Seguidores

NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

Esteja ao lado de Nossa Senhora de Fátima como nunca pode imaginar.

Visite a Capela das Aparições, ON LINE.
Participe das orações, do terço e das missas diárias.

Clique na imagem de Nossa Senhora e estará em frente à Capelinha do Santuário de Fátima.

CAPELA DE NOSSA SENHORA DA MEDALHA MILAGROSA

Uma Capela cheia de segredos !Você quer descobri-la conosco? Saiba, antes de tudo, que a Casa Mãe da Companhia das Filhas da Caridade era o antigo "Hotel de Châtillon". Este, foi concedido à Companhia, em 1813, por Napoleão Bonaparte, depois da tormenta da Revolução Francesa. Imediatamente, começa a construção da Capela.A 8 de agosto de 1813, realizou-se a bênção solene da Capela dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Em 1830, aconteceram então as aparições. Aumentou o numero de vocações.Foi necessário transformar a Capela, que passa então por várias modificações. Em 1930, por ocasião do centenário das apariçes, uma nova reforma nos mostra a Capela tal como a vemos hoje.Agora, a você a oportunidade de visitá-la!
http://www.chapellenotredamedelamedaillemiraculeuse.com

Visita a Capela da Medalha Milagrosa, localizada na Rue du Bac, 140 - Paris

Visita a Capela da Medalha Milagrosa, localizada na Rue du Bac, 140 - Paris
Clique sobre a foto para a visita guiada em 15 etapas

domingo, 26 de dezembro de 2010

SAGRADA FAMÍLIA


FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA

Campanha, 26 dez (RV) - “Vieram apressados os pastores e encontraram Maria com José, e o menino deitado no presépio”(cf. Lc 2,16).

Envolvidos no clima santo do tempo de Natal a Mãe Igreja nos convida a celebrar hoje a SAGRADA FAMÍLIA. O tempo do Natal associa ao mistério da Encarnação os temas complementares da Sagrada Família e da “Mãe de Deus”. A festa de hoje situa a Encarnação de Jesus no quadro da família, célula básica da sociedade humana. Focaliza, por conseguinte, a condição humana de Jesus e sugere algumas atitudes concretas para a vida cristã, para a vida familiar. Não se trata de encontrar um receituário de vida moral, pura e simplesmente. Mas de pistas para adequar a vida familiar à sociedade focando o mistério da família de Nazaré, para voltarmos à nossa situação, aqui e agora, imbuídos do mesmo espírito de fé que viveu a família sagrada.

Estimados Irmãos,

Os problemas da família humana são apresentados pela liturgia de hoje: a insegurança, a morte que ronda e nem sempre conduzida só pela mão da natureza; a violência, a corrupção, o hedonismo desvairado, situações dificílimas da vida humana. De outro lado vivemos também, com coragem, a grandeza de Deus que se apresenta confiante, prudente como a Sagrada Família em tomar decisões que protejam ao Filho de Deus.
Assim Jesus é apresentado por Mateus como o Novo Moisés, o LIBERTADOR e fundador de um novo povo de Deus; Jesus escondido e perseguido, é o Filho do Eterno Pai, a plenitude das promessas de Deus e a esperança salvadora das criaturas humanas.
Herodes havia mandado matar todas as crianças para ver se aniquilava com Jesus. Assim, depois da morte de Herodes, a Palestina foi dividida entre três filhos seus: Arquelau ficou com a Judéia, a Samaria e a Iduméia; Felipe ficou com a parte oriental e norte da Galiléia; Herodes Antipas ficou com a Galiléia e a Peréia. É esse Herodes que vai mandar matar João Batista e terá parte na paixão de Jesus. Era muito astucioso, a ponto de Jesus chamá-lo de Raposa. O mais violento dos três, entretanto, era Arquelau. Tão cruel e autoritário, que o imperador romano Augusto se viu obrigado a depô-lo e exilá-lo. E no seu lugar nomeou um “Procurador” romano na pessoa de Pôncio Pilatos que ocupou o posto por 10 anos.
Porque a Sagrada Família teve que fugir para o Egito? Para que Jesus não fosse vítima destes facínoras. A prudência de José, o justo pai adotivo de Jesus, levou a família para o Egito. Depois de algum tempo Jesus foi levado para Nazaré aonde passou a sua juventude e uma fase anterior a sua vida pública. Por isso Jesus foi chamado de “O Nazareno”.

Estimados Irmãos,

É importante ressaltar que Jesus foi considerado o novo Moisés. Muito maior do que o Moisés que tirou o povo da escravidão e o encaminhou para a terra prometida. Jesus nos tira do pecado e nos dá a graça, nos tira da morte e nos anuncia a vida eterna, a vida santa. Jesus sempre foi o Sacerdote, o profeta, o legislador, o homem de Deus, o amado de Deus. Jesus, filho de Deus, era sacerdote do altar da aliança nova e eterna, era o amor de Deus encarnado no meio dos homens e das mulheres. Moisés devolvera ao povo a confiança; devolvera ao povo a liberdade; fê-lo caminhar na busca da terra prometida; e sobretudo, refizera o relacionamento do povo com Deus.
Jesus fugiu e voltou para o seu povo, demonstrando o amor permanente e fiel de Deus ao seu povo, enquanto o povo se tornava sempre de novo infiel e desregrado. Jesus vem tirar o pecado do mundo e fazer do povo infiel e ingrato um “povo escolhido, uma nação santa... revestida de luz... e um povo de Deus”.

Estimados irmãos,

O Evangelho de hoje (cf. Mt 2,13-15.19-23) mostra uma família do povo, sujeita a toda espécie de sacrifícios e tribulações. Uma família que permanece unida nas dificuldades e nas desgraças. Uma família que, apesar de santa e agradável a Deus, padece, angustia-se, sofre. É visível a lição de que o sofrimento não é, por si, castigo do pecado. Desde a infância, Jesus passa pelo sofrimento, sobretudo pelo sofrimento causado pela estupidez e cobiça do poder dos outros opressores. Isso vale para todos nós que passamos pelas tribulações e pelos sofrimentos. Somente com resignação, coragem, fé e amor em Deus Uno e Trino vamos vencer o mal e triunfar o bem e a vida plena.
No Evangelho a fuga ao Egito e a instalação do lar em Nazaré. As três etapas da infância de Jesus: Belém, Egito e Nazaré, não são mera casualidade. Deus o conduz e seus pais o protegem. Mateus quer mostrar que, nestas etapas, se realiza a vinda da salvação para Israel. Plenifica-se a missão do povo que também migrava um dia do Egito à terra prometida. Jesus, o novo Moisés, criará, de judeus e pagãos, o novo povo de Deus.

Meus irmãos,

A Primeira Leitura (cf. Eclo 3,2-6.12-14) anuncia a grandeza de Deus: “Como são belos os pés que anunciam a paz, noticia a felicidade e traz uma mensagem de salvação: Deus reina e nos ama!”. Por isso o Livro do Eclesiástico anuncia o comportamento que deve reinar na vida familiar, chamando os homens a honrar o seu pai, para alcançar o perdão de seus pecados, pois quem respeita a sua mãe é como alguém que ajunta tesouros. O escritor sagrado manifesta a necessidade de se amparar os pais na velhice, sendo compreensivo, humilde e caridoso, assim seus pecados serão perdoados. Todas estas atitudes são atitudes relevantes do quarto mandamento do Decálogo – honrar pai e mãe. A identidade de um povo se mede, em certo sentido, pela relação familiar, pelo respeito, pelo amor e pelo cuidado que se cultiva para com os pais. É bom notar que esta leitura apresenta regras para a vida familiar – Regras da sabedoria judaica para a vida familiar. Prevalecem o respeito importante aos pais, o bom comportamento e o bom senso que deve reinar na vida familiar.
Por isso, com o Salmo Responsorial (cf. Sl. 128) cantamos: Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!
Na segunda leitura (cf. Cl 3,12-21), São Paulo, orienta sobre a convivência familiar baseando-se, acima de tudo no amor, que é vínculo de perfeição, e também no perdão e na paz em Cristo. Conclamando para o perdão, esta atitude é vivida na família, que exige desprendimento e perdão. Paulo faz recomendações a todos os membros do núcleo familiar, sempre relacionado a atitude de um e de outro: “Mulheres, sede submissas a vosso marido, como convém no Senhor”(cf. Cl 3,16), portanto com a dignidade de pessoa humana, conservando a integridade dos valores cristãos. “Maridos, amai vossa esposa e não sejais ásperos com ela”(cf. Cl 3,19), seguido da recomendação aos filhos: “...obedecei em tudo aos vossos pais, pois isto agrada ao Senhor”(cf. Cl 3,20). Como observamos São Paulo sublinha que o amor de Cristo deve fundamentar as regras da vida familiar – Por isso Paulo cita brevemente as regras da boa família helenística. A norma, porém, de tais regras não é o mero bom comportamento, mas Cristo mesmo. Ele dá aos homens viverem juntos na paz e no amor. Isso vale para a família e para a comunidade. Onde vive a paz, a Palavra de Cristo encontra acolhida; aí também descobre-se a alegria na oração e no trabalho em comum, no cotidiano de nossos dias.
Jesus é a comunicação de Deus, é o que Deus significa para nós; e o que não condiz com Jesus contradiz Deus. O que Jesus fala e faz, é Deus quem o fala e o faz. Que vivamos a intensidade deste tempo, vivendo como novos Cristos, também nossa carne, nossa vida e história, será uma palavra de Deus para nossos irmãos e irmãs, e mostrará ao mundo o verdadeiro rosto de Deus: um rosto de amor e de partilha.
A família deve reencontrar o seu lugar primordial na vida da sociedade, como célula mater da sociedade. O Santo Padre reafirma, constantemente que somente a família conforme a vontade de Deus pode receber a graça de Deus e a santificação do lar edificado sob as bênçãos da Igreja. O critério supremo de vida da família deve ser procurado no exercício da caridade, que é a verdadeira fonte da unidade familiar. Este exercício só é possível se as fronteiras da família forem as do reino da fraternidade universal. A vida familiar não pode ser vivida na verdade se não for aberta ao transcendente, ao Divino que se nos visita, com a encarnação do Menino Deus, o Deus Conosco, o Emanuel!

Padre Wagner Augusto Portugal
Vigário Judicial da Diocese da Campanha (MG)


Fonte: RV

sábado, 25 de dezembro de 2010

NATAL DO MENINO JESUS

Natal do Senhor Jesus

A história do Natal começou na véspera do nascimento de Jesus, quando, segundo a Bíblia, os anjos anunciaram a chegada do menino.

Oficialmente, faz agora 2006 anos. Nessa altura, o imperador Augusto determinou o registo de toda a população do Império Romano por causa dos impostos, tendo cada pessoa, para o efeito de inscrever na sua localidade.

Segundo o Novo Testamento, José partiu de Nazaré para Belém, para esse efeito, e levou com ele a sua esposa, Maria, que esperava um Filho. Ao longo da viagem, chegou a hora de Maria dar à luz, e como a cidade estava com os albergues completamente cheios, tiveram de pernoitar numa gruta. Foi nessa região da Judeia, que Jesus nasceu.

Diz a Bíblia que um Anjo desceu sobre os pastores que guardavam os seus rebanhos durante a noite e disse-lhes: «Deixai o que estais a fazer e vinde adorar o menino, que se encontra em Belém e é o vosso Redentor». Os pastores foram apressados, procurando o lugar indicado pelo Anjo, e lá encontraram Maria, José e o menino. Ao vê-lo, espalharam a boa nova.

Os primeiros registos da celebração do Natal têm origem na Turquia, a 25 de Dezembro, em meados do sec II.

