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CAPELA DE NOSSA SENHORA DA MEDALHA MILAGROSA

Uma Capela cheia de segredos !Você quer descobri-la conosco? Saiba, antes de tudo, que a Casa Mãe da Companhia das Filhas da Caridade era o antigo "Hotel de Châtillon". Este, foi concedido à Companhia, em 1813, por Napoleão Bonaparte, depois da tormenta da Revolução Francesa. Imediatamente, começa a construção da Capela.A 8 de agosto de 1813, realizou-se a bênção solene da Capela dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Em 1830, aconteceram então as aparições. Aumentou o numero de vocações.Foi necessário transformar a Capela, que passa então por várias modificações. Em 1930, por ocasião do centenário das apariçes, uma nova reforma nos mostra a Capela tal como a vemos hoje.Agora, a você a oportunidade de visitá-la!
http://www.chapellenotredamedelamedaillemiraculeuse.com

Visita a Capela da Medalha Milagrosa, localizada na Rue du Bac, 140 - Paris

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sexta-feira, 31 de outubro de 2008

SANTO ANTÔNIO DE SANT'ANNA GALVÃO - 6ª PARTE

O beato que conheceu a colher de pedreiro

Pode parecer estranho, mas agora os pedreiros e todos os operários da construção civil podem se orgulhar, porque o primeiro Beato brasileiro gastou 28 anos de sua vida usando a colher de pedreiro, além de traçar no papel ou em alguma tábua a planta do Recolhimento (hoje, Mosteiro) e da Igreja da Luz, em São Paulo!
Frei António de Sant'Anna Galvão, além de franciscano, sacerdote e fundador, pode, ou melhor, deve ser apresentado também como construtor e invocado como padroeiro de quem ganha o pão trabalhando entre andaimes, erguendo paredes, construindo casas ou projetando prédios, como fazem os engenheiros, os pedreiros e os serventes de pedreiro.
A tela de Carlos Oswald imortalizou Frei Galvão exercendo a dura profissão de pedreiro, como os Evangelhos imortalizaram José e Jesus de Nazaré na profissão de carpinteiros.
Para Deus, o que conta é o trabalho feito com dignidade e com o objetivo de colaborar na transformação do mundo e no bem-estar das pessoas. Isto é a glória de Jesus! Isto é santidade na sua expressão humano-divina!
As mãos que na Santa Missa erguiam ao Pai o Corpo e Sangue de Jesus para pedir misericórdia, erguiam também o tijolo e a colher com argamassa para o bem-estar dos homens, filhos de Deus.
Fonte: Franciscanos

MEDALHA DE OURO DA CULTURA CATÓLICA

EMBAIXADORA DOS EUA NA SANTA SÉ RECEBE MEDALHA DE OURO DA CULTURA CATÓLICA

Bassano del Grappa, norte da Itália

Veneza, 31 out (RV)
- Será conferido hoje à noite, na Sala Chilesotti do Museu de Bassano del Grappa, norte da Itália, o XXVI “Prêmio Internacional Medalha de Ouro ao mérito da Cultura Católica” a Mary Ann Glendon, embaixadora dos Estados Unidos junto à Santa Sé. Na motivação, publicada no site ‘Escola de cultura católica’, consta que “através de sua atividade científica e de seu empenho sócio-político, Ann Glendon demonstrou que a democracia não é apenas uma gama de estruturas políticas para administrar o consenso popular e garantir as liberdades, sobretudo de palavra de associação. Antes de tudo, a democracia é um conjunto de idéias sobre a igualdade, a liberdade e a soberania popular. Disso deriva a sua contínua insistência sobre a importância de defender as ‘escolas de virtudes cívicas’, que são as formações sociais intermediárias, como a família. Mary Ann Glendon foi hóspede do Meeting de Rimini deste ano, participando de um encontro sobre o tema “Justiça e Direitos Humanos”. (CM)

Fonte:RV

TERRORISTAS ISLÂMICOS DIRIGEM SEUS ATENTADOS CONTRA SACERDOTES E ATIVISTAS CRISTÃOS

VIOLÊNCIA ANTICRISTÃ TAMBÉM NA INDONÉSIA


Jacarta, 31 out (RV)
- Indonésia.

Segundo uma nova estratégia, os terroristas islâmicos não dirigem mais seus atentados exclusivamente a objetivos relacionados aos Estados Unidos, mas principalmente contra sacerdotes e ativistas cristãos, e estruturas importantes do país.
É o que revelou um porta-voz da polícia durante uma coletiva de imprensa depois da prisão, em 21 de outubro, de militantes islâmicos do grupo Tauhid Wal Jihad, em Kelapa Ganding.
De acordo com o funcionário, eles projetavam ataques a sacerdotes e ativistas cristãos comprometidos com a promoção da paz e atividades inter-confessionais de denúncia de atentados terroristas.
Entre os objetivos do grupo, estavam também estruturas importantes como o depósito de carburante de Pertamina, em Plumpang.
O grupo está também preparando o recrutamento maciço de elementos extremistas nos próximos 6 meses, assim como a importação de armas do exterior.
Entre os detidos, está o fugitivo Wahyu, principal procurado pela polícia, responsável por vários ataques terroristas em Poso e Ambon. Segundo a agência ‘AsiaNews’, é possível que nesta estratégia possa ser incluída também a brutal agressão contra padre Benny Susetyo, secretário da Comissão para o diálogo inter-religioso da Conferência Episcopal indonésia, atacado violentamente em 11 de agosto passado, no sul de Jacarta. (CM)

Fonte: RV

CRISTÃOS E JUDEUS PARTILHAM MESMO TESTEMUNHO DO AMOR DE DEUS


PAPA A DELEGAÇÃO JUDAICA: CRISTÃOS E JUDEUS PARTILHAM MESMO TESTEMUNHO DO AMOR DE DEUS


di De Andrade


Cidade do Vaticano,
– Cristãos e judeus devem dar um testemunho comum do amor de Deus, num mundo freqüentemente marcado pela pobreza, pela violência e pela exploração: foi o que afirmou Bento XVI, encontrando-se, na manhã desta quinta-feira, com uma delegação da organização judaica "International Jewish Committee on Interreligious Consultations" (Comitê Judaico Internacional de Consultas Inter-religiosas), guiada pelo Rabino David Rosen.
O papa sublinhou a crescente compreensão entre católicos e judeus, reiterando o "empenho da Igreja em favor da atuação dos princípios enunciados na declaração Nostra Aetate, do Concílio Vaticano II", que "condena firmemente todas as formas de anti-semitismo".
"Os cristãos _ disse Bento XVI _ hoje estão sempre mais conscientes do patrimônio espiritual que compartilham com o povo da Torá, o povo escolhido por Deus, na sua inefável misericórdia, um patrimônio que convida a um maior apreço recíproco, ao respeito e ao amor.
"Por outro lado _ precisou o Santo Padre _ "também os judeus são chamados a descobrir o que têm em comum" como todos aqueles que crêem no Senhor, "Deus de Israel", que se revelou através da sua Palavra que, como diz o Salmista, é luz do nosso caminho e nos doa uma nova vida."Essa Palavra _ refletiu o pontífice _ nos exorta a dar testemunho da misericórdia, da verdade e do amor de Deus.
" Trata-se de "um serviço vital do nosso tempo, ameaçado pela perda daqueles valores espirituais e morais que garantem a dignidade humana, a solidariedade, a justiça e a paz"."No nosso mundo inquieto, tão freqüentemente marcado pela pobreza, pela violência e pela exploração _ acrescentou o Santo Padre _ o diálogo entre as culturas e as religiões deve ser visto, sempre mais, como um dever sagrado que grava sobre todos aqueles que estão empenhados na construção de um mundo digno do homem."
"A capacidade de aceitar-se e de respeitar-se mutuamente, e de dizer a verdade na caridade, é essencial para superar as diferenças, para prevenir as incompreensões e evitar conflitos inúteis" _ disse Bento XVI.
O pontífice recordou os encontros mantidos, nos últimos meses, com comunidades judaicas, em New York, em Paris e no Vaticano, referindo-se a eles como encontros que refletem "os progressos das relações católico-judaicas".
Enfim, encorajou o Comitê Judaico Internacional de Consultas Inter-religiosas a prosseguir no seu "importante trabalho, com paciência e empenho renovado", até mesmo em vista do encontro, no próximo mês, em Budapeste, Hungria, com uma delegação da Comissão vaticana para as Relações Religiosas com o Judaísmo, com o objetivo de discutir sobre o tema "Religiões e sociedade civil hoje".
Por sua vez, na saudação que dirigiu ao pontífice, o Rabino David Rosen, presidente do comitê, agradeceu à Santa Sé por seu empenho contra toda e qualquer forma de anti-semitismo. A seguir, manifestou sua satisfação pelos esclarecimentos relativos à modificação da oração pelos judeus, na liturgia da sexta-feira santa.
O rabino reiterou sua solicitação para que os estudiosos possam ter acesso _ nos arquivos vaticanos _ aos documentos relativos ao período nazi-fascista. E enfim, manifestou sua solidariedade aos cristãos da Índia, Iraque e sudeste asiático, pelas violências que têm sofrido nos últimos meses. (AF)


Fonte: RV

ABERTURA DOS DOCUMENTOS DO PERÍODO NAZI-FASCISTA

ARQUIVOS DO VATICANO: DIRETOR DA SALA DE IMPRENSA DA SANTA SÉ SOBRE ABERTURA DOS DOCUMENTOS DO PERÍODO NAZI-FASCISTA
di De Andrade
Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi
Cidade do Vaticano,
- Na audiência pontifícia desta quinta-feira, ao Comitê Judaico Internacional de Consultas Inter-religiosas, o Rabino David Rosen voltou a insistir para que os estudiosos tenham acesso _ no âmbito dos Arquivos Secretos Vaticanos _ aos documentos relativos ao período nazi-fascista.
A esse propósito, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, precisou, numa nota:"A propósito das renovadas solicitações de abertura dos arquivos vaticanos, é útil ter presentes os seguintes elementos: à parte as discussões se essa abertura poderia ou não dar lugar a novidades relevantes nos conhecimentos históricos sobre o pontificado de Pio XII, a solicitação em si, é compreensível e justificada, do ponto de vista da metodologia dos estudos históricos.
Todavia, é preciso compreender bem o que tal abertura comporta em termos de trabalhos de preparação. A abertura dos Arquivos Secretos do Vaticano aos estudiosos foi iniciada por Leão XIII, em 1881, e continuada por seus sucessores."
"O princípio seguido é o de abrir aos estudiosos os documentos "pontificado a pontificado", e não com base num determinado limite de tempo _ ex. 50, 70, 90 anos, como acontece com outros arquivos _ porque o próprio Arquivo Secreto do Vaticano não é estruturado segundo um esquema cronológico, mas por pontificados.
Até agora, a abertura chegou até o pontificado de Pio XI (portanto, até 1939), cujos documentos se tornaram acessíveis em 2006" _ diz ainda Pe. Lombardi, explicando, a seguir, com detalhes, todo o trabalho que compreende a abertura dos arquivos: descrição dos documentos, numeração das folhas, timbre por razões segurança, encadernação, catalogação e ordenação, entre outras tarefas, o que requer pessoas especializadas, que realizem um trabalho longo e paciente.
Pe. Lombardi revelou que esse trabalho levaria cerca de 6-7 anos, segundo informações recentes do prefeito do Arquivo Secreto, Dom Sergio Pagano. Antes desse prazo _ sublinhou Pe. Lombardi _ não se pode falar de abertura aos estudiosos, dos arquivos desse período solicitado. Além do que _ ressaltou _ a decisão final sobre tal abertura cabe ao próprio Santo Padre. (AF)

