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NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

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CAPELA DE NOSSA SENHORA DA MEDALHA MILAGROSA

Uma Capela cheia de segredos !Você quer descobri-la conosco? Saiba, antes de tudo, que a Casa Mãe da Companhia das Filhas da Caridade era o antigo "Hotel de Châtillon". Este, foi concedido à Companhia, em 1813, por Napoleão Bonaparte, depois da tormenta da Revolução Francesa. Imediatamente, começa a construção da Capela.A 8 de agosto de 1813, realizou-se a bênção solene da Capela dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Em 1830, aconteceram então as aparições. Aumentou o numero de vocações.Foi necessário transformar a Capela, que passa então por várias modificações. Em 1930, por ocasião do centenário das apariçes, uma nova reforma nos mostra a Capela tal como a vemos hoje.Agora, a você a oportunidade de visitá-la!
http://www.chapellenotredamedelamedaillemiraculeuse.com

Visita a Capela da Medalha Milagrosa, localizada na Rue du Bac, 140 - Paris

Visita a Capela da Medalha Milagrosa, localizada na Rue du Bac, 140 - Paris
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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Ultima audiência de 2015

Audiência: Deus se fez pequeno. Este é o grande mistério


Francisco no papamóvel durante a Audiência geral - OSS_ROM 

Cidade do Vaticano (RV) –

Milhares de peregrinos participaram da última Audiência Geral do ano, na Praça S. Pedro. Como de costume, antes de pronunciar a sua catequese, o Papa saudou os presentes a bordo do seu papamóvel, fazendo a alegria dos fiéis.
E brincou sobre o inverno romano: "Faz frio, heim?".



Ao se dirigir aos peregrinos, Francisco refletiu sobre a devoção ao Menino Jesus, o protagonista do presépio nesses dias natalinos. Muitos santos e santas cultivaram essa devoção, como por exemplo Santa Teresa de Lisieux, que como monja carmelita escolheu o nome de Teresa do Menino Jesus. Ela soube viver aquela “infância espiritual” que se assimila justamente meditando a humildade de Deus que se fez pequeno por nós.

“E este é um grande mistério, Deus é humilde! Nós que somos orgulhosos, repletos de vaidade e acreditamos ser grandes, e somos nada! Ele é grande, é humilde e se faz criança. Este é um verdadeiro mistério!”, disse o Pontífice, acrescentando que toda a vida terrena de Jesus é revelação e ensinamento, sendo a morte e ressurreição a expressão máxima do seu amor redentor.

Para crescer na fé, afirmou Francisco, seria necessário contemplar com mais frequência o Menino Jesus, não obstante se saiba pouco de sua infância: da apresentação ao Templo e a visita dos Reis Magos, há um salto de doze anos até a peregrinação de Jesus com Maria e José para a Páscoa. Todavia, prosseguiu, podemos aprender muito de sua vida se olharmos para o modo de ser das crianças.

Antes de tudo, elas querem a nossa atenção e precisam dela para se sentirem protegidas: “É necessário também para nós colocar Jesus no centro da nossa vida e, mesmo que possa parecer paradoxal, saber que temos a responsabilidade de protegê-lo. Ele quer estar entre nossos braços, deseja ser acudido e poder fixar o seu olhar no nosso.”
As crianças, por fim, amam brincar e, para isso, é preciso abandonar a nossa lógica para entrar na lógica infantil. Trata-se de um ensinamento.

Diante de Jesus somos chamados a abandonar a nossa pretensão de autonomia - este é o nó da questão -, para acolher ao invés a verdadeira forma de liberdade, que consiste em conhecer quem temos diante de nós e servi-lo: é o Filho de Deus. Ele veio para nos mostrar a face do Pai rico de amor e de misericórdia. Coloquemo-nos a seu serviço”, exortou o Papa.
Ao final, Francisco pediu que, ao voltarem para casa, os fiéis se aproximem do presépio e beijem o Menino Jesus, pedindo a seguinte graça: “Jesus, quero ser humilde como você, humilde como Deus”.

Assista em VaticanBR
Fonte: R Vaticana

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Encontro Ecuménico de Taizé

Jovens europeus no encontro ecuménico de Taizé em Valência


Encontro de Taizé em Valencia - RV                              

Cerca de 30 mil jovens europeus iniciaram segunda-feira em Valência, na Espanha, mais um encontro de oração organizado pela Comunidade Ecuménica de Taizé.
Na mensagem que lhes dirigiu o Papa Francisco exorta as novas gerações a se tornarem “oásis de misericórdia” de modo particular em relação aos numerosos migrantes que precisam de ser acolhidos.
Aos jovens de Taizé são enviados mensagem também de outro líderes religiosos: o Patriarca de Constantinopla, Bartolomeu I, recorda que o ano que está para se concluir foi sacudido pelo ódio. “O terrorismo – acrescenta – deve ser combatido voltando o nosso olhar para os outros e respondendo ao medo com o amor”. O Arcebispo de Canterbury, Justin Welby, líder espititual da comunidade anglicana, exprime o desejo de que os jovens sejam “sinal de esperança” para a humanidade. “Possam os jovens – sublinha – descobrir o perdão e a comunhão para reforçar a confiança cristã e ser testemunhos ao serviço do mundo”.
Em todo o mundo – lê-se na reflexão que Frère Alois, prior da Comunidade de Taizé dirigiu aos jovens – novas dificuldades, ligadas às migrações, ecologia, sociedade colocam desafios ao crente de qualquer religião”. Que uma pessoa seja católica, ortodoxa ou protestante, há sempre a possibilidade de construir todos juntos um futuro melhor já a partir de hoje – disse.

Fonte: R Vaticana

“Puericantores”em 2017 no Brasil

Congresso internacional dos Puericantores em Roma


Pueri Cantori - ANSA   
 
Iniciou no dia 28 deste mês de Dezembro em Roma o 40º Congresso internacional dos “Puericantores” com uma série de manifestações que têm lugar na capital italiana até ao próximo dia 1 de Janeiro. Seis mil crianças e adolescentes de 18 países do mundo unem as suas vozes para cantar a paz no mundo e a Misericórdia. Um canto de esperança porque os jovens são o futuro da Igreja – disse em entrevista à nossa emissora, Mons. Roberto Tyrala, Presidente da Federação internacional “Pueri Cantores”. O Congresso – acrescentou é um momento de integração, pois os pequenos cantores provêm da África, América Latina, Ásia, Europa. Diferentes, mas unidos pela fé numa única família cristã.
De entre os Puericantores, há também portugueses e brasileiros. E será precisamente no evento do dia 1 de Janeiro que o Brasil será anunciado como sede do próximo Congresso Internacional, previsto para Julho de 2017, em Brasília. Um grupo de brasileiros do Coro do Mosteiro de São Bento dessa cidade veio a Roma para participar do anúncio oficial, e também como “observadores” do encontro internacional. O director desse  grupo coral, Zoltan Paulinyi, disse em entrevista à secção brasileira da RV que o encontro no Brasil é uma oportunidade para as crianças compreenderem a importância da música.
 
 
Depois de terem passado ontem, a Porta Santa, nesta terça-feira os Puericantores, divididos por países de proveniência, vão se exibir em igrejas de Roma. Na quarta-feira, farão orações pela paz e concertos de esperança, ainda em igrejas da capital. Quinta-feira participarão da missa para assistentes eclesiásticos no Pontifício Colégio Teutónico, no Vaticano, e farão ensaios para a missa de encerramento. O ponto alto do dia será a audiência com o Papa Francisco.
(DA com  a Secção Brasileira da RV)
Fonte R Vaaticana

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

PAPA FRANCISCO 2015, EM VÍDEO

Retrospectiva 2015: Um ano com o Papa Francisco



Francisco durante uma Audiência no Vaticano - AFP

Cidade do Vaticano (RV) –

O terceiro ano de Pontificado levou Francisco à Ásia, América e África. O Papa também visitou a periferia da Europa, rezou diante do Santo Sudário em Turim e visitou o Santuário de Nossa Senhora de Pompeia.
O ano que termina foi marcado pela proximidade do peregrino da Misericórdia aos últimos: lavou os pés de detentos em uma penitenciária de Roma, abraçou o filho de um interno no presídio de Palmasola na Bolívia e visitou um campo de refugiados na África.
Para recordar este ano em que Francisco abriu o Jubileu da Misericórdia, a Rádio Vaticano preparou uma retrospectiva em que lembramos os momentos mais marcantes do ano do Papa.