No ano 350, o Papa Júlio I levou a efeito uma investigação pormenorizada e proclamou o dia 25 de Dezembro como data oficial e o Imperador Justiniano, em 529, declarou-o feriado nacional.

O período das festas alargou-se até à Epifania, ou seja vai desde 25 de Dezembro até 6 de Janeiro. O dia 6 de Janeiro é o chamado dia dos Reis Magos.

A religião Cristã foi, depois, abraçando toda a Europa, dando a conhecer a outros povos a celebração do Natal. Em Inglaterra, o primeiro arcebispo de Cantuária foi responsável pela celebração do Natal. Na Alemanha, foi reconhecido em 813, através do sínodo de Mainz. Na Noruega, pelo rei Hakon em meados de 900. E em finais do séc. IX, o Natal já era celebrado em toda a Europa.

Os Evangelhos de S.Lucas e S. Mateus relatam a história do nascimento de Jesus. Só que, ao contrário do que julgávamos, Jesus não teria nascido no Inverno e sim na Primavera ou no Verão - os pastores não guardariam os rebanhos nos montes com o rigor do Inverno...

Em relação à data do nascimento de Jesus, existem algumas dúvidas. A estrela que guiou os Magos até à gruta de Belém deu lugar a várias explicações.

Alguns cientistas afirmam que deverá ter sido um cometa. No entanto, nessa altura não há registo que algum cometa tivesse sido visto.

Outros dizem que, no ano 6 ou 7 a. C., houve um alinhamento dos planetas Júpiter e Saturno mas também não é muito credível, para que se considere esse o ano do nascimento de Jesus.

Por outro lado, a visita dos Reis Magos é comemorada 12 dias depois do Natal (Epifania) sendo tradicional festejar este acontecimento em pleno Inverno, a 6 de Janeiro.

De qualquer forma, para além da certeza histórica de uma data, é o mistério do Nascimento de Jesus Cristo que os cristãos celebram. E esse é eterno!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

VINDE, Ó MENINO JESUS


Vinde, ó Menino Jesus!

Hungria, outubro de 1956. Enquanto nas ruas de Budapeste o país é agitado por manifestações revolucionárias, no âmbito de uma paróquia desenvolve-se um dos mais belos episódios da resistência húngara ao regime ateu. Nele transparece todo o vigor da alma católica do povo magiar(húngaro), modelado ao longo de mil anos por uma incontável falange de Santos. Uma frágil criança enfrenta com firmeza a perseguição contra sua fé infantil, mas já inquebrantável, e assim aniquila o adversário. Constituiu aí um magnífico exemplo para nós neste pardacento ano de 1974. Os católicos que formam hoje um imenso bloco de mais de 650 milhões de almas, se procurarem avivar e fortalecer a fé, ergueriam uma barreira intransponível ao mal que avança. O maravilhoso milagre que a seguir vamos narrar, aconteceu há 18 anos. Transmitiu-o o próprio pároco, padre Norberto, um dos últimos fugitivos dos perseguidores da Igreja que atearam fogo para queimar a seiva ardente das almas cheias de fé, dessa sofrida nação. A Comunhão, fonte de energia para a alma A professora Gertrudes, atéia militante, ensinava na escola da paróquia, a serviço do governo ateu. Todas as suas lições giravam em torno da impiedade e da negação de Deus, pois essa era a sua missão. Tudo lhe servia para difamar e ridicularizar a Igreja Católica. O seu programa de ensino era simples: arrancar a fé da alma das crianças e assim formar legiões de pequeninos “sem Deus”.
As crianças, mesmo intimidadas, não se deixavam convencer com as troças (zombarias) da mestra. Coisa curiosa: Gertrudes parecia adivinhar quais as alunas que tinham comungado naquele dia, e eram as que mais perseguia. Uma tarde, a menina Ângela de 10 anos, procurou o padre Norberto, pedindo licença para comungar diariamente. Muito inteligente e bem dotada, era a melhor aluna da classe e da escola. O sacerdote mostrou-lhe os riscos a que se expunha, mas ela insistiu: “-- O Senhor Padre disse-me que eu devo dar bons exemplos na sala de aula e na escola. E para os dar, preciso de sentir-me forte na fé. Asseguro-lhe que a professora não conseguirá apanhar-me em erro ou em dúvidas. Nos dias em que comungo, sinto-me mais fortalecida. E assim saberei como conduzir-me quando ela caçoar da Igreja. Por favor, não me recuse o que lhe peço, Senhor Padre.” O Padre Norberto então acedeu. E desde esse dia, Ângela passou a viver um verdadeiro inferno na sala de aula. Apesar de saber sempre as lições, qualquer coisa era pretexto para a mestra implicar com ela. A criança resistia, mas ficava abatida, a olhos vistos. A partir de novembro, as aulas passaram ser autênticos duelos, entre essa mulher atéia e a pequena discípula. Aparentemente, a mestra triunfava e dizia sempre a última palavra. Todavia, a sua irritação era tão grande que até o silêncio de Ângela a punha fora de si. Apavoradas, as outras crianças pediam socorro ao padre Norberto, que nada podia fazer.
--“Graças a Deus - lembra ele - Ângela continuava firme na sua fé, e a nós restava rezar, e rezar com absoluta confiança na Misericórdia Divina.” Um estratagema Pouco antes do Natal, a 17 de dezembro, a professora inventou um estratagema cruel, por onde esperava dar um golpe mortal nas “superstições que infestavam” a escola. E preparou a cena com todo cuidado. Naturalmente, a pobre Ângela foi a vítima. Com voz adocicada, ela fez um longo falatório, para que a classe se certificasse que as pessoas vivas atendem quando são chamadas. E as pessoas mortas, ou as que só existem nas histórias – como o Barba Azul – não podem aparecer.
E mandou Ângela sair da sala e ficar do lado de fora. Ato contínuo, disse para as alunas chamarem-na em côro. Ângela entrou, muito intrigada, e pressentindo uma cilada nisso tudo.
--Afinal, concluiu a mestra, estamos todas de acordo, não é? Quando chamamos aqueles que vivem, que existem, eles vêm, é claro. Quando chamamos os que não existem, eles não podem vir. A

Ângela que está aqui, viva, em carne e osso, ouviu nós a chamarmos e veio ter conosco. Já que estamos nessa festa que vocês chamam de Natal, suponhamos que chamassem o Menino Jesus. Parece que há entre vocês quem acredita nEle... Houve um instante de silêncio, de medo talvez, e aquelas vozes responderam timidamente: “Nós acreditamos!”. --“E você Ângela, você crê que o Menino Jesus te ouve, quando o chama?” A menina então compreendeu a cilada que pressentira, mas desconhecia o tamanho da perversidade da mesma e respondeu com clareza: --“Sim, creio que Ele me ouve!” --“Muito bem, replicou a mestra. Façamos agora uma experiência: as meninas viram que quando a chamamos, Ângela veio imediatamente. Se o Menino Jesus existe, Ele ouvirá que O estamos chamando. Pois então, vocês todas gritem ao mesmo tempo e com força: -- “Vem, Menino Jesus!” Um, dois , três! Chamem ele, vamos! Intimidadas, as meninas permaneciam caladas. Os argumentos da mestra tinham-nas impressionado, e Gertrudes soltou uma gargalhada diabólica e prolongada. O milagre De repente, deu-se o imprevisto. Num lance inspirado, Ângela dirigiu-se para o meio da classe. Nos seus olhos brilhava um clarão de confiança. Olhou para as colegas e disse em voz firme:
--“Meninas, vamos chamar o Menino Jesus. Vamos gritar todas juntas: “Vem, Menino Jesus!”. Num instante todas se puseram de pé e fizeram suas vozes ecoar pela escola num uníssono vibrante: “Vem, Menino Jesus! Vem, Menino Jesus! Vem, Menino Jesus!” A professora não esperava esta súbita reação infantil. Um impulso sobrenatural se reuniu em torno daquela criança que se revelara “chefe” e esperava o milagre. Quando o clamor estava no seu auge, a porta da sala abriu-se sem ruído, entrando por ela uma intensa claridade, que crescia, crescia, como a chama de um enorme fogo. No meio desse clarão, apareceu um globo cheio de luz, que abrindo-se apareceu um Menino lindo e risonho, vestido de luz. O Menino sorria, não falava, e todas as alunas sorriam também, tranqüilas e contentes. Depois o globo fechou-se de mansinho e saiu pela porta, que também fechou-se sem que ninguém lhe tocasse. As crianças olhavam ainda para a porta, quando um grito agudo se fez ouvir. Aterrada, com olhar espantado, braços erguidos e mãos na cabeça, a professora grita como louca: -- “Ele veio! Ele existe! E fugiu pela porta, corredor afora. Padre Norberto conta que interrogou uma a uma as crianças que presenciaram o fato. E atesta sob juramento que não encontrou a menor contradição nas palavras delas.
Quanto à Profa. Gertrudes, deu entrada numa casa de saúde. O cérebro ressentiu-se do tremendo abalo que sofreu e não cessava de repetir: --“Ele veio! Ele veio!”

Fonte: (Texto extraído da reportagem de Maria Minovskca, publicada na revista “Magnificat” de Braga, Portugal – ano XVI - nº 2 – fevereiro, março de 1966)

Este fato é verídico e universalmente conhecido. Mostra bem como um homem, ou mesmo uma frágil criança, pode catalisar em torno de si toda uma reação, quando ela se mostra símbolo vivo da verdadeira .

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

PREPAREMO-NOS COM ALEGRIA PARA O NATAL

PAPA NA AUDIÊNCIA DE ONTEM (22):

PREPAREMO-NOS COM ALEGRIA PARA O NATAL

Cidade do Vaticano,

- Bento XVI acolheu na manhã desta quarta-feira, dia da habitual Audiência Geral, vários fiéis e peregrinos na Sala Paulo VI, no Vaticano.

A catequese de hoje foi dedicada inteiramente ao Natal. "Preparemo-nos com alegria para o Natal, purificando a nossa consciência de tudo aquilo que é contrário à vinda de Deus" - ressaltou o Papa.

"A alegre expectativa, característica dos dias que antecedem o Santo Natal, é certamente a atitude fundamental do cristão que deseja viver com fruto o renovado encontro com Aquele que vem habitar em nós: Cristo Jesus, o Filho do Deus que se fez homem, que inundou o universo de alegria" – frisou o pontífice.

Bento XVI sublinhou que "o presépio é expressão de nossa expectativa, mas também ação de graças Àquele que decidiu partilhar a nossa condição humana, na pobreza e na simplicidade. Que este genuíno testemunho de fé cristã possa oferecer ainda hoje a todos os homens de boa vontade um sugestivo ícone do amor infinito do Pai para com todos".

O Santo Padre pediu à Virgem Maria e a São José para que nos ajudem a viver o mistério do Natal com renovada gratidão ao Senhor. "Em meio à vida frenética de nossos dias, este tempo nos doa um pouco de calma e alegria e nos faz tocar a bondade do nosso Deus, que se fez criança para nos salvar e dar nova coragem e nova luz ao nosso caminho" – sublinhou ainda o Papa.

A seguir, Bento XVI fez um resumo de sua catequese em português, saudou os fiéis lusófonos presentes na audiência e concedeu a todos a sua bênção apostólica.

Queridos irmãos e irmãs,

No tempo próprio da Liturgia, que actualiza o mistério, está para chegar o Deus Menino, nosso Salvador: Aquele que, depois da desobediência de Adão e Eva, nos abraça de novo e abre o acesso à vida verdadeira. Ele vem para reduzir à impotência a obra do maligno e tudo aquilo que nos faz andar longe de Deus. O Verbo feito menino ajuda-nos a compreender o modo de agir de Deus, para sermos capazes de nos deixar transformar pela sua bondade e misericórdia infinita. A sua vinda serve para nos ensinar a ver e a amar os acontecimentos da vida, o mundo e tudo aquilo que nos rodeia com os próprios olhos de Deus. No meio da actividade frenética dos nossos dias, possa este tempo natalício trazer-nos um pouco de calma e tanta alegria, fazendo-nos sentir a bondade do nosso Deus que Se faz menino para nos salvar e dar nova coragem e nova luz ao nosso caminho.