Fonte: RV

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

SANTO ANTÔNIO DE SANT'ANNA GALVÃO - 5ª PARTE


Frei Galvão e a Igreja no Brasil

O Brasil nasceu católico e assim permanece até hoje, ainda que certo pluralismo religioso venha se manifestando nas últimas décadas. Porém, a vocação originária da nação brasileira é, com certeza, católica.
Por esta razão, louvamos a Deus e lhe agradecemos o precioso dom da fé cristã. Reverenciamos os primeiros missionários, heróicos e incansáveis na pregação e na catequese, entre os quais o Beato José de Anchieta, "o apóstolo do Brasil".
Este meio milênio de história do catolicismo em nossa pátria produziu, sem dúvida, muitos frutos de santidade, inclusive mártires da fé. Contudo, não se fez ainda o suficiente para coligir o "cânon", o "martirológio", dos santos e santas nativos deste nosso querido Brasil e apresentá-los ao reconhecimento da Igreja.
Neste contexto, saudamos felizes a beatificação do primeiro brasileiro nato, Frei Antônio de Sant'Anna Galvão, nascido em Guaratinguetá - SP, em 1739, e falecido, com fama de santidade, na cidade de São Paulo-SP, em 1822, ano da independência do Brasil.
Frei Galvão, sacerdote franciscano, viveu em São Paulo cerca de 60 anos. Conhecido em toda a cidade como conselheiro espiritual e confessor, sábio e santo, a população o estimava muito e o buscava particularmente para socorrer os pobres e os doentes.
O então Senado da Câmara de São Paulo o chamou "o homem da paz e da caridade". Viveu seu sacerdócio e sua vocação franciscana com exímia fidelidade e dedicação. Entre os aspectos de sua vida espiritual, chamam a atenção seu amor e sua entrega total, como filho e escravo perpétuo, a Nossa Senhora da Imaculada Conceição.
Fundou o Recolhimento de N. Sra. da Conceição para moças que quisessem consagrar a vida a Deus, fundação esta que depois se transformou no atual Mosteiro da Luz, de monjas concepcionistas.
Outro Recolhimento idêntico Frei Galvão fundou em Sorocaba-SP. Grande parte de sua vida dedicou a estes dois Recolhimentos.
Frei Galvão é modelo de evangelizador e de discípulo do divino Mestre. Ele nos incentiva a retomar com vigor e unção o anúncio querigmático do Evangelho. Ele nos diz, também, que a santidade é vocação de todos. Todos somos chamados à santidade. E o Brasil precisa, hoje como nunca, de santos. Frei Galvão, roga por este teu povo brasileiro, que tem sede de Deus!
DOM CLÁUDIO HUMMES, Arcebispo de São Paulo.

"A IGREJA NA AFRICA A SERVIÇO DA CONCILIAÇÃO, DA JUSTIÇA E DA PAZ: VÓS SOIS O SAL DA TERRA...VÓS SOIS A LUZ DO MUNDO"

DO SÍNODO DOS BISPOS, FOI ESCOLHIDO O TEMA DA II ASSEMBLÉIA ESPECIAL PARA A ÁFRICA
.....................Dom Nikola Eterović

Cidade do Vaticano, 30 out (RV)
- O Secretário-geral do Sínodo dos Bispos, Dom Nikola Eterović, declarou ao jornal L’Osservatore Romano, que o tema escolhido pelo Papa para a II Assembléia Especial para a África será: «A Igreja na África a serviço da reconciliação, da justiça e da paz: Vós sois o sal da terra... Vós sois a luz do mundo” (Mt 5, 13-14).
O tema, explicou, “surgiu entre o episcopado africano nos últimos anos do pontificado de João Paulo II, que em 13 de novembro de 2004, acolheu a proposta.
Em junho de 2005, Bento XVI anunciou a sua intenção de convocar o Sínodo”. Este Sínodo dará continuidade ao primeiro, realizado em 1994.
“Este será um Sínodo autenticamente africano que, como o anterior, vai contribuir para estimular a consciência da unidade do continente e favorecer o dinamismo evangélico”, acrescentou Dom Eterović.
Os católicos africanos estudaram os Lineamenta, publicados em 2006, em vários idiomas, inclusive em árabe e em swaíli, para preparar o Sínodo.
As respostas já foram enviadas à Santa Sé. Em breve, haverá uma reunião entre o Conselho Especial para África e a Secretaria geral do Sínodo, para preparar a primeira redação do Instrumentum Laboris.
O texto será entregue pelo Papa aos bispos africanos em março do próximo ano, durante a sua viagem a Camarões e Angola, como ele anunciou nestes dias.
O Secretário-geral do Sínodo dos Bispos salientou ainda que “os Lineamenta têm caráter fortemente cristológico.
Embora tenham um conteúdo pastoral e evangelizador, tratam dos diversos problemas do continente africano.
Entre outros serão abordados temas como os conflitos armados, desequilíbrio entre ricos e pobres, tráfico de armas, pobreza, fome, respeito das minorias, papel da mulher, exploração selvagem dos recursos e refugiados”.
Por fim, Dom Nikola Eterović afirmou ao jornal vaticano que “a reconciliação é uma necessidade prioritária para a África, onde não faltam progressos, mas também problemas.
Sem a paz verdadeira em Cristo, não pode haver nenhum desenvolvimento cultural ou social.
A Igreja deve ser uma voz profética para a promoção da reconciliação, da justiça e da paz”. (MT)

Fonte: RV

MENSAGEM AO ENCONTRO DE PASTORAL SOCIAL NO MÉXICO

MENSAGEM DO CARDEAL MARTINO A ENCONTRO DE PASTORAL SOCIAL NO MÉXICO
Cardeal Renato Raffaele Martino
Cidade do México, 30 out (RV)
- Está em andamento na capital mexicana o encontro nacional de Pastoral Social 2008, organizado pela comissão episcopal de Pastoral Social da Conferência Episcopal Mexicana.
O objetivo da iniciativa é fortalecer e impulsionar a Pastoral Social no México e seus animadores na evangelização, nos institutos de vida consagrada e organismos de leigos, e favorecer, a partir da análise da realidade nacional, a oração, a formação na doutrina social da Igreja, a troca de experiências e a criatividade pastoral.
Como explica o comunicado de dom Gustavo Rodríguez Vega, bispo de Nuevo Laredo e presidente da Comissão episcopal para a Pastoral Social, os temas do encontro são: a questão alimentar, o ano eleitoral de 2009, o aquecimento global e as mudanças climáticas.
Para favorecer a troca de experiências, está também se realizando uma Exposição de Pastoral Social.
O presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, cardeal Renato Raffaele Martino, enviou uma mensagem aos participantes, recordando que “tudo o que ameaça ou lesa a dignidade dos homens e mulheres de uma determinada sociedade representa um desafio para a missão primordial da Igreja e para a evangelização”.
O cardeal assinala ainda que “o agravamento da crise econômica financeira está colocando em grave risco o direito à alimentação das pessoas; e a violência bárbara e repugnante derivada do narcotráfico e o crime organizado, que está ameaçando a vida e a segurança dos cidadãos”.
Dom Martino recorda que a autêntica democracia deve considerar que a verdade não é estabelecida por votos e a legalidade nem sempre se vincula à moralidade; e em relação às mudanças climáticas e o aquecimento global, pede que seja respeitado o desígnio original de Deus.
“Os problemas debatidos nestes dias refletem uma crise moral” – aponta a mensagem. Concluindo, o cardeal Martino convida a continuar a refletir e promover sempre mais a Doutrina Social da Igreja, que “tem a capacidade de despertar, reforçar, provocar e encarnar os enormes recursos humanos, morais e religiosos presentes no México”. (CM)

Fonte: RV

NA INDIA, A CADA DIA É MAIOR O NÚMERO DE CRISTÃOS VÍTIMAS DA VIOLÊNCIA


Índia:aumenta o número de vítimas da violência anti cristã


A violência anticristã na Índia fez mais uma vítima. O Padre Bernard Digal morreu na passada noite em Kandhamal, depois de mais de dois meses da agressão por parte de grupos radicais hindus.
A agonia do sacerdote teve início na noite de 25 de agosto, quando foi agredido e abandonado numa floresta. O sacerdote foi encontrado, um dia depois, pelo seu motorista.
No entanto, após intervenção cirúrgica e meses de interbnemento, o sacerdote acabou por falecer na presença do Arcebispo de Cuttack-Bhubaneshwar, D. Raphael Cheenath.
O Arcebispo referiu que “o Pe. Bernard Digal morreu por causa da violência dos extremistas hindus. Agora, os cristãos de Kandhamal têm um potente intercessor nos céus, porque ele vai continuar seu trabalho da casa celeste".


Fonte: Ag. ECCLESIA

ALERTA DE CRISE HUMANITÁRIA NO CONGO

Caritas alerta para crise humanitária no Congo

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, ACNUR, anunciou a preparação de um plano de contingência para receber cerca de 30 mil deslocados internos na República Democrática do Congo. As pessoas foram forçadas a abandonar campos e vilarejos no Norte da cidade de Goma, devido a confrontos entre tropas do exército do Congo e rebeldes do Exército de Libertação do Senhor.
A situação na cidade de Goma é considerada tensa após manifestações de residentes na segunda-feira que, segundo o ACNUR, fizeram cinco mortos.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse estar “extremamente preocupado” com a deterioração da situação de segurança na província de Kivu do Norte. De acordo com o ACNUR, o número de deslocados internos na região já atinge um milhão.
Também a Caritas Congo advertiu para o drama dos milhares de refugiados.
"A situação está a deteriorar-se desde o final de semana e Segunda-feira foi um dia marcado pela violência", confirmou a responsável pelos projectos de emergência da Caritas francesa, Camille Fauvet.
Esta responsável afirma que os campos para refugiados estão lotados e muitas pessoas procuram abrigo em escolas, igrejas ou em estruturas governamentais.
A Caritas reiterou o apelo para arrecadar um milhão e meio de dólares para assistir 90 mil pessoas no leste do Congo.
"O mundo precisa de se mobilizar para deter esta tragédia e punir os responsáveis", disse Pierre Cibambo, da Caritas Internacionalis, sustentando que “a única solução para os refugiados é aumentar a segurança para que possam voltar para suas casas”.

DOIS SACERDOTES JESUITAS, SENDO UM EQUATORIANO, SÃO ASSASSINADOS EM MOSCOU

Assassinados dois sacerdotes jesuítas em Moscou
Os padres Otto Messmer e Víctor Betancourt, de origem equatoriana

MOSCOU/ROMA,
-Dois sacerdotes jesuítas, um deles de origem equatoriana, foram assassinados em Moscou, segundo confirmou a Companhia de Jesus.
«O padre Víctor Beatncourt, jesuíta do Equador que trabalhava no Instituto de Filosofia, Teologia e História "São Tomás" de Moscou, foi assassinado no domicílio da comunidade no sábado, 25 de outubro, à noite», confirma a ordem religiosa.
«Ao voltar à comunidade na segunda-feira pela tarde, dia 27, depois de uma viagem ao exterior, o padre Otto Messmer, superior da Região Russa, foi assassinado no mesmo lugar».
«Ao perceber sua ausência durante estes dias, um companheiro jesuíta se dirigiu ao domicílio da comunidade na terça-feira, 28 e encontrou os corpos sem vida e com evidentes sinais de violência. Motivo pelo qual deu parte à polícia», acrescenta.
«Nestes momentos, a polícia desenvolve sua investigação e não exclui nenhuma hipótese», explica a cúria geral dos jesuítas.
O padre Otto Messner, cidadão russo, nasceu em 14 de julho de 1961 em Karaganda (Cazaquistão), no seio de uma família profundamente católica de origem alemã.
Entrou na Companhia em setembro de 1982 em Vilnius. Foi ordenado sacerdote em 29 de maio de 1988 em Riga e emitiu seus últimos votos em Novosibirsk, em 7 de outubro de 2001.
Desde 13 de outubro de 2002, era o superior da região independente Russa da Companhia de Jesus. Dois irmãos jesuítas de Otto são Dom Nicolás, bispo de Bishkek, no Quirguistão, e Hieronymus, que pertence à Província da Alemanha.
O padre Víctor Betancourt nasceu em 7 de julho de 1966 em Guayaquil, Equador. Entrou na Companhia em 14 de setembro de 1984, em Quito, e foi ordenado sacerdote em 31 de julho de 1997, na mesma cidade. Fez seus estudos na Argentina, Equador, Alemanha e Itália. Em Roma, defendeu sua tese de doutorado em Teologia no ano 2004. Desde o ano 2001, formava parte da Região Russa. Trabalhou em pastoral vocacional e ultimamente era Professor de Teologia no Instituto Santo Tomás de Moscou.
O padre Adolfo Nicolás, superior da Companhia, segundo explica a nota recebida por Zenit, «convida a todos os jesuítas a demonstrarem sua ajuda, apoio e solidariedade aos companheiros da Região Russa, posta a prova neste momento, e expressa sua profunda proximidade às famílias dos companheiros mortos».
Desta forma, o superior jesuíta «agradece as manifestações de proximidade que recebeu da Igreja desde o primeiro momento que que foi confirmada a notícia».
O padre geral «pede a toda a Companhia orações pelo eterno descanso dos companheiros mortos e pelo fim de toda violência».

