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NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

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CAPELA DE NOSSA SENHORA DA MEDALHA MILAGROSA

Uma Capela cheia de segredos !Você quer descobri-la conosco? Saiba, antes de tudo, que a Casa Mãe da Companhia das Filhas da Caridade era o antigo "Hotel de Châtillon". Este, foi concedido à Companhia, em 1813, por Napoleão Bonaparte, depois da tormenta da Revolução Francesa. Imediatamente, começa a construção da Capela.A 8 de agosto de 1813, realizou-se a bênção solene da Capela dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Em 1830, aconteceram então as aparições. Aumentou o numero de vocações.Foi necessário transformar a Capela, que passa então por várias modificações. Em 1930, por ocasião do centenário das apariçes, uma nova reforma nos mostra a Capela tal como a vemos hoje.Agora, a você a oportunidade de visitá-la!
http://www.chapellenotredamedelamedaillemiraculeuse.com

Visita a Capela da Medalha Milagrosa, localizada na Rue du Bac, 140 - Paris

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terça-feira, 29 de setembro de 2009

MAIS UM SACERDOTE É ASSASSINADO NO BRASIL

Igreja Católica no Brasil perde outro sacerdote vítima de assassinato

............... + Padre Evaldo Martiol.

Caçador, 29 Set. 09 / 05:00 pm (ACI).


- Neste sábado, 26, por volta das 23h, a Igreja Católica no Brasil perdeu mais um sacerdote. Desta vez, trata-se de padre Evaldo Martiol, 33 anos, pertencente à diocese de Caçador (SC), informa a nota da CNBB. Padre Evaldo foi assassinado por um jovem de 21 anos que disparou três dos tiros e um adolescente de 15 que efetuou o último, matando o sacerdote brasileiro. “O sacerdote foi vítima de latrocínio, roubo seguido de morte. Ele voltava de uma capela, na noite de ontem; logo após, aproveitou para passar na casa da mãe de outro padre. Quando saía de volta para casa, os bandidos pediram carona e o renderam no caminho. Ele foi levado a uma distância de 5 km fora da zona urbana de Caçador, onde quatro tiros foram disparados contra o sacerdote, que morreu na hora”.“O velório aconteceu ontem (28/09), na catedral de Caçador, onde o sacerdote trabalhava. Segundo o bispo diocesano de Caçador, dom Luiz Carlos Eccel, nem em sua ordenação episcopal estiveram presentes tantas pessoas, como no velório de padre Everaldo. “A catedral estava lotada, as pessoas emocionadas porque o padre Everaldo era um filho querido que vivia de fazer amizades com todos. Seu modo de evangelizar era por meio da amizade”, afirmou, emocionado, o bispo”.Natural do município catarinense de Timbó Grande, o Pe. Evaldo Martiol foi ordenado sacerdote em 26 de abril de 2003; portanto, tinha seis anos de sacerdócio. Ele trabalhou na paróquia de Friburgo, Salto Veloso e, por fim, na Catedral, paróquia São Francisco de Assis de Caçador.Violência sem fimO Padre Evaldo foi o terceiro sacerdote assassinado em um curtíssimo período de tempo no Brasil. A pouco mais de três meses, a Igreja Católica no Brasil perdeu três sacerdotes vítimas de assassinato. O primeiro deles foi o assessor nacional do Setor Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Gisley Gomes Azevedo, 31, assassinado por um grupo de jovens na noite do dia 15 de junho, em Brazlândia, cidade satélite de Brasília. Em Manaus (AM), o padre italiano Ruggero Ruvoletto, 52, foi assassinado no último dia 19, com um tiro na cabeça, informou a nota da CNBB.


ÊXITO NA VIAGEM DO PAPA À REP. TCHECA

ÊXITO POSITIVO: O BALANÇO DA VIAGEM DO PAPA À REP. TCHECA

Praga,

- O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, fez um balanço desta primeira viagem de Bento XVI à República Tcheca.Em entrevista à Rádio Vaticano, da qual é diretor, o sacerdote jesuíta afirma a viagem teve êxodo positivo, alcançado os diversos objetivos que se propunha, seja para o encorajamento e a confirmação na fé da Igreja local, seja pelas relações positivas estabelecidas entre a Igreja e a sociedade, "demonstrando toda a sua amizade pelo povo da República Tcheca, como também pelos outros povos europeus".

RV:- Com quais sentimentos o papa viveu esta viagem à Rep. Tcheca?Pe.

Lombardi :- O papa está realmente muito contente com esta viagem; sentiu-se acolhido com amizade, com cordialidade pela sociedade no seu conjunto, e também pelos representantes, pelas autoridades do povo tcheco e, naturalmente, com grande amor pelos fiéis que participaram em grande número, em especial das duas grandes ocasiões de celebração comum: em Brno, na Moravia, e na Festa de São Venceslau.

RV:- Bento XVI tocou os grandes temas do seu pontificado: fé e razão, caridade e liberdade na verdade e, principalmente, o grande tema da esperança…

Pe. Lombardi :- Um tema que trouxe também muita alegria, muita serenidade nesta viagem. Creio que seja a grande resposta à pergunta que muitos colocam: mas o que a Igreja pode fazer em uma sociedade na qual a secularização é tão avançada, na qual muitos parecem indiferentes à fé ou não se consideram mais religiosos ou consideram não ter mais uma relação com Deus? Pois bem, o testemunho da esperança creio que seja algo a mais que os fiéis manifestam, uma direção na qual empenhar a própria vida, na qual olhar que, mesmo que não seja compreensível a curto prazo, a longo se manifesta como um tema absolutamente crucial. E o fato que o papa tenha concluído a sua viagem falando com os jovens, que são justamente os portadores da esperança do amanhã, me parece que tenha dado uma expressão muito bela da importância crucial deste tema.

