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quinta-feira, 30 de setembro de 2010
SÃO JERÔNIMO
- Estamos para findar o mês da Bíblia, setembro. E no final deste mês comemoramos o grande patrono das traduções bíblicas, que é São Jerônimo.
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
IGREJA DISCUTE SOBRE A FAMÍLIA
Zagreb, 29 set (RV)
ORAÇÃO DO PAPA PARA O MÊS DE OUTUBRO
Cidade do Vaticano, 29 set (RV)
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
SÃO PAULO LANÇA MANIFESTO PELA DEMOCRACIA
Ato reuniu juristas e personalidades no Largo de São Francisco.Ação ocorre após presidente Lula afirmar que imprensa age como partido.
No sábado (18), durante comício de Dilma Rousseff em Campinas (SP), Lula afirmou que, além dos tucanos, serão derrotados "alguns jornais e revistas que se comportam como se fossem partido político e não tem coragem de dizer que são partido político".
A Associação Nacional de Jornais (ANJ) divulgou nota em que classifica as declarações de Lula como "lamentáveis" e "preocupantes".
O ato desta quarta, iniciativa de intelectuais ligados à oposição, teve a presença do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Veloso e dos juristas Miguel Reale Júnior e Hélio Bicudo, além de outras personalidades.
“É inconcebível que uma das mais importantes democracias do mundo seja assombrada por uma forma de autoritarismo hipócrita”, afirmou Bicudo a centenas de pessoas reunidas no local.
"Nossa democracia está apenas no papel, ela não é efetiva", completou Bicudo, vice-prefeito de São Paulo na gestão Marta Suplicy (PT, 2001-2004).
Segundo o jurista José Gregori, que foi ministro da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso, a ideia do evento surgiu de "um grupo de advogados, juristas e professores universitários que vinham se reunindo no sentido de ajudar a oposição a ter um programa específico no campo jurídico".
Para ele, a "gota d’água" para o ato foi a repetição de manifestações do presidente da República "querendo extirpar inimigos”. "Esse ato é, antes de tudo, para repor essa disputa nos trilhos democráticos."
Para Miguel Reale Júnior, que também foi ministro da Justiça de FHC, a democracia está "ameaçada" no país. “Basta entrar nos sites do PT para ver as ameaças que estão sendo feitas a jornalistas, para saber qual o órgão de imprensa que tem que ser empastelado primeiro. Ou seja, há um clima de radicalização.”
Nossa democracia está apenas no papel, ela não é efetiva"
Hélio Bicudo
INTEGRA DO MANIFESTO
“MANIFESTO EM DEFESA DA DEMOCRACIA"
Em uma democracia, nenhum dos Poderes é soberano. Soberana é a Constituição, pois é ela quem dá corpo e alma à soberania do povo.
“Acima dos políticos estão as instituições, pilares do regime democrático. Hoje, no Brasil, inconformados com a democracia representativa se organizam no governo para solapar o regime democrático.
“É intolerável assistir ao uso de órgãos do Estado como extensão de um partido político, máquina de violação de sigilos e de agressão a direitos individuais.
“É inaceitável que militantes partidários tenham convertido os órgãos da administração direta, empresas estatais e fundos de pensão em centros de produção de dossiês contra adversários políticos.
“É lamentável que o Presidente esconda no governo que vemos o governo que não vemos, no qual as relações de compadrio e da fisiologia, quando não escandalosamente familiares, arbitram os altos interesses do país, negando-se a qualquer controle.
“É inconcebível que uma das mais importantes democracias do mundo seja assombrada por uma forma de autoritarismo hipócrita, que, na certeza da impunidade, já não se preocupa mais nem mesmo em valorizar a honestidade.
“É constrangedor que o Presidente da República não entenda que o seu cargo deve ser exercido em sua plenitude nas vinte e quatro horas do dia. Não há ‘depois do expediente’ para um Chefe de Estado. É constrangedor também que ele não tenha a compostura de separar o homem de Estado do homem de partido, pondo-se a aviltar os seus adversários políticos com linguagem inaceitável, incompatível com o decoro do cargo, numa manifestação escancarada de abuso de poder político e de uso da máquina oficial em favor de uma candidatura. Ele não vê no ‘outro’ um adversário que deve ser vencido segundo regras da Democracia, mas um inimigo que tem de ser eliminado.
“É aviltante que o governo estimule e financie a ação de grupos que pedem abertamente restrições à liberdade de imprensa, propondo mecanismos autoritários de submissão de jornalistas e de empresas de comunicação às determinações de um partido político e de seus interesses.
“É repugnante que essa mesma máquina oficial de publicidade tenha sido mobilizada para reescrever a História, procurando desmerecer o trabalho de brasileiros e brasileiras que construíram as bases da estabilidade econômica e política, com o fim da inflação, a democratização do crédito, a expansão da telefonia e outras transformações que tantos benefícios trouxeram ao nosso povo.
“É um insulto à República que o Poder Legislativo seja tratado como mera extensão do Executivo, explicitando o intento de encabrestar o Senado. É deplorável que o mesmo Presidente lamente publicamente o fato de ter de se submeter às decisões do Poder Judiciário.
“Cumpre-nos, pois, combater essa visão regressiva do processo político, que supõe que o poder conquistado nas urnas ou a popularidade de um líder lhe conferem licença para ignorar a Constituição e as leis. Propomos uma firme mobilização em favor de sua preservação, repudiando a ação daqueles que hoje usam de subterfúgios para solapá-las. É preciso brecar essa marcha para o autoritarismo.
“Brasileiros erguem sua voz em defesa da Constituição, das instituições e da legalidade.
“Não precisamos de soberanos com pretensões paternas, mas de democratas convictos.”
ENTENDA O PORQUE DESTE MANIFESTO
DIA 18 DE SETEMBRO
'Vamos derrotar tucanos e alguns jornais e revistas', diz Lula em ato
Em comício de Dilma, presidente investe contra 'alguns jornais e revistas'.Setores da imprensa 'não têm coragem de dizer que têm candidato', afirma.
Maria Angélica Oliveira Do G1, em Campinas (SP)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante comício de Dilma Rousseff em Campinas neste sábado (18)
(Foto: Vanessa Carvalho/News Free/Agência Estado)
Dois dias após a saída da ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, desgastada por denúncias de tráfico de influência reveladas pela imprensa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez neste sábado (18), durante comício em Campinas (SP), críticas severas ao que classificou como "alguns jornais e revistas que se comportam como partido político".
Em palanque da campanha de Dilma Rousseff à Presidência, Lula recomendou que a candidata não "perca o bom humor" por denúncias.