Fonte: ZENIT.org

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

SANTO ANTÔNIO DE SAN'ANNA GALVÃO - 4ª PARTE


A santidade segundo o Papa Bento XVI

Os santos não são pessoas que nunca cometeram erros ou pecados, mas que se arrependem e se reconciliam, considera Bento XVI.
O pontífice falou ao apresentar a figura de três dos mais próximos colaboradores do apóstolo Paulo -- Barnabé, Silas e Apolo --, figuras destacadas da primeira evangelização.
Ao repassar suas respectivas biografias na Sala Paulo VI do Vaticano, o Papa constatou que em certas ocasiões, Paulo teve confrontos com eles, ao menos com Barnabé, por causa de divergências sobre questões concretas.
«Portanto - constatou -, também entre os santos se dão contrastes, discórdias, controvérsias. E isso é para mim muito consolador, pois vemos que os santos não ‘caíram do céu’.»
«São homens como nós, com problemas complicados - seguiu declarando. A santidade não consiste em não se equivocar ou não pecar nunca.»
«A santidade cresce com a capacidade de conversão, de arrependimento, de disponibilidade para voltar a começar, e sobretudo com a capacidade de reconciliação e de perdão», indicou.
«E todos podemos aprender este caminho de santidade», constatou.
A intervenção do Papa continua com a série de meditações que está oferecendo às quartas-feiras sobre os primeiros apóstolos e evangelizadores da Igreja primitiva.

DIRETRIZES DO VATICANO II PERMANECEM ATUAIS PARA A IGREJA E O HOMEM DE HOJE

BENTO XVI: DIRETRIZES DO VATICANO II PERMANECEM ATUAIS PARA A IGREJA E O HOMEM DE HOJE
di De Andrade

Cidade do Vaticano, 28 out (RV)
- O Concílio Vaticano II foi um "extraordinário evento eclesial", "nascido do coração de Deus", por meio de uma intuição de João XXIII, e que teve em João Paulo II "um intérprete qualificado e uma testemunha coerente".
Com essas palavras, Bento XVI saúda, numa mensagem, os participantes do congresso internacional intitulado "Cristo-Igreja-Homem.
O Vaticano II no pontificado de João Paulo II", organizado pela Pontifícia Faculdade Teológica "São Boaventura", de Roma.
Os trabalhos do congresso foram inaugurados esta manhã, com uma conferência do cardeal secretário de Estado, Tarcisio Bertone, e prosseguirão até a próxima quinta-feira, dia 30.
A afirmação segundo a qual o Vaticano II "nasceu do coração de Deus" dá a noção exata da importância que Bento XVI atribui a esse histórico encontro eclesial que, 40 anos atrás, foi a locomotiva do profundo processo de renovação da Igreja contemporânea.
Um processo que ainda não se encerrou, e no qual podemos encontrar "chaves de leitura atuais", tanto para as instâncias eclesiais quanto para as vicissitudes do homem dos nossos dias.
O congresso é uma ocasião _ afirma Bento XVI em sua mensagem _ para "desenvolver uma reflexão aprofundada sobre a atual situação da Igreja" a partir da contribuição específica trazida pelo Concílio Vaticano II e da aplicação das diretrizes conciliares, efetuada por João Paulo II.
Para o Papa Roncalli, o motivo fundamental para a convocação do Vaticano II foi "tornar possível ao homem de hoje _ diz Bento XVI em sua mensagem _ a salvação divina" e "foi nessa perspectiva que os padres conciliares trabalharam".
Nesse ponto de sua saudação aos participantes do congresso internacional, o pontífice recorda o que afirmou no dia sucessivo à sua eleição à cátedra de Pedro: "Os documentos conciliares não perderam a atualidade, com o passar dos anos", ao contrário, se revelam "particularmente pertinentes, em relação às novas instâncias da Igreja e da sociedade globalizada atual".
Durante seu longo pontificado, João Paulo II se fez intérprete "em quase todos os documentos de seu magistério e, mais ainda, nas suas escolhas e no seu comportamento como pontífice," das instâncias fundamentais do Concílio Ecumênico Vaticano II, "tornando-se um seu qualificado intérprete e uma sua coerente testemunha" _ diz ainda Bento XVI no texto.
Referindo-se à XII Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que se concluiu neste fim de semana, no Vaticano, sobre o tema "A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja", o papa recorda que "todos nós somos realmente devedores desse extraordinário evento eclesial". "A multiplicidade de heranças doutrinais que encontramos em suas constituições dogmáticas e em suas declarações e decretos _ conclui Bento XVI _ nos estimula, ainda hoje, a aprofundar a Palavra do Senhor, para aplicá-la à atualidade da Igreja, tendo presente as numerosas exigências dos homens e das mulheres do mundo contemporâneo, que têm grande necessidade de conhecer e experimentar a luz da esperança cristã." (AF)

Fonte: RV

AUDIÊNCIA GERAL: BENTO XVI FALA SOBRE O SIGNIFICADO DA CRUZ PARA SÃO PAULO

AUDIÊNCIA GERAL: PAPA FALA SOBRE O SIGNIFICADO DA CRUZ PARA SÃO PAULO

Cidade do Vaticano, 29 out (RV)

O Papa Bento XVI encontrou-se na manhã de hoje com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro durante a audiência geral de quarta-feira.
Na sua catequese o Papa continuou a falar sobre o Apóstolo Paulo recordando que a experiência de Paulo no caminho de Damasco mudou totalmente a sua existência que ficou marcada pelo significado central da Cruz.Paulo – disse o Papa - entendeu que Cristo morreu e ressuscitou por ele e por todos nós.
A cruz tem um lugar especial na história da humanidade e é objeto contínuo da teologia paulina."
A cruz - disse o Papa - é “escândalo e necessidade, onde parece reinar somente a dor e a fraqueza: porém é na cruz onde se encontra todo o poder do Amor infinito de Deus. A Cruz é o “centro do centro” do mistério cristão”.Certamente a encarnação e a ressurreição – continuou Bento XVI – são mistérios centrais do cristianismo, porém São Paulo vê na Cruz a manifestação mais eloqüente do Amor de Deus por todos nós.
Para o Apóstolo, Cristo crucificado é sabedoria, porque manifesta verdadeiramente quem é Deus, e nos mostra o amor que salva o homem de maneira gratuita. Essa total gratuidade é a verdadeira sabedoria.
Na segunda carta aos Coríntios – destacou o Santo Padre -, Paulo expressa em duas afirmações sua experiência sobre Cristo Crucificado.
Em primeiro lugar, por causa dos nossos pecados Deus enviou seu filho para morrer por nós, expiando assim os nossos pecados. Em segundo lugar, Deus nos reconciliou consigo, sem nos atribuir culpas.
Nós fiéis podemos dizer com São Paulo – disse Bento XVI -: “Quanto a mim, não pretendo jamais gloriar-me a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, por quem o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo”.
Na conclusão do encontro o Papa saudou a todos os peregrinos em suas respectivas línguas, entre as quais o português:Amados Irmãos e Irmãs, A Catequese de hoje nos convida a considerar essa teologia da Cruz, sempre presente nas pessoas, e nela descobrir que o Espírito Santo sustenta nossas fraquezas e nos encoraja a aceitá-la com santa resignação. Aproveito para saudar a todos os peregrinos de Portugal e do Brasil que aqui vieram para rezar junto ao túmulo do Apóstolo Pedro. Que Deus vos abençoe!

Fonte: RV

ABAIXO-ASSINADO PELA VIDA E CONTRA O ABORTO NA ONU


Convocação para o abaixo-assinado pela vida e contra o aborto na ONU


Grupos pró-aborto estão promovendo um abaixo-assinado para que a ONU reconheça o aborto como um suposto direito universal, aproveitando a festa dos 60 anos da promulgação da Declaração Universal dos Diretos Humanos, no dia 10 de dezembro.

Nós, Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, entidades e movimentos em defesa da vida, estamos promovendo outro abaixo-assinado, ou seja, em favor da vida e contra o aborto. Precisamos de 50.000 assinaturas. Convocamos a todos para que divulguem esta nossa campanha a fim de neutralizar um flagrante desrespeito aos direitos humanos.


Faça sua assinatura, defenda a maternidade e a vida inocente votando a favor da dignidade do embrião, do feto e da criança no útero materno. Para isso, acesse: http://www.c-fam.org/publications/id.101/default.asp

Repasse esta mensagem à sua família, seus amigos, enfim, a todas as pessoas .


“Escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19).

Brasília, 24 de outubro de 2008.

Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar do Rio de Janeio
Secretário-Geral da CNBB

Dom Orlando Brandes
Arcebispo de Londrina e Presidente da
Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família


Fonte: CNBB

terça-feira, 28 de outubro de 2008

HOJE: SÃO JUDAS TADEU

HISTÓRIA DE SÃO JUDAS TADEU


Sua ligação com Jesus

São Judas Tadeu, nascido em Caná de Galiléia, na Palestina, era filho de Alfeu (ou Cleofas) e Maria Cleofas. O pai, Alfeu, era irmão de São José e a mãe, prima-irmã de Maria Santíssima. Portanto, Judas Tadeu era primo-irmão de Jesus, tanto pela parte do pai como da mãe.
Um de seus irmãos, Tiago, também foi chamado por Jesus para ser apóstolo. Era chamado de Tiago Menor para diferenciar do outro apóstolo Tiago que, por ser mais velho que o primeiro, era chamado de Maior.
Judas Tadeu tinha quatro irmãos: Tiago, José, Simão e Maria Salomé. O relacionamento da família de Judas Tadeu com o próprio Jesus Cristo, pelo que se consegue perceber na Bíblia é o seguinte: Alfeu (Cleofas) era um dos discípulos a quem Jesus apareceu no caminho de Emaús, no dia da ressurreição. Maria Cleofas, uma das piedosas mulheres que tinham seguido a Jesus desde a Galiléia e permaneceram ao pé da cruz, no Calvário, junto com Maria Santíssima .
Dos irmãos dele, Tiago foi um dos doze apóstolos, que se tomou o primeiro bispo de Jerusalém. José, apenas conhecido como o Justo. Simão foi o segundo bispo de Jerusalém, após Tiago. E Maria Salomé, a única irmã, foi mãe dos apóstolos Tiago Maior e João evangelista.
É de se supor que houve muita convivência de Judas Tadeu com o primo e os tios. Essa fraterna convivência, além do parentesco, pode ter levado são Marcos a citar Judas e os irmãos como irmãos de Jesus (Mc 6,3).