RV:- Quais são os frutos que esta viagem pode dar à Igreja local?

Pe. Lombardi:- Penso que seja o fruto que o encontro com Pedro produz sempre, ou seja, o conforto na fé, a confirmação na fé, na vida cristã e, portanto, o relançamento da alegria de viver o Cristianismo, quaisquer que sejam as situações circunstantes. Isso é algo precioso não somente para a comunidade católica, mas para a comunidade dos que creem, mas também para a sociedade que acolhe esta mensagem.(BF)

Fonte: RV

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

PAPA DEIXA REPÚBLICA TCHECA

PAPA DEIXA REPÚBLICA TCHECA CONVIDANDO JOVENS A CONSTRUÍREM MUNDO QUE REFLITA BELEZA DIVINA

Praga, 28 set (RV)

- Bento XVI concluiu esta tarde a sua 13ª viagem apostólica internacional. Por volta das 17h locais, o Santo Padre deixou a Nunciatura Apostólica de Praga, após despedir-se dos funcionários e colaboradores da mesma, dirigindo-se para o aeroporto da capital tcheca, onde o aguardava, entre outros, o presidente da República, Václav Klaus – acompanhado de sua consorte. A cerimônia de despedida teve lugar no prédio do Cerimonial de Estado do aeroporto, diante do qual se encontrava estacionado o Airbus A319, avião da Presidência da República Tcheca que trouxe o pontífice de volta para Roma.Após as honras militares, a execução dos hinos do Vaticano e da República Tcheca, e o discurso do presidente Klaus, o Santo Padre proferiu seu discurso, agradecendo pela generosa hospitalidade durante sua breve permanência no país, felicitando mais uma vez o presidente por seu onomástico, neste dia em que a nação celebra o seu protetor e padroeiro, São Venceslau.O pontífice agradeceu também às autoridades eclesiásticas e a todos aqueles que trabalharam para assegurar o bom êxito dos vários encontros e celebrações."Naturalmente, incluo em meus agradecimentos as autoridades, os meios de comunicação e os muitos voluntários que ajudaram para o afluxo regular das pessoas, e todos os fiéis que rezaram a fim de que essa visita trouxesse bons frutos para a nação tcheca e para a Igreja nesta região."Em seguida, Bento XVI recordou os momentos de oração e as liturgias celebradas, aludindo à história cristã do país e a seus numerosos santos e mártires:"A Igreja neste país foi verdadeiramente abençoada com uma extraordinária fileira de missionários e de mártires, bem como de santos contemplativos, entre os quais gostaria de recordar, de modo particular, Santa Inês da Boêmia, cuja canonização, vinte anos atrás, foi mensageira da libertação deste país da opressão ateia."O papa ressaltou ainda a importância do ecumenismo, particularmente em vista da história atribulada da região; o papel dos estudiosos na promoção da reconciliação e a superação das diferenças. Nesse contexto, o Santo Padre recordou seus encontros com expoentes do mundo ecumênico e do mundo acadêmico:"O meu encontro de ontem com os representantes de outras comunidades cristãs me confirmou a importância do diálogo ecumênico nesta terra que muito sofreu pelas conseqüências da divisão religiosa no tempo da guerra dos Trinta anos. Já foi feito muito para curar as feridas do passado, e foram dados passos decisivos no caminho da reconciliação e da verdadeira unidade em Cristo. A comunidade acadêmica tem um importante papel a desempenhar na ulterior edificação desses sólidos fundamentos, mediante uma íntegra busca da verdade. Foi para mim um prazer ter a oportunidade de encontrar-me ontem com os representantes das universidades deste país, e expressar o meu apreço pela nobre missão à qual eles dedicam a vida."Em seguida, Bento XVI referiu-se ao encontro com os jovens, fazendo uma exortação a construírem um mundo que reflita a beleza de Deus:"Fiquei particularmente feliz por encontrar os jovens e encorajá-los a construírem o mundo baseado nas melhores tradições do passado desta nação, particularmente, na herança cristã. Segundo um dito atribuído a Franz Kafka, "Quem mantém a capacidade de ver a beleza jamais envelhece" (Gustav Janouch, Conversações com Kafka).""Se os nossos olhos permanecerem abertos à beleza da criação de Deus e as nossas mentes à beleza da sua verdade, então poderemos realmente esperar permanecer jovens e construir um mundo que reflita algo da beleza divina, de modo a oferecer inspiração às futuras gerações para que façam o mesmo" – exortou o Santo Padre.O papa encerrou seu discurso de despedida invocando o Menino Jesus de Praga, a fim de que continue inspirando e conduzindo o presidente Klaus e todas as famílias da nação tcheca. "Que Deus a todos vos abençoe!" – concluiu.Encerrada a cerimônia, às 18h15 locais, o Airbus A319 – com o papa e comitiva a bordo – deixou o aeroporto de Praga com destino ao aeroporto romano Ciampino, aonde chegou pouco antes das 20h locais.Dali, o Santo Padre prosseguiu de automóvel para a residência pontifícia de Castel Gandolfo, concluindo assim a sua 13ª viagem apostólica internacional, que teve como lema "O amor de Cristo é a nossa força". (RL)