Assista em:  VaticanBR

Fonte: R Vaticana

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

       "CORAGEM DA MISERICÓRDIA"

38º encontro europeu da Comunidade de Taizé

Francisco pede aos jovens a "coragem da misericórdia"

Jovens da comunidade de Taizé se encontram anualmente - AFP                         
 
Cidade do Vaticano (RV) –

Cerca de 30 mil jovens estão reunidos em Valença, na Espanha, para o 38º encontro europeu da Comunidade de Taizé.



De 28 de dezembro a 1° de janeiro, Valença acolhe a juventude europeia para uma nova etapa da “Peregrinação de Confiança através da Terra”, iniciada pelo irmão Roger no final dos anos 70.
O Papa Francisco enviou sua mensagem através do Secretário de Estado, Card. Pietro Parolin, pedindo que os jovens criem em suas comunidades um “oásis de misericordia”, em especial para “os inúmeros migrantes que têm necessidade de acolhimento”.
O Papa – lê-se no texto – aprecia a escolha dos jovens de querer aprofundar, em seu encontro anual, o tema da Misericórdia  e lhes agradece pelo seu empenho nesse sentido, com todas as forças criativas e a imaginação próprias da juventude.
“Também vocês – prossegue a mensagem – desejam que a Misericórdia se manifeste em todas as suas dimensões, inclusive sociais. O Papa os encoraja a continuar neste caminho, a ter a coragem da Misericórdia, que os conduzirá não somente a recebê-la para si mesmos, em sua vida pessoal, mas também a estar próximos daqueles que estão em dificuldade. Vocês sabem que a Igreja está presente para toda a humanidade e onde há cristãos, toda pessoa deveria encontrar um oásis de Misericórdia. Isso é o que as suas comunidades podem se tornar”.
Por fim, Francisco recorda o Ir. Roger, fundador da Comunidade de Taizè: “Ele amava os pobres, os mais desafavorecidos, os que aparentemente não contam nada e soube demonstrar através de sua vida que a oração se conjuga com a solidariedade humana. Por meio de sua experiência de solidariedade e misericórdia – conclui o Pontífice – que vocês possam viver esta exigente felicidade, tão rica de significado, à qual o Evangelho os chama”.
Fonte: R. Vaticana
 

domingo, 27 de dezembro de 2015

A SAGRADA FAMÍLIA

Angelus: abrir a porta da família à presença de Deus


Papa reza com os fiéis na Praça S. Pedro o Angelus na festa da Sagrada Família - AP

Cidade do Vaticano (RV) –

Após celebrar a Missa pelas famílias na Basílica Vaticana, o Papa rezou o Angelus com os milhares de fiéis reunidos na Praça S. Pedro.



Antes da oração mariana, o Pontífice dedicou sua alocução à festa da Sagrada Família, que a Igreja celebra no dia 27 de dezembro.
“Penso no grande encontro de Filadélfia, em setembro passado; nas inúmeras famílias que encontrei nas viagens apostólicas; e naquelas de todo o mundo. Gostaria de saudá-las com afeto e reconhecimento, especialmente neste nosso tempo, no qual a família é sujeita a incompreensões e dificuldades de vários gêneros que a enfraquecem.

A cada criança, um novo sorriso
Já o Evangelho deste domingo convida as famílias a acolherem a luz de esperança que provém da casa de Nazaré. “O núcleo familiar de Jesus, Maria e José é para cada fiel, e particularmente para as famílias, uma autêntica escola do Evangelho. Aqui admiramos a realização do desenho divino de fazer da família uma comunidade de vida e de amor especial. Aqui aprendemos que cada núcleo familiar cristão é chamado a ser ‘igreja doméstica’”.
A seguir, Francisco recordou os traços típicos da Sagrada Família: recolhimento e oração, compreensão e respeito mútuos, espírito de sacrifício, trabalho e solidariedade.
“Do exemplo da Sagrada Família, cada família pode receber indicações preciosas para o estilo e as escolhas de vida. Maria e José ensinam a acolher os filhos como dom de Deus", acresentou o Pontífice, recordando que cada criança doa ao mundo um novo sorriso.

Abrir as portas
Em sua reflexão, o Papa se deteve de modo especial na alegria, cuja a base está na presença de Deus. “Se não se abre a porta da família à presença de Deus e ao seu amor, a família perde a harmonia, prevalecem os individualismos e a alegria se apaga. Ao invés, a família que vive a alegria da fé é sal da terra e luz do mundo, fermento para toda a sociedade.”
Francisco então concluiu:
Que Jesus, Maria e José abençoem e protejam todas as famílias do mundo, para que nelas reinem a serenidade e a alegria, a justiça e a paz que o nascimento de Cristo doou à humanidade.”

Fonte: R Vaticana

A SAGRADA FAMÍLIA

Papa: Em família, aprendemos a peregrinação da vida


Papa Francisco na celebração do Jubileu da Família - REUTERS

Cidade do Vaticano (RV) –

Na festa da Sagrada Família e Jubileu da Família, o Papa Francisco presidiu à celebração eucarística na Basílica de S. Pedro.



Em sua homilia, o Pontífice comentou as leituras do dia para ressaltar a importância do elo familiar na “peregrinação da vida”. Seja na primeira, seja na segunda leitura, os pais peregrinam rumo ao templo junto a seus filhos.

Educar à oração
“Podemos dizer que a vida familiar é um conjunto de pequenas e grandes peregrinações”, disse o Papa. Ensinar as orações, explicou, também é uma peregrinação: a peregrinaçao de educar à oração.
Para Francisco, não há nada de mais belo para um pai e uma mãe do que abençoar os seus filhos no início do dia e na sua conclusão, fazendo na sua testa o sinal da cruz. “Não será esta, porventura, a oração mais simples que os pais fazem pelos seus filhos?” Ou ainda, rezando juntos antes das refeições, para aprender a partilhar com quem se encontra em dificuldade: “Trata-se sempre de pequenos gestos, mas que expressam o grande papel formativo que a família possui”.
Como é importante para as nossas famílias peregrinar juntos, caminhar juntos e ter a mesma meta em vista! Sabemos que temos um percurso comum a realizar; uma estrada, onde encontramos dificuldades, mas também momentos de alegria e consolação.”
A peregrinação não termina quando se alcança a meta do santuário, disse o Papa, mas quando se volta para casa e se retoma a vida de todos os dias, fazendo valer os frutos espirituais da experiência vivida.

Alegria do perdão
No Ano da Misericórdia, exortou Francisco, possa cada família cristã tornar-se um lugar privilegiado onde se experimenta a alegria do perdão. O perdão é a essência do amor, que sabe compreender o erro e remediá-lo. “Pobre de nós, se o Senhor não nos perdoasse.” É no seio da família, acrescentou, que as pessoas são educadas para o perdão, porque se tem a certeza de ser compreendidas e amparadas, não obstante os erros que se possam cometer.
“Não percamos a confiança na família! É bom abrir sempre o coração uns aos outros, sem nada esconder. Onde há amor, também há compreensão e perdão. A todas vocês, queridas famílias, confio esta peregrinação doméstica, de todos os dias, esta missão tão importante de que hoje o mundo e a Igreja têm mais necessidade do que nunca.”
Fonte: R Vaticana

SAGRADA FAMÍLIA

Domingo da Sagrada Família – texto da homilia do Papa


Papa Francisco na Missa do Domingo da Sagrada Família - RV
 
Festa da Sagrada Família – na Basílica de S. Pedro no Vaticano o Papa Francisco presidiu à Eucaristia deste domingo  celebrando o Jubileu das Famílias no Ano Santo da Misericórdia. Publicamos aqui o texto integral da homilia do Santo Padre:

Santa Missa
na Festa da Sagrada Família
(Basílica de S. Pedro, 27 de Dezembro de 2015)