Citações na Bíblia

A Bíblia trata pouco de Judas Tadeu. Mas, aponta o importante: Judas Tadeu foi escolhido a dedo, por Jesus, para apóstolo. Quando os evangelhos nomeiam os doze escolhidos, consta sempre Judas ou Tadeu entre a relação. O livro dos Atos dos Apóstolos também se refere a ele (At 1,13). Além dessas vezes em que Judas Tadeu aparece entre os colegas do colégio apostólico, apenas uma vez é citado especialmente nas Escrituras. Foi no episódio da santa Ceia, na quinta-feira santa, narrado por seu sobrinho João evangelista (Jo 14,22). Nesta oportunidade, quando Jesus confidenciava aos apóstolos as maravilhas do amor do Pai e lhes garantia especial manifestação de si próprio, Judas Tadeu não se conteve e perguntou: "Mestre, por que razão hás de manifestar-te só a nós e não ao mundo?" Jesus lhe respondeu afirmando que teriam manifestação dele todos os que guardassem sua palavra e permaneces- sem fiéis a seu amor. Sem dúvida, nesse fato, Judas Tadeu demonstra sua generosa compaixão por todos os homens, para que se salvem todos. A fidelidade, coragem e perseverança dos Doze Grandes Homens do Evangelho, contribuíram para que o nome de Jesus viesse ser o mais admirado, citado e respeitado dos nomes.

A vida de São Judas Tadeu

Depois que os Apóstolos receberam o Espírito Santo, no Cenáculo em Jerusalém, iniciaram a construção da Igreja de DEUS, com a evangelização dos povos. São Judas iniciou sua pregação na Galiléia. Depois viajou para a Samaria e outras populações judaicas. Tomou parte no primeiro Concílio de Jerusalém, realizado no Ano 50. A seguir, foi evangelizar a Síria, Armênia e Mesopotâmia (atual Pérsia), onde ganhou a companhia de outro apóstolo, Simão, o "zelote", que evangelizava o Egito.
A pregação e o testemunho de São Judas Tadeu, foi realizado de modo enérgico e vigoroso, que atraiu e cativou os pagãos e povos de outras religiões que se converteram ao cristianismo. Ele mostrou que sua adesão a CRISTO era completa e incondicional, testemunhando sua fé com doação da própria vida.
São Jerônimo nos assegura que o Apóstolo pregou e evangelizou Edessa, bem como em toda Mesopotâmia (Pérsia).
No ano 70, foi martirizado de modo cruel, violento e desumano; morrendo a golpes de machado, desferidos por sacerdotes pagãos, por se recusar a prestar culto à deusa Diana.
Devido ao seu martírio, São Judas Tadeu é representado em suas imagens/estátuas segurando um livro, simbolizando a palavra que anunciou, e uma machadinha, o instrumento de seu martírio.
Suas relíquias atualmente são veneradas na Basílica de São Pedro, em Roma. Sua festa litúrgica celebra-se, todos os anos, na provável data de sua morte: 28 de outubro de 70.

Curiosidades acerca de São Judas Tadeu

* Santa Gertrudes e São Bernardo de Claraval entre muitos outros Santos, também foram fervorosos cultivadores do culto a SÃO JUDAS TADEU. Santa Gertrudes escrevendo sua biografia, conta que JESUS lhe apareceu aconselhando invocar São Judas Tadeu, até nos "casos mais desesperados". A partir de então, cresceu a fé do povo na especial intercessão do Santo, principalmente nos "casos impossíveis".

* Certa vez, Santa Brígida estava orando, quando teve uma visão de Jesus. Este lhe disse:
Invocai com grande confiança ao meu apóstolo Judas Tadeu. prometo socorrer a todos quantos por seu intermedio a mim recorrerem.

* Conforme conta o historiador Eusébio, Judas Tadeu teria sido o esposo nas núpcias de Caná (bodas de Caná), isso explicaria a presença de Maria e de Jesus.

* Devido à notoriedade de Tiago na Igreja primitiva, Judas Tadeu era sempre lembrado como o irmão de Tiago

* No texto grego São JUDAS é chamado LEBEU que significa: "LEB" - CORDATO, BONDOSO, OU CORAJOSO. TADEU porém, vem da palavra siríaca "THAD" que quer dizer: MISERICORDIOSO, BENIGNO.

* nome de São JUDAS foi muitas vezes substituído pelo de TADEU, por causa do nome de Judas Iscariotes, o traidor. Os próprios Evangelistas como São João, ao se referirem a São JUDAS TADEU, Apóstolo, diziam: JUDAS, não o Iscariotes ou o traidor.

* Apóstolo cujo nome lembra o "traidor" de JESUS, Judas Iscariotes, teve sua devoção esquecida durante muitos séculos. Mas a Providência Divina se manifestou no momento oportuno, para exaltar as suas qualidades e notável humildade, transformando-o no querido e poderoso Santo intercessor das "causas impossíveis", que consegue junto ao CRIADOR as graças necessárias, em benefício de todos aqueles que buscam e procuram o seu inestimável auxílio.

Fonte: Angelfire

ONDE NASCEU A DEVOÇÃO POR SÃO JUDAS TADEU ?


A Devoção a São Judas Tadeu

A devoção a São Judas Tadeu nasceu aqui, na cidade de São Paulo, e espalhou-se pelo Brasil afora. Aconteceu no Jabaquara um fenômeno impressionante: sem aparição, a devoção a São Judas Tadeu passou a crescer e o próprio povo fez do Santo um intercessor amigo e confiável para levar a Deus os pedidos mais urgentes e difíceis. Foi o próprio povo que deu a São Judas o título de "O Santo dos desesperados", expressão de devoção e confiança. Essa religiosidade traz pessoas de todos os cantos da grande São Paulo para o Jabaquara, o que mostra a característica urbana do santuário. Mas, também de outras cidades, chegam devotos até o santuário. A caminhada da devoção, inicialmente centrada no indivíduo, embora lenta, vai abrindo o devoto para uma visão mais comunitária da religião e do compromisso com os irmãos.
A primeira festa para o Santo Padroeiro foi celebrada no dia 28 de outubro de 1940. Com o apoio da comunidade e o incentivo do primeiro pároco, já no ano seguinte, ela passou a acontecer no dia 28 de cada mês. A Paróquia/Santuário de São Judas Tadeu, recebe todos os meses, no dia 28, cerca de 60 mil de devotos. Mas é em outubro a grande festa de São Judas Tadeu, quando a concentração de fiéis explode no Jabaquara.
Mais de 250 mil pessoas visitam o Santuário neste dia. É uma festa essencialmente religiosa em que os devotos vêm pedir e agradecer ao Santo de sua devoção. Para acolher a tantos que chegam, o Santuário prepara-se com bastante antecedência. Além dos padres, irmãos e funcionários da paróquia, cerca de 700 voluntários estão presentes com sua dedicação.
Para o povo é a festa de seu Santo milagroso, o Santo das causas impossíveis, o poderoso intercessor, amigo, apóstolo e parente de Jesus Cristo, nosso Salvador.
Veja as ORAÇÕES para São Judas Tadeu

SANTO ANTÔNIO DE SANT'ANNA GALVÃO - 3ª PARTE - CAP. 2

3ª PARTE - CANONIZAÇÃO - CAP. 2



O culto dos santos na Igreja após o Concílio Vaticano II
O culto dos santos na Igreja de fato é fundamentalmente culto a Deus, admirável nos seus santos. Deus é glorificado pelas suas maravilhas operadas nos santos.
O Concílio Vaticano II restaurou a centralidade do culto cristão, centrando-o no mistério pascal de Cristo.
A Sacrosanctum Concilium pede a reforma do Calendário, colocando no centro Jesus Cristo nos seus mistérios. Em seguida, fala do culto a Maria e por último, do culto dos mártires e outros santos.


Jesus Cristo: - “A Santa Mãe Igreja julga seu dever celebrar em certos dias do decurso do ano, com piedosa recordação, a obra salvífica de seu divino Esposo.
Em cada semana, no dia que ela chamou Domingo, comemora a Ressurreição do Senhor, celebrando-a uma vez também na solenidade máxima da Páscoa, juntamente com sua sagrada Paixão.
No decorrer do ano, a Igreja revela todo o Mistério de Cristo, desde a Encarnação e Natividade até a Ascensão, o dia de Pentecostes e a expectação da feliz esperança e vinda do Senhor. Relembrando destarte os Mistérios da Redenção, franquia aos fiéis as riquezas do poder santificador e dos méritos de seu Senhor, de tal sorte que, de alguma forma, os torna presentes em todo o tempo, para que os fiéis entrem em contacto com eles e sejam repletos da graça da salvação” (SC 102).
Falando do Domingo, a Páscoa semanal, diz: “As outras celebrações não se lhe anteponham, a não ser que realmente sejam de máxima importância, por ser o domingo o fundamento e o núcleo do ano litúrgico” (SC 106).


Maria: - Tendo falado de Cristo e de seus mistérios celebrados durante o Ano Litúrgico, o Concílio fala de Maria: “Nesta celebração anual dos mistérios de Cristo, a Santa Igreja venera com especial amor a Bem-aventurada Mãe de Deus Maria, que por um vínculo indissolúvel está unida à obra salvífica de seu Filho; nela admira e exalta o mais excelente fruto da Redenção e a contempla com alegria como uma puríssima imagem daquilo que ela mesma anseia e espera ser” (SC 103).
Nela, portanto, a Igreja celebra os mistérios de Cristo, nela admira e exalta o mais excelente fruto da Redenção, contempla a imagem daquilo que ela, a Igreja mesma, anseia e espera ser.


Os outros santos: - Num terceiro momento, a Constituição conciliar trata do lugar dos outros santos no Ano litúrgico: “No decorrer do ano a Igreja inseriu ainda as memórias dos Mártires e dos outros Santos, que, conduzidos à perfeição pela multiforme graça de Deus e recompensados com a salvação eterna, cantam nos céus o perfeito louvor de Deus e intercedem em nosso favor. Pois nos natalícios dos Santos ela prega o mistério pascal vivido pelos Santos que com Cristo sofreram e foram glorificados e propõe seu exemplo aos fiéis, para que atraia por Cristo todos ao Pai e por seus méritos impetre os benefícios de Deus” (n. 104).
No Concílio a Igreja propõe uma reforma em relação ao culto dos santos: “Os Santos sejam cultuados na Igreja segundo a tradição.
Suas relíquias autênticas e imagens sejam tidas em veneração.
Pois as festas dos Santos proclamam as maravilhas de Cristo operadas em seus servos e mostra aos fiéis os exemplos oportunos a serem imitados.
Que as festas dos Santos não prevaleçam sobre as que recordam os mistérios da salvação. Muitas destas festas sejam deixadas à celebração de alguma Igreja particular, Nação ou Família Religiosa, estendendo-se somente à Igreja toda, aquelas que comemoram os Santos que manifestam de fato importância universal” (n. 111).
À luz dos ensinamentos do Concílio podemos destacar três aspectos do culto dos santos.


Deus é admirável nos seus santos: A graça de Deus foi e continua sendo vitoriosa não somente em Jesus Cristo, a Cabeça, mas também em seus membros, em todos aqueles que o testemunharam na força do Espírito Santo.
Em outras palavras, Deus realizou maravilhas em seu Filho Jesus e em todos os seus santos. Assim, na comemoração dos santos mártires e de todos os santos e santas a Igreja proclama as maravilhas de Deus, da sua graça, da sua santidade transmitida aos seus filhos e filhas.