Fonte: RV

NÃO PERMANEÇAM INDIFERENTES DIANTE DOS QUE BUSCAM A VERDADE, O AMOR E A VERDADEIRA VIDA


PAPA NO ANGELUS: NÃO PERMANEÇAM INDIFERENTES DIANTE DOS QUE BUSCAM A VERDADE, O AMOR E A VERDADEIRA VIDA



Praga,

- Na alocução que antecedeu a oração mariana do Angelus deste domingo, que teve lugar pouco antes da bênção final da missa que presidiu em Brno, Bento XVI saudou os milhares de peregrinos provenientes dos países vizinhos. Muitos dos fiéis e peregrinos presentes haviam feito uma vigília de oração durante toda a noite à espera da missa desta manhã.O papa confiou todos eles à Virgem Maria, a fim de que reforce nos fiéis uma fé por vezes atingida pelos ritmos da vida moderna.Bento XVI fez um convite final a fim de que não permaneçam indiferentes diante daqueles que buscam a verdade, o amor e a vida verdadeira. Mostremos a eles – concluiu – o caminho rumo a Jesus, que "dá a vida em abundância".O Santo Padre encerrou a celebração concedendo a todos a sua bênção apostólica.Concluída a celebração, o pontífice retornou de avião de Brno – capital da região tcheca da Moravia - para Praga, onde, na nunciatura apostólica, almoçou com a sua comitiva.Os compromissos do Santo Padre, em seu segundo dia em terras tchecas, prosseguem esta tarde, com um encontro ecumênico no arcebispado de Praga. De fato, às 17h locais, Bento XVI se encontrará com expoentes do Conselho Ecumênico da República Tcheca.O último compromisso deste domingo para Bento XVI está programado para as 18h locais: trata-se do encontro com o mundo acadêmico, que terá lugar no Castelo de Praga, com a participação de reitores das universidades da República Tcheca, de uma representação de docentes e de estudantes, além de expoentes das instituições culturais do Estado e da Igreja Católica.Após o encontro, o pontífice se transferirá para a nunciatura apostólica, onde jantará de forma privada e pernoitará.Para amanhã, segunda-feira, último dia da visita pastoral do papa à República Tcheca, o ponto alto será a celebração da santa missa na esplanada de Via de Melnik, na antiga cidade de Starà Boleslav, particularmente ligada ao culto a São Venceslau, que ali sofreu o martírio.

De fato hoje, dia 28, é dia de festa para a nação tcheca, que, justamente, estará celebrando o seu padroeiro, São Venceslau. (RL)

Fonte: RV

domingo, 27 de setembro de 2009

CRISTO É NOSSA ÚNICA ESPERANÇA CERTA

PAPA NA MISSA EM BRNO: CRISTO É NOSSA ÚNICA ESPERANÇA CERTA


Praga, 27 set (RV)


- Prossegue, em seu segundo dia, a visita pastoral de Bento XVI à República Tcheca, em sua 13ª viagem apostólica internacional. Esta manhã, o Santo Padre deixou Praga transferindo-se de avião para a cidade de Brno – capital da região tcheca da Moravia, onde, às 10h locais, celebrou a santa missa na esplanada adjacente ao aeroporto da cidade.A celebração teve a participação de cento e cinqüenta mil fiéis, entre os quais milhares de peregrinos provenientes da Eslováquia, Polônia, Alemanha, Hungria e Áustria. Trata-se do maior encontro religioso da história da República Tcheca. Foi a primeira vez que um papa visitou a cidade.Na homilia da celebração, o Santo Padre fez um convite a se redescobrir a salvação trazida por Jesus, única esperança da humanidade. A história ensina o absurdo ao qual o homem chega quando exclui Deus – observou.A missa, concelebrada por cerca de 50 cardeais e bispos, teve a participação, entre outras autoridades, do presidente do tcheco, Václav Klaus, acompanhado de sua consorte.Tratou-se de uma missa vivida com grande participação. No início, um sacerdote explicou que era desejo do papa viver o rito em silencioso recolhimento, sem aplausos e vivas. Foi uma exortação acolhida muito positivamente pelos fiéis, que durante o regime comunista eram obrigados a manifestações de apoio fortemente entusiastas.Próximo ao altar encontrava-se a imagem de Nossa Senhora com o Menino Jesus, do Santuário de Turany – a chamada Mãe dos Espinhos, consoladora daqueles que se encontram na dor e no sofrimento.O pontífice recordou que Jesus veio para anunciar a libertação e alegria a todos os aflitos e aos pobres: Ele é "a única esperança 'certa' e 'confiável' de que precisam esta terra, a Europa e toda a humanidade:"A experiência da história mostra a quais absurdos chega o homem quando exclui Deus do horizonte de suas escolhas e de suas ações, e como não é fácil construir uma sociedade inspirada nos valores do bem, da justiça e da fraternidade, porque o ser humano é livre e a sua liberdade permanece frágil. Então, a liberdade deve ser constantemente conquistada para o bem e a não fácil busca da justa ordem das coisas humanas é uma tarefa que cabe a todas as gerações."A verdadeira esperança – acrescentou – se realizou com a morte e ressurreição de Jesus que nos libertou da escravidão do egoísmo e do mal. Mas hoje a cultura atual representa muitas vezes "um desafio radical para a fé e, portanto, também para a esperança":"De fato, tanto a fé quanto a esperança, na época moderna, sofreram uma modificação de lugar, porque foram relegadas ao âmbito privado e ultraterreno, enquanto na vida concreta e pública tomou pé a confiança no progresso científico e econômico (cfr Spe salvi, 17). Todos sabemos que esse progresso é ambíguo: abre possibilidades para o bem junto a perspectivas negativas.""Os desenvolvimentos técnicos e o melhoramento das estruturas sociais – ponderou o pontífice – são importantes e certamente necessários, mas não bastam para garantir o bem-estar moral da sociedade":"O homem precisa ser libertado das opressões materiais, mas deve ser salvo – e mais profundamente – dos males que afligem o espírito. E quem pode salvá-lo a não ser Deus, que é Amor e revelou a sua face de Pai onipotente e misericordioso em Jesus Cristo? Portanto, a nossa firme esperança é Cristo: n'Ele, Deus nos amou extremamente e nos deu a vida em abundância (cfr Jo 10, 10), essa vida que toda pessoa, por vezes até mesmo sem saber, anseia possuir."O papa recordou que "muitos sofreram por manter-se fiéis ao Evangelho e não perderam a esperança; muitos se sacrificaram para dar novamente dignidade ao homem e libertar os povos, encontrando na adesão generosa a Cristo a força para construir uma nova humanidade":"E, no entanto, na sociedade atual, onde tantas formas de pobreza nascem do isolamento, do não ser amados, da rejeição a Deus e de um originário trágico fechamento do homem que pensa poder bastar a si mesmo, ou então, de ser apenas um fato insignificante e passageiro; neste nosso mundo que é alienado "quando se confia a projetos somente humanos" (cfr Caritas in veritate, 53), somente Cristo pode ser a nossa esperança certa. Esse é o anúncio que nós cristãos somos chamados a difundir todos os dias, com o nosso testemunho." (RL)

