«Visita do Papa ao Reino Unido vai aproximar católicos e anglicanos»
D. José Saraiva Martins realça o valor simbólico da beatificação do cardeal John Henry Newman
D. José Saraiva Martins considera a visita de Bento XVI ao Reino Unido como um momento “muito importante, do ponto de vista ecuménico, para a Igreja inglesa, sobretudo no contexto actual, em que muitos anglicanos se estão a aproximar do catolicismo”.
D. José Saraiva Martins realça o valor simbólico da beatificação do cardeal John Henry Newman
D. José Saraiva Martins considera a visita de Bento XVI ao Reino Unido como um momento “muito importante, do ponto de vista ecuménico, para a Igreja inglesa, sobretudo no contexto actual, em que muitos anglicanos se estão a aproximar do catolicismo”.
O prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos (CCS) encontra “muitos pontos comuns” entre as duas doutrinas, e aborda ainda o valor simbólico que terá a beatificação do cardeal John Newman.
Este acontecimento será um dos pontos altos da primeira passagem oficial do Papa por terras britânicas, que terá lugar entre 16 e 19 de Setembro.
John Henry Newman foi um sacerdote anglicano inglês, que se converteu à Igreja católica em 1845. Mais tarde, em 1879, ele foi eleito cardeal pelo Papa Leão XIII, como reconhecimento pelo seu trabalho pastoral.
A sua mudança de vida deu-se através do estudo dos padres da Igreja, que lhe permitiu chegar à conclusão que “a verdadeira Igreja, fundada por Cristo, não podia ser outra que não a Igreja Católica”, sublinha D. Saraiva Martins.
O prelado fala com muito apreço desta figura da Igreja, já que liderou os trabalhos para a sua beatificação, enquanto prefeito da CCS, e tem um profundo conhecimento da história de Newman.
“Quando ele se converteu ao catolicismo, foi aluno daquela que seria mais tarde a minha universidade, a Pontifícia Universidade Urbaniana”, recorda o bispo, reitor da instituição em dois períodos, 1977 – 1983 e 1986 – 1988.
O então padre John Newman teria de começar o seu percurso académico todo de início, “levando uma vida comunitária com os seminaristas que frequentavam o colégio”.
Esta “humildade e simplicidade extraordinárias” de um homem que não teve problemas em recomeçar, “apesar de ser alguém já muito famoso no mundo cultural do seu tempo”, é um dos aspectos que mais evidenciam a sua santidade, para D. Saraiva Martins.
No entanto, estes factos não tiveram um peso decisivo para que o Vaticano aceitasse o seu processo de beatificação.
“Foi aceite porque ele praticou as virtudes em grau heróico e comprovadamente, operou um milagre por intermédio de Deus”, realça o prelado.
O milagre que D. Saraiva Martins refere foi a cura, sem explicação médica, de John Sullivan, um diácono de Boston, em Agosto de 2001. Afectado por graves problemas de coluna, que o impediam de andar, Sullivan garantiu que se curou depois de ter pedido a intercessão do cardeal Newman, em oração.
Fonte: Ecclesias
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