Os santos, modelos de vida dos discípulos de Cristo: - Nos santos a Igreja proclama as maravilhas de Cristo operadas em seus servos, mostrando aos fiéis os exemplos oportunos a serem imitados. Cada santo e cada santa revelam e conduzem a Cristo.
Cada categoria de santos, apóstolos, evangelistas, mártires, santas virgens, missionários, pastores, santos e santas que se dedicaram aos enfermos, aos jovens, à infância, os que se dedicaram à oração e à contemplação, revela o mistério de Cristo como tal e algum aspecto especial desse mistério, alguma faceta da mensagem do Evangelho.
Assim, nos Apóstolos a Igreja celebra sempre todo o mistério de Cristo e, particularmente, a vocação e a missão da Igreja.
Nos mártires, ela comemora a Igreja toda ela chamada a dar testemunho de Cristo. Nas santas virgens, o amor em plenitude que se deve a Deus.
Nos santos contemplativos, a dimensão orante da Igreja e da vida de cada cristão e cristã. Nos santos e santas que se dedicaram aos enfermos, lembra que todo cristão deve viver o espírito das obras de misericórdia. Poderíamos continuar a analisar outros grupos de santos. Portanto, cada santo e santa revelam o mistério pascal de Cristo no seu todo e alguma faceta especial do mistério de Cristo, do Santo Evangelho.
Por isso, a Igreja pode dizer: “Nos natalícios dos Santos a Igreja prega o mistério pascal vivido pelos Santos que com Cristo sofreram e foram glorificados e propõe seu exemplo aos fiéis, para que atraia por Cristo todos ao Pai”.
Os santos e santas são exemplos propostos pela Igreja para serem imitados. Eles constituem de certa maneira o Evangelho vivido por discípulos do Senhor Jesus. Cada fiel hoje, particularmente na comemoração dos santos, pode aprender uma lição de vida para o seu seguimento de Cristo.
Os santos, intercessores junto a Deus: - Fazendo memória das maravilhas da graça de Deus realizadas nos santos por Cristo e em Cristo, na força do Espírito Santo, a Igreja lembra, coloca diante de Deus essas maravilhas e pede: “Ó Deus, que realizastes tais e tais maravilhas da vossa graça em tal ou tal santo ou santa, renovai agora para com a Igreja, para com cada fiel ainda a caminho aquelas maravilhas”.
A oração da Igreja não se dirige diretamente aos santos. Dirige-se sempre a Deus, falando recordando as maravilhas realizadas nos santos. E pede que renove, nos fiéis, o que realizou nos santos. “Por seus méritos a Igreja impetra os benefícios de Deus”.
Desta forma, os santos e santas se tornam intercessores junto a Deus em favor dos fiéis. Infelizmente a cultura religiosa popular em geral permanece neste aspecto do santo das graças e das bênçãos.
Este aspecto é secundário no culto dos santos como o propõe a Igreja.
O que chama a atenção no culto dos santos proposto pela Igreja, é a centralidade do mistério pascal de Cristo.
“Nos natalícios dos Santos a Igreja prega o mistério pascal vivido pelos Santos que com Cristo sofreram e foram glorificados e propõe seu exemplo aos fiéis, para que atraia por Cristo todos ao Pai”.

Celebração da canonização
A partir de 1584, quando o Martirológio se tornou livro oficial, cada santo novo passou a ser nele inscrito, cumprindo-se à risca o que prescreve a fórmula de canonização pronunciada pelo Papa: “Nós declaramos e definimos que o bem-aventurado N. é santo.
Nós o inscrevemos no catálogo dos santos e decretamos que em toda a Igreja ele seja honrado entre os santos”.
Não existe propriamente um Ritual de Canonização dos Santos. Ela se realiza numa Missa festiva de Ação de graças, dentro da qual é proclamada a fórmula de canonização pronunciada pelo Papa. O Prefeito da Congregação das Causas do Santos faz o pedido ao Papa.
Segue-se a Ladainha de Todos os Santos e, em seguida, o Papa pronuncia a fórmula de canonização.
Pode-se dizer que a Celebração eucarística da canonização constitui a primeira celebração do Santo.
A Palavra de Deus pode realçar a mensagem evangélica marcante vivida pelo santo, a homilia realçará a mensagem do bem-aventurado que solenemente vai ser declarado santo. Depois, sim, pode ser elaborado um formulário de Missa em honra do santo canonizado. Pode ser em favor de toda a Igreja, para um país, uma região ou uma família religiosa. Tal formulário deve ser aprovado pela Sé Apostólica.
Nem todos os santos canonizados são comemorados anualmente pela Igreja universal, nem todos recebem formulários de Missa própria. Costuma ser própria do santo ou do bem-aventurado a oração do dia, chamada coleta.


Canonização de Frei Galvão
Frei Galvão? - Como este novo santo, quando canonizado, vai ser chamado oficialmente, particularmente nos textos litúrgicos?
Em sua beatificação insistiu-se no nome Frei Galvão. A Liturgia, porém, não costuma usar o título do santo, a não ser no caso dos Apóstolos, apóstolo São Paulo, apóstolo São Pedro, apóstolo Santo André etc.
Uma ou outra vez, fala-se em abade tal, ou o mártir tal, presbítero tal, mas estes títulos expressam mais uma categoria do santo.
Não se usa no caso de religiosos e de religiosas, missionários, pastores e assim por diante. No Brasil falou-se em Madre Paulina, mas quando foi canonizada, começou a ser chamada simplesmente Santa Paulina e não Santa Madre Paulina ou Madre Santa Paulina.
Como será com Frei Galvão? Seu nome é Antônio de Santana Galvão.
É muito longo.
A expressão “São Frei Galvão” não parece muito feliz. Poderia ser simplesmente, Santo Antônio. Mas, Santo Antônio é o de Pádua ou de Lisboa, ou simplesmente o nosso Santo Antônio. Existem outros Santo Antônio.
Por exemplo, Santo Antônio Maria Claret, Santo Antônio Maria Zaccaria.
O nosso Santo Antão também é Antônio. Penso que o nome mais adequado para o novo santo nas orações seria Santo Antônio Galvão.
O de Santana ficaria para os livros e notas biográficas.


A mensagem de Santo Antônio Galvão: - No Calendário litúrgico da Ordem Franciscana ele consta como Bem-aventurado Antônio de Santana Galvão, presbítero, da Ordem I.
Ele é apresentado à Igreja e aos fiéis em geral como religioso franciscano e como presbítero, em linguagem popular, padre franciscano.
Distinguiu-se em sua vida como franciscano. É claro, então, que ele testemunha os diversos aspectos do carisma franciscano na Igreja, carisma inspirado em São Francisco de Assis: a oração, a obediência, a pobreza e a fraternidade.
A oração do dia ou oração coleta elaborada por ocasião de sua beatificação reza: “Deus, Pai misericordioso, que fizestes o Bem-aventurado Antônio de Santana Galvão um instrumento de caridade e de paz no meio dos irmãos e irmãs, concedei-nos, por sua intercessão, favorecer sempre a verdadeira concórdia”.

Frei Galvão é visto, pois, como instrumento de caridade e de paz no meio dos irmãos e irmãs.
Pelo fato de ter-se desdobrado na construção do Mosteiro da Luz, em São Paulo, ajudando pessoalmente na construção trabalhando com os outros operários, foi declarado pela Arquidiocese de São Paulo patrono da construção civil. Isso certamente tem sua razão de ser.
Se, porém, analisarmos a vida e a atividade caritativa de Frei Galvão, vemos nele outros aspectos muito ricos. Frei Galvão foi um grande promotor e defensor da vida nascitura. Frei Galvão era procurado para interceder junto a Deus em favor de casais que não conseguiam ter filhos, sendo freqüentemente atendidos.
Além disso, era com freqüência, chamado para rezar em casos de partos difíceis. Pelas suas preces esses casos tinham uma solução feliz.
Nesta linha de pensamento podemos compreender as chamadas “pílulas de fecundidade de Frei Galvão”, com mensagem de Nossa Senhora da Conceição. A mensagem da tirazinha de papel dobrada soava assim: “Post partum, Virgo, inviolata permansisti. Dei Genetrix, intercede pro nobis”, que significa: “Após o parto, ó Virgem, permaneceste inviolada. Mãe de Deus, intercede por nós”.
O fato de se engolir a tira de papel dobrado com a prece a Nossa Senhora, reconhecida como Mãe de Deus, a Imaculada, bem entendido, não precisa causar estranheza.
O profeta Ezequiel (cf. Ez 2,9-3,5), bem como o Livro do Apocalipse (cf. Ap 10,8-11) fala em devorar o livro. Comer o livro ou devorar o livro significa assimilar a mensagem. Quem é chamado e enviado a profetizar, antes, deve acolher e assimilar a mensagem para poder testemunhá-la.
Comer e beber significa tornar seu, assimilar. Jesus mesmo manda comer sua carne e beber o seu sangue (cf. Jo 6,53.-56). Na Eucaristia, os discípulos de Cristo são convidados a comer a Ceia do Senhor, a comer o Corpo do Senhor e beber o Sangue do Senhor.
Na Sagrada Liturgia comer e beber constitui um rito sagrado, uma ação simbólica profética, uma forma de oração, de comunhão com Deus, nas virtudes da fé, da esperança e da caridade. Assim podemos entender a chamada “pílula de Frei Galvão”. Engolir, comer a “pílula” significa, então, assimilar a mensagem contida na tira de papel dobrado, significa proclamar Maria como Mãe de Deus, Imaculada e sempre Virgem, significa colocar a confiança na intercessão da Virgem Imaculada, Mãe de Deus, Maria.
O que importa é que o uso das “pílulas” constitua uma expressão de fé e de esperança e não uma forma de magia, como se a “pílula” tivesse por si mesma um poder miraculoso.
O amor e o respeito à vida, sobretudo à vida que está para nascer constitui, com certeza, uma importante mensagem para a sociedade de hoje.
Frei Galvão deu testemunho do “Evangelho da vida”.

A festa de Santo Antônio Galvão
Podemos dizer que a canonização constitui a primeira celebração do bem-aventurado sendo declarado santo.
Após sua canonização Frei Galvão poderá ser comemorado todos os anos pela Igreja.
Por ocasião da beatificação, a data de sua comemoração foi estabelecida no dia 25 de outubro. Certamente continuará a ser assim.
Na celebração do seu natal, do seu nascimento para Deus, como na comemoração de qualquer santo ou santa, a Igreja celebra e proclama o mistério pascal de Cristo, sua morte e ressurreição, a obra da salvação realizada por Cristo e em Cristo.
Frei Galvão foi santificado em sua vida e em sua morte; ele participa para sempre da santidade de Deus, o verdadeiramente santo.
Comemoram-se nele diversos aspectos do mistério de Cristo como a oração, a fraternidade, a pobreza evangélica, o apostolado. Comemora-se também o Evangelho da vida, sobretudo dos nascituros. Além disso, Frei Galvão deixou um esplêndido exemplo de trabalho.
Nele transparece a vocação de todos os cristãos chamados a serem instrumentos de caridade e de paz, inclusive, através do trabalho, qualquer que ele seja.
Tendo sido apresentado pela Igreja como modelo de vida cristã, os fiéis poderão espelhar-se sempre de novo em suas virtudes como a oração, a geração de uma sociedade sempre mais justa e fraterna, o espírito de pobreza evangélica no relacionamento com os bens materiais, a promoção da vida, o respeito à vida que está para nascer ou se encontra em perigo, vítima da fome, da doença e da violência, bem como o trabalho, qualquer que seja, realizado com amor e na caridade.
Para realizar esse ideal de vida cristã todos podem invocá-lo junto a Deus: “Santo Antônio Galvão, rogai por nós”!
Frei Alberto Beckhäuser, OFM


Fonte: Franciscanos

POSSÍVEIS VIAGENS DO PAPA AO ORIENTE MÉDIO


CARDEAL SECRETÁRIO DE ESTADO FALA DE POSSÍVEIS VIAGENS DO PAPA AO ORIENTE MÉDIO

Cidade do Vaticano,

- “As datas ainda não foram definidas, mas certamente o Papa irá à Terra Santa e ao Oriente Médio”.
Foi o que disse o Secretário de Estado Tarcisio Bertone interpelado ontem quando da projeção, no auditório de Via della Conciliazione, do filme-documentário sobre João XXIII.
Respondendo à pergunta se o apelo feito pelo Papa na manhã deste domingo em prol do Oriente Médio, Iraque e Índia abre a possibilidade para uma viagem do Santo Padre à Terra Santa, o Secretário de Estado respondeu: “Sem dúvida.
Como todos sabem – disse o cardeal – o Papa tem a intenção de ir à Terra Santa e não somente à Terra Santa, mas também ao Oriente Médio, e, portanto, se a situação, com a contribuição de todos melhorar, o Papa certamente irá à Terra Santa e poderá anunciar uma vigem ao Oriente Médio como o fez neste domingo, anunciando a sua viagem a África, mais precisamente Camarões e Angola”. (SP)

Fonte: RV

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

SANTO ANTÔNIO DE SANT'ANNA GALVÃO - 3ª PARTE - CAP. 1

3ª PARTE - CANONIZAÇÃO - CAP. 1




No dia 11 de maio, em Missa celebrada pelo Papa Bento XVI no Campo de Marte, na cidade de São Paulo, foi canonizado o primeiro brasileiro nato, o popularmente conhecido e venerado Frei Galvão. Ele nasceu em Guaratinguetá, Estado de São Paulo, em 1739.
Exerceu suas atividades apostólicas, sobretudo, na cidade de São Paulo. Grande devoto da Virgem Maria Imaculada exerceu as funções de Pregador, Confessor, Porteiro, Orientador Espiritual da Ordem Terceira Secular de São Francisco e Guardião do Convento do mesmo nome.
Fundou o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência, hoje, Mosteiro da Imaculada Conceição da Luz. Distinguiu-se por uma vida apostólica e missionária, sendo chamado homem da paz e da caridade. Morreu em São Paulo, aos 23 de dezembro de 1822.
Tive o privilégio de participar da abertura do quarto e definitivo processo de beatificação de Frei Galvão, em 1981, como Vice-Postulador da Causa.
Por isso, é com alegria que, diante da canonização do Bem-aventurado Antônio de Sant’Ana Galvão, tomo a iniciativa de lançar uma luz sobre vários temas ligados ao culto dos santos na Igreja, como a compreensão do que seja um santo ou santa na Igreja e o processo de beatificação e de canonização.