Amados peregrinos de língua portuguesa, a minha cordial saudação de boas vindas para todos, com votos de um santo Natal, portador das consolações e graças do Deus Menino: nos vossos corações, famílias e comunidades, resplandeça a luz do Salvador, que nos revela o rosto terno e misericordioso do Pai do Céu. Em seu Nome, eu vos abençoo, pedindo a Deus um Ano Novo sereno e feliz para todos. (MJ)

Fonte: RV

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

CONSTRUAM SEMPRE MAIS A IGREJA FEITA DE PEDRAS VIVAS

BENTO XVI: CONSTRUAM SEMPRE MAIS A IGREJA FEITA DE PEDRAS VIVAS
Cidade do Vaticano,

- Bento XVI presidiu a santa missa, na manhã deste domingo (12), na paróquia dedicada a São Maximiliano Maria Kolbe, localizada na periferia romana de Prato Fiorito.O Papa convidou os fiéis a viverem com compromisso o caminho pessoal e comunitário na seqüela de Cristo. "O Advento é um forte convite a deixar entrar sempre mais Deus em nossas vidas, em nossas casas, em nossos bairros, em nossas comunidades para ter uma luz em meio a tantas sombras e fadigas do dia-a-dia" – frisou o pontífice. Bento XVI pediu aos fiéis para que construam sempre mais a Igreja feita de pedras vivas. "Conheço as muitas e significativas obras de evangelização que vocês estão atuando. Peço aos fiéis para que dêem sua contribuição na edificação da comunidade, sobretudo no campo da catequese, da liturgia e da caridade – colunas da vida cristã – em comunhão com toda a Diocese de Roma" – ressaltou o Papa.Bento XVI frisou que "nenhuma comunidade pode viver como uma célula isolada do contexto diocesano, mas deve ser expressão viva da beleza da Igreja que caminha em comunhão ao Reino de Deus".O Santo Padre pediu às famílias para que vivam a sua vocação ao amor com generosidade e perseverança. Como a Paróquia de São Maximiliano Maria Kolbe é formada por famílias provenientes do centro e do sul da Itália, que buscavam trabalho e melhores condições de vida, e também por pessoas provenientes do leste europeu e outros países, a partir dessa realidade concreta da paróquia, Bento XVI pediu aos fieis para que se esforcem em crescer sempre mais na comunhão, criando ocasiões de diálogo e favorecendo a compreensão recíproca entre pessoas provenientes de culturas, modelos de vida e condições sociais diferentes. "Saibam formar comunidade unidos na escuta da Palavra de Deus e na celebração dos Sacramentos, sobretudo da Eucaristia" – frisou o pontífice.Que São Maximiliano Maria Kolbe, que se ofereceu para morrer a fim de salvar um pai de família, seja para nós exemplo de amor e doação. (MJ)

domingo, 12 de dezembro de 2010

DECRETO SOBRE MILAGRE ATRIBUÍDO À INTERCESSÃO DE IRMÃ DULCE


PAPA PROMULGA DECRETO SOBRE MILAGRE ATRIBUÍDO À INTERCESSÃO DE IRMÃ DULCE


Cidade do Vaticano,




- Bento XVI autorizou, nesta sexta-feira (11), a promulgação do decreto que reconhece um milagre atribuído à intercessão da Serva de Deus, a brasileira Irmã Dulce. O Santo Padre assinou o decreto durante a audiência ao prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato, no curso da qual foram aprovadas as promulgações de outros 11 decretos. O milagre realizado com intercessão da madre baiana, da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, foi reconhecido em outubro deste ano pelo Vaticano e só faltava a assinatura do pontífice. Com o reconhecimento deste milagre, Irmã Dulce será beatificada em data a ser ainda estabelecida. O próximo passo, agora, será sua canonização. Para que Irmã Dulce seja reconhecida santa, o processo de canonização deverá apresentar mais um milagre atribuído à sua intercessão, que deverá, como este, ser reconhecido pela Santa Sé.Os outros decretos assinados ontem pelo pontífice se referem a três martírios por ódio à fé, mais três reconhecimentos das virtudes heróicas de Servos de Deus. Irmã Dulce nasceu em Salvador, Bahia, em 26 de maio de 1914; e faleceu nessa mesma cidade, em 13 de março de 1992. (AF)
Fonte: RV

ADVENTO - PARTE VII - A NOVIDADE NA CONTÍNUA VINDA DE JESUS

A NOVIDADE NA CONTÍNUA VINDA DE JESUS

O ontem messiânico, o presente atual e esperançoso, o futuro profético

A vinda de Cristo é antiga e é nova.

É um fato passado que se atualiza na celebração litúrgica. A Igreja é antes de tudo a esposa de Cristo, único sumo sacerdote. Neste sentido, é a receptora dos sacramentos, mas não a produtora nem a criadora. A Igreja reelabora os sacramentos como colaboradora do esposo de quem recebe a vida e tudo para poder atuar.

Por isso o sentido e fim da celebração litúrgica é precisamente o de fazer participar a todas as gerações ativamente na obra da salvação de Cristo. No tempo de Advento a obra de salvação se expressa de maneira escatológica. Trata-se do Cristo Juiz, Senhor, Rei, que virá no final dos tempos. É o Cristo em Majestade dos grandes mosaicos das catedrais.

O mistério do culto litúrgico faz possível que a eternidade irrompa no tempo para que o mistério originário chegue a celebrar-se, e a salvação contida na ação salvífica passada alcance a cada geração.

Portanto a Escritura, a Liturgia e os Padres anunciam sempre a morte do Senhor, certamente como morte salvífica, como núcleo central do mistério do culto: «mortis Dominicae mysteria». A morte tem como conseqüência a vida de Cristo. Dirá o liturgista Odo Casel que à Jesus Cristo, chegamos através do Jesus histórico, assim também à Ressurreição chegamos pela morte.

A ação salvífica de Cristo nos conduz à sua Páscoa e nos faz, por seu Espírito, participar dela e ser transformados pela própria Páscoa de Cristo morto e ressuscitado, para passar assim à vida e à vida eterna. «Cristo atua verdadeiramente nos sacramentos como o sumo sacerdote de sua Igreja, que a liberta através de sua ação salvadora e a conduz à vida», dizia Odo Casel.

O tempo do Advento conduz a Igreja ao limiar de sua existência, daí que a grande característica do Advento deverá ser a esperança. Escutamo-lo neste primeiro domingo: «Deus vos chamou a participar na vida de seu Filho, Jesus Cristo, Senhor nosso». Somos chamados a realizar plenamente o plano de Deus sobre todos e cada um de nós. Recorda-nos o Advento que, no presente se nos apresenta o futuro.

O Advento é um tempo real e atual. Enquanto escutamos as profecias ainda não realizadas, vemos passar o mundo ante nossos olhos e ansiamos por esse mundo que virá e que já começamos a viver e a preparar no presente.

Enquanto esperamos o amanhã, feliz e desejado, trabalhamos no presente, atual e esperançoso e olhamos o passado (vindo na carne mortal de Cristo) e nos lembramos de ter tido o Messias entre nós, e tomamos força em nossa carne que foi a sua e que, portanto, está cheia da força salvífica que ele infundiu.

O Advento é um tempo real e presente que, ao ver o ontem messiânico, nos lança para o futuro profético. Em todo o processo está a Trindade Santa: o Pai que cria, o Filho que vem a este mundo a recriá-lo e o Espírito Santo que o santifica e o une no amor.

Pe. Juan Javier Flores Arcas, OSBReitor do Pontifício Instituto Litúrgico de Santo Anselmo - Roma

sábado, 11 de dezembro de 2010

FILES WIKILEAKS SOBRE VATICANO

FILES WIKILEAKS SOBRE VATICANO: COMUNICADO DA SALA DE IMPRENSA

Cidade do Vaticano, 11 dez (RV)

– Na tarde desta sexta-feira, a imprensa mundial divulgou – tendo como fonte os files de Wikileaks – alguns documentos da diplomacia estadunidense sobre o Vaticano. A esse propósito, a Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou o seguinte comunicado:"Sem entrar na avaliação da extrema gravidade da publicação de grande quantidade de documentos reservados e confidenciais, assim como suas possíveis consequências, a Sala de Imprensa da Santa Sé – diz seu diretor, Pe. Federico Lombardi, no comunicado – observa que uma parte dos documentos tornados públicos recentemente, pelo site Wikileaks, diz respeito a relatórios enviados ao Departamento de Estado dos Estados Unidos da América, pela Embaixada dos Estados Unidos junto à Santa Sé.""Naturalmente – prossegue Pe. Lombardi – tais relatórios refletem as percepções e opiniões daqueles que os redigiram, e não podem ser considerados expressões da própria Santa Sé, nem citações precisas de palavras de seus Oficiais. A credibilidade de tais palavras deve, portanto, ser avaliada com reserva e com muita prudência, levando em consideração tais circunstâncias."Por sua vez, o embaixador dos EUA junto à Santa Sé, Miguel H. Diaz, numa nota publicada esta manhã, condena "da maneira mais forte possível" a publicação de documentos reservados do Departamento de Estado.A Embaixada norte-americana – lê-se na nota – "não fará nenhum comentário sobre o conteúdo ou autenticidade de tais informações". Concluindo, a nota reitera que a Embaixada dos EUA junto à Santa Sé se empenha em colaborar com o Vaticano, a fim de que "o diálogo entre credos se transforme em ação em muitas áreas, no interesse do bem comum". (AF)
Fonte: RV

ADVENTO - PARTE VI - O ADVENTO DE NÓS MESMOS

O ADVENTO DE NÓS MESMOS
Hoje ainda é Advento
Advento significa preparação para a vinda do Messias na carne quente e humana de Jesus Cristo na festa do Natal. Advento simboliza ainda a preparação da humanidade para a chegada do Salvador do Mundo. E Ele já veio. Por isso não deveria em si haver mais o tempo do advento. O tempo da espera e das trevas já passou e andamos à luz do Esperado que já irrompeu.Porque então festejamos ainda o advento? Não é só um rito litúrgico e um tempo que prepara o Natal? Não.
O advento é também o nosso tempo, depois da encarnação de Deus. É verdade que Deus veio de forma definitiva para dentro de nossa pequenez, mas, apesar disso, Ele é sempre aquele que ainda deve vir e continua chegando para cada um e para todo o mundo.Cada um vive no Antigo Testamento de si mesmo porque vive na imperfeição e no pecado, no desejo da redenção e na ânsia do Libertador.
Os tempos messiânicos foram inaugurados com o Messias Jesus, mas não se completaram ainda. Não é ainda verdade aquilo que Isaías sonhou para os tempos ridentes do Messias; o lobo ainda não é hóspede do cordeiro, a pantera não se deita ao pé do cabrito, nem o touro e o leão comem juntos; não é verdade ainda que a vaca e o urso se confraternizam e o leão come palha com o boi; não é ainda verdade que a criança de peito brinca à toca da serpente e o menino crescidinho mete a mão no buraco do escorpião (Is 11, 6-8).
Numa palavra: a reconciliação do homem com o outro homem e com a natureza é ainda um suspiro dolorido. Cremos que fomos libertados por Jesus Cristo, entretanto, nos sentimos tão pecadores como o homem pré-cristão. Não se realizou a profecia de Jeremias para o nosso tempo, de que Deus colocaria no nosso interior a sua lei santa e Ele mesmo a escreveria em nossos corações (Jr 31,33).
Toda esta situação nos convence: hoje é ainda advento. Temos que esperar a vinda de Deus que modificará o estado calamitoso deste mundo realizando os sonhos dos antigos profetas e as nossas próprias esperanças. Cada ser humano carrega dentro de si uma riqueza que não alcança ser mostrada durante nosso percurso terrestre. Não nos realizamos totalmente, por mais que nos esforcemos.
Estamos sempre no advento de nós próprios. Mas um dia, tudo florescerá em nós quando Deus mesmo se revelar a nós próprios; então não haverá mais advento; será Natal eterno; Deus terá nascido e se revelado definitivamente dentro de nosso coração. O advento cristão professa: em alguém, em Jesus, Deus se manifestou totalmente. Nele a espera expirou.
Para nós, advento significa então: esperar e preparar-se para aquilo que se revelou em Cristo se revele também em nós. Enquanto isso não acontecer, suplicamos como os primeiros cristãos: Vem, Senhor Jesus! Vem!
É o nosso advento cristão.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