As leituras bíblicas, que acabámos de ouvir, apresentam-nos a imagem de duas famílias que realizam a sua peregrinação à casa de Deus. Elcana e Ana levam o filho Samuel ao templo de Silo e consagram-no ao Senhor (cf. 1 Sm 1, 20-22.24-28). E da mesma forma José e Maria, juntamente com Jesus, vão como peregrinos a Jerusalém pela festa da Páscoa (cf. Lc 2, 41-52).
Muitas vezes os nossos olhos deparam com os peregrinos que vão a santuários e lugares queridos da devoção popular. Mesmo nestes dias, há muitos que se puseram a caminho para penetrar na Porta Santa aberta em todas as catedrais do mundo e também em muitos santuários. Mas o facto mais interessante posto em evidência pela Palavra de Deus é a peregrinação ser feita pela família inteira: pai, mãe e filhos vão, todos juntos, à casa do Senhor a fim de santificar a festa pela oração. É uma lição importante oferecida também às nossas famílias.
Como nos faz bem pensar que Maria e José ensinaram Jesus a rezar as orações! E saber que, durante o dia, rezavam juntos; depois, ao sábado, iam juntos à sinagoga ouvir as Sagradas Escrituras da Lei e dos Profetas e louvar o Senhor com todo o povo! E que certamente rezaram, durante a peregrinação para Jerusalém, cantando estas palavras do Salmo: «Que alegria, quando me disseram: “Vamos para a casa do Senhor!” Os nossos passos detêm-se às tuas portas, ó Jerusalém» (122/121, 1-2)!
Como é importante, para as nossas famílias, caminhar juntos e ter a mesma meta em vista! Sabemos que temos um percurso comum a realizar; uma estrada, onde encontramos dificuldades, mas também momentos de alegria e consolação. Nesta peregrinação da vida, partilhamos também os momentos da oração. Que poderá haver de mais belo, para um pai e uma mãe, do que abençoar os seus filhos ao início do dia e na sua conclusão? Fazer na sua fronte o sinal da cruz, como no dia do Baptismo? Não será esta, porventura, a oração mais simples que os pais fazem pelos seus filhos? Abençoá-los, isto é, confiá-los ao Senhor, para que seja Ele a sua protecção e amparo nos vários momentos do dia? Como é importante, para a família, encontrar-se também para um breve momento de oração antes de tomar as refeições juntos, a fim de agradecer ao Senhor por estes dons e aprender a partilhar o que se recebeu com quem está mais necessitado. Trata-se sempre de pequenos gestos, mas expressam o grande papel formativo que a família possui.
No final daquela peregrinação, Jesus voltou para Nazaré e era submisso a seus pais (cf. Lc 2, 51). Também esta imagem contém um ensinamento estupendo para as nossas famílias; é que a peregrinação não termina quando se alcança a meta do santuário, mas quando se volta para casa e se retoma a vida de todos os dias, fazendo valer os frutos espirituais da experiência vivida. Sabemos o que Jesus então fizera: em vez de voltar para casa com os seus, ficou em Jerusalém no Templo, causando uma grande aflição a Maria e a José que não O encontravam. Provavelmente, por esta sua «escapadela», também Jesus teve que pedir desculpa a seus pais (o Evangelho não diz, mas acho que podemos supô-lo). Aliás, na pergunta de Maria, subjaz de certo modo uma repreensão, ressaltando a preocupação e angústia dela e de José. No regresso a casa, com certeza Jesus uniu-se estreitamente a eles, para lhes demonstrar toda a sua afeição e obediência.
No Ano da Misericórdia, possa cada família cristã tornar-se um lugar privilegiado onde se experimenta a alegria do perdão. O perdão é a essência do amor, que sabe compreender o erro e pôr-lhe remédio. É no seio da família que as pessoas são educadas para o perdão, porque se tem a certeza de ser compreendidas e amparadas, não obstante os erros que se possam cometer.
Não percamos a confiança na família! É bom abrir sempre o coração uns aos outros, sem nada esconder. Onde há amor, também há compreensão e perdão. A vós todas, queridas famílias, confio esta missão tão importante de que, hoje, o mundo e a Igreja têm mais necessidade do que nunca.

Fonte: R Vaticana

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Maputo: Anistia Presidencial para mil prisioneiros no Natal



Prisioneiro

Mocambique: Chefe do Estado ordena soltura de mil prisioneiros por ocasião do Natal
São postos em liberdade esta quinta-feira 24, em Maputo, os primeiros cidadãos nacionais e estrangeiros,  que beneficiaram da anistia concedida pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, aquando da apresentação do seu Informe Sobre o Estado Geral da Nação, ato que decorreu na Assembleia da República no dia 17 de Dezembro em curso.
Trata-se de 158 ( de um universo de mil) presos que se encontram a cumprir suas penas no Estabelecimento Penitenciário da Província de Maputo, vulgo Cadeia Central da Machava.
Estes beneficiários do induto presidencial foram soltos esta quinta-feira numa cerimónia presidida pelo ministro da Justiça e Assuntos Constitucionais, Abdul Remane Lino de Almeida que se fez acompanhar pelos representantes do comando-geral da Polícia da República de Moçambique. Igualmente o ato foi testemunhado por magistrados séniores do Tribunal Supremo e da Procuradoria-Geral da República.
Nyusi Perdoa por ocasião do Dia da Família
Importa realçar que no dia 17 de Dezembro corrente, o Presidente da República decidiu indultar penas de prisão de mil cidadãos nacionais e estrangeiros condenados à prisão efectiva, que padecem de doenças graves  e terminais e não só.
Foram igualmente abrangidos pelo perdão presidencial idosos e jovens que cumpriram metade ou quase metade da pena que lhes foi imposta e que se mostram reabilitados e prontos para regressar ao convívio social.
A medida, levada a cabo pela primeira vez pelo Presidente da República, enquadra-se na tolerância, espírito de perdão e como forma de celebrar o valor da vida e tem como suporte a Constituição da República que confere ao Chefe do Estado o poder extraordinário de extinguir parcial ou totalmente, as penas aplicadas judicialmente , exercendo deste modo e administrativamente o poder do Mais Alto Magistrado da Nação.
“Para que o dia da família seja um verdadeiro momento de reunificação familiar, esta medida produzirá os seus efeitos a partir de 24 de Dezembro do ano em curso”, enfatizou o Chefe do Estado no dia 17 de Dezembro aquando da apresentação do Informe Sobre o Estado Geral da Nação.
Hermínio José, Maputo.
Fonte: R Varicana

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

PAPA FRANCISCO

Augúrio Natalício do Papa aos membros da Curia Romana


  
 
Hoje ás 10,30, horas de Roma, o Santo Padre recebeu em audiência na Sala Clementina do Vaticano, os colaboradores e membros da Cúria Romana para trocar os augúrios natalícios; ocasião também para uma breve meditação sobre o testemunho, no trabalho da Cúria Romana, do mistério da encarnação do Senhor na história. Eis na íntegra, o discurso do Santo Padre:
Queridos irmãos e irmãs!

Com alegria, vos dirijo os meus votos mais cordiais de um santo Natal e feliz Ano Novo, que estendo a todos os colaboradores, aos Representantes Pontifícios e de modo particular àqueles que, tendo chegado à idade da reforma durante este ano, terminaram o seu serviço. Recordamos também as pessoas que foram chamadas à presença de Deus. Para vós todos e vossos familiares, a minha estima e gratidão.

No meu primeiro encontro convosco, em 2013, quis salientar dois aspectos importantes e inseparáveis do trabalho curial: o profissionalismo e o serviço, apontando a figura de São José como modelo a imitar. Ao passo que no ano passado, a fim de nos prepararmos para o sacramento da Reconciliação, abordámos algumas tentações e «doenças» – o «catálogo das doenças curiais» – que poderiam afetar cada cristão, cúria, comunidade, congregação, paróquia e movimento eclesial; doenças, que requerem prevenção, vigilância, cuidado e, em alguns casos infelizmente, intervenções dolorosas e prolongadas.

Algumas dessas doenças manifestaram-se no decurso deste ano, causando não pouco sofrimento a todo o corpo e ferindo muitas almas.
Forçoso é dizer que isto foi – e sê-lo-á sempre – objeto de sincera reflexão e de medidas decisivas. A reforma prosseguirá com determinação, lucidez e ardor, porque Ecclesia semper reformanda.
Entretanto nem as doenças nem mesmo os escândalos poderão esconder a eficiência dos serviços que a Cúria Romana presta ao Papa e à Igreja inteira, com desvelo, responsabilidade, empenho e dedicação, sendo isso motivo de verdadeira consolação. Santo Inácio ensinava que «é próprio do espírito mau vexar, contristar, colocar dificuldades e turbar com falsas razões, para impedir de avançar; ao contrário, é próprio do espírito bom dar coragem e energias, consolações e lágrimas, inspiração e serenidade, diminuindo e removendo qualquer dificuldade, para avançar no caminho do bem».[1]

Seria grande injustiça não expressar sentida gratidão e o devido encorajamento a todas as pessoas sãs e honestas que trabalham com dedicação, lealdade, fidelidade e profissionalismo, oferecendo à Igreja e ao Sucessor de Pedro o conforto da sua solidariedade e obediência bem como das suas generosas orações.

Além disso, as próprias resistências, fadigas e quedas das pessoas e dos ministros constituem lições e oportunidades de crescimento, e nunca de desânimo. São oportunidade para «voltar ao essencial», que significa avaliar a consciência que temos de nós mesmos, de Deus, do próximo, do sensus Ecclesiae e do sensus fidei.

