa pediu ainda que não se poupem esforços no sentido de garantir assistência humanitária às pessoas afectadas por este terrível conflito, especialmente os deslocados internos e os numerosos refugiados nos países vizinho.

Por fim o Santo Padre anunciou algumas iniciativas que a Igreja vai empreender a favor da paz na Síria e no mundo. Tudo para que o grito de paz se eleve bem alto em todos os corações:

Por isso, irmãos e irmãs, decidi proclamar para toda a Igreja, no dia 7 de Setembro próximo, véspera da Natividade de Nossa Senhora, Rainha da Paz, uma jornada de jejum e de oração para a paz na Síria, no Médio Oriente, e no mundo inteiro”.

O Papa convidou a aderir a esta iniciativa os “irmãos cristãos não católicos, aos membros doutras Religiões e pessoas de boa vontade". E acrescentou:

No dia 7 de Setembro na Praça de São Pedro, aqui das 19 às 24 horas, nos reuniremos em oração e em espírito de penitência para invocar de Deus este grande dom para a amada Nação síria e para todas as situações de conflito e de violência no mundo. A humanidade precisa de ver gestos de paz e de ouvir palavras de esperança de paz!”.

E ao deixar a cada Igreja local a possibilidade de organizar como melhor entenderem esta iniciativa de paz, o Papa rezou, juntamente com os fieis, a Nossa Senhora, Rainha da Paz, para que nos ajude a responder à violência, aos conflitos e às guerras, com a força do diálogo, da reconciliação, do amor.

Ela é mãe: que nos ajude a encontrar a paz”.

Fonte: RV