MISSIONÁRIO XAVERIANO SERÁ CANONIZADO

FUNDADOR DOS MISSIONÁRIOS XAVERIANOS SERÁ CANONIZADO PROXIMAMENTE


Cidade do Vaticano, 10 dez (RV)

Bento XVI autorizou na manhã desta sexta-feira, com a audiência concedida ao Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato, a promulgação dos Decretos com os quais se abre à canonização próxima do fundador dos Missionários Xaverianos, Beato Guido Maria Conforti, e à beatificação de onze Servos de Deus, seis dos quais assassinados durante a Guerra civil na Espanha e um assassinado pelos nazistas no campo de concentração de Dachau, na Alemanha. Ademais, os Decretos reconhecem as virtudes heróicas de quatro novos Veneráveis.
Guido Maria Conforti parecia obrigado a conter os impulsos de seu ânimo, devido a uma saúde precária que o condicionava desde a sua adolescência. Mas não se encontrava enfermo o seu espírito, que cedo o levou ao sacerdócio e, apesar de nenhum instituto missionário aceitá-lo, ele não se desencorajou, e em 1895 fundou, por conta própria, a Congregação de São Francisco Xavier para as Missões exteriores.
A Congregação tornou-se uma nova flor no jardim da Igreja: no ano seguinte à fundação, dois Xaverianos partiram em missão para a China.
Aos 37 anos de idade, Conforti foi nomeado Arcebispo de Ravenna – nordeste da Itália – tendo que renunciar, após um ano, ao governo pastoral da Arquidiocese, por motivo de saúde.
Em 1907 tornou-se coadjutor do Arcebispo de Parma – norte da Itália – depois sucessor, e desta vez, em plena atividade, conduziu a Arquidiocese por 25 anos.
Três anos antes de sua morte, em 1928, Dom Conforti coroou o sonho de ir à China para uma visita a seus Xaverianos. Em 1995 João Paulo II proclamou-o Beato.Apenas dois anos mais jovem que o futuro Santo Conforti, Pe. Francesco Paleari – futuro Beato – nasceu em Pogliano Milanese – norte da Itália – em 1863, passou a sua vida na Casa da Divina Providência, fundada por São José Benedetto Cottolengo.
Educador de jovens, formador de adultos consagrados e leigos, Pe. Francesco destacou-se como um dos muitos sacerdotes apóstolos da caridade que iluminam a história da Igreja italiana e mundial entre os séculos XIX e XX.
Entre os próximos Beatos figuram também duas fundadoras. Trata-se de Maria Clara do Menino Jesus (no século, Libânia do Carmo Galvão Meixa de Moura Teles e Albuquerque), originária da cidade portuguesa de Amadora, onde nasceu em 1843.
Em 1871 fundou a Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, hoje espalhada pelo mundo com significativa presença na América e na Ásia, destacando-se na assistência aos enfermos.
A segunda fundadora é Ana María Janer Anglarill, espanhola, nascida em Cervera, na Catalunha, em dezembro de 1800, fundadora do Instituto das Irmãs da Sagrada Família de Urgell.
Dos sete mártires que serão elevados aos altares, um é o sacerdote diocesano Ludwig Andritzki, alemão de Radibor, que com 28 anos perdeu a vida no campo de concentração de Dachau, no dia 3 de fevereiro de 1943.
Os outros seis – dois sacerdotes diocesanos e um grupo de sacerdotes e coroinhas franciscanos da Ordem dos Frades Menores e da Terceira Ordem Secular – constituem um novo elenco daquelas numerosas testemunhas da fé que durante a perseguição desencadeada em 1936 contra a Igreja Católica na Espanha pagaram com o sangue a sua fidelidade ao Evangelho. (RL)
Fonte: RV

ADVENTO - PARTE V - A CAMPANHA DA EVANGELIZAÇÃO NO ADVENTO

A CAMPANHA DA EVANGELIZAÇÃO NO ADVENTO


Com início na Solenidade de Cristo Rei e conclusão no 3º Domingo do Advento, a Igreja realiza em todo o Brasil, a Campanha da Evangelização, que teve seu início em 1999. Asssim como a Campanha da Fraternidade, quer ser um momento privilegiado para a tomada de consciência de nosso ser cristão e mobilização em vista da missão do Evangelho.
Dois aspectos complementares da opção e vida cristãs são tocados nestas duas campanhas:
a Campanha da Evangelização no Advento – preparação para o Natal do Senhor. Está em destaque o dom recebido de Deus através da encarnação de seu Filho. Nela se recebe o Deus feito homem para que o homem se torne participante da vida divina.
a Campanha da Fraternidade, na Quaresma – preparação para a Páscoa da Ressurreição. Nela está em destaque a fraternidade decorrente desta encarnação – o Deus feito homem nosso irmão que dá a vida pela salvação da humanidade inteira, vida plena e eterna.

Com a Campanha da Evangelização busca-se garantir os recursos financeiros necessários para que a Igreja realize a sua missão evangelizadora, como para as ações de solidariedade com a humanidade em suas carências.
No 3º Domingo do Advento acontecerá a Coleta da Campanha para a Evangelização, gesto concreto de toda a Igreja Católica no Brasil, testemunho dos discípulos em vista da missão evangelizadora.

O objetivo principal da Campanha e da Coleta é lembrar que todos os batizados têm o dever de evangelizar e de colaborar na sustentação das atividades pastorais da Igreja.
A nós que temos fé e recebemos a graça de conhecer e amar Jesus Cristo, cabe a missão de anunciar esta “Boa Notícia” àqueles que ainda não a acolheram. Este é o presente que Jesus espera de nós.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

ADVENTO - PARTE IV - A COROA DE ADVENTO


A COROA DE ADVENTO

Desde a sua origem a Coroa de Advento possui um sentido especificamente religioso e cristão: anunciar a chegada do Natal sobretudo às crianças, preparar-se para a celebração do Santo Natal, suscitar a oração em comum, mostrar que Jesus Cristo é a verdadeira luz, o Deus da Vida que nasce para a vida do mundo. O lugar mais natural para o seu uso é família.

Além da coroa como tal com as velas, é uso antigo pendurar uma coroa (guirlanda), neste caso sem velas, na porta da casa. Em geral laços vermelhos substituem as velas indicando os quatro pontos cardeais. Entrou também nas igrejas em formas e lugares diferentes, em geral junto ao ambão. Cada domingo do Advento se acende uma vela. Hoje está presente em escolas, hotéis, casas de comércio, nas ruas e nas praças. Tornou-se mesmo enfeite natalino. Já não se pode pensar em tempo de Advento sem a coroa com suas quatro velas.

Simbolismo da Coroa de Advento

Pelo fato de se tratar de uma linguagem simbólica, a Coroa de Advento e seus elementos podem ser interpretados de diversas formas. Desde a sua origem ela possui um forte apelo de compromisso social, de promoção das pessoas pobres e marginalizadas. Trata-se de acolher e cuidar da vida onde quer que ela esteja ameaçada. Podemos dizer que a Coroa de Advento constitui um hino à natureza que se renova, à luz que vence as trevas, um hino a Cristo, a verdadeira luz, que vem para vencer as trevas do mal e da morte. É, sobretudo, um hino à vida que brota da verdadeira Vida.
A mensagem da Coroa de Advento é percebida a partir do simbolismo de cada um de seus elementos.

O Círculo
A coroa tem a forma de círculo, símbolo da eternidade, da unidade, do tempo que não tem início nem fim, de Cristo, Senhor do tempo e da história. O círculo indica o sol no seu ciclo anual, sua plenitude sem jamais se esgotar, gerando a vida. Para os cristãos este sol é símbolo de Cristo.
Desde a Antigüidade, a coroa é símbolo de vitória e do prêmio pela vitória. Lembremos a coroa de louros, a coroa de ramos de oliveira, com a qual são coroados os atletas vitoriosos nos jogos olímpicos.

Os ramos verdes

Os ramos verdes que enfeitam o círculo constumam ser de abeto ou de pinus, de ciprestes. É símbolo nórdico. Não perdem as folhas no inverno. É, pois, sinal de persistência, de esperança, de imortalidade, de vitória sobre a morte.
Para nós no Brasil este elemento é um tanto artificial e, por isso, problemático, menos significativo, visto que celebramos o Natal no início do verão e com isso não vivenciamos esta mudança da renovação da natureza. Por isso, a tendência de se substituir o verde por outros elementos ornamentais do círculo: frutos da terra, sementes, flores, raízes, nozes, espigas de trigo.

Para ornar a coroa usam-se também laços de fitas vermelhas ou rosas, símbolo do amor de Jesus Cristo que se torna homem, símbolo da sua vitória sobre a morte através da sua entrega por amor. Deste modo, nas guirlandas penduradas nas portas das casas, os laços ocupam o lugar das velas. Lembram os pontos cardeais, a cruz de Cristo, que irradia a luz da salvação ao mundo inteiro.

As velas
As quatro velas indicam as quatro semanas do Tempo do Advento, as quatro fases da História da Salvação preparando a vinda do Salvador, os quatro pontos cardeais, a Cruz de Cristo, o Sol da salvação, que ilumina o mundo envolto em trevas. O ato de acender gradativamente as velas significa a progressiva aproximação do Nascimento de Jesus, a progressiva vitória da luz sobre as trevas.Originariamente, a velas eram três de cor roxa e uma de cor rosa, as cores dos domingos do Advento.
O roxo, para indicar a penitência, a conversão a Deus e o rosa como sinal de alegria pelo próximo nascimento de Jesus, usada no 3º domingo do Advento, chamado de Domingo “Gaudete” (Alegrai-vos).

Existem diferentes tradições sobre os significados das velas. Uma bastante difundida:
a primeira vela é do profeta;

a segunda vela é de Belém;
a terceira vela é dos pastores;
a quarta vela é dos anjos.

Outra tradição vê nas quatro velas as grandes fases da História da Salvação até a chegada de Cristo. Assim:

a primeira é a vela do perdão concedido a Adão e Eva, que de mortais se tornarão seres viventes em Deus;
a segunda é a vela da fé dos patriarcas que crêem na promessa da Terra Prometida;
a terceira é a vela da alegria de Davi pela sua descendência;
a quarta é a vela do ensinamento dos profetas que anunciam a justiça e a paz.