Fonte: RV

sábado, 26 de setembro de 2009

O AMOR DE CRISTO É A NOSSA FORÇA


BENTO XVI NA REP. TCHECA: O AMOR DE CRISTO É A NOSSA FORÇA

Praga, 26 set (RV)

- "O amor de Cristo é a nossa força." Sob esse lema teve início esta manhã a viagem de Bento XVI à República Tcheca. Trata-se de sua 13ª viagem apostólica internacional, e a 7ª pela Europa.Depois de pouco mais de duas horas de vôo, o Santo Padre chegou ao aeroporto internacional da capital, Praga, onde foi acolhido por autoridades políticas e eclesiásticas, entre as quais o presidente da República, Václav Klaus, pelo arcebispo da cidade, Card. Miloslav Vlk, e pelo presidente da Conferência Episcopal Tcheca, Dom Jan Graubner.Ao descer do avião, o papa recebeu de um jovem casal vestido com roupas tradicionais os elementos simbólicos do país: o pão, o sal e um vaso com terra. Num ambiente fortemente secularizado que caracteriza hoje o país, ao saudar o povo tcheco Bento XVI logo citou suas raízes cristãs, simbolizadas pelos Santos Cirilo e Metódio, padroeiros da Europa, que no século nono colocaram pela primeira vez por escrito a língua eslava.Por sua posição geográfica, no coração da Europa, a República Tcheca é o local de encontro de povos, tradições e culturas diferentes. "Não se deve negar que isso tenha causado atritos, todavia, no tempo, revelou ser um encontro frutuoso" – disse o pontífice, acentuando o papel das terras tchecas na histórica intelectual, cultural e religiosa da Europa. Falando da história mais recente, Bento XVI recordou que se aproximam os 20 anos da "Revolução de Veludo", que pôs fim a uma época especialmente difícil para o país – uma época em que a circulação de ideias e de movimentos culturais era rigidamente controlada.Se a queda do Muro de Berlim foi um marco na história mundial, isso é ainda mais verdadeiro para os países da Europa Central e Oriental; todavia, destacou o papa, não se deve subestimar o custo de 40 anos de repressão política, sobretudo a tentativa de calar a Igreja, que sobreviveu graças a inúmeros mártires. "Agora que a liberdade religiosa foi restabelecida, disse o papa, peço a todos os cidadãos da República Tcheca que redescubram as tradições cristãs que plasmaram sua cultura, e exorto a comunidade cristã a continuar a fazer sentir a própria voz." (BF)
Fonte: RV

54 MIL BRASILEIROS DEIXAM O JAPÃO - CRISE

CRISE: MISSIONÁRIO REFERE QUE MAIS DE 54 MIL BRASILEIROS DEIXARAM O JAPÃO

Tóquio,

- Como todos os anos, os missionários e missionárias que trabalham em comunidades com migrantes brasileiros no Japão se reuniram em assembléia de 8 a 10 de setembro na localidade de Takarazuka, nas proximidades de Osaka. De acordo com o Padre Olmes Milani, que colabora quinzenalmente com o Programa Brasileiro, durante a assembleia foram debatidos alguns tópicos significativos da Instrução Pastoral "Erga Migrantes Caritas Christi", relacionados com a situação dos migrantes no Japão. "Como não podia deixar de ser, nossa atenção voltou-se também para a crise econômica mundial e seus efeitos sobre as comunidades. Ao mesmo tempo em que constatamos sofrimentos nas famílias e comunidades, notamos maravilhosos testemunhos de solidariedade, fraternidade, doação e desprendimento de muitos migrantes ao encontro dos desempregados" – referiu Pe. Olmes.Calcula-se que aproximadamente 54.400 brasileiros tenham retornado ao Brasil por causa da crise econômica. Aos desempregados, o governo incentiva o retorno, financiando parte da passagem. Durante o evento, foram dadas as boas-vindas aos missionários recém-chegados – todavia, insuficientes, segundo Pe. Olmes: "O quadro precisa de reforço e renovação. Que venham os valentes. A messe é grande". (BF)