"Se mantenham tranquilos, porque outra vez, Dilma, nós não vamos derrotar apenas os nossos adversários tucanos. Nós vamos derrotar alguns jornais e revistas que se comportam como se fossem partido político e não tem coragem de dizer que são partido político, que têm candidato e não têm coragem de dizer que têm candidato, que não são democratas e pensam que são", disse o presidente.
Lula fez referência jocosa à revista semanal "Veja", que publicou no dia 11 a primeira denúncia sobre suposto tráfico de influência na Casa Civil e voltou ao tema na edição deste sábado.
"Eu fico vendo algumas revistas que vão sair na semana, sobretudo uma que não sei o nome dela, parece 'óia', nordestino falaria 'ói' . Ela destila ódio e mentira", afirmou o presidente.
O advogado da "Veja" Alexandre Fidalgo afirmou que as declarações do presidente Lula devem ser comentadas pela assessoria de imprensa do Grupo Abril a partir de segunda-feira.
Estava com coceira na língua' para falar, diz Lula
Ao início do discurso, Lula disse que estava com “coceira na língua” para falar. “A Dilma pediu para me conter, o presidente do partido pediu pra me conter, mas não vou me conter”, afirmou, seguido por gritos de "fala" do público.
“Estou com muita dúvida em relação ao que falar. Eu preciso ser um homem contido porque sou presidente da República e pelo fato de ser presidente eu preciso medir minhas palavras para que os nossos adversários não inventem coisas a meu respeito”, disse.
Ao longo do discurso vieram as críticas a "determinados setores" da imprensa.
"Tem dia em que determinados setores da imprensa brasileira chegam a ser uma vergonha. Se o dono do jornal lesse o seu jornal ou o dono da revista lesse a sua revista, eles ficariam com vergonha do que estão escrevendo exatamente neste momento. Eles falam em democracia, mas a democracia que eles não se conformam é ver o crescimento da economia. O que eles não se conformam é que um metalúrgico fez mais universidades do que os presidentes elitistas desse país", disse.
Duro nas críticas à imprensa, Lula optou por ironias e provocações nas referências ao PSDB e à candidatura de José Serra à Presidência.
Afirmou que, após eventual vitória de Aloizio Mercadante (PT) para o governo paulista, criaria um "Bolsa Famíia para tucanos não passarem fome em São Paulo".
"Você sabe que tucano come até o próprio filhote, eles são danados. Ninguém tem o bico daquele tamanho para nada. Não há colher que encha aquele bico de comida, então tem que ser um pessoal falador, prometedor. O pessoal está prometendo ate aumentar o salário mínimo", disse Lula, em referência à proposta de Serra de elevar o mínimo a R$ 600.
'Farsa'
O presidente do PT, José Eduardo Dutra, abriu os discursos no comício fazendo duras críticas às denúncias de tráfico de influência na Casa Civil e afirmando que o caso trata-se de uma ‘farsa’ produzida para atingir a campanha.
Ele disse que ‘falsos democratas’ fazem uma campanha ‘insidiosa’ contra o PT e chamou a atenção para a reta final da campanha, apelando para a militância ‘avermelhar’ o país.Dutra atacou o empresário Rubnei Quícoli, autor de parte das denúncias que culminaram na queda da ministra Erenice Guerra na Casa Civil, citando processos a que ele respondeu na Justiça. "De repente um cabra que foi condenado por fabricar dinheiro falso abre a boca pra falar mal da Dilma e recebe todos os holofotes. É a farsa que estão tentando do construir", atacou, aos gritos, sem citar o nome de Quícoli.O presidente do PT disse que as denúncias viram manchetes de jornais e vão parar na propaganda eleitoral adversária. "Não adianta a farsa, não adianta armação, não adianta produzir manchete contra nós porque esse mesmo povo que elegeu o Lula vai eleger a primeira mulher presidente da República.""Dizem que o Lula gosta de palanque, mas eles tem saudade daquele tempo em que o Brasil tinha governantes que gostavam de governar em cima dos tanques", disse. "Queria fazer um apelo a militância do meu partido, nesses dias que faltam, vamos 'avermelhar' Campinas, vamos 'avermelhar' São Paulo, vamos 'avermelhar' o Brasil."
DIA 20 DE SETEMBRO
Associação Nacional de Jornais lamenta crítica de Lula à imprensa
ANJ divulgou nota na qual lembra que missão dos veículos é informar.No sábado (18), Lula criticou jornais e revistas que agem como partidos.
A Associação Nacional de Jornais (ANJ) divulgou nota na qual diz ser lamentável e preocupante as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante comício em Campinas, no sábado (18). Lula disse que, além dos tucanos, serão derrotados "alguns jornais e revistas que se comportam como se fossem partido político e não tem coragem de dizer que são partido político."A entidade lembrou que, em 2006, Lula assinou a declaração de Chapultepec, um documento hemisférico de compromisso com a liberdade de imprensa, e que na ocasião ele fez elogios à mídia e seu papel na democracia.
A ANJ lembrou que o papel da imprensa é "o de levar à sociedade toda informação, opinião e crítica que contribua para as opções informadas dos cidadãos, mesmo aquelas que desagradem os governantes".
Confira a íntegra da nota oficial"É lamentável e preocupante que o Presidente da República se aproxime do final de seu segundo mandato manifestando desconhecimento em relação ao papel da imprensa nas sociedades democráticas. Mais uma vez, provavelmente levado pelo calor de um comício, o presidente Lula afirmou neste sábado, em Campinas, que “vamos derrotar alguns jornais e revistas que se comportam como partido político”, dizendo, em seguida, ainda referindo-se à imprensa, que “essa gente não me tolera”.É lamentável que o chefe de Estado tenha esquecido suas próprias palavras, pronunciadas no Palácio do Planalto, no dia 3 de maio de 2006, ao assinar a declaração de Chapultepec (um documento hemisférico de compromisso com a liberdade de imprensa). Na ocasião, ele declarou textualmente: “... eu devo à liberdade de imprensa do meu país o fato de termos conseguido, em 20 anos, chegar à Presidência da República do Brasil. Perdi três eleições. Eu duvido que tenha um empresário de imprensa que, em algum momento, tenha me visto fazer uma reclamação ou culpando alguém porque eu perdi as eleições.”
O papel da imprensa, convém recordar, é o de levar à sociedade toda informação, opinião e crítica que contribua para as opções informadas dos cidadãos, mesmo aquelas que desagradem os governantes. Convém lembrar também, que ele jamais criticou o trabalho jornalístico quando as informações tinham implicações negativas para seus opositores.Brasília, 18 de setembro de 2010Associação Nacional de Jornais"
DIA 21 DE SETEMBRO
Lula critica imprensa e diz que 'povo sabe' quando denúncia é mentira
‘Liberdade de imprensa não significa que pode inventar coisa’, afirmou.Presidente disse que já foi ‘vítima’ de denúncias em época de campanha.
Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília
Presidente Lula durante percurso em tremna Ferrovia Norte-Sul (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou nesta terça-feira (21) a criticar a imprensa pela publicação de denúncias envolvendo membros do governo. Segundo Lula, a garantia de liberdade de imprensa não pode justificar a publicação de "mentiras".
“Acho que liberdade de imprensa é uma coisa sagrada. Agora, a liberdade de imprensa não significa que você pode inventar coisa o dia inteiro, significa que você deve orientar corretamente a opinião pública”, disse durante cerimônia de inauguração de trecho da ferrovia Norte-Sul, em Porto Nacional (TO).
Consultada pelo G1, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) disse que mantém a posição manifestada na nota divulgada no último domingo (19), quando lamentou as declarações feitas pelo presidente em um comício realizado no dia anterior. Ao lado da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, Lula disse que, além dos tucanos, serão derrotados "alguns jornais e revistas que se comportam como se fossem partido político e não tem coragem de dizer que são partido político."
Em resposta à declaração, a ANJ disse, em nota, ser "lamentável e preocupante que o presidente da República se aproxime do final de seu segundo mandato manifestando desconhecimento em relação ao papel da imprensa nas sociedades democráticas."No discurso desta tarde tarde, Lula disse que alguns veículos de comunicação demonstram "ódio" e torcem para que ele fracasse. "Vocês estão acompanhando a imprensa, veem pela internet, assistem a televisão,ouvem rádio, e vocês veem, às vezes, chega quase a virar ódio, porque eles ficam torcendo para o Lula fracassar."
O presidente disse que já foi "vítima" de acusações em épocas de campanha. De acordo com ele, os brasileiros não são facilmente manipuláveis e sabem discernir quando as denúncias são verdadeiras.
“Chega na época da campanha, eu já fui vitima do que está acontecendo hoje. O que eles não percebem é que nós aprendemos. O povo de 2010 não é mais massa de manobra como era o povo de 30 anos atrás", disse. "Não podem colocar mais alguém para mentir e o povo acreditar. O povo sabe que quando escreve coisa errada é mentira, quando fala coisa errada é mentira, o povo sabe quando é mentira", afirmou.
Na semana passada Erenice Guerra deixou a chefia da Casa Civil depois de acusações de que o filho dela Israel Guerra teria negociado contratos de empresas privadas com órgãos públicos e estatais mediante pagamento de comissão. Outros dois funcionários da Casa Civil, supostamente envolvidos no esquema, também pediram demissão.
SÃO PIO DE PIETRELCINA
O Padre Pio, a quem Deus deu dons particulares e carismas, se empenhou com todas as suas forças pela salvação das almas. Os muito testemunhos sobre a grande santidade do Frei, chegam até os nossos dias, acompanhados de sentimentos de gratidão. Suas intercessões providencias junto a Deus foram para muitos homens causa de cura do corpo e motivo de renovação do espírito.
O Padre Pio de Pietrelcina que se chamava Francesco Forgione, nasceu na Pietrelcina, num pequeno povo da Província de Benevento, em 25 de maio de 1887. Pertencia a uma família humilde tendo como pai Grazio Forgione e a mãe Maria Giuseppa Di Nunzio tinham outros filhos.
Com o passar do tempo, realizou-se para Francesco o que foi o seu maior sonho: consagrar totalmente a sua vida a Deus.
Nesse longo tempo o Padre Pio iniciava seus dias despertando-se a noite, muito antes da aurora, se dedicava a oração e com grande fervor aproveitando a solidão e silêncio da noite.
Um dos acontecimentos que marcou intensamente a vida do Padre Pio foi que se verificou na manhã do 20 de setembro de 1918, quando, rezando diante do Crucifixo do coro da velha e pequena igreja, o Padre Pio recebeu o maravilhoso presente dos estigmas.
Numa carta ao Padre Benedetto, datada de 22 de outubro de 1918, o Padre Pio narra a sua "crucifixão": O que posso dizer aos que me perguntam como é que aconteceu a minha crucifixão? Meu Deus! Que confusão e que humilhação eu tenho o dever de manifestar o que Tu tendes feito nessa mesquinha criatura!"
Foi na manhã do 20 do mês passado ( setembro ) no coro, depois da celebração da Santa Missa, quando fui surpreendido pelo descanso do espírito, pareceu um doce sonho. Toso os sentidos interiores e exteriores, além das mesmas faculdades da alma, se encontraram numa quietude indescritível. Em tudo isso houve um silêncio em torno de mim e dentro de mim; senti em seguida uma grande paz e um abandono na completa privação de tudo e uma disposição na mesma rotina.
Tudo aconteceu num instante. E em quanto isso se passava, eu vi na minha frente um misterioso personagem parecido com aquele que tinha visto na tarde de 5 de agosto. Este era diferente do primeiro, porque tinha as mãos, os pés e o peito emanando sangue.
Durante anos, de todas as partes do mundo, os fiéis foram a este sacerdote estigmatizado, para conseguir a sua potente intercessão junto a Deus. Cinqüenta anos passados na oração, na humildade, no sofrimento e no sacrifício, de onde para atuar seu amor, o Padre Pio realizou duas iniciativas em duas direções: uma vertical até Deus com a fundação dos "Grupos de ruego", hoje chamados "grupos de oração"e outra horizontal até os irmãos, com a construção de um moderno hospital: "Casa Alívio do Sofrimento".
Em setembro os 1.968 milhares de devotos e filhos espirituais do Padre Pio se reuniram em um congresso em San Giovanni Rotondo para comemorar o 50 aniversário dos estigmas e celebrar o quarto congresso internacional dos Grupos de Oração. Ninguém imaginou que às 2h30 da madrugada do dia 23 de setembro de 1968, seria o doloroso final da vida do Padre Pio de Pietrelcina. Deste maravilhoso frei, escolhido pro Deus para derramar a sua Divina Misericórdia de uma maneira especial.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
EUROPA CONSERVA SUA ALMA CRISTÃ
SANTA SÉ: HÁ TOTAL TRANSPARÊNCIA NAS OPERAÇÔES FINANCEIRAS DO BANCO IOR
Santa Sé: há transparência nas operações do banco IOR
O Vaticano manifesta sua confiança na direção
ROMA,
- A Santa Sé expressa sua "maior confiança" no presidente do IOR (Istituto per le Opere Religiose) e recorda sua escolha da "transparência" nas operações.