Santo e santidade
A primeira questão a ser analisada é o conceito de santo e de santidade.
Por falta de conceitos claros, os meios de comunicação deixam muito a desejar nesse campo.
A Igreja não faz os santos, nem os santifica através da canonização. Nem os eleva à honra dos altares. Os santos hoje são colocados em pedestais e não sobre altares.
Com sua suprema autoridade a Igreja declara a santidade de alguém e o propõe como modelo de seguimento de Cristo.
O termo “santo” pode ser substantivo ou adjetivo.
Deus é o Santo e Deus é santo. Em cada Celebração eucarística, a Igreja, diante do numinoso, do Absoluto, de Deus, exclama: “Santo, santo, santo, Senhor Deus do universo. O céu e a terra estão cheios da vossa glória”.
Após esta aclamação de Deus Santo, a Oração eucarística II continua: “Na verdade, ó Pai, vós sois santo e fonte de toda a santidade. Santificai, pois, estas oferendas...”.
Deus é santo e santifica pessoas e coisas. Ela celebra os Santos.
Falamos também dos santos Evangelhos, da Semana Santa. Além disso, somos chamados a ser santos, não só na outra vida, mas já no nosso peregrinar terrestre.
A santidade parece, pois, uma realidade complexa que diz respeito ao mistério de Deus, mas também ao culto e à moral. Engloba as noções de sacro e de puro, mas as transcende.
Por um lado parece reservada ao Deus inacessível, mas é constantemente atribuída a criaturas.
No Antigo Testamento, a Bíblia define a santidade na sua própria fonte, em Deus, de quem deriva toda santidade.
No fundo a santidade, em última análise, é o mistério de Deus e de sua comunicação aos homens.A santidade de Deus expressa a sua separação do profano, sua transcendência, mas inclui tudo que Deus tem de riqueza e de vida, de glória, de poder e de bondade.
É mais que um atributo de Deus, é a própria característica de Deus. Deus e Santo chegam a ser sinônimos.
Deus santifica, comunica a santidade a pessoas, ritos e coisas na medida da ligação que elas adquirem ou estabelecem com Deus, o Santo.
A santidade das pessoas e objetos consagrados, porém, não é da mesma natureza que a de Deus. É preciso distinguir entre a verdadeira santidade, que é próprio de Deus, e o caráter sacro que subtrai ao profano certas pessoas ou objetos, situando-os num estado intermediário, que vela e ao mesmo tempo manifesta a santidade de Deus.
Assim temos, por exemplo, o Povo Santo, o Povo de Deus do Antigo Testamento, povo escolhido por Deus, tornando-se um povo de sacerdotes, um povo santo.
Neste povo Deus manifesta a sua majestade, o seu poder, a sua glória. Israel deve, pois, santificar-se e corresponder ao Deus santo por uma vida consagrada ao Santo de Israel, observando os mandamentos, praticando a justiça e a caridade, exigências da Aliança entre Deus e o povo eleito.
A comunidade apostólica assimilou a compreensão da santidade revelada no Antigo Testamento, mas a superou em Cristo Jesus, a partir do Pentecostes, manifestação do Espírito de Deus, o Espírito Santo.
No Novo Testamento, o Deus santo manifesta-se e se comunica através de Jesus Cristo, o Santo de Deus.
A santidade de Cristo está intimamente ligada à sua filiação divina e à presença do Espírito de Deus, o Espírito Santo, com o qual ele é ungido.
Seus milagres e ensinamentos não querem tanto ser sinais de poder que se admirem quanto sinais de sua santidade.
A santidade de Cristo é idêntica à de Deus, seu Pai santo.
Cristo, por sua vez, pelo Espírito Santo, santifica os cristãos, comunicando-lhes realmente a santidade, a adoção de filhos de Deus.
Os cristãos participam da vida do Cristo ressuscitado pela fé e pelo batismo que lhes confere a unção vinda do Santo.
No Espírito Santo, os remidos são templos do Espírito Santo, templos de Deus. No novo testamento o termo “santo” designa também os cristãos.
Paulo pode dirigir cartas “a todos os amados de Deus, chamados a ser santos” (Rm 1,7), “aos santificados em Cristo Jesus, chamados a ser santos” (1Cor 1,2), “à Igreja de Deus que está em Corinto e a todos os santos de toda a Acaia” (2Cor 1,1), “aos santos e fiéis em Cristo Jesus” (Ef 1,1), “todos os santos em Cristo Jesus” (Fl 1,1), “aos santos e fiéis irmãos em Cristo, que moram em Colossos” (Cl 1,2).
Pedro escreve: “Vós sois a geração escolhida, sacerdócio régio, nação santa, povo que ele conquistou para proclamar os grandes feitos daquele que vos chamou das trevas para a sua luz admirável.
Vós, que outrora não éreis povo, agora sois Povo de Deus.
Não havíeis alcançado misericórdia, mas agora conseguistes misericórdia” (1Pd 2,10).
Por isso ele pode exortar: “Como filhos obedientes, não vos guieis pelas paixões de antigamente, quando vivíeis na ignorância.
Mas, assim como é santo aquele que vos chamou, sede também santos em todas as ações, pois está escrito: ‘Sede santos porque eu sou santo’”. (1Pd 1,16).
Em suma, pelo Espírito Santo o cristão participa da própria santidade divina. Assim, os cristãos devem render a Deus o culto verdadeiro, oferecendo-se com Cristo num sacrifício santo (cf. Rm 12,1).
Esta exigência de vida santa, de vida divina, está na base de toda a tradição ascética cristã, fundamentando-se não no ideal de uma lei ainda exterior, mas no fato de que o cristão atraído por Cristo, deve participar em seus sofrimentos e em sua morte para chegar à sua ressurreição (cf. Fl 3,10-14).
Não é a Igreja que santifica uma pessoa, mas é Deus, o Santo que a santifica, une-a a si, divinizando-a. Santificar, no fundo é divinizar.
A Igreja aparece como instrumento dessa santificação do ser humano, sobretudo, através da Sagrada Liturgia, como prolongamento da presença de Cristo em sua ação salvadora e santificadora, na força do Espírito Santo.

Os diversos tipos de santos
A partir do que vimos na Bíblia, podemos elencar diversos tipos ou categorias de santos e santas.

Os santos são os cristãos: - Para o Novo Testamento, sobretudo para São Paulo, santos são os cristãos. Santos são todos os que vivem a fé em Cristo Jesus, participando de sua vida, através dos sacramentos e da caridade.
Sobretudo, através do Batismo e da Eucaristia, os cristãos são santificados, e como se expressam muitos santos Padres do Oriente, são “divinizados”. Pela fé e pelo Batismo temos santos e santas também nas confissões evangélicas.

Os santos vivos: - São aqueles e aquelas que hoje vivem em Cristo, sacramentalmente pela fé, a vida sacramental e a caridade. São santos também todos os que procuram fazer o bem e desta forma vivem em comunhão com o Santo, com Deus, pois onde o amor e a caridade, Deus está. São santos e santas que ainda vivem neste mundo.

Santos da glória dos céus: - São todos os homens e mulheres que desde Adão e Eva e do justo Abel até nossos companheiros e companheiras de caminhada terrestre já participam definitivamente da vida, do amor e da glória de Deus, que já estão mergulhados no Santo para sempre, na Jerusalém celeste, no paraíso definitivo.
Ser santo não é privilégio dos cristãos que viveram explicitamente a fé em Cristo, na Igreja e pela Igreja.
Cristo Jesus morreu e ressuscitou para santificar a todos os seres humanos, a toda a humanidade. Assim, todos os homens de boa vontade que procuraram o bem, a honestidade e a justiça também foram santos.
Mesmo os que não conheceram a Cristo. Quem não reconhece, por exemplo, que Gande foi um grande santo? Pensemos em outras figuras humanas das grandes religiões.
Existiram outros tantos homens e mulheres, mártires do bem e da justiça, nos povos primitivos, entre os nossos povos autóctones, os índios.
Também eles e elas são santos e santas. São todos comemorados na Festa de Todos os Santos.

Os santos bem-aventurados ou beatificados: - São aquelas pessoas falecidas, de reconhecidas virtudes, que são incluídas no rol dos bem-aventurados pela autoridade pontifícia. Ainda que de modo restrito, eles podem ser cultuados.
Como veremos mais adiante, com o tempo, a beatificação tornou-se um passo no processo da canonização dos santos.
Os santos canonizados: - São as pessoas falecidas inscritas solenemente no cânon ou no rol dos santos.

Canonização dos santos
O que é canonização ou canonizar. O termo “canonizar ou canonização” vem de cânon. Cânon significa “regra geral de onde se inferem regras especiais”; relação, catálogo, tabela; padrão modelo, norma, regra.

Daí, canonizar significa “inscrever no cânon ou rol dos santos; declarar santo, proceder à canonização”. Canonização é o ato de canonizar. Em relação aos santos, canonização é a decisão papal que inscreve, solenemente, um membro do Corpo da Igreja, de excepcionais virtudes cristãs e pelos quais se operaram reconhecidos milagres, no número dos santos honrados pelo culto público.
Portanto, na canonização, não se trata de fazer santos, de santificar, mas de declarar alguém santo, inscrevendo-o na lista dos santos, que assim são propostos como modelos de vida cristã e por isso, objeto de culto público da Igreja.

O culto dos santos
Para compreendermos melhor o sentido de um ato de canonização de um santo pela Igreja, convém apresentar um breve retrospecto sobre o culto dos santos na Igreja. O culto dos santos nasceu da devoção popular.
Nos primeiros séculos da Igreja eram venerados e celebrados os santos mártires, aqueles e aquelas que testemunharam sua fé derramando o seu sangue, morrendo por causa da fé, por causa do testemunho de Cristo.
As Igrejas locais celebravam o dia natalício ou o natal dos santos, ou seja, o dia do seu nascimento para Deus, o dia de sua morte e nascimento para o céu. Todos eram santos e santas. Não existia a categoria dos bem-aventurados.
Santo e bem-aventurado significavam a mesma coisa. O santo é bem-aventurado, feliz, para sempre.
Só os mártires eram considerados santos a merecerem um culto especial. A partir do século IV homenagem semelhante à dos mártires começa a ser prestada também a outras categorias de fiéis. São os mártires, as testemunhas da caridade.
Introduziu-se inicialmente a memória de bispos que manifestaram eminentes qualidades de pastores: fidelidade à oração e à ascese, zelo na pregação, amor aos pobres, acolhimento aos irmãos, coragem na defesa do direito.
Tudo indica que o primeiro santo não mártir tenha sido São Martinho de Tours, falecido no ano de 397.Com a superação do tempo dos mártires, a Igreja foi descobrindo ao lado dos bispos, formas substitutivas do martírio, na ascese, na virgindade e na viuvez.
Distinguem-se, sobretudo, os padres do deserto, as virgens consagradas e os monges. Muitos de seus nomes são inscritos nos calendários locais, sem, contudo, lhes atribuir igual importância dada aos mártires.

