Oitavo Jubileu de Fundação da Ordem Franciscana
800 anos do carisma Franciscano
7ª Parte
800 anos do carisma Franciscano
7ª Parte
O fascínio que Francisco exerce há oito séculos
Do outro lado deste encontro emerge um homem impressionante. O fascínio que ele exerce sobre os homens, séculos depois de sua morte, transpõe as fronteiras do Cristianismo. Grandes e pequenos reverenciam-no com palavras de invulgar admiração. O que o torna assim tão simpático aos olhos dos homens não é tanto o fato de ser ele um santo da cristandade católica, o inspirador de inúmeras comunidades religiosas. Destes, há vários outros exemplos, também admiráveis. Antes, a razão precípua é sua humanidade, simplesmente. Efetivamente, nele vemos o que é o ser humano, quando, historicamente, se realizam as suas mais belas possibilidades: não um conglomerado de egoísmos, rigidez, baixezas e pecados, mas uma figuração de bondade, fineza, cortesia, ternura e compaixão, sim, uma imagem e semelhança de Deus mesmo. Sua humildade desfeita de toda sofisticação, sua afabilidade sincera para com todos, sua singela inocência, sem prepotências e maldade, sua largueza de alma pela qual acolhe a todos como irmãos e irmãs, seu reverente entusiasmo para com o mundo e suas criaturas, o jeito pacífico e portador da paz que o faz próximo de todos, o respeito com que trata todos os seres, do sol magnífico à inexpressiva erva, com gestos e palavras tão poéticas, enfim, seu amor sem fronteiras, é isso, sobretudo, que faz de Francisco esse homem notável e a razão do fascínio que ele exerce sobre todos.
“Há neste homem algo de límpido e de luminoso que se impõe como uma presença... Alguns são seduzidos pela criança e pelo poeta ingênuo, simples, fraterno, entre os seres vivos. Move-se entre os homens e as coisas como homem livre, desapegado, despretensioso, com um desembaraço e uma ternura que deixa a cada um a liberdade de viver. Irmão de todos, provoca-os ao melhor de si mesmo. Sem dominação e sem pretensão alguma, ensina-lhes como tornar-se homens de reconciliação, servidores uns dos outros. Atento, por intuição e por afinidade secreta, a seu tempo e aos acontecimentos, que os atinge e lhes traz com facilidade surpreendente, uma resposta ao nível mais profundo” (T. Matura, O projeto evangélico de Francisco de Assis..., 13).
Dele diz o renomado ensaísta e literato inglês Gilberto Keith Chesterton: “Podemos descrever este divino demagogo como o único e verdadeiramente sincero e conseqüente democrata do mundo...”(Cf. G. K. Chesterton, Franziskus, der Heilige von Assis, 1923)
A seu amigo Vittorio Bodo, Wadimir I. Lênin, o grande líder da Revolução Russa, do seu leito de morte, teria confessado: “Eu me enganei. Sem dúvida era necessário libertar a massa dos oprimidos. Mas nossos métodos tiveram como conseqüência outras opressões e terríveis massacres. Tu sabes que estou mortalmente doente. Meu pesadelo é sentir-me num oceano de sangue de incontáveis vítimas. Para salvar nossa Rússia – agora é tarde demais para voltar atrás – precisaríamos de dez Francisco de Assis” (Lênin, am Ende seines Lebens – 1924).
Pannaghiotis Kanellopoulos, intelectual e político grego: “Hoje, depois de oito séculos de história... podemos afirmar que Francisco representa a mais doce figura humana que a Europa gerou. A sua vida e a sua poesia são qualquer coisa de único na história. Mas é possível distinguir a vida de Francisco de sua poesia? A sua própria vida, como a apresentam os imortais Fioretti é uma contínua poesia” (P. Kanellopoulos, La storia dello spirito europeo, vol. I Atenas 1958, 208).
Deste homem, Sigmund Freud, um dos mais argutos e contumazes críticos da Religião afirma: “Talvez São Francisco de Assis tenha sido quem mais longe foi na utilização do amor para beneficiar um sentimento interno de felicidade... o amor universal pela humanidade e pelo mundo representa o ponto mais alto que o homem pode alcançar” (S. Freud. S. O mal-estar na civilização, in Obras Completas, Vol XXI [1927-1931], Rio de Janeiro: Imago, 1974, 122).
"Tão perfeita imagem de Cristo! Quase um Cristo redivivo" - Pio XI, Papa
"O mais italiano dos santos, o mais santo dos italianos" – Mussolini
"Homem inútil e indigna criatura de Deus, nosso Senhor" - ele mesmo, São Francisco.
"São realmente fascinantes a vida, a dedicação, o amor e a santidade de São Francisco de Assis. Possamos nós, inspirados em seu exemplo, despojarmo-nos do apego excessivo ás coisas materiais, buscando mais, como ele, os valores espirituais, que são os verdadeiros tesouros do céu". A FAMÍLIA CATÓLICA
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