As autoridades do IOR estão, há algum tempo, realizando contatos e encontros, tanto com o Bando da Itália como com os organismos internacionais competentes - a Organization for Economic Co-operation and Development (OCDE) e o Grupo de Ação Financeira Internacional contra a lavagem de dinheiro (GAFI) - para a inserção da Santa Sé na chamada White List.A Secretaria de Estado divulgou hoje um comunicado no qual indica um artigo do jornal italiano La Repubblica; este, por sua vez, informa sobre uma investigação sobre o presidente do banco, Ettore Gotti Tedeschi, e sobre outro importante cargo.
Segundo o jornal, o motivo seria uma suposta violação da lei italiana contra a lavagem de dinheiro - o decreto legislativo 231 de 2007. O tribunal de Roma reteve de forma "preventiva" 23 milhões de euros do IOR, uma medida que provocou a "perplexidade" do Vaticano.
A Santa Sé dá a conhecer que as informações requeridas pelo tribunal já estavam disponíveis no escritório do Banco da Itália e que "operações análogas acontecem de forma habitual com outros institutos de créditos italianos".
"Com relação ao valor citado, trata-se de transações da tesouraria a instituições creditícias não-italianas, cujo destinatário é o próprio IOR."
"A Santa Sé expressa, por isso, a máxima confiança no presidente e no diretor geral do IOR", conclui a nota.
O IOR, mais conhecido (ainda que erroneamente) como "banco do Vaticano", foi fundado por Pio XII em 1942 e reestruturado por João Paulo II em 1990. Dedica-se à "proteção dos bens móveis e imóveis transferidos ou confiados ao próprio Instituto por pessoas físicas ou jurídicas e destinados a obras de religião ou de caridade".
Os órgãos do Instituto são: a comissão cardinalícia (5 cardeais nomeados pelo Pontífice), 1 prelado, nomeado por esta comissão (que acompanha as atividades do Instituto e participa como secretário das reuniões) e 1 conselho de superintendência.
Este conselho é responsável pela administração e gestão do instituto, além da vigilância e supervisão de suas atividades no campo financeiro, econômico e operativo.
Seus membros devem ser 5 leigos de reconhecida experiência econômico-financeira, nomeados para 5 anos (ainda que prorrogáveis) pela comissão cardinalícia. O papel do conselho de superintendência é comparável ao de um conselho de administração.
Fonte: ZENIT.ORG
terça-feira, 21 de setembro de 2010
PADRE LOMBARDI FAZ BALANÇO DA VIAGEM
Cidade do Vaticano, 21 set (RV)
PAPA TOCOU NAS FRAQUEZAS E FERIDAS DA IGREJA
D. António Vitalino fala sobre a visita de Bento XVI ao Reino Unido, destacando os desafios que foram deixados ao mundo religioso
Apesar de “uma visita muito contestada, pelo menos nas noticias dos diferentes meios de comunicação social”, escreve o bispo de Beja, na sua nota semanal para a "Rádio Pax", também enviada à ECCLESIA.
"O Papa mobilizou multidões”, não recuou perante “manifestações contrárias à sua presença”, conseguindo transmitir, “com clareza, convicção e humildade, o pensamento da Igreja”, assinala.
Das intervenções feitas por Bento XVI, D. António Vitalino destaca o facto de o Papa “ter tocado nas fraquezas e feridas da Igreja, pedindo perdão e atenção para as vítimas de pecado, para os pobres e os mais fracos, os que mais sofrem com a crise económica e moral do mundo actual”.
Realça sobretudo os desafios deixados “aos católicos, cristãos de outras Igrejas e membros de outras religiões”, apelando ao diálogo, à coerência e tolerância na fé, e à procura da santidade.
“Salientou o papel da fé e das religiões para a construção de uma sociedade mais humana e elogiou a tradição democrática, intercultural e inter-religiosa do Reino Unido” acrescenta ainda D. António Vitalino.
Uma mensagem que o prelado de Beja compara com aquela que foi deixada pelo cardeal John Henry Newman, uma figura da história da Igreja que foi beatificada por Bento XVI precisamente durante esta visita ao Reino Unido.
Newman foi um padre anglicano do século XIX que se converteu ao catolicismo, “num tempo e num país onde essa decisão acarretava muitas desvantagens”, explica D. António Vitalino.
Mesmo “enfrentando muitas incompreensões e desconfianças”, sublinha ainda, “Newman desafia os católicos a procurar sempre a compreensão das verdades da fé e a testemunhá-las sem complexos de inferioridade”.
D. António Vitalino termina a sua nota com um olhar para o novo ano pastoral que está à porta, e que na diocese de Beja começa oficialmente dia 25, com a celebração do Dia Diocesano.
“Iluminados pela Palavra de Deus, transmitida e vivida pela Igreja através dos séculos, queremos também tornar-nos luz para os nossos contemporâneos, que estão sedentos da verdade das suas vidas e nem sempre a descobrem, também por não termos sabido ser dela testemunhas coerentes”, conclui o bispo de Beja.
Bento XVI passou por Edimburgo, Glasgow, Londres e Birmingham, de 16 a 19 de Setembro, na sua 17ª viagem ao estrangeiro, a primeira visita de Estado papal ao Reino Unido.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
BENTO XVI FOI UM PAI - VIAGEM FOI HISTÓRICA
Dom Summersgill destaca que Bento XVI foi como um pai
LONDRES, segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Fazendo um balanço da visita para a Rádio Vaticano, Dom Summersgill destacou a "grande consistência" da mensagem que o Pontífice ofereceu à Grã-Bretanha.
"Em todos os lugares, ele falou da importância da razão e da fé: à sociedade civil, falou da função da religião na vida pública; durante as liturgias, falou-nos da fé; e com os jovens e idosos ele mostrou a sua fé", declarou.
O coordenador da visita confessou que o que mais lhe impressionou foi "o acolhimento que o Santo Padre recebeu, tanto por parte dos católicos como dos demais cristãos, dos pertencentes a outras religiões e dos que foram só para vê-lo enquanto atravessava a cidade".
Referindo-se ao tema da visita, "O coração fala ao coração", indicou que "o Papa falou ao coração, mas sobretudo a partir do coração. (...) O Papa se doou a nós a partir do seu coração, e isso se vê nas suas palavras e nos seus comportamentos".
Segundo Dom Summersgill, a viagem deixa muitos frutos, "em todos os âmbitos". "O Santo Padre nos convidou para enfrentar alguns desafios, sobretudo o de seguir adiante, levando conosco tudo o que ele nos disse nestes dias - concluiu.
A VISITA DO PAPA BENTO XVI SUPERA AS EXPECTATIVAS
Voz de Bento XVI fez-se ouvir apesar das polémicas e foram as multidões que ajudaram a mudar as prioridades mediáticas
Apesar de todas as polémicas que envolveram a presença papal, Bento XVI conseguiu fazer ouvir a sua voz, como reconheceu o próprio primeiro-ministro britânico David Cameron, e centrar as atenções na mensagem que queria deixar na sua 17ª viagem ao estrangeiro.