É deste «voltar ao essencial» que vos quero falar hoje, nos inícios da peregrinação do Ano Santo da Misericórdia, aberto pela Igreja há poucos dias e que constitui para ela e para todos nós um forte apelo à gratidão, à conversão, à renovação, à penitência e à reconciliação.
Na realidade, segundo diz Santo Agostinho de Hipona, o Natal é a festa da Misericórdia infinita de Deus: «Podia haver, para infelizes como nós, maior misericórdia do que aquela que induziu o Criador do céu a descer do céu e o Criador da terra a revestir-se dum corpo mortal? Aquela mesma misericórdia induziu de tal modo o Senhor do mundo a revestir-Se da natureza de servo, que embora sendo pão tivesse fome, embora sendo a saciação tivesse sede, embora sendo a força Se tornasse fraco, embora sendo a salvação fosse ferido, embora sendo vida pudesse morrer. E tudo isto para saciar a nossa fome, aliviar a nossa secura, reforçar a nossa fraqueza, apagar a nossa iniquidade, acender a nossa caridade».[2]

Por isso, no contexto deste Ano da Misericórdia e da preparação para o santo Natal, já à porta, quero apresentar-vos um instrumento prático para se poder viver frutuosamente este tempo de graça. Trata-se de um não-exaustivo «catálogo das virtudes necessárias», para quem presta serviço na Cúria e para todos aqueles que querem tornar fecunda a sua consagração ou o seu serviço à Igreja.
Convido os Responsáveis dos Dicastérios e os Superiores a aprofundá-lo, enriquecê-lo e completá-lo. É um elenco em acróstico que toma por base de análise precisamente a palavra «misericórdia», fazendo dela o nosso guia e o nosso farol:

1.     Missionariedade e pastoreação. A missionariedade é aquilo que torna, e mostra, a Cúria fértil e fecunda; é a prova da eficácia, eficiência e autenticidade do nosso trabalho. A fé é um dom, mas a medida da nossa fé prova-se também pelo modo como somos capazes de a comunicar.[3] Cada baptizado é missionário da Boa Nova primariamente com a sua vida, o seu trabalho e o seu testemunho jubiloso e convincente. Uma pastoreação sã é virtude indispensável especialmente para cada sacerdote. É o compromisso diário de seguir o Bom Pastor que cuida das suas ovelhas e dá a sua vida para salvar a vida dos outros. É a medida da nossa atividade curial e sacerdotal. Sem estas duas asas nunca poderemos voar, nem alcançar a bem-aventurança do «servo fiel» (cf. Mt 25, 14-30).

2.     Idoneidade e sagácia. A idoneidade requer o esforço pessoal por adquirir os requisitos necessários para se exercer da melhor maneira as próprias tarefas e atividades, com inteligência e intuição. É contra recomendações e subornos. A sagácia é a prontidão de mente para compreender e enfrentar as situações com sabedoria e criatividade. Idoneidade e sagácia constituem também a resposta humana à graça divina, quando cada um de nós segue esta famosa sentença: «Fazer tudo como se Deus não existisse e, depois, deixar tudo a Deus como se eu não existisse». É o comportamento do discípulo que, diariamente, se dirige ao Senhor com estas palavras duma belíssima Oração Universal atribuída ao Papa Clemente XI: «Guiai-me com a vossa sabedoria, governai-me com a vossa justiça, encorajai-me com a vossa bondade, protegei-me com o vosso poder. Ofereço-Vos, ó Senhor, os pensamentos, para que estejam fixos em Vós; as palavras, para que sejam vossas; as acções, para que sejam segundo o vosso querer; as tribulações, para que as sofra por Vós».[4]

3.     Espiritualidade e humanidade. A espiritualidade é a coluna sustentáculo de qualquer serviço na Igreja e na vida cristã. É aquilo que nutre toda a nossa atividade, sustenta-a e protege-a da fragilidade humana e das tentações diárias. A humanidade é o que encarna a veridicidade da nossa fé. Quem renúncia à sua humanidade, renuncia a tudo. É a humanidade que nos torna diferentes das máquinas e dos robôs que não sentem nem se comovem. Quando temos dificuldade em chorar a sério ou rir com paixão, então começou o nosso declínio e o nosso processo de transformação de «homens» noutra coisa qualquer. A humanidade é saber mostrar ternura, familiaridade e gentileza com todos (cf. Flp 4, 5). A espiritualidade e a humanidade, embora qualidades inatas, não deixam de ser potencialidades que carecem de realização integral, progressivo desenvolvimento e prática diária.

4.     Exemplaridade e fidelidade. O Beato Paulo VI recordou à Cúria «a sua vocação à exemplaridade».[5] Exemplaridade para evitar os escândalos que ferem as almas e ameaçam a credibilidade do nosso testemunho. Fidelidade à nossa consagração, à nossa vocação, lembrando-nos sempre das palavras de Cristo: «quem é fiel no pouco, também é fiel no muito; e quem é infiel no pouco, também é infiel no muito» (Lc 16, 10) e «se alguém escandalizar um destes pequeninos que crêem em Mim, seria preferível que lhe suspendessem do pescoço a mó de um moinho e o lançassem nas profundezas do mar. Ai do mundo, por causa dos escândalos! São inevitáveis, decerto, os escândalos; mas ai do homem por quem vem o escândalo» (Mt 18, 6-7).

5.     Racionalidade e amabilidade. A racionalidade serve para evitar os excessos emocionais e a amabilidade para evitar os excessos da burocracia e das programações e planificações. São dotes necessários para o equilíbrio da personalidade: «O inimigo observa bem se uma alma é rude ou delicada; se é delicada, procura torná-la delicada até ao excesso, para depois mais a angustiar e confundir».[6] Todo o excesso é indício de qualquer desequilíbrio.

6.     Inocuidade e determinação. A inocuidade, que nos torna cautelosos no juízo, capazes de nos abstermos de ações impulsivas e precipitadas. É a capacidade de fazer emergir o melhor de nós mesmos, dos outros e das situações, agindo com cuidado e compreensão. É fazer aos outros aquilo que querias que fosse feito a ti (cf. Mt 7, 12; Lc 6, 31). A determinação é o agir com vontade decidida, visão clara e obediência a Deus e somente pela lei suprema da salus animarum (cf. CIC, cân. 1725).

7.     Caridade e verdade. Duas virtudes indissolúveis da vida cristã: «testemunhar a verdade na caridade e viver a caridade na verdade» (cf. Ef 4, 15).[7] De contrário, a caridade sem verdade torna-se ideologia da bonacheirice destrutiva e a verdade sem caridade torna-se justicialismo cego.

8.     Honestidade e maturidade. A honestidade é a retidão, a coerência e o agir com absoluta sinceridade connosco mesmos e com Deus. Quem é honesto não age retamente apenas sob o olhar do supervisor ou do superior; o honesto não teme ser apanhado de surpresa, porque nunca engana a quem se fia dele. O honesto nunca domina sobre as pessoas ou sobre as coisas que lhe foram confiadas em administração, como o «servo mau» (Mt 24, 48). A honestidade é a base sobre a qual assentam todas as outras qualidades. Maturidade é o esforço para alcançar a harmonia entre as nossas capacidades físicas, psíquicas e espirituais. É a meta e o bom êxito dum processo de desenvolvimento que não termina jamais nem depende da idade que temos.

9.     Respeito e humildade. O respeito é dote das almas nobres e delicadas; das pessoas que procuram sempre ter em justa consideração os outros, a sua função, os superiores e os subordinados, os problemas, os documentos, o segredo e a confidencialidade; das pessoas que sabem ouvir atentamente e falar educadamente. A humildade, por sua vez, é a virtude dos santos e das pessoas cheias de Deus, que quanto mais sobem de importância tanto mais cresce nelas a consciência de nada serem e de nada poderem fazer sem a graça de Deus (cf. Jo 15, 8).

10.   Dadivoso e atento. Quanto maior confiança tivermos em Deus e na sua providência, tanto mais seremos dadivosos de alma e mais seremos mãos abertas para dar, sabendo que quanto mais se dá, mais se recebe. Na realidade, é inútil abrir todas as Portas Santas de todas as basílicas do mundo, se a porta do nosso coração está fechada ao amor, se as nossas mãos estão fechadas para dar, se as nossas casas estão fechadas para hospedar e se as nossas igrejas estão fechadas para acolher. A atenção é o cuidado dos detalhes e a oferta do melhor de nós mesmos sem nunca cessar de vigiar sobre os nossos vícios e faltas. São Vicente de Paulo rezava assim: «Senhor, ajudai-me a dar-me conta, imediatamente, daqueles que estão ao meu lado, daqueles que vivem preocupados e desorientados, daqueles que sofrem sem o manifestar, daqueles que se sentem isolados, sem o querer».