Nesta perspectiva podemos ver nas quatro velas as vindas ou visitas de Deus na história, preparando sua visita ou vinda definitiva no seu Filho Encarnado, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo:

o tempo da criação: de Adão e Eva até Noé;
o tempo dos patriarcas;
o tempo dos reis;
o tempo dos profetas.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

IMACULADA CONCEIÇÃO DA VIRGEM MARIA




Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria

" Muito bem, servo bom e fiel , entra na alegria do teu Senhor ":
Estas palavras do Pontifical da vossa Ordenação para o ministério, têm o sentido de um voto e esperança da Igreja que vos chama e vos envia.
Mas a Liturgia da Palavra neste dia da Imaculada Conceição evoca também um momento decisivo da História e um facto determinante da vossa situação existencial.
Nas origens, segundo a Revelação Divina, o homem, chegado ao limiar da inteligência, da liberdade e da responsabilidade, desviou-se do projecto de Deus e quis fugir da presença do seu Criador: teve medo e escondeu-se.
Tentou desculpabilizar-se, acusando a mulher, e esta acusou a serpente, o demónio, ao qual Deus disse: "Estabelecerei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a descendência (o descendente) dela" (Gen. 3, 15). E no dealbar da plenitude do tempo (cf. Gal. 4,4) Deus enviou o seu mensageiro a anunciar a uma mulher o cumprimento da promessa da redenção: " Não temas , Maria, conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus" (Lc. 1,30-31).
E Maria, a "cheia de Graça" (saudada pelo Anjo) respondia: "Eis a escrava (a serva) do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra" (Lc 1,38).Chamados e apresentados para serdes servos, servidores, ministros da Igreja, tendes na Mãe de Jesus o exemplo e modelo de serva (de Deus e da humanidade).
Ides encontrar no nosso mundo vagas de medo, ameaças de medo, pessoas com muito medo, pessoas escondidas e outras à vista, (umas com vergonha e outras sem vergonha a desafiar e combater, como dizem, passado e tabus).
Mas também ides encontrar um mundo necessitado e até sedento de servidores, de ministros sem medo, firmes na fé, pregadores da esperança, testemunhas vivas de alegria e de optimismo.Celebramos hoje a Solenidade litúrgica da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria, padroeira principal de Portugal.
Lembramos que em 1646 (há portanto 359 anos) o Rei D. João IV proclamou a Senhora da Conceição como rainha e padroeira e lembramos que o II Concílio do Vaticano encerrou há 40 anos, precisamente na Solenidade da Imaculada Conceição.
A Constituição sobre a Igreja (Lumen Gentium), um dos documentos mais importantes do Concílio, diz que "Maria, filha de Adão, consentindo na palavra divina, tornou-se Mãe de Jesus e, abraçando de todo o coração, sem qualquer impedimento de pecado, o desígnio salvador de Deus, consagrou-se totalmente, como escrava do Senhor, à pessoa e à obra de Seu Filho, subordinada a Ele e, juntamente com Ele, servindo pela graça de Deus omnipotente o mistério da Redenção.Por ser e para ser Mãe do Redentor, Maria foi ornada de singulares graças e prerrogativas, entre as quais a de ser preservada imune de pecado.
Trata-se de uma prerrogativa de ordem e dimensão social, em nosso favor. Mãe do Redentor e nossa Mãe na ordem da graça, (Mãe da Igreja), Maria é também pela sua Maternidade virginal, figura ou tipo da Igreja, que chama os seus ministros para o anúncio do Evangelho fecundo na fidelidade a Cristo.
Como Mãe e como virgem, Maria é nosso "modelo eminente e único" (LG 63).E, terminamos ainda com palavras do Concílio e da Constituição sobre a Igreja: "A Mãe de Jesus, assim como glorificada já em corpo e alma, é imagem e início da Igreja que se há-de consumar no século futuro, assim também, na terra, brilha como sinal de esperança segura e de consolação, para o Povo de Deus ainda peregrinante" (n.º68).
Que seja, pelo vosso ministério, o sinal de esperança a orientar-nos para o futuro.
Amen.
Porto, 8 de Dezembro de 2005
(+ D. Armindo Lopes Coelho, Bispo do Porto)

ADVENTO - PARTE III - VIVER O TEMPO DA ESPERA

VIVER O TEMPO DA ESPERA

Toda a existência cristã é caracterizada pelo Advento-Vinda, o que vale dizer que somos peregrinos na história, a caminho da pátria definitiva. O Senhor permanentemente vem ao nosso encontro, caminha conosco e mantém viva a nossa esperança.

O Advento manifesta os dois aspectos da vinda do Senhor: nas duas primeiras semanas, o “Advento escatológico”, ou seja, sua vinda definitiva, e, nas duas últimas semanas, o “Advento Natalício”, sua primeira vinda, o Natal. “Abre as portas, deixa entrar o Rei da glória. É o tempo, ele vem orientar a nossa história”.

Com o profeta Isaías e com João Batista, acolhemos o apelo à conversão para que sejam superadas todas as formas de dominação, exclusão e miséria, para que se realize uma sociedade com liberdade e dignidade para todos. Com Maria, vivemos a alegria e a confiança. “A Virgem, Mãe será, um Filho, à luz dará. Seu nome, Emanuel: conosco Deus do céu; o mal desprezará, o bem acolherá”.

Com atenta vigilância, alegre expectativa e renovada esperança, vivamos o Tempo do Advento retomando o seguimento de Jesus, tornando-nos, como ele, discípulos missionários da vida e da paz, fazendo crescer em nós e em nossas comunidades a certeza de que ele continua vindo através de nós.

A esperança pessoal, coletiva e cósmica

Seríamos muito pobres se reduzíssemos o Advento, simplesmente, a um tempo de preparação para a festa do Natal. O Advento, tempo de espera, é baseado na exprectativa do Reino e a nossa atitude básica é acender e renovar em nós esse desejo e esse ânimo. Num tempo marcado pelo consumo, é preciso que afirmemos profeticamente a esperança.

No âmbito pessoal, intensificando o desejo do coração e retomando o sentido da vida. Mas as esperanças são também coletivas: é o sonho do povo por justiça e paz – “fundir suas espadas, para fazer bicos de arado, fundir suas lanças, para delas fazer foices” (Is 2,4). As esperanças são também cósmicas: “A criação geme e sofre em dores de parto até agora e nós também gememos em nosso íntimo esperando a libertação” (Rm 8, 18-23).

“O melhor da festa é esperar por ela”, diz um ditado popular. Do ponto de vista humano, a espera e a preparação de um acontecimento são tão importantes quanto o evento. Daí a necessidade de fazermos uma avaliação do que significa e de como vivenciamos o tempo do Advento em nossas comunidades. Que importância damos ao tempo do Advento?

“Deixem o Advento ser Advento”

“Atualmente, muitas comunidades eclesiais, influenciadas pela onda consumista por ocasião das festas natalinas e de final de ano, estão assumindo o costume de enfeitar suas igrejas já bem antes do Natal chegar. Em pleno tempo do Advento já ornamentam suas igrejas com flores, pisca-pisca, árvores de Natal e outros motivos natalinos, como se já fosse Natal. Não sejam tão apressadas, Não entrem na onda dos símbolos consumistas da nossa sociedade. Evitem enfeitar a igreja com motivos natalinos durante o Advento. Deixem o Advento ser Advento e o Natal ser Natal” .

É preciso tomar cuidado de não abortar o Advento ou celebrá-lo superficialmente. Esse cuidado nos levará a não antecipar o Natal, fazendo celebrações natalinas antes do previsto, ou usando ritos e sinais próprios da festa. Mas também não podemos celebrar o Advento como se Cristo ainda não tivesse nascido. A longa noite da espera terminou. O mundo já foi redimido, embora a história da salvação continue...

Fonte: Franciscanos

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

ADVENTO - PARTE II - VISÃO DE CONJUNTO DOS TEXTOS BÍBLICOS DO ADVENTO

VISÃO DE CONJUNTO DOS TEXTOS BÍBLICOS DO ADVENTO


Perspectiva cristã do tempo e do mundo

1ª leitura (Is 2,1-5) – A utopia messiânica e o caminho ao recinto de Deus.Salmo responsorial (Sl 122[121], 1-2.4-9) – A alegria de subir à casa do Senhor.
2ª leitura (Rm 13,11-14) – Levantar do sono, porque a salvação está perto.
Evangelho (Mt 24, 37-44) – O vigilante dono da casa; expectativa escatológica.Tema: A vinda de Cristo.

2º domingo do Advento

Conversão na alegria

1ª leitura (Is 11, 1-10) – O Rebento de Jessé, o Messias-Rei: justiça para os pequenos; utopia messiânica.Salmo responsorial (Sl 72 [71], 1-2.7-8.12-13.17) – Deus, dá tua justiça ao Rei!
2ª leitura (Rm 15, 4-9) – Mútua aceitação por causa da salvação universal realizada por Cristo.
Evangelho (Mt 3, 1-12) – Pregação de João Batista: conversão, preparar um caminho para o Senhor.Tema: Converter-se ao Cristo, que vem.

3º domingo do Advento

Jesus, causa de nossa alegria

1ª leitura (Is 35, 1-6a.10) – O júbilo da natureza, a cura dos enfermos, a volta dos exilados: sonhos de salvação.Salmo responsorial (146 [145], 7-9a.9bc-10) – Deus é fiel para sempre e exerce a justiça em prol dos fracos.
2ª leitura (Tg 5, 7-10) – Aguardar sem desistência a vinda do Senhor.
Evangelho (Mt 11, 2-11) – Jesus é o mesmo a quem esperamos: cura os enfermos, traz boa-nova para os pobres.Tema: A alegre esperança do cristão.

4º domingo do Advento

Filho de Maria, Deus conosco

1ª leitura (Is 7, 10-14) – O sinal do Emanuel.Salmo responsorial (Sl 24[23], 1-2.3-4ab.5-6) – O Senhor, Rei da glória, há de vir.
2ª leitura (Rm 1, 1-7) – Filho de Davi, Filho de Deus.
Evangelho (Mt 1, 18-24) – O filho de Maria, presente do Espírito Santo: Emanuel, Deus conosco.Tema: Esperar o Filho de Deus.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

ADVENTO - PARTE I - TEMPO DO ADVENTO

TEMPO DO ADVENTO


Novo ano litúrgicoNo próximo dia 2 de dezembro, a Igreja inicia o novo Ano Litúrgico com a celebração do 1º Domingo do Advento. Diferentemente do ano civil, com o Tempo do Advento, a Liturgia da Igreja inicia um novo ciclo para as leituras bíblicas dominicais, do ano A, no conjunto, marcadas pelo evangelista Mateus. “Este evangelho foi redigido depois da destruição do templo em 70 d.C., com o objetivo de oferecer às comunidades judeu-cristãs uma instrução (catequese), para sustentar sua vocação a serem o novo Israel, o novo povo de Deus. Mateus acentua a figura de Jesus como nosso Mestre, que nos faz conhecer a vontade de Deus, como Pai dele e como Pai nosso, além da dimensão comunitária e eclesial do Reino e da vida cristã”. (1)
O tempo do Advento no ano A (2)O Advento é a primeira fase do ciclo natalino. Nele, se destacam as “utopias messiânicas” do Profeta Isaías (capítulos 2, 11 e 35), relacionadas com a esperança da justiça que vem de Deus, não do jogo oportunista do poder. Os textos tomados do evangelho de Mateus, têm como teor fundamental essa justiça que vem de Deus e que se realiza no projeto divino de salvação, bem como na atuação ética do homem, guiada pela vontade de Deus. As primeiras leituras (de Isaías) aparecem como projeção escatológica daquilo que deve acontecer no homem mediante a conversão (cf. sobretudo o 2º dom.). Da interação de ‘utopia’ e conversão brotam a alegria e a esperança por causa da vinda de Cristo (3º dom.). No ponto culminante, o 4º domingo, tanto a leitura de Isaías como o correspondente evangelho de Mateus apontam para uma salvação personalizada: a salvação que vem de Deus não é uma utopia ‘em geral’, mas a própria presença de Deus, manifestada em seu Filho e envolvendo os que a ele aderem pela conversão. Assim, esta primeira fase do ano litúrgico se desenrola entre Isaías e Mateus: leva-nos a celebrar, com Mt, o cumprimento da esperança messiânica expressa em Is. Culmina na figura do Emanuel, Deus-conosco, que nos traz a justiça de Deus e exige nossa participação nessa mesma justiça (Is 7,10ss; Mt 1,18ss).