Foram as pessoas e o entusiasmo com que reagiram à presença do seu líder espiritual que ajudaram a mudar a imagem do Papa e o tratamento mediático que lhe foi dado, particularmente a nível televisivo.
O clima de festa, o peso das palavras de Bento XVI e a capacidade de abordar directamente temas previsivelmente delicados, como os abusos sexuais de menores ou a relação entre religião e secularismo foram apostas que deram os seus frutos.
Alguma imprensa escrita insistiu em temas fracturantes, como o aborto ou a contracepção, mas de forma geral os balanços apresentados avaliam com nota muito positiva a passagem do Papa por Edimbrugo, Glasgow, Londres e Birmingham.
O antigo Arcebispo da Cantuária (anglicano), George Carey, escreveu no «News of the World» que Bento XVI “chegou, viu e venceu”.
Outros jornais falam num Papa de palavras serenas que “encantou muitos” ou da “grande coragem moral” com que enfrentou temas mais quentes, podendo por isso deixar o país “com um sorriso nos lábios”.
Alguma discussão foi alimentada em torno da expressão utilizada pelo Papa para manifestar o seu desgosto («sorrow») pelos abusos sobre menores cometidos pelo clero, debatendo-se se havia ou não um pedido de desculpas às vítimas, embora se tenha sublinhado o facto destas situações terem sido apresentadas como “crimes” e não apenas como “pecados”.
Manifestações de protesto como a do dia 18 de Setembro, que juntou mais de 10 mil pessoas, foram acolhidas “sem surpresa” como garantiu o Vaticano, até porque o Papa sabia, de antemão, o que iria encontrar.
Isso ficou claro nas várias referências à longa tradição cristã e democrática do Reino Unido, à coragem com que muitos resistiram ao regime nazi, aos desafios levantados por uma sociedade cada vez mais secularizada e multicultural que tende a “marginalizar”, quando não mesmo “ridicularizar”, a religião.
Bento XVI falou à sociedade, no seu conjunto, apresentando-se como defensor de valores fundamentais e apelando a princípios éticos na vida política e económica, com grande destaque para o discurso no Westminster Hall, um dos mais representativos do pensamento deste Papa.
Além das palavras, são os gestos que irão ficar na memória desta viagem: a oração na Abadia anglicana de Westminster, o encontro privado com vítimas de abusos, a visita a uma residência de idosos e a beatificação do Cardeal Newman sintetizam, quase na perfeição, as preocupações que Bento XVI trouxe consigo.
No Reino Unido, o actual Papa mostrou ter aprendido nos últimos anos a dizer as coisas certas na altura certa, mas não há dúvida de que a força de milhares de católicos espalhados pelos locais por onde passava foi essencial para que estas palavras não fossem abafadas por vozes contestatárias e «fait-divers».
Fonte: Octávio Carmo, Agência ECCLESIA, em Londres
CAMERON: A FÉ É PARTE DO TECIDO DO PAÍS
Cameron despede-se de Bento XVI dizendo que fé é parte do tecido do país
19 de Setembro de 2010, 22:01
O primeiro ministro britânico, David Cameron, despediu-se do papa Bento XVI, que terminou hoje uma visita de quatro dias ao Reino Unido, referindo que "a fé é parte do tecido" do país.
Cameron ressaltou que o Papa "falou para um país de seis milhões de católicos", mas foi "ouvido por 60 milhões de cidadãos". "Foram quatro dias incrivelmente emocionantes para o nosso país", acrescentou.
Mas acrescentou, referindo-se aos protestos que marcaram a visita: embora a fé "continue sendo um dos fundamentos de nosso país", a população "não é obrigada a concordar com a religião em tudo".
Por último, na presença do primeiro-ministro britânico David Cameron, Bento XVI pronunciou seu último discurso no aeroporto da capital, antes de entrar no avião que o levaria de volta a Roma.
Bento XVI agradeceu aos britânicos o “caloroso acolhimento” que lhe foi dispensado e disse esperar que as reuniões que manteve durante sua visita "contribuam para confirmar e fortalecer as excelentes relações entre a Santa Sé e o Reino Unido, especialmente na cooperação para o desenvolvimento internacional, o cuidado com o meio ambiente e a construção de uma sociedade civil com um renovado sentido de valores compartilhados e metas comuns".
Ainda durante este domingo, e diante de 55.000 fiéis, o Papa Bento XVI beatificou o cardeal John Henry Newman, um intelectual anglicano convertido ao catolicismo, e recordou os heróis que combateram o nazismo.
No quarto e último dia de sua visita de Estado ao Reino Unido, a fina chuva intermitente não desanimou os fiéis que se reuniram desde as primeiras horas do dia no parque Cofton, na periferia de Birmingham, para assistir à primeira beatificação do Papa desde sua eleição em 2005 com cartazes que exibiam dizeres como "Papa: estamos contigo 100%".
Apesar de Bento XVI - ao contrário do seu antecessor, João Paulo II - não presidir a este tipo de missa, abriu uma excepção no caso de Newman (1801-1890) por se tratar de um dos pensadores cristãos mais importantes do século XIX e também um dos principais convertidos procedentes do Anglicanismo.
"As suas intuições sobre a relação entre a fé e a razão, sobre o lugar vital da religião revelada na sociedade civilizada, e sobre a necessidade de uma educação esmerada e ampla foram de grande importância (...) Hoje também seguem inspirando e iluminando muitos em todo o mundo", afirmou o papa na sua homilia.
Os fiéis também puderam ver no altar o diácono americano cuja cura repentina de uma enfermidade grave depois de rezar ao cardeal foi considerada um milagre, o que proporcionou a beatificação. Jack Sullivan fez uma leitura do evangelho.
Homenagem às vítimas britânicas do regime nazi
Em sua homilia, pronunciada no dia em que se comemora o 70º aniversário da batalha da Inglaterra entre as forças aéreas britânicas e alemãs, o Papa prestou um tributo aos britânicos que "sacrificaram as suas vidas lutando contra a demoníaca ideologia nazista".
"Para mim, que estive entre as pessoas que viveram os obscuros dias do regime nazi na Alemanha, é profundamente comovente estar convosco nesta ocasião, e poder recordar tantos cidadãos britânicos que sacrificaram as suas vidas, resistindo com paixão às forças desta ideologia demoníaca", declarou o Papa.
"Setenta anos depois, recordamos com vergonha e horror o espantoso preço de morte e destruição que a guerra traz consigo, e renovamos nossa determinação de trabalhar pela paz e a reconciliação", afirmou o Papa durante a missa.