11.   Impavidez e prontidão. Ser impávido significa não se deixar amedrontar perante as dificuldades, como Daniel na cova dos leões, como David diante de Golias; significa agir com audácia e determinação e sem indolência «como bom soldado» (2 Tm 2, 3-4); significa saber dar o primeiro passo sem demora, como Abraão e como Maria. Por sua vez, a prontidão é saber actuar com liberdade e agilidade, sem apegar-se às coisas materiais que passam. Diz o salmo: «Se as vossas riquezas crescerem, não lhes entregueis o coração» (Sal 62/61, 11). Estar pronto significa estar sempre a caminho, sem jamais se sobrecarregar acumulando coisas inúteis e fechando-se nos próprios projectos, nem se deixar dominar pela ambição.

12.   FiAbilidade e sobriedade. Fiável é aquele que sabe manter os compromissos com seriedade e atendibilidade quando está a ser observado mas sobretudo quando está sozinho; é aquele que ao seu redor irradia uma sensação de tranquilidade, porque nunca atraiçoa a confiança que lhe foi concedida. A sobriedade – última virtude deste elenco mas não na importância – é a capacidade de renunciar ao supérfluo e resistir â lógica consumista dominante. A sobriedade é prudência, simplicidade, essencialidade, equilíbrio e temperança. A sobriedade é contemplar o mundo com os olhos de Deus e com o olhar dos pobres e do lado dos pobres. A sobriedade é um estilo de vida,[8] que indica o primado do outro como princípio hierárquico e manifesta a existência como solicitude e serviço aos outros. Quem é sóbrio é uma pessoa coerente e essencial em tudo, porque sabe reduzir, recuperar, reciclar, reparar e viver com o sentido de medida.

Queridos irmãos!
A misericórdia não é um sentimento passageiro, mas é a síntese da Boa Nova, é a opção de quem quer ter os sentimentos do «Coração de Jesus»,[9] de quem seriamente quer seguir o Senhor que nos pede: «Sede misericordiosos como o vosso Pai» (Lc 6, 36; cf. Mt 5, 48). Afirma o padre Hermes Ronchi: «Misericórdia é escândalo para a justiça, loucura para a inteligência, consolação para nós, devedores. A dívida de existir, a dívida de ser amados, só se paga com a misericórdia».
Concluindo, seja a misericórdia a guiar os nossos passos, a inspirar as nossas reformas, a iluminar as nossas decisões; seja ela a coluna sustentáculo do nosso agir; seja ela a ensinar-nos quando devemos avançar e quando devemos recuar um passo; seja ela a fazer-nos ler a pequenez das nossas ações no grande projeto de salvação de Deus e na majestade misteriosa da sua obra.

Para nos ajudar a compreender isto, deixemo-nos encantar por esta estupenda oração, vulgarmente atribuída ao Beato Óscar Arnulfo Romero mas pronunciada pela primeira vez pelo Cardeal John Dearden:

«De vez em quando ajuda-nos recuar um passo e ver de longe.
O Reino não está apenas para além dos nossos esforços,
está também para além das nossas visões.
Na nossa vida, conseguimos cumprir apenas uma pequena parte
daquele maravilhoso empreendimento que é a obra de Deus.
Nada daquilo que fazemos está completo.
Isto quer dizer que o Reino está mais além de nós mesmos.
Nenhuma afirmação diz tudo o que se pode dizer.
Nenhuma oração exprime completamente a fé.
Nenhum credo contém a perfeição.
Nenhuma visita pastoral traz consigo todas as soluções.
Nenhum programa cumpre plenamente a missão da Igreja.
Nenhuma meta ou objetivo atinge a dimensão completa.
Disto se trata:
plantamos sementes que um dia nascerão.
Regamos sementes já plantadas,
sabendo que outros as guardarão.
Pomos as bases de algo que se desenvolverá.
Pomos o fermento que multiplicará as nossas capacidades.
Não podemos fazer tudo,
mas dá uma sensação de libertação iniciá-lo.
Dá-nos a força de fazer qualquer coisa e fazê-la bem.
Pode ficar incompleto, mas é um início, o passo dum caminho.
Uma oportunidade para que a graça de Deus entre
e faça o resto.
Pode acontecer que nunca vejamos a sua perfeição,
mas esta é a diferença entre o mestre de obras e o trabalhador.
Somos trabalhadores, não mestres de obras,
servidores, não messias.
Somos profetas de um futuro que não nos pertence».

[1] Exercícios Espirituais, 315.
[2] Cf. Serm. 207, 1: NBA, XXXII/1, 148s.
[3] «A missionariedade não é questão apenas de territórios geográficos, mas de povos, culturas e indivíduos, precisamente porque os “confins” da fé não atravessam apenas lugares e tradições humanas, mas o coração de cada homem e mulher. O Concílio Vaticano II pôs em evidência de modo especial como seja próprio de cada baptizado e de todas as comunidades cristãs o dever missionário, o dever de alargar os confins da fé» (Mensagem para o Dia Mundial das Missões de 2013, 2).
[4] Missale Romanum, 2002.
[5] Discurso à Cúria Romana, 21 de Setembro de 1963: AAS 55 (1963), 793-800.
[6] Santo Inácio de Loyola, Exercícios Espirituais, 349.
[7] «A caridade na verdade, que Jesus Cristo testemunhou com a sua vida terrena e sobretudo com a sua morte e ressurreição, é a força propulsora principal para o verdadeiro desenvolvimento de cada pessoa e da humanidade inteira. (…) É uma força que tem a sua origem em Deus, Amor eterno e Verdade absoluta» (Bento XVI, Carta enc. Caritas in veritate, 29 de Junho de 2009, 1: AAS 101 (2009), 641), por isso é preciso «conjugar a caridade com a verdade, não só na direcção assinalada por S. Paulo da “veritas in caritate” (Ef 4, 15), mas também na direcção inversa e complementar da “caritas in veritate”. A verdade há-de ser procurada, encontrada e expressa na “economia” da caridade, mas esta por sua vez há-de ser compreendida, avaliada e praticada sob a luz da verdade» (Ibid., 2).
[8] Um estilo de vida caracterizado pela sobriedade restitui ao homem aquele «comportamento desinteressado, gratuito, estético que brota do assombro diante do ser e da beleza, que leva a ler, nas coisas visíveis, a mensagem do Deus invisível que as criou» (João Paulo II, Carta enc. Centesimus annus, 37; cf. AA.VV., Nuovi stili di vita nel tempo della globalizzazione, Fond. «Apostolicam Actuositatem», Roma 2002).
[9] São João Paulo II disse no «Angelus» de 9 de Julho de 1989: «A expressão “Coração de Jesus” traz de imediato à mente a humanidade de Cristo, e ressalta-lhe a riqueza dos sentimentos, a compaixão para com os enfermos; a predilecção pelos pobres; a misericórdia para com os pecadores; a ternura para com as crianças; a fortaleza na denúncia da hipocrisia, do orgulho e da violência; a mansidão diante dos opositores; o zelo pela glória do Pai e o júbilo pelos seus misteriosos e providentes desígnios de graça (…) recorda depois la tristeza de Cristo pela traição de Judas, o abatimento por causa da solidão, a angústia diante da morte, o abandono filial e obediente nas mãos do Pai. E fala sobretudo do amor que sem cessar brota do seu íntimo: amor infinito para com o Pai e amor sem limites pelo homem».
Fonte: R. Vaticana

Papa - ver a surpresa do Natal no outro, na história, na Igreja


Crianças com os "Bambinelli" benzidos pelo Papa no Angelus - AFP



Na habitual reflexão dominical, antes da oração mariana do Angelus, da Janela do Palácio Apostólico, sobre a Praça de São Pedro, embelezada pelo Presépio e pela Árvore de Natal, o Papa Francisco deteve-se sobre o texto evangélico deste quarto domingo do Advento, que põe em evidência a figura de Maria.
Depois do anúncio do Anjo Gabriel de que seria a mãe de Jesus, Maria foi visitar sua prima Isabel que, não obstante a idade avançada, estava grávida. Um mistério, mas Maria levava em si um mistério ainda maior. E ao saudar Isabel, esta sentiu-se envolvida por uma grande surpresa que ressoou nas suas palavras: “A que se deve que a mãe do meu Senhor me venha visitar?”
Improvisando o Papa disse:
“E se abraçam, beijam-se, alegres, estas duas mulheres: a anciã e a jovem, ambas grávidas”.
E recomendou que a não nos esquecermos desta palavra “Surpesa”, indicando três “lugares” de surpresa em que nos devemos deter para celebrar de forma profícua o Natal:

Em primeiro lugar o “outro”, no qual reconhecer o irmão, porque desde que aconteceu o Natal de Jesus, cada rosto assemelha-se ao Filho de Deus. Sobretudo quando é o rosto do pobre, porque Deus entrou no mundo como pobre e para os pobres, mas antes de mais deixou-se aproximar” .