Fonte: RV

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

S.S. PAPA BENTO XVI EM PORTUGAL

PAPA VISITARÁ PORTUGAL EM 2010

Cidade do Vaticano,

- A Sala de Imprensa da Santa Sé informou hoje que Bento XVI realizará uma viagem apostólica a Portugal, em maio de 2010, aceitando, assim, o convite da Conferência Episcopal Portuguesa.O Santo Padre presidirá as cerimônias, em Fátima, no dia 13 de maio próximo, em vista do aniversário da primeira aparição de Nossa Senhora aos três pastores. O programa completo da visita do papa ainda não foi estabelecido."Manifestamos a nossa alegria por esta visita do Santo Padre a Portugal. O amor dos católicos portugueses ao Sucessor de Pedro é um elemento chave da nossa tradição católica e da nossa fidelidade à Igreja" – afirma numa nota o arcebispo de Braga, Dom Jorge Ferreira da Costa Ortiga, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.O prelado ressalta que a visita apostólica do Santo Padre a Portugal será mais uma ocasião para aprofundar e expressar "o desejo de comunhão com o Pastor Universal". O arcebispo de Braga convida "todas as comunidades católicas a prepararem esta visita, vivendo profundamente a comunhão eclesial".O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa sublinha ainda que a "Nossa Senhora, que o povo Português ama com uma ternura especial, é a Mãe bondosa que nos convida a mergulhar em Jesus Cristo e no mistério da Igreja".Dom Costa Ortiga conclui o comunicado frisando que com certeza o povo português, independentemente de sua ideologia e religião, saberá acolher o papa que tem sido um profeta das causas fundamentais e urgentes, como a paz, a liberdade, o diálogo, a justiça e a fraternidade. (MJ)

Fonte: RV

terça-feira, 22 de setembro de 2009

SER SACERDOTE NOS DIAS DE HOJE

Pároco conta alegrias e tristezas de ser sacerdote hoje
Padre Luigi Pellegrini, de Santa Rita em Viareggio
Por Antonio Gaspari
ROMA,