Depois da missa, o Papa visitou o Oratório de Birmingham, onde inaugurou uma nova capela restaurada em homenagem ao novo beato. Depois almoçou com bispos da Inglaterra e Gales.
Nesse encontro, voltou a referir-se mais uma vez aos abusos sexuais cometidos por padres pedófilos contra menores, o tema dominante de sua visita, dizendo que essa questão "mina gravemente a credibilidade dos responsáveis da Igreja".
Os outros grandes temas desta visita que o Vaticano classificou de "êxito espiritual porque milhares de pessoas ouviram a mensagem do Papa ", foram as relações ecumênicas, especialmente com a Igreja Anglicana, e a luta contra o que o Papa classificou de "secularização agressiva".
A viagem de Bento XVI a Edimburgo, Glasgow, Londres e Birmingham foi a primeira visita de Estado de um papa ao Reino Unido. João Paulo II foi em 1982 o primeiro Sumo Pontífice a visitar esse país depois do rompimento do rei Henrique VIII com Roma e o Catolicismo, em 1534, que levou à criação da Igreja Anglicana. Mas aquela foi apenas uma "visita pastoral", segundo o Vaticano.
Fonte: SAPO/AFP
domingo, 19 de setembro de 2010
PAPA RETORNA A ROMA APÓS VIAGEM HISTÓRICA AO REINO UNIDO
PAPA RETORNA A ROMA APÓS VIAGEM HISTÓRICA AO REINO UNIDO
mundo@eband.com.br
O papa Bento XVI chegou neste domingo, 19, a Roma, após uma viagem histórica de quatro dias ao Reino Unido.
PAPA DEIXA O REINO UNIDO
O ADEUS DO PAPA BENTO XVI AO REINO UNIDO
S.S. Papa Bento XVI, após discurso no Aeroporto Internacional de Birmingham, se despede do Reino Unido completando assim mais uma visita, cremos que uma das mais importantes dos últimos tempos, pelo significativo passo dado na união das igrejas cristãs.
Apesar da mídia internacional sempre enfatizar os aspectos negativos, os escândalos, os protestos de minorias descontentes e daqueles que se opõem a pregação do Evangelho de Jesus Cristo, não resta dúvida de que o Papa Bento XVI foi, mais uma vez, iluminado e protegido, transformando sua estada no Reino Unido num grande sucesso. Temos também a certeza de que nestes dias, junto ao povo, o Papa teve a guiá-lo, em todos os instantes, o divino Espírito Santo.
Bento XVI, em poucos dias, soube minimizar as intrigas e as más idéias dos relativistas, que insistem em não enxergar a realidade das multidões que se reúnem para expressar amor e respeito ao seu Pastor.
Como afirma São Paulo, “Se Cristo está conosco, quem poderá estar contra nós?”
Nessa certeza e aproveitando a oportunidade dessa vitoriosa visita de S.S. o Papa ao Reino Unido, prosseguiremos colocando em prática os ensinamentos de nosso Divino Mestre e utilizando a maior arma de que dispomos : o amor a Deus e ao próximo.
Neste preciso instante, 14: 56 h de Brasília, o Papa Bento XVI parte do Aeroporto Internacional de Birmingham , com destino a Roma.
Vejam algumas fotos da despedida de Bento XVI no Aeroporto Internacional de Birmingham.
A FAMÍLIA CATÓLICA
Fotos tiradas de vídeo da Ag. Ecclesia
Despedida no aeroporto de Birmingham com elogios de David Cameron, primeiro-ministro britânico
Bento XVI agradeceu o “caloroso acolhimento e a hospitalidade” com que foi recebido na sua visita ao Reino Unido, concluída neste dia 19 de Setembro.
Na cerimónia de despedida, que teve lugar no aeroporto inglês de Birmingham, o Papa passou em revista os principais momentos desta viagem de quatro dias, falando nos desafios levantados pela “diversidade” da sociedade britânica.
Essa realidade, disse, “representa também uma grande oportunidade para um maior diálogo intercultural e inter-religioso, para o enriquecimento de toda a comunidade”.
Perante o primeiro-ministro britânico, David Cameron, Bento XVI sublinhou as “excelentes relações entre a Santa Sé e o Reino Unido”, apontando para campos específicos de cooperação, como o “desenvolvimento internacional, o cuidado pelo ambiente natural e a construção de uma sociedade civil com um sentido renovado de valores partilhados e propósito comum”.
Em particular, o Papa falou das várias “tradições religiosas” presentes no país e do “contributo que as religiões podem oferecer para desenvolver uma sociedade pluralista saudável”.
Bento XVI concluiu com uma referência ao “legado” do Cardeal John Henry Newman (1801-1890), beatificado este Domingo, frisando que “ele ainda tem muito a ensinar sobre a vida e o testemunho cristão no meio dos desafios do mundo de hoje”.
Cameron, por seu lado, reconhecera que o Papa fez o Reino Unido “sentar e pensar” durante esta visita, mostrando que a fé “é uma parte vital do diálogo nacional”.
O primeiro-ministro britânico disse partilhar o apelo papal de “trabalhar para o bem comum” e a necessidade de reconhecer que “todos têm uma obrigação social para com cada um, as famílias e as comunidades”.
Bento XVI passou por Edimburgo e Glasgow (Escócia), Londres e Birmingham (Inglaterra), de 16 a 19 de Setembro, na sua 17ª viagem ao estrangeiro, a primeira visita de Estado de um Papa ao Reino Unido.
CASOS DE ABUSO SEXUAL DESCREBILIZAM A IGREJA
Afirmou Bento XVI no encontro com os Bispos da Inglaterra, Gales e Escócia
Bento XVI defendeu este Domingo que os escândalos de abusos sexuais de menores por parte de membros do clero católico “minam seriamente a credibilidade moral dos líderes da Igreja”.
Falando aos Bispos da Inglaterra, Gales e Escócia, neste dia 19 de Setembro, o Papa falou no “vergonhoso abuso de crianças e jovens por padres e religiosos” e nas “profundas feridas” que esse comportamento causou.
O pensamento de Bento XVI dirigiu-se “em primeiro lugar, e sobretudo”, para as vítimas, mas também destacou os efeitos destes casos nas “relações de confiança existentes entre os padres e o povo, entre os padres e os seus bispos, entre as autoridades da Igreja e as pessoas”.
Após reconhecer os esforços empreendidos pelos Bispos para “remediar esta situação” e “lidar adequada e transparentemente com as alegações que surgiram”, o Papa pediu que sejam retiradas as necessárias lições.
No discurso proferido no seminário de Oscott, Birmingham (Inglaterra), Bento XVI admitiu que os Bispos lidaram de “formas muitas vezes desadequadas” com todas estas situações, no passado.