A regulamentação canônica do culto dos santos:
Durante os primeiros séculos, estamos sempre diante de uma iniciativa da Igreja local, onde o sentimento do povo é ratificado pelo bispo depois de processo rudimentar. Até o século X não se registra intervenção alguma da Sé Apostólica no reconhecimento do culto prestado aos santos.

Canonização:
- Para dar maior brilho à exaltação dos santos, alguns bispos começaram a pedir que a proclamação fosse presidida pelo papa.
O termo canonização não é anterior aos anos de 1120. Por volta de 1175, o papa Alexandre III declarou que não era permitido venerar publicamente alguém como santo sem a autorização da Igreja romana.
Em 1134 as Decretais de Gregório IX reservaram ao papa o julgamento na matéria. Mesmo assim, algumas Igrejas particulares continuaram por vários séculos a efetuar canonizações.
Em 1588, após o Concílio de Trento, Sisto V instituiu a Congregação dos Ritos, dando-lhe a incumbência de exercer diligente cuidado em matéria de canonização dos santos e reservou à Congregação a direção exclusiva dos processos.
Ao término de cada um desses processos, durante uma missa solene, o papa celebrava a canonização, já que o ato é essencialmente de ordem litúrgica.

Beatificação:
- A beatificação, como primeira etapa no caminho da canonização, é instituída em 1630.
A beatificação autoriza o culto a um servo de Deus dentro de um determinado território ou família religiosa.
Sabe-se que o primeiro a ser beatificado foi Francisco de Sales, em 1665, falecido em 1622.
A pesquisa canônica do processo trata particularmente de três pontos: a ortodoxia manifestada, sobretudo, nos escritos; o exercício heróico das virtudes teologais e cardeais; os milagres obtidos por sua intercessão.
No caso dos mártires, são dispensados os milagres.
Até Paulo VI os papas reservavam para si apenas a celebração da canonização, ao passo que a beatificação consistia na simples leitura do decreto.
Paulo VI quis salientar o caráter litúrgico também da beatificação.
Ele mesmo passou a fazer a proclamação dos bem-aventurados durante a Missa.
Bento XVI vem delegando Cardeais para presidirem a celebração da beatificação.
Quanto ao título dos beatificados, no Brasil, prefere-se o termo Bem-aventurado, Bem-aventurada, em vez de Beato, Beata.
Beato e beata entre nós têm uma conotação pejorativa de pessoa exageradamente devota, de pessoa piegas.


Fonte: Franciscanos

RESPONSÁVEIS PELA RENOVAÇÃO CARISMÁTICA SE REÚNEM EM ASSIS


BISPOS RESPONSÁVEIS PELA RENOVAÇÃO CARISMÁTICA SE REÚNEM EM ASSIS




Assis, 27 out (RV) – Inicia-se, hoje, na cidadezinha de São Francisco, o II Encontro internacional de Bispos responsáveis pelas Comunidades da Renovação Carismática Católica.
O evento de três dias tem como tema: “Os carismas na vida Igreja particular”.
Entre os conferencistas encontram-se o Prefeito da Congregação para o Clero, Cardeal Cláudio Hummes, o Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, Cardeal Stanilslaw Ryłko e o Prefeito da Congregação para os Bispos, Cardeal Giovanni Battista Re. Participa também, entre outros, o arcebispo de Palmas (TO), Dom Alberto Taveira Correa. (MT)

Fonte: RV

PADRE ALBERTO HURTADO CRUCHAGA - TERCEIRO ANIVERSÁRIO DE SUA CANONIZAÇÃO

MENSAGEM DOS BISPOS CHILENOS
Padre Alberto Hurtado Cruchaga

Santiago - Chile,
- Para recordar o terceiro aniversário da canonização do padre Alberto Hurtado Cruchaga, sacerdote jesuíta muito amado pelos chilenos, os bispos daquele país publicaram, na quinta-feira, uma declaração, convidando os cristãos a exaltarem a solidariedade e a justiça social. Pe. Hurtado viveu e morreu na década de 50. Foi o fundador do chamado "Lar de Cristo", atividade caritativa que além de oferecer acomodação aos desabrigados, proporcionava também um ambiente semelhante ao da família, no qual experimentar bondade e carinho.Evocando a memória de Pe. Hurtado, os bispos escreveram sobre a situação do país, principalmente neste momento de crise econômica e financeira que nos recorda _ observam _ que sem justiça social, não existe democracia integral. "Hoje, quando a opinião pública chilena pede a seus políticos mais coerência, o exemplo daquele santo sacerdote é, para nós, um testemunho eloqüente" _ lembram. Domingo próximo, os chilenos votam para renovar os governos de 350 municípios. "Às vésperas das eleições municipais, é positivo para a nossa convivência democrática que os eleitores possam discernir livre e conscientemente, sobre os projetos e candidatos que mais se aproximam de seus ideais e valores. E que, ao mesmo tempo, trabalhem com coerência e em favor do bem comum." Os bispos também dizem esperar que o compromisso de amizade cívica, subscrito por todos os partidos, perante o cardeal-arcebispo de Santiago, Francisco Javier Errázuriz Ossa, em agosto passado, se traduza em uma campanha eleitoral pacifica, sem triunfalismos e espírito de vingança.Desde que a democracia retornou ao Chile, há 19 anos, as eleições foram sempre vencidas por partidos de centro, e as sondagens prevêem que o feito se repita. A crise econômica e internacional está no centro do debate, e os bispos saudaram o convite das autoridades a enfrentar este difícil momento, com unidade e concórdia como "uma iniciativa positiva". "Trabalhar com unidade _ explicam os bispos chilenos _ é, certamente, o melhor caminho para construir sobre a rocha." Evocando as palavras proferidas pelo papa na abertura do Sínodo dos Bispos, eles recordam que "somente a Palavra de Deus é fundamento da realidade e muda o nosso conceito de realismo". "Realista é quem reconhece a realidade na Palavra de Deus" _ sublinham.Para os bispos chilenos, infelizmente, a experiência demonstra que nestas crises, os mais atingidos são os setores sociais vulneráveis _ os pobres _ os prediletos do Senhor. Concluindo, lançam um apelo aos empresários do país e a todos os trabalhadores, para que atuem juntos, a fim de proteger as fontes de sustento e dar mais dignidade ao trabalho; a compreender que o trabalho bem feito e bem remunerado é fonte de dignidade para a família, pilar da sociedade. (CM/AF)

Fonte: RV

"CRIANÇAS FEITICEIRAS" - LUANDA - ANGOLA

ANGOLA: DEMOLIDAS IGREJAS ONDE ESTAVAM RETIDAS "CRIANÇAS FEITICEIRAS"

di De Andrade
Luanda,
- Duas casas-igrejas nas quais estiveram retidas 40 "crianças feiticeiras", em Luanda, capital de Angola, foram demolidas nesta sexta-feira, por ordem da administração municipal de Sambizanga, bairro onde se localizavam as construções. José Tavares Ferreira, administrador municipal do bairro _ um dos mais populosos e problemáticos de Luanda _ disse à agência de notícias LUSA, que existem "indicações de que há outros locais" onde se realizam práticas idênticas, que estão sendo identificados.As 40 crianças _ de idades compreendidas entre um mês e 15 anos _ acusadas de serem "feiticeiras", foram resgatadas pela polícia angolana na quinta-feira. Elas se encontravam retidas no interior de duas casas que serviam de igrejas.As casas eram de propriedade da "Igreja da Revelação do Espírito Santo de Angola" e da "Igreja Boa Fé" _ oriundas da província angolana chamada "Zaire", região onde ocorrem os casos mais graves de maus-tratos a crianças acusadas de serem "feiticeiras".Essa parece ser uma prática habitual na África. De fato, em outubro de 2004, publicávamos a seguinte notícia: "A agência de notícias salesiana divulgou o enérgico repúdio da Inspetoria Salesiana na África Central, contra o brutal assassinato de crianças de rua que eram acolhidas num dos centros salesianos na República Democrática do Congo."O episódio aconteceu no dia 25 de setembro de 2004, quando um grupo de homens armados com paus e facões se apresentou à Casa de Acolhida e Centro de Formação "Dom Bosco" de Mbuji-Mayi buscando alguns meninos de rua. Os salesianos fizeram todo o possível para deter o grupo armado, mas dois adolescentes acabaram nas mãos dos invasores, tendo sido barbaramente lapidados e queimados.Ao que parece, a miséria, as doenças e as dificuldades enfrentadas pelas populações africanas fazem com que elas se tornem "terreno fértil" para que membros de algumas seitas as façam crer que seus próprios filhos são os responsáveis pelas dificuldades da família. Essas pobres crianças são acusadas de bruxaria e, por isso, devem ser lapidadas e queimadas, para que a família possa voltar a estar bem _ é idéia que passam os membros dessas seitas insidiosas. (AF)

Fonte: RV

PAPA BENTO XVI APELA PELAS MINORIAS CRISTÃS DAS REGIÕES ORIENTAIS

ANGELUS: APELO DO PAPA PELAS MINORIAS CRISTÃS DAS REGIÕES ORIENTAIS
Cidade do Vaticano,
– Ao término da solene Concelebração Eucarística de encerramento da XII Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, presidida por Bento XVI, ontem de manhã, na Basílica Vaticana, o Papa subiu ao último andar da Residência Apostólica, para rezar a oração do Angelus. Antes, porém, pronunciou uma alocução dominical aos milhares de peregrinos e fiéis, presentes na Praça São Pedro.
Falando sobre este evento sinodal, que por cerca de 20 dias reuniu participantes dos cinco Continentes no Vaticano, o Santo Padre disse: Toda Assembléia sinodal é uma forte experiência de comunhão eclesial.
Mas esta é mais forte ainda porque concentrou sua atenção sobre o que ilumina e guia a Igreja: a Palavra de Deus, que é Cristo. Foram refletidos muitos aspectos, entre os quais a relação entre a Palavra e as palavras, ou seja, entre o Verbo divino e as escrituras humanas.De fato, sublinhou o Papa, a Bíblia é uma obra literária, ou melhor, é o grande código da cultura universal.
Porém, não deve ser despojada do elemento divino.
A seguir, o Santo Padre recordou o apelo que os Patriarcas das Igrejas Orientais fizeram no final dos trabalhos sinodais, chamando a atenção da Comunidade internacional, dos líderes religiosos e de todos os homens e mulheres de boa vontade, para a tragédia que está ocorrendo nos países do Oriente.
Naquelas regiões os cristãos são vítimas de intolerâncias e de violências cruéis, assassinados, ameaçados e obrigados a deixarem as suas casas e a buscarem refúgio em outros lugares.
Penso, neste momento, sobretudo no Iraque e na Índia. Estou certo de que as antigas e nobres populações daquelas Nações aprenderam, durante séculos de respeitosa convivência, a apreciarem a contribuição que as pequenas, mas atuantes e qualificadas minorias cristãs dão ao crescimento da pátria comum.
Elas não querem privilégios, mas só a possibilidade de continuarem a viver em seu país.
O Pontífice concluiu sua alocução, dirigindo-se às autoridades civis e religiosas interessadas para que não poupem esforços, a fim de que a legalidade e a convivência civil sejam logo restabelecidas e os cidadãos honestos possam ser protegidos e defendidos nos seus legítimos direitos.
Enfim, após a oração do Angelus, Bento XVI passou a cumprimentar os presentes na Praça São Pedro em nove línguas, entre as quais o português.
Vamos ouvir a sua saudação, acompanhada de sua Bênção Apostólica: Saúdo agora os peregrinos de língua portuguesa, de modo especial os brasileiros de São Carlos, de São José do Rio Preto e o grupo da Diocese de Barretos, guiados pelo Bispo diocesano Dom Edmilson Amador Caetano. Faço votos de que nesta homenagem filial à Virgem Maria saibam oferecer um testemunho sincero e válido da vossa fé, revestindo-vos, em todos os momentos, do amor e da paz de Jesus Cristo.
Que Deus vos abençoe! (MT)