- Segundo o Anuário Estatístico da Igreja (edição de 2008), há 407.262 padres no mundo. Deles, uma grande parte desempenha a tarefa de pároco. Guia, aconselha, dá assistência, forma comunidades locais, pessoas e famílias.
Seu papel tem um aspecto religioso, social e civil insubstituível. Todavia, certa cultura secularizada ataca, critica e é incrédula quanto aos párocos e sacerdotes.
Neste contexto e em pleno “Ano Sacerdotal”, ZENIT entrevistou Luigi Pellegrini, pároco desde 2000 da igreja Santa Rita, em Viareggio (12.000 habitantes), Itália.
Nascido em Camaiore, dia 17 de março de 1966, pe. Luigi se licenciou em Teologia Espiritual no Instituto Pontifício “Teresianum” de Roma, em 1997, e está inscrito no mesmo Instituto para o doutorado em Teologia Espiritual. É professor da “Escola Teológica” para leigos, onde ministra cursos sobre a eucaristia para seminaristas no “Estúdio Teológico Interdiocesano de Camaiore”.
Sua paróquia é uma das que mais atraem fiéis em Viareggio, a qual também promove vários encontros de alto nível, tanto espiritual como cultural.
–Em num mundo que parece cada vez mais secularizado, como se explicariam as razões que movem muitas pessoas a seguir a vocação ao sacerdócio?
–Pe. Luigi: Em sua vida, no momento em que a fé não permanece exterior, mas interpele concretamente, cresce em você em entusiasmo de poder fazer dela uma resposta da sua vida. Nossa religião te coloca diante de um encontro pessoal, concreto e capaz de preencher sua existência.
É verdade que hoje o mundo está bem organizado para levar os corações até outras perspectivas, a fim de confundir e enfraquecer. Mas depois de certo tempo, nada disso mais basta. Encontra-se Jesus, conhece-o e no momento em que responde “sim”, a alegria se faz concreta e, portanto, verificável em sua vida diária.
Talvez nós, como Igreja, também percamos muitas oportunidades para levar os homens até a dimensão espiritual da vida. O espírito, entretanto, através de caminhos simples, sabe conduzir à busca de Deus e a experimentar que o amor por Ele não é utopia, mas se faz o verdadeiro sentido à vida.
–Como foi o seu chamado? –Pe. Luigi: Recebi como grande presente uma família cristã, pobre de coisas materiais, mas rica em humanidade. Meus pais foram capazes de me acompanhar no descobrimento das verdades de Deus, com fatos e com uma singela profundidade de fé concreta e por isso ainda mais incisiva. Nasci dia 17 de março de 1966, 12 anos depois do casamento de meus pais. Num ano em que meu pai, tendo que enfrentar um tumor, pensava em tudo, menos em ter um filho.
Justo no período menos esperado, o Senhor me chamou à vida. Eles, sem possibilidades econômicas, preocupados em como manter um filho, não se renderam e, de forma resistente, e com grande dignidade e fé, conseguiram lidar bem com aquele determinado momento.
Meu pai morreu quando eu tinha dez anos e aos 14 entrei no seminário menor de Lucca. Por que a essa idade? Tive de deixar, naquele momento, muito do que era importante para mim: meu pai, minha mãe –que ficava sozinha–, minha paróquia, na qual desempenhava diversas atividades, amigos...
Lembro-me ainda, de modo claro, que sentia que tinha de dizer “sim” a um chamado que a oração me havia me ajudado a discernir: os grupos vocacionais daqueles anos, tal como o entusiasmo de sentir que aquela paróquia me pertencia e que eu fazia parte dela.
Não posso dizer que ninguém me condicionou. Ao contrário. Pensando de novo sobre isso, me propus a prestar muita atenção para seguir as eventuais vocações que o Senhor colocasse em meu caminho.
Sentia crescer a cada ano, a alegria de me aproximar do sacerdócio. Não foi sempre fácil. Cresci conforme a idade e ao mesmo tempo também minha espiritualidade se transformava, adquirindo maior consciência a respeito da entrega de uma vida que devia ser cada vez mais plena e definitiva. Estava muito impaciente.
Acredito cada vez mais que o Senhor me deu esta vocação não por ser melhor ou caracterizada por dons especiais, e sim porque necessitava encontrar um caminho e uma resposta forte, que deve ser reconfirmada a cada dia, para que eu possa me salvar verdadeiramente. A dádiva da vocação se converte na proteção e apoio à própria fraqueza.–Ser padre hoje, especialmente em uma cidade como a sua, onde durante muito tempo dominou a ideologia anticlerical, não é fácil. Quais são as maiores dificuldades para difundir as palavras de Cristo?
–Pe. Luigi: A cidade de Viareggio pode parecer imersa no mar e no carnaval e por muitos aspectos realmente está. Mas agradeço cada dia ao Senhor por minha experiência de padre (18 anos em cinco contextos diferentes) nesta cidade. Conheci homens e mulheres que, através de diferentes formações espirituais, fizeram do Senhor e da vida da Igreja um verdadeiro sentido a própria vida. Com frequência os leigos têm sido para mim promotores de iniciativas e experiências espirituais que se manifestaram importantes à comunidade. Aproximei o mundo do espaço paroquial juvenil, descobrindo nele um estilo que me ajudou a crescer como sacerdote. Uma comunidade aberta, onde alguém te acolhe e está disposto a fazer contigo parte do caminho até o Reino.
Do mais, a realidade dos movimentos e dos leigos pertencentes a caminhos formativos e comunidades eclesiásticas me fez conhecer os homens, mulheres e jovens que fizeram do anúncio Evangélico e do próprio testemunho um significado à vida.
Nestes anos compreendi que nós, sacerdotes, não podemos individualizar nosso modo de ver a Igreja e o mundo. Os homens, assim como nossa vocação, necessitam de uma forte dimensão espiritual e formação.
Para nós, padres, é extremamente perigoso nos convencermos de que temos direito a uma vida privada, a um pequeno grupo nosso de seguidores fiéis, e organizar uma pastoral privada que não nos incomode. O entusiasmo de poder promover como padre uma comunidade que sirva ao homem sempre me ajudou. Especialmente porque estou convencido de que Jesus é a verdadeira resposta à pergunta do sentido verdadeiro da vida do homem.
A dificuldade mais frequente é ter de explicar às pessoas o verdadeiro significado de ser cristão católico: quer dizer, a proximidade com os sacramentos, a Eucaristia dominical, a escuta da palavra de Deus, a oração, a unidade com o Papa, sobretudo quando se compreende que seus diversos pontos de vista derivam da amizade com um sacerdote.