“A vossa crescente consciência da extensão do abuso de crianças na sociedade, dos seus efeitos devastadores e da necessidade de oferecer um apoio adequado às crianças deve servir como um incentivo a partilhar as lições que aprendestes com a comunidade, no seu todo”, observou.
Na conclusão da sua visita de quatro dias ao Reino Unido, o Papa deixou votos de que a Igreja faça “reparação por estes pecados” e parta ao encontro “das crianças que continuam a sofre abusos, noutros locais”.
Antes deste discurso, Bento XVI já tinha abordado o tema dos abusos em duas intervenções, manifestando a sua “profunda dor” perante o acontecido, e manteve um encontro privado com cinco vítimas, na Nunciatura Apostólica, em Londres.
Perante os Bispos da Inglaterra, Gales e Escócia, o Papa quis ainda aludir à crise financeira, apelando a uma maior “generosidade” dos católicos britânicos, e à “urgente necessidade de proclamar novamente o Evangelho num ambiente altamente secularizado”.
Pediu ainda que seja dada prioridade “aos pobres e necessitados, aos doentes e idosos, aos não-nascidos e aos abandonados”.
Bento XVI foi saudado pelo Cardeal Keith O'Brien, presidente da Conferência Episcopal da Escócia, e o Arcebispo Vincent Nichols, líder da Conferência da Inglaterra e Gales, que manifestaram a sua gratidão pela presença e as palavras papais.
O Papa passou por Edimburgo, Glasgow, Londres e Birmingham, de 16 a 19 de Setembro, na sua 17ª viagem ao estrangeiro, a primeira visita de Estado de um Papa ao Reino Unido.
Fonte: Ag. Ecclesia
MAIOR DIALOGO ENTRE CATÓLICOS E ANGLICANOS
Visita do Papa marcou desanuviamento no clima de desconfiança entre as duas Igrejas
Bento XVI abordou este Domingo, pela primeira vez na sua viagem ao Reino Unido, as questões levantadas ao diálogo entre católicos e anglicanos pela promulgação, em 2009, da constituição apostólica “Anglicanorum Coetibus”, que apresenta as normas para o regresso de alguns grupos à Igreja Católica.
Num discurso aos Bispos da Inglaterra, Gales e Escócia, o Papa disse que esta decisão pretendia ser “um gesto profético que pode contribuir de forma positiva para o desenvolvimento das relações entre católicos e anglicanos”.
“O fim último da actividade ecuménica”, sublinhou depois, é a “restauração da total comunhão eclesial, no contexto da qual a troca recíproca de dons das nossas respectivas tradições espirituais serve como um enriquecimento para todos”.
O Papa convidou a “rezar e trabalhar sem cessar em ordem a celebrar o dia feliz em que este objectivo possa ser conseguido”.
A passagem de Bento XVI pela Inglaterra ficou marcada pelos encontros com o Arcebispo da Cantuária (Primaz da Igreja Anglicana), Rowan Williams, tornando-se o primeiro Papa a visitar a residência do lider anglicano, no palácio de Lambeth, e a histórica Abadia de Westminster, em Londres, no coração do anglicanismo.
Das palavras e gestos de ambos, fica a sensação de que a longa história de desconfiança e mesmo disputas recíprocas vai conhecer capítulos diferentes, nos próximos tempos.
Na visita de cortesia ao palácio de Lambeth, em Londres, o Papa sublinhou que o “notável progresso feito em várias áreas de diálogo”, sob o impulso de uma comissão internacional anglicana-católica.
Bento XVI convidou os fiéis das duas Igrejas a explorar, com membros de outras tradições religiosas, “caminhos para testemunhar a dimensão transcendente da pessoa humana e o chamamento universal à santidade”.
A primeira visita de Estado de um Papa ao Reino Unido acontece 476 anos depois do nascimento da Igreja Anglicana (1534), ocorrido na sequência do corte de relações do rei Henrique VIII com Roma. João Paulo II estivera na Grã-Bretanha em 1982, numa visita seria de carácter pastoral.
Para o actual Papa, no momento presente testemunha-se uma “cultura cada vez mais distante das raízes cristãs, apesar de uma profunda e disseminada fome de alimento espiritual”.
Rowan Williams e Bento XVI assinaram uma declaração conjunta, onde se afirma o compromisso de “proclamar a mensagem evangélica de salvação em Jesus Cristo, de maneira racional e convincente, no contemporâneo contexto de profunda transformação cultural e social”.
Ambos procuraram sempre sublinhar os campos de preocupação comum e não tanto aquilo que separa as duas Igrejas, evitando ainda abordar a questão do possível «êxodo» de fiéis anglicanos para o catolicismo.
Nesse contexto, apesar das divergências existentes, o Papa e o Arcebispo da Cantuária comprometeram-se a aprofundar o diálogo, em especial no que diz respeito à “noção de Igreja como comunhão, local e universal”.
Grande curiosidade despertou o facto de Bento XVI ter cumprimentado uma clériga anglicana, na Abadia de Westminster, uma imagem evidente das diferenças entre as duas Igrejas.
O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, assegurou que o Papa ficou “impressionado” pela beleza da liturgia anglicana e pela forma como decorreu a celebração ecuménica, admitindo ser normal que Bento XVI cumprimente mulheres que têm ministérios específicos noutras Igrejas.
“Não me parece que isto seja particularmente problemático”, indicou aos jornalistas.
IGREJA PROCURA NOVA POLITICA DE PROTEÇÃO DE MENORES
Reino Unido: Igreja procura «novo modelo» para evitar abuso de menores
Visita papal contou com inédito encontro com responsáveis pela defesa de jovens e crianças nas instituições católicas
Bento XVI e um grupode responsáveis pela política de protecção de menores nas instituições católicas debateram um novo modelo para o cuidado de jovens e crianças.
A revelação foi feita este Domingo, 19 de Setembro, em Birmingham, pelo presidente da Comissão católica nacional para a salvaguarda das crianças no Reino Unido, Bill Kilgallon.
Falando aos jornalistas, este responsável adiantou que o debate passou pela necessidade de implementar um sistema de “controlo” em todos os níveis – paroquial, diocesano e nacional – e uma maior cooperação com as autoridades policiais e os serviços sociais.
O Papa, assinalou Kilgallon, “está determinado para que a Igreja responda melhor” a estas situações e “as vítimas de abuso recebam mais apoio”.
Bento XVI reuniu-se no Sábado, em Londres, com cinco vítimas de abusos sexuais, por parte do clero, a quem manifestou a sua “dor e vergonha” perante estes acontecimentos.