terça-feira, 30 de novembro de 2010

NECESSIDADE DE TESTEMUNHO COMUM DOS CRISTÃOS AOS HOMENS DE HOJE

BENTO XVI A BARTOLOMEU I: NECESSIDADE DE TESTEMUNHO COMUM DOS CRISTÃOS AOS HOMENS DE HOJE

Cidade do Vaticano, 30 nov (RV)

- Progredir no caminho em direção da plena comunhão: é a exortação expressa por Bento XVI numa mensagem ao Patriarca Ortodoxo Bartolomeu I, por ocasião da festa de Santo André Apóstolo – padroeiro do Patriarcado Ecumênico - celebrado nesta terça-feira.O documento foi entregue a Bartolomeu I pelo Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch, que se encontra em Istambul, na Turquia, à frente de uma Delegação vaticana para a Festa de Santo André.A festa de Santo André representa "um forte convite a renovar a própria fidelidade ao ensinamento dos Apóstolos e a tornar-se incansáveis anunciadores da fé em Cristo, com a palavra e o testemunho da vida" – escreve o Papa.Neste nosso tempo – observa Bento XVI – "tal convite é mais do que nunca urgente e interpela todos os cristãos". De fato, num mundo marcado por "uma crescente interdependência e solidariedade" – prossegue - "somos chamados a proclamar com renovada convicção a verdade do Evangelho e a apresentar o Senhor Ressuscitado como a resposta às mais profundas interrogações e aspirações espirituais dos homens e das mulheres de hoje".Para se poder ter bom êxito nessa "grande tarefa" – lê-se na mensagem – "devemos continuar progredindo no caminho em direção da plena comunhão, mostrando já ter unido os nossos esforços por um comum testemunho do Evangelho diante dos homens do nosso tempo".Por essa razão, o Papa expressa a sua sincera gratidão ao Patriarca Ecumênico pela hospitalidade oferecida em outubro passado na ilha de Rodes – Grécia – aos delegados das Conferências Episcopais da Europa no II Fórum católico-ortodoxo sobre o tema "Relações Igreja – Estado: perspectivas teológicas e históricas".Por fim, Bento XVI assegura seguir com "com atenção" os "sábios esforços" de Bartolomeu I "em favor do bem da Ortodoxia e da promoção dos valores cristãos em muitos contextos internacionais".De fato, o Cardeal Kurt Koch encontra-se em Istambul, junto com a Delegação da Santa Sé para a Festa do Patriarcado Ecumênico. A visita se dá no quadro do intercâmbio de delegações por ocasião das respectivas festas dos santos padroeiros: 29 de junho, a Roma, na celebração dos Santos Pedro e Paulo; e, justamente, 30 de novembro, a Istambul, na celebração de Santo André.Entre os momentos fortes da manhã desta terça-feira, destacam-se a solene Divina Liturgia presidida por Bartolomeu I na Igreja do Fanar – sede do Patriarcado – e o encontro da Delegação vaticana com o Patriarca e com a Comissão sinodal encarregada das relações com a Igreja Católica. (RL)
Fonte: RV

SANTO ANDRÉ - APÓSTOLO

Santo André apóstolo, o "pescador de Homens"
(Apóstolo de Jesus Cristo )~ 5 a. C. - 100

Apóstolo de Jesus Cristo nascido em Betsaida da Galiléia, também conhecido como o Afável foi escolhido para ser um dos Doze, e nas várias listas dos Apóstolos dadas no Novo Testamento é sempre citado entre os quatro primeiros junto com Pedro, João e Tiago, sendo seu nome mencionado explicitamente três vezes: por ocasião do discurso escatológico de Jesus (Mc 13,3), na primeira multiplicação dos pães e dos peixes (Jo 6,8) e quando, juntamente com Filipe, apresenta a Jesus alguns gentios (Jo 12,22). Também pescador em Cafarnaum, foi o primeiro a receber de Cristo o título de Pescador de Homens e tornou-se o primeiro a recrutar novos discípulos para o Mestre. Filho de Jonas tornou-se discípulo do João Batista, cujo testemunho o levou juntamente com João Evangelista a seguirem Jesus e convencer seu irmão mais velho, Simão Pedro a seguí-los. Desde aquele momento os dois irmãos tornaram-se discípulos de Cristo e deixaram tudo para seguir a Jesus. No começo da vida pública de nosso Senhor ocuparam a mesma casa em Cafarnaum. Segundo as Escrituras esteve sempre próximo ao Cristo durante sua vida pública. Estava presente na Última Ceia, viu o Senhor Ressuscitado, testemunhou a Ascensão, recebeu graças e dons no primeiro Pentecostes e ajudou, entre grandes ameaças e perseguições, a estabelecer a Fé na Palestina, passando provavelmente por Cítia, Épiro, Acaia e Hélade. Para Nicéforo ele pregou na Capadócia, Galácia e Bitínia, e esteve em Bizâncio, onde determinou a fundação da Igreja local e apontou São Eustáquio como primeiro bispo. Finalmente esteve na Trácia, Macedônia, Tessália e Acaia. Na Grécia, segundo a tradição foi crucificado em Patros da Acaia, cidade na qual havia sido eleito bispo, durante o reinado de Trajano, por ordem do procônsul romano Egéias. Atado, não pregado, a uma cruz em forma de X, que ficou conhecida como a cruz de Santo André, ainda que a evidência disso não seja anterior ao século catorze. Suas relíquias foram transferidas de Patros para Constantinopla (356) e depositadas na igreja dos Apóstolos (357), tornando-se padroeiro desta cidade. Quando Constantinopla foi tomada pelos franceses no início do século treze, o Cardeal Pedro de Cápua trouxe as relíquias à Itália e as colocou na catedral de Amalfi. Anos mais tarde, seus restos mortais foram levados para Escócia, mas o navio que os transportava naufragou em uma baía que assim foi denominado a Baía de Santo André. É honrado como padroeiro da Rússia e Escócia e no calendário católico é comemorado no dia 30 de novembro, data de seu martírio.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

REDE MARIANA EUROPÉIA

Rede Mariana Européia

Clique no mapa e na cidade desejada para encontrar o Santuário Mariano

Trata-se de uma rede de 20 santuários marianos (referência às 20 dezenas do Rosário), situados em diferentes países da Europa, inclusive alguns situados em locais antigamente atrás da Cortina de Ferro.


Esta idéia nasceu em 2003, com a aprovação de Roma, a fim de unir estes santuários através de encontros anuais de seus coordenadores, realizadas cada vez num desses santuários.
Dessa forma poderiam trocar idéias sobre as necessidades dos milhões de peregrinos que visitam estes santuários.

Foram escolhidos os santuários mais conhecidos e visitados desses países.

Se deseja visitar e conhecer um por um, basta clicar no mapa acima.

Vai abrir uma página da Rede Mariana Européia e você poderá escolher os locais e em seguida vera o endereço dos Santuários que fazem parte da rede.

Boas e felizes consultas.

A FAMÍLIA CATÓLICA

sábado, 20 de novembro de 2010

HOMILIA DA CELEBRAÇÃO DO CONSISTÓRIO

PAPA: HOMILIA DA CELEBRAÇÃO DO CONSISTÓRIO
Cidade do Vaticano, 20 nov (RV)