Nesses casos, sempre supondo que entenderam mal, explico a beleza e necessidade do encontro físico e real com Jesus, alimento de Vida, que podemos experimentar e doar unidos à Igreja.
–Poucos, inclusive aqueles que mais a frequentam, conhecem e refletem sobre a importância social da paróquia. Poderia nos explicar como as atividades paroquiais influenciam na educação dos jovens e na vida social das famílias e da comunidade local?
–Pe. Luigi: Acredito que poderíamos ter ainda uma grande incidência na comunidade social como paróquias. Experimento isso hoje em dia, tendo uma paróquia de 12.000 habitantes... Quantos encontros e experiências de vidas difíceis! Certamente devemos enfatizar que hoje, como Igreja, temos menos incidência nas estruturas sociais. Mas como paróquias, podemos mais que nunca introduzir lugares de encontro para famílias a indivíduos para que todos colaborem na construção de um mundo melhor.
Não devemos nos desanimar se muitos nos consideram como “distribuidores” de sacramentos. Todas, inclusive esta, são oportunidades para encontrar e tentar uma mudança na forma de pensar. Não podemos permitir que fiquemos atrás, esperando alguma mudança. O fato é que as pessoas não entendem. Com frequência construímos uma pastoral que evita tradições, encontros, adoração, missas, confissão, devoção a Maria; para substituir tudo isso, propomos o “vazio” ou alguma iniciativa que possa ser manipulada politicamente, talvez não em sintonia com o Santo Padre. Assim certamente o sacerdote tem mais tempo livre para si e para os poucos que o cercam. Porém, perde a beleza de entregar-se totalmente, experimentando a alegria da própria vocação e a identidade verdadeira do próprio sacerdócio.
–Quais momentos são difíceis na vida de um padre e quais são os de maior satisfação?
–Pe. Luigi: Hoje é difícil fazer compreender o valor da perseverança nas decisões da vida e no caminho da fé. Fica difícil aproximar de quem, como os padres, têm responsabilidade educativa. Enquanto ainda resiste o voluntariado, se torna cada vez mais difícil ter disponibilidade para a formação e a catequese por parte dos adultos. É muito difícil aconselhar e educar os filhos e jovens na dimensão da escuta, da meditação, do sacrifício e do respeito às pessoas e às coisas. É um grande desafio hoje não só nos âmbitos religiosos, se queremos pensar em um mundo melhor.
Certamente não faltam ocasiões de grande satisfação para um sacerdote: começando por cada Eucaristia, que mesmo celebrada todos os domingos, cada vez é um grande milagre de graça que nos permite experimentar especialmente a união ao sacrifício de Cristo e a possibilidade de encontrar a cada domingo, rezando, todos aqueles que o Senhor confiou. A outra grande oportunidade é estar à disposição de todos no sacramento da Reconciliação. Deus não nos elegeu precisamente para manifestar seu amor e misericórdia.
Outro momento especial de graça é quando podemos partilhar com muitos irmãos e irmãs a sua fase de conversão: do distanciamento para compartilhar a alegria do renascimento. Experimentando a proximidade com aqueles que não sofrem apenas de reproduzir profissionais frases pré-fabricadas, mas a capacidade de compartilhar a experiência que leva você à entrega total a Deus.
Outra oportunidade para grande alegria é quando alguém se sente capaz de dizer "sim" ao chamado de Deus para sua própria vocação.–Se tivesse de explicar a um jovem a beleza do sacerdócio, o que diria?
–Pe. Luigi: Primeiro, certifique-se de que tal chamado não é por seus méritos, e sim porque constata um amor especial por Jesus. Quando experimentar isso como um convite, não permanecerá indiferente.
Logo, os anos de estudo e de formação são uma ocasião para conhecer Aquele que por ele dá a vida e que te faz mais seguro para se converter em anunciador não suas verdades, mas da única Verdade que pode salvar toda a humanidade.
Quando sente que é verdade para ti, nada pode te deter e, portanto, a característica espontânea de um jovem se volta para os outros. O que logo te reforça e confirma sua decisão é descobrir a presença de Maria e a intercessão especial de toda a Igreja do céu que, através dos escritos de santos e seu testemunho de vida, te ajuda a crescer na dimensão espiritual e na oração.
Por último e não menos importante, recomendaria sentir intensamente a unidade com o Papa, que orienta e dá sentido ao nosso sacerdócio, tornando-se um símbolo de unidade com Cristo.
Quero tratar de modo especial também outro aspecto da vida sacerdotal: o celibato. Pode parecer que impõe limite ao amor ou quem sabe reduza as vocações. Não é assim. Posso compreender que diga isso quem não vive a experiência da Igreja, mas me parece difícil compreender que tais afirmações possam derivar de nossos contextos.
Sinto-me capaz de testemunhar o contrário, que é um grande dom da Igreja Católica para os próprios sacerdotes. É a consequência natural de uma consagração. Enriquece a própria eleição na totalidade da entrega e se converte cada vez mais em testemunho para todos aqueles que acreditam na realidade do céu.
O fato é que a exclusividade da própria vida pelo Senhor não tira nada. Pelo contrário, te enriquece. Afirmar o contrário empobrece o valor sacrifical de nosso “ser sacerdote”.
–Quais são as iniciativas culturais e religiosas que propõe para reforçar a identidade e a fraternidade sacerdotal? –Pe. Luigi: Dar aos padres ocasiões para se afirmarem na fé através da troca de experiências, não para julgar o outro, mas para que haja um enriquecimento mútuo, de maneira que a amizade cresça e que a estima seja recíproca. Por exemplo, aproveitar a grande ocasião que Bento XVI nos ofereceu neste ano, através do Ano Sacerdotal.
Deveria introduzir a todos, ajudados pelos bispos, no descobrimento da própria identidade dos homens e de chamados. Redescobrir a essência de uma vida entregue totalmente, sem compromissos, sempre orientados a reconhecer a benevolência de Deus e por isso capazes de renovar a Jesus, sem temer, o próprio amor.
Não acredito que para ser sacerdote seja preciso buscar uma vida simples, facilmente aceita pelo mundo todo, entretanto devemos fazer crescer nossa pertença à Igreja, que nos acolheu, nos formou, nos direciona através dos bispos, segue vigiando, dirigindo e corrigindo eventuais visões menos católicas ou individuais que tenhamos.
A Igreja é uma mãe e nela devo sentir que não estamos sozinhos, mas que compartilhamos e enfrentamos eventuais desafios do mundo de hoje.