Em seguida, teve lugar uma inédita reunião com responsáveis pela defesa de jovens e crianças nas instituições católicas, a quem o Papa felicitou pelo seu “contributo vital” na promoção de ambientes mais seguros, seguindo as indicações formuladas pelo relatório Nolan e a subsequente Comissão Cumberlege, que analisaram esta questão.
“Isso ajuda a garantir que as medidas de prevenção adoptadas seja eficazes, que se mantenham com atenção e que todas as denuncias de abuso se tratem com rapidez e justiça”, disse Bento XVI.
Para o Papa, é “justo reconhecer os esforços da Igreja” por “garantir a segurança de crianças e jovens”, em especial nos últimos 10 anos.
Fonte: Ag. Ecclesia
MILHARES DE PESSOAS ACOMPANHAM O PAPA BENTO XVI
Bento XVI visita oratório fundado pelo Beato Newman e prepara encontro com Bispos
Milhares de pessoas acompanham o Papa no percurso até ao Oratório de São Filipe Neri e o seminário católico de Oscott, em Birmingham (Inglaterra) onde Bento XVI almoça este Domingo, 19 de Setembro.
O dia final da visita ao Reino Unido conta, depois da cerimónia de beatificação do Cardeal Newman, já concluída, com um encontro com os Bispos da Inglaterra, Gales e Escócia, pelas 16h45.
Após a Missa, o Papa seguiu para uma visita privada ao Oratório de São Filipe Neri de Edgbaston, em Birmingham, fundado pelo Beato John Henry Newman, ali sepultado.
Bento XVI desceu do papamóvel e dirigiu-se para junto das pessoas que se agrupavam junto deste local, tendo-as cumprimentado durante breves momentos, perante o olhar atento das forças de segurança, antes de entrar no edifício.
Milhares de pessoas saudaram o Papa ao longo das estradas, desde o Cofton Park, em particular à passagem do papamóvel.
Às 18h15 tem lugar a cerimónia de despedida no Aeroporto Internacional de Birmingham e, meia hora depois, a partida para Roma.
Bento XVI passou pelas cidades de Edimburgo e Glasgow (Escócia), Londres e Birmingham (Inglaterra) entre 16 e 19 de Setembro, na primeira visita de Estado de um Papa ao Reino Unido.
CARDEAL NEWMAN FOI BEATIFICADO
Mais de 50 mil pessoas com Bento XVI na Missa celebrada em Birmingham
Lusa
Bento XVI beatificou este Domingo em Birmigham, Inglaterra, o Cardeal John Henry Newman, uma das maiores figuras eclesiais no século XIX.
Perante mais de 50 mil pessoas, que assinalaram com palmas o momento solene, o Arcebispo de Birmingham, D. Bernard Longley, pediu formalmente que o Papa beatificasse John Henry Newman e o vice-postulador da causa de canonização leu uma pequena biografia.
Bento XVI proferiu, em seguida, a fórmula de beatificação, anunciando que a festa litúrgica do Beato Newman será celebrada a 9 de Outubro, precisamente a data da sua conversão, em 1845.
Um retrato gigante do novo beato foi descerrado e as suas relíquias colocadas junto ao altar, antes de o Papa cumprimentar o Arcebispo local e o vice-postulador da causa do Cardeal Newman, que continuará agora a trabalhar para a sua canonização, último degrau da «escada» de santidade já percorrida.
Esta é uma opção simbólica, mostranto que o Papa quer apresentar o Cardeal inglês, respeitado por crentes e não crentes, como modelo de pensador e líder espiritual numa altura em que a Igreja Católica atravessa um momento delicado.
Forte influência na vida e pensamento de Joseph Ratzinger, Newman é reconhecido como um notável escritor, pregador e teólogo, que James Joyce apelidava o “maior dos escritores ingleses em prosa”.
Nascido em Londres a 21 de Fevereiro de 1801 e falecido a 11 de Agosto de 1890, John Henry Newman converteu-se do anglicanismo ao catolicismo aos 44 anos.
Antes da sua conversão, foi uma das figuras principais do Movimento de Oxford, que procurava aproximar das suas raízes a Igreja Anglicana da Inglaterra, na qual era clérigo.
Após a sua conversão foi ordenado padre católico em Roma, no ano de 1847, e encorajado pelo Papa Pio IX regressou à Inglaterra, onde fundou o oratório de S. Filipe Neri.
Escritor prolífico, como recorda o Vaticano na sua biografia oficial, Newman abordou diversas matérias com destaque para a relação entre fé e razão, a natureza da consciência e o desenvolvimento da doutrina cristã, obras que lhe valeram grande reconhecimento do mundo católico e que influenciaram mesmo o Concílio Vaticano II, nos anos 60 do século XX.
Em 1879, com 78 anos de idade, foi criado Cardeal por Leão XIII, tendo morrido no ano de 1890, em Birmingham.
A 22 de Janeiro de 1991, o Cardeal Newman foi declarado venerável por João Paulo II, uma vez comprovada a heroicidade das suas virtudes.
Durante o processo de beatificação, os seus restos mortais foram transladados do pequeno cemitério de Rednall Hill, nos subúrbios de Birmingham, onde estava enterrado juntamente com Ambrose St. John, também convertido ao catolicismo, para o Oratório São Felipe Neri de Birmingham.
Bento XVI sempre teve um interesse pessoal nesta causa e é um apreciador da teologia do Cardeal Newman, já desde os tempos em que era um jovem seminarista na Alemanha, o que justifica que, pela primeira vez no actual pontificado, o Papa abra uma excepção à prática que implementou e presida pessoalmente a uma beatificação.
"Newman pertence deveras aos grandes doutores da Igreja, porque ele toca ao mesmo tempo o nosso coração e ilumina o nosso pensamento", disse o então Cardeal Ratzinger sobre este Cardeal inglês, em 1990.
A beatificação, a primeira a ter lugar em solo inglês, acontece após a Congregação para as Causas dos Santos ter reconhecido em 2008 que a cura de uma lesão na coluna vertebral de Jack Sullivan, diácono permanente de Boston, Massachussets, não encontrava “explicação médica”, podendo ser considerada como milagre.
O Cardeal Newman foi uma figura muito popular no seu tempo: a sua conversão teve grande impacto na sociedade vitoriana e restaurou o prestígio da Igreja Católica na Inglaterra.
A sua autobiografia espiritual “Apologia pro vita sua” (1864) é vista por muitos como a maior obra do género desde as célebres “Confissões”, de Santo Agostinho.
É este o homem escolhido por Bento XVI para o momento mais importante da sua primeira visita de Estado ao Reino Unido, que decorre desde 16 de Setembro, um Cardeal inglês que o actual Papa apresentou recentemente com “extraordinário exemplo de fidelidade à verdade”, mesmo “à custa de um considerável sacrifício pessoal".
Fonte: Ag. Ecclesia