- Segue na íntegra, a homilia do Papa, no Consistório, para a criação e proclamação dos novos cardeais. Senhores Cardeais,Venerados Irmãos no Episcopado e no Sacerdócio,queridos irmãs e irmãos!O Senhor me dá a alegria de realizar, mais uma vez, este ato solene, mediante o qual o Colégio Ccardinalício se enriquece com novos membros, escolhidos das diversas partes do mundo: trata-se de Pastores que governam com zelo importantes Comunidades diocesanas, de Prelados colocados à frente de Dicastérios da Cúria Romana, ou que serviram com fidelidade exemplar a Igreja e a Santa Sé. A partir de hoje, eles começam a fazer parte daquele “coetus peculiares”, que presta ao Sucessor de Pedro uma colaboração mais imediata e assídua, sustentando-o no exercício de seu ministério universal. A eles, em primeiro lugar, dirijo minha saudação afetuosa, renovando a expressão de minha estima e de minha apreciação pelo testemunho que dão à Igreja e ao mundo. Em particular, saúdo o Arcebispo Angelo Amato e lhe agradeço pelas palavras gentís que me dirigiu. Em seguida minhas cordiais boas-vindas às Delegações oficiais de vários países, aos representantes de numerosas dioceses, e a todos que vieram participar deste evento, durante o qual estes veneráveis e queridos Irmãos receberão o sinal da dignidade cardinalícia com a imposição do barrete e a atribuição do Título de uma Igreja de Roma.O vínculo de especial comunhão e afeto, que une estes novos Cardeais ao Papa, os torna singulares e preciosos cooperadores do supremo mandato confiado por Cristo a Pedro, de apascentar suas ovelhas (cfr Jo 21, 15-17), para reunir os povos com a solicitude da caridade de Cristo. É exatamente deste amor que nasce a Igreja, chamada a viver e a caminhar segundo o mandamento do Senhor, no qual se resumem toda a Lei e os Profetas. Estar unidos a Cristo na fé e na comunhão com Ele significa estar “radicados e fundados na caridade” (Ef 3, 17), o tecido que une todos os membros do Corpo de Cristo.A Palavra de Deus agora proclamada nos ajuda a meditar este aspecto tão fundamental. No trecho do Evangelho (Mc 10, 32 – 45) nos é colocada diante de nossos olhos a imagem de Jesus como o Messias – preanunciado por Isaías (cfr Is 53) – que não veio para ser servido, mas para servir: o seu estilo de vida se tornou a base das novas relações no interior da comunidade cristã e de um modo novo de exercer a autoridade. Jesus caminha para Jerusalém e preanuncia pela terceira vez, indicando-o aos discípulos, o caminho através do qual pretende levar até o fim a obra confiada a ele pelo Pai: é o caminho da humilde entrega de si mesmo até o sacrifício da vida, o caminho da Paixão, o caminho da Cruz. Mesmo assim, logo após este anúncio, como aconteceu com aqueles que nos precederam, os discípulos manifestam toda a sua dificuldade em compreender, a realizar o necessário “êxodo” de uma mentalidade mundana para a mentalidade de Deus. Neste caso são os dois filhos de Zebedeu, Tiago e João, que pedem a Jesus sentarem nos primeiros lugares ao lado dele na “glória”, manifestando expectativas e projetos de grandeza, de autoridade, de honra segundo o mundo. Jesus, que conhece o coração do homem, não permanece perturbado com esste pedido, mas imediatemente mostra o seu significado profundo: “vós não sabeis o que pedis”; em seguida leva os dois irmãos a entenderem o que significa colocar-se no seu seguimento.Qual é então o caminho que deve percorrer aquele que quer ser discípulo? É o caminho do Mestre, é o caminho de total obediência a Deus. Por isso Jesus pergunta a Tiago e a João: estais dispostos a partilhar minha escolha de realizar plenamente a vontade do Pai? Estais dispostos a percorrer esta estrada que passa pela humilhação, pelo sofrimento e pela morte por amor? Os dois discípulos, com a resposta segura, “podemos”, mostram, ainda uma vez, não terem entendido o sentido real do que o Mestre tem em mente. E de novo Jesus, com paciência, faz com que eles deem um passo avante: nem mesmo expperimentar o cálice do sofrimento e o batismo da morte dá direito aos primeiros lugares, porque isso é “para aqueles a quem está preparado”, está nas mãos do Pai Celeste: o homem não deve calcular, deve simplesmente abandonar-se em Deus, sem pretenção, conformando-se à sua vontade.A indignação dos outros discípulos se torna ocasião para estender o ensinamento a toda comunidade. Em primeiro lugar Jesus “ os chamou a si”: é o gesto da vocação primeira, à qual os convida a se voltarem para ele.É muito significativo este referir-se ao momento constitutivo da vocação dos Doze, ao “estar com Jesus” para serem enviados, porque recorda com clareza que cada ministério eclesial é sempre resposta a uma chamada de Deus, não é nunca fruto de um projeto pessoal ou de uma ambição pessoal, mas é conformar a própria vontade à do Pai que está nos Céus, como Cristo no Getsêmani (cfr Lc 22,42). Na Igreja ninguém é patrão, mas todos são chamados, todos são enviados, todos são reunidos e guiados pela graça divina. E nisto está também nossa segurança! Só ouvindo novamente a palavra de Jesus, que pede “ vem e segue-me”, só voltando à vocação original é possivel entender a própria presença e a própria missão da Igreja como autênticos discípulos.O pedido de Tiago e João e a indignação dos "outros dez" Apóstolos levantam uma questão central à qual Jesus responde: quem é grande, quem é o "primeiro" para Deus? O olhar se dirige ao comportamento que correm o risco de assumir "aqueles que são considerados os governantes das nações": "dominar e oprimir". Jesus indica aos discípulos um modo completamente diferente: "Entre vós, porém, não é assim". A sua comunidade segue outra regra, outra lógica, outro modelo: "Quem quiser se tornar grande entre vós será seu servidor, e quem quiser ser o primeiro entre vós será escravo de todos". O critério da grandeza e da primazia de Deus não é o domínio, mas o serviço; a diaconia é a lei fundamental do discípulo e da comunidade cristã, e nos deixa entrever alguma coisa do "Senhorio de Deus". E Jesus indica também o ponto de referência: o Filho do Homem, que veio para servir; sintetiza a sua missão na categoria de serviço, entendida não no sentido genérico, mas no concreto da Cruz, do dom total da vida como "resgate", como redenção para muitos, e o indica como condição para o seguimento. É uma mensagem que vale para os apóstolos, vale para toda a Igreja, vale, sobretudo, para aqueles que possuem a tarefa de guiar o Povo de Deus. Não é a lógica do domínio, do poder segundo os critérios humanos, mas a lógica do inclinar-se para lavar os pés, a lógica do serviço, a lógica da Cruz que está na base de todo exercício da autoridade. Em cada época, a Igreja está engajada a conformar-se a esta lógica e a testemunhá-la a fim de fazer transparecer o verdadeiro "Senhorio de Deus", que é o do amor. Venerados Irmãos eleitos à dignidade cardinalícia, a missão, à qual Deus vos chama hoje e que vos habilita a um serviço eclesial cheio de responsabilidade, requer uma vontade sempre maior de assumir o estilo do Filho de Deus, que veio a nós como aquele que serve (cf. 22, 25-27). Trata-se de segui-lo em sua doação de amor humilde e total à Igreja sua esposa, sobre a Cruz: é sobre aquele lenho que o grão de trigo, deixado cair pelo Pai no campo do mundo, morre para se tornar fruto maduro. Por isto, ocorre um fortalecimento ainda mais profundo e firme em Cristo. A relação íntima com Ele, que transforma sempre mais a vida a fim de que possamos dizer como São Paulo, "não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim" (Gl 2,20), constitui a exigência primária para que o nosso serviço seja sereno e alegre e possa dar o fruto que o Senhor espera de nós.Queridos irmãos e irmãs aqui presentes, rezem pelos novos Cardeais! Amanhã, nesta Basílica, durante a celebração da Solenidade de Cristo Rei do Universo, entregarei a eles o anel. Será mais uma ocasião para "louvar o Senhor, que permanece sempre fiel" (Sl 145), conforme repetimos no Salmo Responsorial. O seu Espírito ajude os novos Purpurados no compromisso de serviço à Igreja, seguindo o Cristo na Cruz também, se necessário, usque ad effusionem sanguinis, sempre prontos – como dizia São Pedro na leitura proclamada – a responder a quem nos pede razão da esperança que está em nós (cf. 1 Pt 3, 15). A Maria, Mãe da Igreja, confio os novos Cardeais e seu serviço eclesial, a fim de que, com ardor apostólico, possam proclamar a todos os povos o amor misericordioso de Deus. Amém.


Fonte: RV

A VERDADEIRA AUTORIDADE NÃO É DOMÍNIO, MAS SERVIÇO

A VERDADEIRA AUTORIDADE NÃO É DOMÍNIO, MAS SERVIÇO: DISSE O PAPA NO CONSISTÓRIO QUE CRIOU 24 CARDEAIS
Cidade do Vaticano, 20 nov (RV)

- Bento XVI presidiu na manhã deste sábado, na Basílica de São Pedro lotada de fiéis, o Consistório ordinário público durante o qual criou 24 cardeais, elevando o Colégio a 203 membros, 121 dos quais eleitores.O Papa recordou aos novos purpurados que o ser "singulares e preciosos colaboradores" do Sucessor de Pedro não é a coroação de "uma ambição pessoal", mas um ato de humildade e de serviço a Cristo e à Igreja.Na Igreja não vale o modelo humano do domínio, mas a "lógica do inclinar-se para lavar os pés", a "lógica do serviço". Com uma homilia totalmente voltada para o sentido do novo ministério que a partir de hoje são chamados a assumir, o Santo Padre acolheu no Colégio cardinalício os 24 novos purpurados criados e publicados no terceiro Consistório de seu Pontificado, presidido solenemente na Basílica Vaticana.O som das "trombas de prata" – instrumento de antigo uso litúrgico por ocasião de cerimônias pontifícias solenes e assim chamadas por emitir som cristalino – marcaram, junto às notas do "Tu es Petrus", a entrada do Pontífice na Basílica de São Pedro, por volta das 10h30 locais.No semicírculo, dos lados do Altar da Cátedra, encontravam-se os neocardeais eleitores: oito italianos (Angelo Amato, Fortunato Baldelli, Velasio De Paolis, Francesco Monterisi, Mauro Piacenza, Gianfranco Ravasi, Paolo Romeo e Paolo Sardi), mais três outros europeus (o suíço Kurt Koch, o alemão Reinhard Marx e o polonês Kazimierz Nykz), dois estadunidenses (Raymond Leo Burke e Donald William Wurl), dois latinos-americanos (o Arcebispo de Aparecida, SP, Dom Raymundo Damasceno Assis – filho de Minas Gerais, e o equatoriano Raúl Eduardo Vela Chiriboga), quatro africanos (o zambiano Medardo Joseph Mazombwe, o congolês Laurent Monsengwo Pasinya, o egípcio Antonios Naguib, e o guineano Robert Sarah), e um asiático (o cingalês Albert Malcolm Ranjith Patabendige).Entre os novos purpurados, quatro não-eleitores: os italianos Domenico Bartolucci e Elio Sgreccia, o alemão Walter Brandmuller e o espanhol José Manuel Estepa Llaurens.Bento XVI recordou-lhes a raiz daquele vínculo de "especial comunhão e afeto" que une os novos purpurados ao Papa. A dignidade cardinalícia é o sinal tanto da "solicitude" do Cristo pastor, quanto do Deus sacrificado na Cruz, que o vermelho do barrete colocado pelo Pontífice na cabeça dos cardeais recorda de modo veemente.Inspirando-se no Evangelho proclamado na Basílica Vaticana – onde Jesus explica aos discípulos o sentido do primado segundo Deus – Bento XVI afirmou:"Todo ministério eclesial é sempre resposta a um chamado de Deus, jamais é fruto de um projeto pessoal ou de uma ambição própria, mas é conformar a própria vontade à do Pai que está nos Céus, como Cristo no Getsêmani. Na Igreja ninguém é dono, mas todos são chamados, todos enviados, todos são alcançados e conduzidos pela graça divina."A disputa entre Tiago e João pelo primado e a indignação dos outros Apóstolos – observou ainda o Papa – "levantam uma questão central à qual Jesus quer responder: quem é o maior, quem é o "primeiro" para Deus?" Aquele que segue não a ideia de predomínio típica de quem governa um Estado, mas a "outra lógica" testemunhada por Cristo:"O critério da grandeza e do primado segundo Deus não é o domínio, mas o serviço; a diaconia é a lei fundamental do discípulo e da comunidade cristã, e nos deixa entrever algo da "Senhoria de Deus" (...) É uma mensagem que vale para os Apóstolos, vale para toda a Igreja, vale, sobretudo, para aqueles que no Povo de Deus têm tarefa de guia. Não é a lógica do domínio, do poder segundo os critérios humanos, mas a lógica do inclinar-se para lavar os pés, a lógica do serviço, a lógica da Cruz que está na base de todo exercício da autoridade.""A missão à qual Deus os chama" e que os "habilita a um serviço eclesial ainda mais repleto de responsabilidade" – concluiu a homilia – "requer uma vontade sempre maior de assumir o estilo do Filho de Deus", vindo ao nosso meio "como aquele que serve":"Trata-se de segui-lo em sua doação de amor humilde e total à Igreja sua esposa, na Cruz: é naquele lenho que o grão de trigo, deixado cair pelo Pai no campo do mundo, morre para tornar-se fruto maduro. Por isso, é necessário um radicar-se ainda mais profundo e firme em Cristo."Seguidas as palavras do Papa, por 24 vezes se repetiu o rito da imposição do barrete vermelho, com o neocardeal ajoelhado diante do Pontífice recebendo – junto com o chapéu cardinalício – a bula contendo o Título e a Diaconia atribuída ao novo purpurado.Por fim, na conclusão da cerimônia, o abraço da paz entre o Papa e o novo cardeal, um abraço repetido logo em seguida com os outros coirmãos do Colégio do qual a partir de agora passam a fazer parte.E neste domingo, Solenidade de Cristo-Rei do Universo, o Santo Padre celebrará, às 9h30 locais, na Basílica de São Pedro, a santa missa com os novos cardeais. A Rádio Vaticano transmitirá a missa ao vivo, via satélite, para todo o Brasil e demais países de língua portuguesa cujas emissoras nos retransmitem, a partir das 6h20 (do horário brasileiro de verão).Durante a celebração o Pontífice entregará o anel cardinalício aos novos purpurados como "sinal de dignidade, solicitude pastoral e de mais robusta comunhão com a Sé de Pedro", para que se reforce "o amor à Igreja"."Pregai o Evangelho, testemunhai Cristo, edificai a Igreja santa de Deus, abençoai todos e a todos levai a paz de Cristo", pede a oração que o Papa vai pronunciar, depois da entrega do anel cardinalício.Os presentes irão rezar para que "o Senhor conceda à Igreja, família de Deus, a graça de manifestar a sua universalidade e catolicidade abraçando todos os povos e as culturas".Na Segunda-feira, no Vaticano, Bento XVI proferirá um discurso aos novos cardeais, com os familiares e os peregrinos vindos para o Consistório. (RL/AF)

Fonte: RV

terça-feira, 16 de novembro de 2010

CRISTÃOS SEJAM TESTEMUNHAS DA VERDADE, AMOR E JUSTIÇA

PAPA AOS BISPOS DE GOIÁS, TOCANTINS E DISTRITO FEDERAL: CRISTÃOS SEJAM TESTEMUNHAS DA VERDADE, AMOR E JUSTIÇA


Cidade do Vaticano, 15 nov (RV)