O segundo lugar indicado pelo Papa onde parar neste Natal é a História, para a qual, muitas vezes – disse - pensamos estar a olhar de modo correcto, mas que, na realidade,  corremos o risco de ver às avessas. E isto acontece, por exemplo, quando nos parece determinada pela economia de mercado, regulada pelas finanças e pelos negócios, dominada pelos pontentes de turno. Mas “o Deus do Natal “baralha as cartas”: Ele gosta de fazer isto, eh! Como canta Maria no Magnificat, é o Senhor que depõe os potentes do trono e eleva os humildes, enche de bens os esfomeados e manda embora os ricos de mãos vazias” .

O terceiro lugar de surpresa em que devemos parar neste Natal, é a Igreja. Olhar para a Igreja com supresa significa  - disse o Papa  - “não limitar-se a considerá-la apenas como uma instituição religiosa, mas senti-la como Mãe que, embora com manchas e rugas – temos tantas! - deixa transparecer os traços da Esposa amada e purificada por Cristo Senhor. Uma Igreja capaz de reconhecer os vários sinais de amor e de fé que continuamente Deus lhe envia. Uma Igreja para a qual o Senhor Jesus não será nunca uma posse a defender com ciúmes. Aqueles que  fazem isto, erram; mas (…) uma Igreja que sabe esperar com confiança e alegria, dando voz à esperança do mundo. A Igreja que chama o Senhor: “Vem Senhor Jesus!”. A Igreja mãe que sempre tem as portas abertas de par e os braços abertos para acolher a todos. Aliás, uma Igreja mãe que sai das próprias portas para procurar com sorriso de mãe todos os longínquos e levá-los à misericordia de Deus. É este o estupor do Natal!”.
Sublinhando, a concluir, que no Natal, Deus nos dá tudo de si, dando-nos o seu Filho, o Único, o Papa disse que só com Maria, Mãe do Filho do Altíssimo é possivel exultar e alegrar-se pelo grande dom de Deus, e pediu a Nossa Senhora que nos ajude a ter a percepção destes três lugares de surpresa: o outro, a história e a Igreja.

A seguir à sua reflexão teológica por ocasião da oração mariana do Angelus, o Papa elevou o seu pensamento “à amada Síria, exprimindo vivo apreço pelo acordo atingido pela Comunidade internacional. E encorajou todos “a continuarem com generosa abertura pelo caminho da cessação das violências e de uma solução negociada que leve à paz”.

O Papa recordou-se também da Líbia, onde – disse – “os recentes empenhos assumidos entre as Partes para a criação de um Governo de unidade nacional convidam à esperança no futuro.
Francisco disse também apoiar o empenho de colaboração a que são chamadas a Costa Rica e a Nicarágua. E exprimiu o desejo de que “um renovado espirito de fraternidade reforce ulteriormente o diálogo e a cooperação recíproca, assim como também entre todos os países da Região.”
O Papa elevou o seu pensamento também “às caras populações da Índia, atingidas recentemente por uma grave inundação”.

E pediu orações para esses irmãos e irmãs que sofrem devido a essa calamidade, confiando as almas dos defuntos à misericórdia de Deus. E rezou uma avé-Maria para eles.

Depois, o Papa saudou os peregrinos de vários países que participaram neste encontro de oração dominical com ele, na Praça de São Pedro, e de modo particular as crianças dos oratórios das paróquias de Roma, que como todos os anos, trouxeram os meninos Jesus para serem benzidos antes de os colocar nos presépios.

“Queridas Crianças, escutai bem! Quando rezardes perante o vosso presépio, recordai-vos de mim, assim como eu me recordo de vós. Agradeço-vos, e  Bom Natal!”

O papa saudou também as famílias da comunidade “Filhos no Céu”  e aquelas ligadas, na esperança e na dor, ao Hospital “Menino Jesus” (Hospital Pediatrico de Roma), assegurando-lhes a sua oração:
“Caros pais, asseguro-vos a minha aproximação espiritual e encorajo-vos a continuar o vosso caminho de fé e de fraternidade”

Por fim o Papa saudou outros fiéis da Itália e o grupo de oração “I ragazzi del Papa”, agradecendo-lhes pelo seu apoio.

E a todos os Papa desejou Bom domingo e um Natal de esperança e de estupor, aquele estupor que nos dá Jesus, cheio de amor e de paz…

Fonte: R Vaticana

domingo, 20 de dezembro de 2015

Árvore e presépio iluminados embelezam Praça S. Pedro


                    
Presépio e árvore de Natal iluminados na Praça São Pedro - REUTERS                           

Cidade do Vaticano (RV) – Foi acesa na tarde de sexta-feira (18/12), às 17h55, horário de Roma, a árvore de Natal da Praça São Pedro, que este ano provém da região alemã da Baviera. Reduzido de 32 para 25 metros, para poder ser transportado, o pinheiro vermelho, com duas pontas, foi decorado com semiesferas coloridas realizadas por crianças doentes de câncer em vários hospitais italianos.



Antes de ser acesa, o Cardeal Giuseppe Bertello, que preside o governo do Estado do Vaticano, recordou que a iniciativa da árvore e do presépio na Praça São Pedro nasceu 33 anos atrás de uma ideia de São João Paulo II.

Presépio irá para Belém

Ainda sobre o presépio, construído pela Associação ‘Amigos do Presépio de Tesero’, Dom Bertello anunciou que “o Papa dispôs que depois do Natal, a obra seja doada à Igreja da Natividade de Belém”. O Cardeal mencionou a cena da Misericórdia retratada no presépio, em que um homem ajuda um idoso, e lembrou que o Papa Francisco vê neste gesto o espírito de Natal.
Uma das autoridades presentes na cerimônia, a ministra alemã Beate Merk, definiu a árvore “uma obra magistral e um símbolo de paz, dom da Diocese de Regesburg, que representa a relação entre o povo da Baviera, o Papa Francisco e seu predecessor, Joseph Ratzinger, além de ser uma festa romana e ‘bavaresa’.

Fonte: R. Vaticana

sábado, 19 de dezembro de 2015

Papa: misericórdia para combater a terceira guerra mundial


Papa recebe no Vaticano membros das Ferrovias do Estado Italiano - OSS_ROM

 
Cidade do Vaticano (RV) – A misericórdia é o primeiro e o mais verdadeiro remédio para o homem: foi o que disse o Papa na manhã de sábado (19/12), recebendo em audiência no Vaticano cerca de sete mil funcionários e familiares das Ferrovias do Estado Italiano.



Em seu discurso, o Pontífice agradeceu a todas as pessoas que trabalharam duramente para realizar a rede ferroviária na Itália. De maneira especial, recordou os operários que morreram ao realizar este trabalho no decorrer dos anos. “Façamos de modo que isso não aconteça mais”, afirmou.

Porta Santa da Caridade
Mas a audiência desta manhã foi a ocasião para o Papa falar da misericórdia, ao citar a abertura um dia antes da Porta Santa da Caridade no albergue que fica nas proximidades da Estação Termini de Roma. Administrada pela Caritas diocesana, a estrutura foi completamente reformada em parceria com as Ferrovias do Estado Italiano.
“Que o Ano Santo nos ensine antes de tudo isto: que a misericórdia é o primeiro e o mais verdadeiro remédio para o homem, do qual todos necessitam urgentemente. Quanto é capaz de curar uma carícia misericordiosa! Esta flui de modo contínuo e superabundante de Deus, mas devemos também nos tornar capazes de doá-la reciprocamente, para que cada um possa viver em plenitude a sua humanidade.”

Terceira Guerra Mundial
Quem atravessar a Porta Santa da Caridade com amor, acrescentou Francisco, encontrará perdão e consolação, e será impulsionado a doar e a doar-se com mais generosidade.
“Deixemo-nos todos renovar pela passagem através desta porta espiritual, de modo que marque interiormente a nossa vida. Deixemo-nos envolver pelo Jubileu da Misercórdia, de modo a renovar o tecido de toda a sociedade, tornando-a mais justa e solidária, sobretudo nesta terceira guerra mundial que eclodiu aos pedaços e que a estamos vivendo”, exortou por fim o Papa.
Fonte R Vaticana

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

MADRE TERESA DECALCUTÁ: SANTA

Madre Teresa: miraculado brasileiro tem vida normal e virá ao Vaticano



Beata Madre Teresa em foto de arquivo

Cidade do Vaticano (RV) –

O Padre Caetano Rizzi, promotor de Justiça no processo diocesano que avaliou o caso do miraculado por intercessão de Madre Teresa, afirmou que o homem, hoje com 40 anos e vivendo no Rio de Janeiro, está bem de saúde, leva uma vida normal, tem dois filhos e até passou em 1º lugar num concurso público.
“O milagre continua”, disse Padre Rizzi à Rádio Vaticano por telefone, antes de embarcar para Sâo Paulo, no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre.