Fonte: RV

domingo, 26 de outubro de 2008

SANTO ANTÔNIO DE SANT'ANNA GALVÃO - 2ª PARTE


2ª Parte - Biografia do Bandeirante de Cristo



Frei Antônio de Sant'Anna Galvão nasceu em 1739, em Guaratinguetá, Estado de São Paulo, Brasil; cidade que na época pertencia à Diocese do Rio de Janeiro.
Com a criação da Diocese de São Paulo, em 1745, Frei Galvão viveu praticamente nesta diocese: 1762-1822. O seu ambiente familiar era profundamente religioso. O pai, Antônio Galvão de França, Capitão-Mor, pertencia às Ordens Terceiras de São Francisco e do Carmo, dedicava-se ao comércio e era conhecido pela sua particular generosidade. A mãe, Izabel Leite de Barros, teve o privilégio de ter onze filhos e morreu com apenas 38 anos com fama de grande caridade, a tal ponto que depois da morte não se encontrou nenhum vestido: tudo fora dado aos pobres.
Antônio viveu com seus irmãos numa casa grande e rica, pois seus pais gozavam de prestígio social e influência política. O pai, querendo dar uma formação humana e cultural segundo suas possibilidades econômicas, mandou o Servo de Deus com 13 anos para Belém (Bahia) a fim de estudar no Seminário dos Padres Jesuítas, onde já se encontrava seu irmão José.
Ficou neste Colégio de 1752 a 1756 com notáveis progressos no estudo e na prática da vida cristã. Teria entrado na Companhia de Jesus, mas o pai, preocupado com o clima antijesuítico provocado pela atuação do Marquês de Pombal, aconselhou Antônio a entrar na Ordem dos Frades Menores Descalços da reforma de São Pedro de Alcântara.

Estes tinham um Convento em Taubaté, não muito longe de Guaratinguetá. Aos 21 anos, no dia 15 de abril de 1760, Antônio ingressou no noviciado do Convento de São Boaventura, na Vila de Macacu, no Rio de Janeiro.
Durante este período distinguiu-se pela piedade e pelas práticas das virtudes, tanto que no "Livro dos Religiosos Brasileiros" encontramos grande elogio a seu respeito.
Aos 16 de abril de 1761 fez a profissão solene e o juramento, segundo o uso dos Franciscanos, de se empenhar na defesa da Imaculada Conceição de Nossa Senhora, doutrina ainda controvertida, mas aceita e defendida pela Ordem Franciscana.
Um ano depois da profissão religiosa, Frei Antônio foi admitido à ordenação sacerdotal aos 11 de julho de 1762. Os Superiores permitiram a sagrada ordenação porque julgaram suficientes os estudos teológicos feitos anteriormente.
Este privilégio foi também um sinal evidente da confiança que os Superiores nutriam pelo jovem clérigo. Depois de ordenado foi mandado para o Convento de São Francisco em São Paulo, com a finalidade de aperfeiçoar os estudos de filosofia e teologia, como também exercitar-se no apostolado.
Sua maturidade espiritual franciscano-mariana teve expressão máxima na "entrega a Maria" como o seu "filho e escravo perpétuo", entrega assinada com o próprio sangue aos 9 de novembro de 1766.
Terminados os estudos, em 1768, foi nomeado Pregador, Confessor dos leigos e Porteiro do convento cargo este considerado importante, porque pela comunicação com as pessoas permitia fazer um grande apostolado, ouvindo e aconselhando a todos.
Foi confessor estimado e procurado, e quando era chamado ia sempre a pé, mesmo aos lugares distantes. Em 1769-70 foi designado Confessor de um Recolhimento de piedosas mulheres, as "Recolhidas de Santa Teresa" em São Paulo.
Neste Recolhimento encontrou a Irmã Helena Maria do Espírito Santo, religiosa de profunda oração e grande penitência, observante da vida comum, que afirmava ter visões pelas quais Jesus lhe pedia para fundar um novo Recolhimento.
Frei Galvão, como confessor, ouviu e estudou tais mensagens e solicitou o parecer de pessoas sábias e esclarecidas, que reconheceram tais visões como válidas. A data oficial da fundação do novo Recolhimento é 2 de fevereiro de 1774.
Irmã Helena queria modelar o Recolhimento segundo a ordem carmelitana, mas o Bispo de São Paulo, franciscano e intrépido defensor da Imaculada, quis que fosse segundo as Concepcionistas, aprovadas pelo Papa Júlio II em 1511.
A fundação passou a se chamar "Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência" e Frei Galvão, o fundador de uma instituição que continua até os nossos dias.
O Recolhimento, no início, era uma Casa que acolhia jovens para viver como religiosas sem o compromisso dos votos. Foi um expediente do momento histórico para subtrair do veto do Marquês de Pombal que não permitia novas fundações e consagrações religiosas. Para toda decisão de certa importância, em âmbito religioso, era necessário o "placet regio".
Aos 23 de fevereiro de 1775 morreu, quase improvisamente, Irmã Helena. Frei Galvão encontrou-se como único sustentáculo das Recolhidas, missão que exerceu com humildade e grande prudência. Entrementes, o novo Capitão-General de São Paulo, homem inflexível e duro (ao contrário do seu predecessor), retirou a permissão e ordenou o fechamento do Recolhimento. Frei Galvão aceitou com fé e também as Recolhidas obedeceram; mas não deixaram a casa, resistindo até os extremos das forças físicas. Depois de um mês, graças à pressão do povo e do Bispo, o Recolhimento foi reaberto.
Devido ao grande número de vocações, o Servo de Deus se viu obrigado a aumentar o Recolhimento. Para tanto contribuíram as famílias das Recolhidas, muitas das quais, sendo ricas, podiam dispor dos escravos da família como mão-de-obra.
Durante catorze anos (1774-1788) Frei Galvão cuidou da construção do Recolhimento. Outros catorze anos (1788-1802) dedicou à construção da igreja, inaugurada aos 15 de agosto de 1802. A obra, "materialização do gênio e da santidade de Frei Galvão", em 1988, tornou-se "patrimônio cultural da humanidade" por decisão da Unesco.
Frei Galvão, além da construção e dos encargos especiais dentro e fora da Ordem Franciscana, deu muita atenção e o melhor das suas forças à formação das Recolhidas. Para elas, escreveu um regulamento ou Estatuto, excelente guia de vida interior e de disciplina religiosa.
O Estatuto é o principal escrito, o que melhor manifesta a personalidade do Servo de Deus. O Bispo de São Paulo acrescentou ao Estatuto a permissão para as Recolhidas emitirem os votos enquanto permanecessem na Casa religiosa.
Em 1929, o Recolhimento tornou-se Mosteiro, incorporado à Ordem da Imaculada Conceição (Concepcionistas). A vida discorria serena e rica de espiritualidade quando sobreveio um episódio doloroso: Frei Galvão foi mandado para o exílio pelo Capitão-General de São Paulo.
Este homem violento, para defender o filho que sofrera uma pequena ofensa, condenou à morte um soldado (Gaetaninho). Como Frei Galvão assumiu a defesa do soldado, foi afastado e obrigado a seguir para o Rio de Janeiro.
A população, porém, se levantou contra a injustiça de tal ordem, que imediatamente foi revogada. Em 1781, o Servo de Deus foi nomeado Mestre do noviciado de Macacu, Rio de Janeiro, pelos qualidades pessoais, profunda vida espiritual e grande zelo apostólico.
O Bispo, porém, que o queria em São Paulo, não lhe fez chegar a carta do Superior Provincial "para não privar seu bispado de tão virtuoso religioso [...] que, desde que entrou na religião até o presente dia, tem tido um procedimento exemplaríssimo pela qual razão o aclamam santo".
Frei Galvão foi nomeado Guardião do Convento de São Francisco, em São Paulo, em 1798, e reeleito em 1801. A nomeação de Guardião provocou desorientação nas Recolhidas da Luz.

Á preocupação das religiosas é necessário acrescentar aquela do "Senado da Câmara de São Paulo" e do Bispo da cidade, que escreveram ao Provincial: "todos os moradores desta Cidade não poderão suportar um só momento a ausência do dito religioso. [...] este homem tão necessário às religiosas da Luz, é preciosíssimo a toda esta Cidade e Vilas da Capitania de São Paulo; é homem religiosíssimo e de prudente conselho; todos acodem a pedir-lho; é o homem da paz e da caridade".
Graças a estas cartas, Frei Galvão tornou-se Guardião sem deixar a direção espiritual das Recolhidas e povo de São Paulo. Em 1802, Frei Galvão recebeu o privilégio de Definidor pela solicitação do Provincial ao Núncio Apostólico de Portugal, porque "é um religioso que por seus costumes e por sua exemplaríssima vida serve de honra e de consolação a todos os seus Irmãos, e todo o Povo daquela Capitania de São Paulo, Senado da Câmara e o mesmo Bispo Diocesano o respeitam corpo um varão santo".
Em 1808, pela estima que gozava dentro de sua Ordem, foi-lhe confiado o cargo de Visitador-Geral e Presidente do Capítulo, mas devido ao seu estado de saúde foi obrigado a renunciar, embora desejasse obedecer prontamente.
Em 1811, a pedido do Bispo de São Paulo, fundou o Recolhimento de Santa Clara em Sorocaba, no Estado de São Paulo. Ai permaneceu onze meses para organizar a comunidade e dirigir os trabalhos iniciais da construção da Casa. Voltou para São Paulo e ali viveu mais 10 anos.
Quando as suas forças eram insuficientes para o ir-e-vir diário do Convento de São Francisco ao Recolhimento, obteve dos Superiores (Bispo e Guardião) a autorização para ficar no Recolhimento da Luz.
Drante a última doença, Frei Antônio passou a morar num "quartinho" (espécie de corredor) atrás do Tabernáculo, no fundo da igreja, graças à insistência das religiosas, que desejavam prestar-lhe algum alivio e conforto.
Terminou sua vida terrena aos 23 de dezembro de 1822, pelas 10 horas da manhã, confortado pelos sacramentos e assistido pelo Padre Guardião, dois confrades e dois sacerdotes diocesanos.
Frei Galvão, a pedido das religiosas e do povo, foi sepultado na Igreja do Recolhimento, que ele mesmo construíra.

O seu túmulo sempre foi, e continua sendo até os nossos dias, lugar de peregrinação constante dos fiéis, que pedem e agradecem graças por intercessão do "homem da paz e da caridade" e fundador do Recolhimento de Nossa Senhora da Luz, cujo carisma é a "laus perennis", ou seja, adoração perpétua ao Santíssimo Sacramento, vivida em grande pobreza e continua penitência com alegre simplicidade.
Escreveu Lúcio Cristiano em 1954: "Entre os heróis que plasmaram o destino de São Paulo, merece lugar de destaque a inconfundível figura de Frei Antônio de Sant'Anna Galvão, o apóstolo de São Paulo entre os séculos XVIll e XIX", cuja lembrança continua viva no coração do povo paulista.
O Processo de Beatificação e Canonização iniciado em 1938 foi reaberto solenemente em 1986 e concluído em 1991. Aos 8 de abril de 1997 foi promulgado pelo Papa João Paulo II o Decreto das Virtudes Heróicas e aos 6 de abril de 1998, o Decreto sobre o Milagre. Frei Galvão foi declarado bem-aventurado no dia 25 de outubro de 1998.
Ir. Célia B. Cadorin, C.I.I.C


Fonte: Franciscanos