- Bento XVI recebeu em audiência no final da manhã desta segunda-feira, na Sala do Consistório, no Vaticano, os bispos do Regional Centro-Oeste da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Regional formado pelos Estados de Goiás e Tocantins, e Distrito Federal.Os cristãos sejam testemunhas do Evangelho e ponto de referência na sociedade: foram os votos do Santo Padre no discurso dirigidos aos referidos prelados brasileiros. Trata-se do último grupo de bispos dos 17 Regionais da CNBB, em visita "ad Limina".Bento XVI iniciou seu discurso dizendo-se feliz por dar as boas-vindas aos bispos de Goiás, Tocantins e Distrito Federal."Viestes à cidade onde Pedro, por último, cumpriu a sua missão de evangelização e deu testemunho de Cristo até à efusão do seu próprio sangue; viestes ver e saudar o Sucessor de Pedro. Deste modo fortaleceis os fundamentos apostólicos da Igreja no vosso país e expressais visivelmente a vossa comunhão com todos os demais membros do Colégio episcopal e com o próprio Pontífice romano" – disse o Papa.Bento XVI agradeceu ao Arcebispo de Brasília, Dom João Braz de Aviz, pelas amáveis palavras a ele dirigidas em nome de todos os bispos do Regional, assegurando aos prelados o seu cordial afeto e as suas orações pelos bispos e por todas as pessoas confiadas aos cuidados pastorais deles.Ressaltando ser este 15 de novembro dia em que se recorda a proclamação da República no Brasil, o Pontífice aproveitou o fato para sublinhar, mais uma vez, a importância da ação evangelizadora da Igreja na construção da identidade brasileira.Em seguida, o Papa ressaltou a importância da comunhão entre os bispos e o Pontífice, bem como entre os pastores e os fiéis:"Há quase 60 anos, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil é um ponto de referência da sociedade brasileira, propondo-se sempre mais e acima de tudo como um lugar onde se vive a caridade. Com efeito, o primeiro testemunho que se espera dos anunciadores da Palavra de Deus é o da caridade recíproca: «Nisto conhecerão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros»" (Jo 13, 32). Bento XVI frisou que a CNBB – como as demais Conferências Episcopais – nasceu para ser um instrumento de comunhão afetiva e efetiva entre todos os membros, e de eficaz colaboração com o Pastor de cada Igreja na tríplice função de ensinar, santificar e governar as ovelhas do próprio rebanho.-"Ora, a Conferência Episcopal apresenta-se como uma das formas, encontradas sob a guia do Espírito Santo, que consente exercitar conjunta e harmoniosamente algumas funções pastorais para o bem dos fiéis e de todos os cidadãos dum determinado território (cf. Código de Direito Canônico, cân. 447). De fato, uma cooperação sempre mais estreita e concorde com os seus irmãos no ministério ajuda os Bispos a cumprir melhor o seu mandato (cf. Christus Dominus, 37), sem abdicar da responsabilidade primeira de apascentar como pastor próprio, ordinário e imediato sua Igreja particular (cf. Motu proprio Apostolos suos, 10), fazendo-a ouvir a voz de Jesus Cristo, que “é o mesmo, ontem, hoje e sempre” (Hb 13, 8). Tecidas essas considerações, o Santo Padre fez a seguinte observação:-"A Conferência Episcopal promove a união de esforços e de intenções dos Bispos, tornando-se um instrumento para que possam compartilhar as suas fatigas; deve, porém, evitar de colocar-se como uma realidade paralela ou substitutiva do ministério de cada um dos Bispos, ou seja, não mudando a sua relação com a respectiva Igreja particular e com o Colégio Episcopal, nem constituindo um intermediário entre o Bispo e a Sé de Pedro." Bento XVI reiterou que os bispos devem, sobretudo, estudar os meios mais eficazes para fazer chegar oportunamente o magistério universal ao povo que lhes foi confiado. No que tange ao exercício da função doutrinal, o Papa destacou a necessidade de se abordar as novas questões emergentes – à luz do que orienta o Motu Proprio "Apostolos suos" de João Paulo II – "para depois poder orientar a consciência dos homens para encontrarem a reta solução para os novos problemas suscitados pelas transformações sociais e culturais".O Pontífice destacou que, de modo especial, alguns temas recomendam hoje uma ação conjunta dos bispos:"A promoção e a tutela da fé e da moral, a tradução dos livros litúrgicos, a promoção e formação das vocações de especial consagração, elaboração de subsídios para a catequese, o compromisso ecumênico, as relações com as autoridades civis, a defesa da vida humana, desde a concepção até a morte natural, a santidade da família e do matrimônio entre homem e mulher, o direito dos pais a educar seus filhos, a liberdade religiosa, os outros direitos humanos, a paz e a justiça social." Bento XVI concluiu seu discurso aos bispos de Goiás, Tocantins e Distrito Federal assegurando sua afetuosa proximidade ao povo do Brasil, confiado à intercessão materna da Virgem Maria, Nossa Senhora Aparecida.A visita "ad Limina" dos bispos do Regional Centro-Oeste prosseguirá até o próximo sábado, dia 20. Antes do encontro no final da manhã desta segunda-feira com o Santo Padre, os bispos celebraram uma missa, às 7h30 locais, na Basílica de São Pedro.Após a missa, às 9h30 locais, fizeram uma visita à Pontifícia Comissão para a América Latina, no âmbito dos encontros nos diversos organismos da Cúria Romana. Trata-se de atividades que são parte constitutiva da visita "ad Limina". (RL)

Fonte: RV

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

PALAVRAS DE BENTO XVI AOS BISPOS BRASILEIROS

DISCURSO DO SANTO PADRE AOS BISPOS DO CENTRO-OESTE

Cidade do Vaticano, 15 nov (RV)

- Bento XVI recebeu nesta manhã os 20 bispos do Regional Centro-Oeste da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Regional formado pelos Estados de Goiás e Tocantins e pelo Distrito Federal, em visita "ad Limina". A eles o Papa fez um discurso que reproduzimos na íntegra.Queridos Irmãos Bispos,Estou feliz por vos dar as boas-vindas na ocasião da vossa visita ad Limina. Viestes à cidade onde Pedro, por último, cumpriu a sua missão de evangelização e deu testemunho de Cristo até à efusão do seu próprio sangue; viestes ver e saudar o Sucessor de Pedro. Deste modo fortaleceis os fundamentos apostólicos da Igreja no vosso país e expressais visivelmente a vossa comunhão com todos os demais membros do Colégio episcopal e com o próprio Pontífice romano (cf. Pastores gregis, 8). Deste teor são as amáveis palavras que o Senhor Arcebispo de Brasília, Dom João Braz, me dirigiu em vosso nome e que agradeço, enquanto vos asseguro do meu cordial afeto e das minhas orações por vós e por todas as pessoas confiadas aos vossos cuidados pastorais.Com a visita do Regional Centro Oeste, se encerra este ciclo de encontros dos Prelados brasileiros com o Papa que se iniciou há mais de um ano. Por uma feliz coincidência, na data do discurso que dirigi ao primeiro grupo de Bispos era a vossa Festa Nacional da Independência, enquanto o último discurso que hoje pronuncio tem lugar justamente no dia em que se recorda a proclamação da República no Brasil. Aproveito o fato para sublinhar uma vez mais a importância da ação evangelizadora da Igreja na construção da identidade brasileira. Como bem sabeis, a atual sociedade secularizada exige dos cristãos um renovado testemunho de vida para que o anúncio do Evangelho seja acolhido como aquilo que é: a Boa Notícia da ação salvífica de Deus que vem ao encontro do homem.Neste sentido, há quase 60 anos, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil é um ponto de referência da sociedade brasileira, propondo-se sempre mais e acima de tudo como um lugar onde se vive a caridade. Com efeito, o primeiro testemunho que se espera dos anunciadores da Palavra de Deus é o da caridade recíproca: «Nisto conhecerão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros» (Jo 13, 32). A vossa, como aliás as demais Conferências Episcopais, nasceu como concreta aplicação do afeto colegial dos Bispos em comunhão hierárquica com o Sucessor de Pedro, para ser um instrumento de comunhão afetiva e efetiva entre todos os membros, e de eficaz colaboração com o Pastor de cada Igreja particular na tríplice função de ensinar, santificar e governar as ovelhas do próprio rebanho.Ora, a Conferência Episcopal apresenta-se como uma das formas, encontradas sob a guia do Espírito Santo, que consente exercitar conjunta e harmoniosamente algumas funções pastorais para o bem dos fiéis e de todos os cidadãos dum determinado território (cf. Código de Direito Canônico, cân. 447). De fato, uma cooperação sempre mais estreita e concorde com os seus irmãos no ministério ajuda os Bispos a cumprir melhor o seu mandato (cf. Christus Dominus, 37), sem abdicar da responsabilidade primeira de apascentar como pastor próprio, ordinário e imediato sua Igreja particular (cf. Motu próprio Apostolos suos, 10), fazendo-a ouvir a voz de Jesus Cristo, que “é o mesmo, ontem, hoje e sempre” (Hb 13, 8).Assim sendo, a Conferência Episcopal promove a união de esforços e de intenções dos Bispos, tornando-se um instrumento para que possam compartilhar as suas fatigas; deve, porém, evitar de colocar-se como uma realidade paralela ou substitutiva do ministério de cada um dos Bispos, ou seja, não mudando a sua relação com a respectiva Igreja particular e com o Colégio Episcopal, nem constituindo um intermediário entre o Bispo e a Sé de Pedro. Entretanto, no fiel exercício da função doutrinal que vos corresponde, quando vos reunis nas vossas Assembléias, queridos Bispos, deveis sobretudo estudar os meios mais eficazes para fazer chegar oportunamente o magistério universal ao povo que vos foi confiado. Essa função doutrinal será desempenhada nos termos indicados por meu venerado predecessor, o Papa João Paulo II, no Motu Próprio “Apostolos suos”, também ao abordar as novas questões emergentes, para depois poder orientar a consciência dos homens para encontrarem a reta solução para os novos problemas suscitados pelas transformações sociais e culturais.De modo especial, alguns temas recomendam hoje uma ação conjunta dos Bispos: a promoção e a tutela da fé e da moral, a tradução dos livros litúrgicos, a promoção e formação das vocações de especial consagração, elaboração de subsídios para a catequese, o compromisso ecumênico, as relações com as autoridades civis, a defesa da vida humana, desde a concepção até a morte natural, a santidade da família e do matrimônio entre homem e mulher, o direito dos pais a educar seus filhos, a liberdade religiosa, os outros direitos humanos, a paz e a justiça social.Ao mesmo tempo, é necessário lembrar que os assessores e as estruturas da Conferência Episcopal existem para o serviço aos Bispos, não para substituí-los. Trata-se, em definitiva, de buscar que a Conferência Episcopal, com seus organismos, funcione sempre mais como órgão propulsor da solicitude pastoral dos Bispos, cuja preocupação primária deve ser a salvação das almas, que é, aliás, a missão fundamental da Igreja. Queridos irmãos, no final do nosso encontro, gostaria de vos convidar a olhar para o futuro com os olhos de Cristo, depondo n’Ele a vossa esperança, pois «a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado» (Rm 5,5). Reiterando o meu profundo afeto pelo povo brasileiro, confio o Brasil à intercessão materna da Virgem Maria, Nossa Senhora Aparecida, modelo de todos os discípulos: Ela vos conduza pelos caminhos de seu Filho. E, lembrando cada um dos Prelados brasileiros que, durante estes últimos catorze meses, passaram por aqui em visita ad Limina e também aqueles que não puderam vir por problemas de saúde, de todo o coração concedo-vos, assim como aos sacerdotes, aos religiosos, às religiosas, aos catequistas e a todos os vossos diocesanos, a Bênção Apostólica. (SP)

Fonte: RV