Padre Rizzi: O miraculado estava nesta época do ano, em 2008, passando lua de mel em Gramado (RS), que é a minha cidade natal. Lá em Gramado, ele se sentiu mal e foi levado às pressas a Santos, a sua cidade, onde foi internado praticamente em coma, com morfina porque sentia muitas dores. O médico levou-o imediatamente ao centro cirúrgico porque a tomografia acusava oito abcessos no cérebro. Enquanto ele estava na mesa cirúrgica, o médico constatou a falta de um dreno para retirar o líquido que estava se acumulando. Enquanto o médico buscava o dreno, o paciente voltou a si e perguntou: "o que estou fazendo aqui?".
Porque antes de ser internado, a sua esposa, que é catequista da paróquia e que é muito católica, chamou o pároco para administrar o sacramento da Unção. O Padre Almiran foi até o hospital, administrou o Sacramento e deu a eles uma medalhinha de Madre Teresa e disse: rezem a Madre Teresa que ela vai alcançar a graça para vocês.  Eles imediatamente rezaram e colocaram a medalhinha embaixo do travesseiro do paciente, do miraculado. No dia seguinte, ele foi embora: quem deveria sair de lá morto... Porque o médico disse à esposa: vá para a sua casa, traga os documentos e as roupas porque infelizmente não temos mais o que fazer. E o médico, constatado tudo, no Tribunal, disse: eu não sei explicar.
A ciência não tem uma palavra para explicar o que aconteceu.
De 17 pacientes que eu tratei nesta área, 16 morreram. Somente este sobreviveu. E o médico não é cristão.

RV: Padre Rizzi, como é a vida do miraculado hoje?

Padre Rizzi: Tem vida normal, tem 40 anos de idade e mora no Rio de Janeiro. Ele passou num concurso público federal e tirou o primeiro lugar no Brasil. O milagre continua: o médico disse: vocês se casaram há pouco, mas eliminem a possibilidade de ter filhos porque os medicamentos que ele tomou interfeririam nisso. Mas eles pediram a Madre Teresa e eles tem dois filhos perfeitos. Estou emocionado...

RV: Realmente uma história que emociona, principalmente para quem acompanhou desde o início...

Padre Rizzi: Foi, foi de perto. Domingo, o miraculado esteve na minha paróquia. Olhávamos juntos o quadro de Madre Teresa, e lá tem uma relíquia de Madre Teresa, um cabelo dela, então rezamos junto ao quadro e não sabíamos que nesta semana tudo iria acontecer para a Glória de Deus.

RV: Com um milagre brasileiro Madre Teresa vai ser canonizada...
Exatamente. Santos é privilegiada. A santa Bakita também escolheu Santos para fazer o milagre dela em 1994, e eu também trabalhei no milagre de Bakita.

RV: A santa africana. Agora temos que esperar pela data da canonização. Saberemos quem é o miraculado, que vai participar da celebração...

Padre Rizzi: Ele já preparou os passaportes para ele, para a esposa e para os filhos. Agora estamos só esperando a data para irmos ao Vaticano.

Fonte: R Vaticana

JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE 2016

JMJ 2016: brasileiros inscritos passam de 10 mil


Padre João Chagas em seu escritório em Roma - RV                     
     

Cidade do Vaticano (RV) – A contagem regressiva para a Jornada Mundial da Juventude 2016 fica a cada dia mais curta. Falta pouco mais de 7 meses para o maior evento católico jovem do mundo e, neste contexto, delegados do mundo inteiro reuniram-se em Cracóvia para acertar os último detalhes para o grande evento.
A Rádio Vaticano recebeu em seus estúdios o padre João Chagas, responsável pelo setor Juventude do Pontifício Conselho para os Leigos, em Roma. Ele esteve no encontro na Polônia e falou sobre a preparação dos lugares estratégicos da JMJ, de como essa Jornada será uma “volta às origens” e do número de inscritos, que já passa de 500 mil – dos quais 10 mil são brasileiros. (RB)
Clique para ouvir a reportagem especial


Fonte R Vaticana

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

          MADRE TERESA DE CALCUTÁ
    SERÁ CANONIZADA BREVEMENTE

                   Aprovado o milagre:

    Madre Teresa de Calcutá será santa


Madre Teresa de Calcutá                             
       

No dia do seu aniversário, 17 de dezembro, o Papa Francisco aprovou o milagre atribuído à intercessão de Madre Teresa de Calcutá, beatificada por S. João Paulo II, em 2003. A data da canonização ainda deverá ser confirmada mas é muito possível que seja incluída nas celebrações do Jubileu da Misericórdia.
A Congregação para a Causa dos Santos concluiu, assim, em julho deste ano as investigações no Brasil sobre o milagre para a cura inexplicável de um homem brasileiro em meados de 2008.
Madre Teresa nasceu a 26 de agosto de 1910 em Skopje, território albanês, atualmente capital da Macedónia, e morreu em 1997 em Calcutá, na Índia no dia 5 de setembro. Fundou as Congregações das Missionárias da Caridade e dos Missionários da Caridade. Agnese Gonxha Bojaxhiu é o seu nome de batismo e recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1979 pelo seu trabalho missionário e caritativo. 

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

JUBILEU DA MISERICÓRDIA

Audiência: Jubileu é no mundo inteiro, não só em Roma


Papa recebe bolo de mexicanos por seu aniversário de 79 anos, a ser comemorado amanhã, 17/12 - AP

Cidade do Vaticano (RV) – Perdão e coragem: essas duas palavras marcaram a Audiência Geral do Papa Francisco desta quarta-feira (16/12). Cerca de 15 mil peregrinos se reuniram na Praça S. Pedro para ouvir a catequese do Pontífice, que foi dedicada aos sinais do Jubileu.
 
A salvação é grátis
O primeiro sinal é a Porta Santa, aberta no último domingo em todas as dioceses. “O Jubileu é em todo o mundo, não só em Roma”, frisou o Papa, justamente para que este Ano Santo possa se tornar uma experiência compartilhada por todas as pessoas.
Espalhada em todos os continentes a articulada em tantas Igrejas particulares, “é sempre e somente a única Igreja que Jesus Cristo quis e pela qual ofereceu a Si mesmo”, recordou Francisco, citando o Concílio Vaticano II. A Porta, aliás, indica o próprio Jesus quando disse: “Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem”.
“Atravessar a Porta Santa é o sinal da nossa confiança no Senhor Jesus que não veio para julgar, mas para salvar. É sinal de uma verdadeira conversão do nosso coração”, afirmou Francisco, recordando que a salvação “não se paga, não se compra, é grátis”, advertindo para quem eventualmente quiser cobrar de algum fiel esta experiência. "A Porta é Jesus, e Jesus é gratuito!"
Ao atravessar a Porta, acrescentou, devemos manter escancarada também a porta do nosso coração, para não excluir ninguém.

Perdão
Outro sinal do Jubileu são o perdão e a misericórdia, que não devem permanecer belas palavras, mas realizar-se na vida cotidiana.
“Trata-se de um programa de vida que não deve conhecer interrupções ou exceções, mas nos impulsiona a ir sempre além sem jamais nos cansar, com a certeza de sermos amparados pela presença paterna de Deus”, disse o Papa.

Confissão
A Confissão é também outro sinal importante do Jubileu. Aproximar-se deste Sacramanto equivale a fazer experiência direta da sua misericórdia. Deus, recordou Francisco, nos compreende inclusive nos nossos limites e contradições, e é ainda mais próximo de nós quando reconhecemos os nossos pecados. Quando isso acontece, disse, “há festa no céu”.
Para quem afirma que não consegue perdoar, o Pontífice afirmou que não podemos pedir a Deus que nos perdoe se não somos capazes desse gesto. “Certamente perdoar não é fácil, porque o nosso coração é pobre e contando somente com suas forças não se pode conseguir.” Mas nos abrindo à misericórdia de Deus, seremos também nós capazes de persoar.
“Portanto, coragem! Vivamos o Jubileu iniciando com esses sinais que comportam uma grande força de amor. O Senhor nos acompanhará para nos conduzir a experimentar outros sinais importantes para a nossa vida. Coragem, avante!”, exortou Francisco.
Antes e depois da catequese, os fiéis cumprimetaram antecipadamente o Pontífice, que no dia 17 de dezembro completará 79 anos. Uma jornalista mexicana presenteou Francisco com um bolo em forma de sombrero.

Assista à íntegra da catequese do Papa

Fonte R Vaticana

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Dia Mundial da Paz

Dia Mundial da Paz: "Indiferença, ameaça à humanidade"


Imagem de arquivo do Papa na Praça São Pedro - REUTERS

Cidade do Vaticano (RV) –
A paz é dom de Deus e trabalho dos homens; a paz é um dom de Deus, mas confiado a todos os homens e a todas as mulheres, que são chamados a realizá-lo. E é a indiferença dos homens o primeiro inimigo da paz”. É o fulcro da mensagem para o Dia Mundial da Paz 2016, escrita pelo Papa e apresentada à imprensa nesta terça-feira (15/12), no Vaticano. Este ano, o tema é "Vence a indiferença e conquista a paz".
 
Lembrando o ano que passou, “doloroso para a paz”, o Papa repropõe o conceito da esperança: “Enquanto terrorismo e conflitos parecem confirmar a teoria da “terceira guerra mundial por pedaços”, existem razões para esperar, escreve Francisco, mencionando eventos como o Acordo de Paris sobre o clima e a Agenda ONU 2030 para o desenvolvimento sustentável.
Situações como esta fazem crer na capacidade da humanidade de agir unida, em espírito de solidariedade. Uma atitude que se bem se conjuga com a atuação da Igreja nos últimos 50 anos, orientada ao diálogo, à solidariedade e à misericórdia.
As ameaças à paz, todavia, são concretas e derivam sobretudo da indiferença pelo próximo e pela criação. Este comportamento é tão comum que o Papa o define como “globalização da indiferença”: um mal gerado, antes de tudo, pela indiferença que o homem nutre por Deus.
A ruptura desta relação preferencial é a causa de alguns  males que o Papa frequentemente denuncia: a corrupção, a destruição do meio ambiente, a ausência de compaixão pelos próximos. O caminho indicado pelo Papa para combater a globalização da indiferença passa por uma profunda conversão do coração do homem, que nos permita, através da graça de Deus, voltar a ser capazes de nos abrirmos aos outros com autêntica solidariedade.
Por fim, Francisco lembra que a indiferença pelo ambiente natural, favorece o desflorestamento, a poluição e as catástrofes naturais que desenraízam comunidades inteiras do seu ambiente de vida, obrigando-as à precariedade e à insegurança; cria novas pobrezas e novas situações de injustiça com consequências muitas vezes desastrosas em termos de segurança e paz social. "Quantas guerras foram movidas e quantas ainda serão travadas por causa da falta de recursos ou para responder à demanda insaciável de recursos naturais?".
Para criar a cultura da misericórdia, o Papa chama famílias, educadores e comunicadores a promover os valores da liberdade, do respeito recíproco e da solidariedade. Neste contexto, Francisco cita como exemplo negativo um certo tipo de imprensa, não muito rigorosa na apuração e na difusão das notícias. E constata que, infelizmente, o aumento das informações, próprio do nosso tempo, não significa, de por si, aumento de atenção aos problemas, mas, ao contrário, pode gerar uma certa saturação que anestesia e, em certa medida, relativiza a gravidade dos problemas.
No entanto, existem na sociedade vários exemplos de engajamento solidário e misericordioso: organizações comprometidas com direitos humanos, associações de caridade e realidades que ajudam migrantes. Segundo o Papa, estas ações são obras de misericórdia “corporal e espiritual”.
Na sequência da mensagem, o Pontífice agradece a todos aqueles que atenderam o seu apelo e acolheram uma família de refugiados.
O Jubileu da Misericórdia, enfim, representa uma ocasião para refletir sobre o grau de indiferença que reside em nossos corações, para que a derrotemos e nos comprometamos em melhorar a realidade que nos circunda.
Concluindo a mensagem para o Dia Mundial da Paz, Francisco recorda todas as pessoas fragilizadas, que vivem em condições de desfavor; e invoca o fim da pena de morte e a anistia. O apelo final é dirigido às lideranças políticas: rejeitar as guerras, cancelar a dívida dos países mais pobres e adotar políticas de cooperação que não lesem o direito dos nascituros à vida.
(CM)

Fonte: R Vaticana
 

Francisco: os pobres são a verdadeira riqueza da Igreja, não o dinheiro


Pobreza deve ser uma das características da Igreja, disse o Papa - OSS_ROM                            

Cidade do Vaticano (RV) –

O Papa celebrou a missa na Casa Santa Marta na manhã desta terça-feira (15/12), destacando que a pobreza é a primeira das bem-aventuranças.
 
Francisco se inspirou nas leituras do dia para advertir quanto às tentações que hoje podem corromper o testemunho da Igreja.  No Evangelho, Jesus reprova com força os chefes dos sacerdotes e os adverte que até mesmo as prostitutas os precederão no Reino dos Céus. Também na primeira Leitura, extraída do Livro de Sofonias, se veem as consequências de um povo que se torna impuro e rebelde por não ouvir o Senhor.
 
A Igreja seja humilde
“Portanto, como deve ser uma Igreja fiel ao Senhor?”, questiona Francisco. Uma Igreja que se entrega a Deus, responde ele, deve “ter essas três características”: humildade, pobreza e confiança no Senhor:
“Uma Igreja humilde, que não se vanglorie dos poderes, das grandezas. Humildade não significa uma pessoa abatida, fraca, com os olhos sem expressão… Não, isso não é humildade, isso é teatro! É uma humildade faz de conta. A humildade tem um primeiro passo: ‘Eu sou pecador’. Se não é capaz de dizer a si mesmo que é pecador e que os outros são melhores que você, você não é humilde. O primeiro passo na Igreja humilde é sentir-se pecadora, o primeiro passo de todos nós é o mesmo. Se algum de nós tem o hábito de olhar os defeitos dos outros e comentar a respeito, se crê juiz dos outros.”
 
A Igreja não seja apegada ao dinheiro
Nós, retomou o Papa, devemos pedir “esta graça, que a Igreja seja humilde, que eu seja humilde, cada um de nós” seja humilde. Segundo passo: é a pobreza, que – observou – “é a primeira das bem-aventuranças”. Pobre no espírito quer dizer ser apegado somente às riquezas de Deus, explicou o Papa. Não, portanto, a uma “Igreja que vive apegada ao dinheiro, que pensa somente no dinheiro, que pensa somente em como ganhar dinheiro”. “Como se sabe – afirmou o Papa –, num templo da diocese, para passar na Porta Santa diziam ingenuamente às pessoas que era preciso fazer uma oferta: esta não é a Igreja de Jesus, esta é a Igreja desses chefes dos sacerdotes, apegada ao dinheiro”.
“O nosso diácono, o diácono desta diocese, Lorenzo, quando o imperador – ele era o econômo da diocese – lhe disse de levar as riquezas da diocese e, assim, pagar algo e não ser assassinado, ele volta com os pobres. Os pobres são a riqueza da Igreja. Se você tem um banco, é o dono de um banco, mas o seu coração é pobre, não apegado ao dinheiro, está a serviço, sempre. A pobreza é este desapego para servir os necessitados, para servir os outros”.
 
A Igreja confie no Senhor
Façamo-nos então esta pergunta, disse o Papa: se somos “uma Igreja, um povo humilde, pobre. ‘Eu sou ou não sou pobre?’”. Por fim, o terceiro ponto, a Igreja deve confiar no nome do Senhor:
“Onde está a minha confiança? No poder, nos amigos, no dinheiro? No Senhor! Esta é a herança que nos promete o Senhor: ‘Mas deixarei no meio de ti um povo humilde e pobre, e eles confiarão no nome do Senhor’. Humilde porque se sente pecador; pobre porque o seu coração é apegado às riquezas de Deus e se as tem, é para serem administradas; confiante no Senhor porque sabe que somente o Senhor pode garantir algo que lhe faça bem. E realmente esses chefes dos sacerdotes aos quais Jesus se dirigia não entendiam essas coisas e Jesus teve que dizer a eles que uma prostituta entrará antes deles no Reino dos Céus”.
“Nesta espera do Senhor, do Natal – concluiu Francisco – peçamos que nos dê um coração humilde, nos dê um coração pobre e, sobretudo, um coração confiante no Senhor porque o Senhor jamais desilude”.
(BF)

Fonte: R Vaticana