Fonte:

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

"CLIMA DE DIFUSA TENDÊNCIA À AGRESSIVIDADE, AO ÓDIO E À VINGANÇA, UMA FALTA DE RESPEITO PELA VERDADE"

ANGELUS: "CLIMA DE DIFUSA TENDÊNCIA À AGRESSIVIDADE, AO ÓDIO E À VINGANÇA, UMA FALTA DE RESPEITO PELA VERDADE"

Castel Gandolfo,

- O Papa Bento XVI rezou ao meio-dia deste domingo a oração mariana do Angelus com os fiéis e peregrinos reunidos no pátio interno da Residência Apostólica de Castel Gandolfo. Nas palavras que precederam a oração, o Santo Padre denunciou um clima de “difusa tendência à agressividade, ao ódio e à vingança” e uma falta de respeito pela “verdade” e pela “compreensão”. “Nos nossos dias, - disse o papa - talvez também por certas dinâmicas próprias das sociedades de massa, se constata não raramente, uma falta de respeito pela verdade e pela palavra dada, junto com uma difusa tendência à agressividade, ao ódio é à vingança. “Para aqueles que fazem obras de paz – escreve São Tiago – é semeado na paz um fruto de justiça”.Mas para fazer obras de paz – disse ainda Bento XVI – é necessário ser homens de paz, colocando-se na escola da “sabedoria que vem do alto”, para assimilar as qualidades e produzir efeitos. Se cada um, no seu ambiente, conseguisse rejeitar a mentira e a violência nas intenções, nas palavras e nas ações, cultivando com cuidado sentimentos de respeito, de compreensão e de estima para com os outros, talvez não se resolvessem todos os problemas da vida cotidiana, mas os mesmos poderiam ser enfrentados mais serenamente e eficazmente.E o Papa se perguntou: “Porque não buscar na fonte incontaminada do amor de Deus a sabedoria do coração, que nos desintoxica dos lixos da mentira e do egoísmo? Isso vale para todos, mas, em primeiro lugar, para quem é chamado a ser promotor e “tecelão” de paz nas comunidades religiosas e civis, nas relações sociais e políticas e nas relações internacionais”.Momentos antes o papa tomando como referência um trecho da Carta de Tiago, proposto pela liturgia de hoje chamou a atenção para a verdadeira sabedoria, que o Apóstolo contrapõe à falsa sabedoria: essa última é “terrestre, material e diabólica”, e se reconhece pelo fato que provoca ciúmes, conflitos, desordens e todo tido de más ações. Ao contrário, “a sabedoria que vem do alto é antes de tudo pura, pacífica, modesta, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos, imparcial e sincera”. Em seguida o Papa rezou a oração mariana do Angelus e concedeu a todos a sua Benção Apostólica.Antes de se despedir dos fiéis e peregrinos presentes nesta manhã em Castel Gandolfo o papa recordou as numerosas situações de conflito que existem no mundo e as trágicas notícias que nos chegam todos os dias de vítimas seja entre militares, seja entre os civis. São fatos – disse Bento XVI – aos quais jamais podemos nos acostumar e que suscitam profunda reprovação, como também desconcerto nas sociedades que desejam o bem da paz e da civil convivência. E o papa recordou então o atentado dos últimos dias no Afeganistão contra os militares italianos que causou a morte de seis deles e de vários civis, provocando profunda dor.“Uno-me com a oração – continuou o papa - ao sofrimento dos familiares e das comunidades civis e militares e, ao mesmo tempo, penso com igual sentimento de participação nos demais contingentes internacionais, que também recentemente tiveram perdas e que trabalham para promover a paz e o desenvolvimento das instituições, tão necessárias para a coexistência humana; a todos asseguro a minha recordação diante do Senhor, com um particular pensamento às queridas populações civis; por todos elas convido a elevar a Deus a nossa oração.”O Papa renovou ainda o seu encorajamento à promoção da solidariedade entre as Nações para contrastar a lógica da violência e da morte, favorecer a justiça, a reconciliação, a paz e apoiar o desenvolvimento dos povos partindo do amor e da compreensão recíproca, como o próprio Bento XVI escreveu na sua recente Encíclica Caritas in veritate (n. 72).O Santo Padre recordou ainda que de 26 de setembro, sábado próximo, até segunda-feira, 28 de setembro, se Deus quiser, estará realizando uma viagem apostólica à República Tcheca. O Papa informou que além de Praga, visitará as cidades de Brno, na Morávia, e a de Stará Boleslav, lugar do martírio de São Venceslau, padroeiro principal daquela nação, acrescentando:“A República Tcheca encontra-se geográfica e historicamente no coração da Europa, e depois de ter passado através dos dramas do século passado, tem necessidade, como também todo o Continente, de reencontrar as razões da fé e da esperança. Seguindo as pegadas de meu amado predecessor João Paulo II, que visitou aquele país três vezes, eu também prestarei homenagem às heróicas testemunhas do Evangelho, antigas e recentes, e encorajarei todos a continuarem na caridade e na verdade. Agradeço desde já todos aqueles que me acompanharão com as suas orações nesta viagem, para que o Senhor a abençoe e a mesma produza frutos”.Já na sua saudação em língua polonesa o Santo Padre recordou que neste domingo, na Polônia, se celebra o Dia dos Meios de Comunicação Social. “Nesta ocasião – disse o papa – dirijo particulares palavras de apreço e de reconhecimento às redações católicas dos meios de comunicação na Polônia, que festejam o 20º aniversário de suas atividades. Desejo a todos os operadores do setor das comunicações sociais – acrescentou – que propaguem uma cultura de respeito, de diálogo e de amizade. Que o seu fundamento seja Cristo e o seu Evangelho.” (SP)
Fonte: RV

domingo, 20 de setembro de 2009

RELÍQUIAS DE TEREZA DE LISIEUX ESTÃO NO REINO UNIDO

Primeira visita das relíquias de Teresa de Lisieux ao Reino Unido
Suscita algo que perdemos: uma devoção adequada, diz bispo Hells
Por Patricia Navas

PORTMOUTH,
- As relíquias de Santa Teresinha de Lisieux chegaram nessa terça-feira à Inglaterra, através do Eurotúnel, para começar sua primeira visita ao Reino Unido, que durará um mês.
Até 16 de outubro próximo, as relíquias visitarão 28 lugares diferentes, inclusive numerosas catedrais e paróquias católicas, uma catedral anglicana (pela primeira vez), uma capelania universitária, um cárcere e um hospício para moribundos.
O percurso oficial começou nesta quarta-feira na catedral de São João, de Portsmouth, e concluirá em Londres, as duas cidades que Santa Teresa nomeou quando, sendo menina, desenhou um mapa da Inglaterra.
Numerosos peregrinos enchiam a cidade para receber as relíquias, entre eles um comitê de boas-vindas formado por religiosos, estudantes, jornalistas e outras pessoas, segundo informa a Sala de Informação do episcopado inglês.
O relicário foi levado por seis homens até a porta da catedral, onde foi recebido pelo bispo de Portsmouth, Dom Crispian Hollis.
Depois, centenas de crianças que levavam bandeiras, rosas e velas se aproximaram para rezar com Santa Teresa.
Santa Teresinha deixou dito que desejaria cair uma chuva de rosas sobre a terra depois de sua morte, por isso muitas pessoas levam rosas aos lugares de peregrinação de suas relíquias e pedem ser abençoados e tocar o relicário.
Nessa catedral, celebrou-se na quarta-feira uma missa presidida pelo bispo Hollis com uma unção de enfermos, e pela noite, uma Missa de ação de graças pela visita de Santa Teresinha.
Calcula-se que cerca de dois mil peregrinos passaram junto ao relicário, entre jovens, anciãos, enfermos, crentes de diferentes religiões e não crentes.
As relíquias de Santa Teresinha de Lisieux estiveram em mais de quarenta países, entre eles Brasil, Rússia, Burkina Faso e Iraque. Em todos eles, atraíram grandes multidões.
O cardeal Cormac Murphy-O’Connor e os bispos da Inglaterra e Gales pediram receber a visita das relíquias esperando viver um tempo de graça para a Igreja e o país.
“As relíquias podem nos ajudar a aproximar-nos de Deus com nossos corações, corpos e mentes, e assim fortalecer nossa fé no invisível”, asseguram.
O episcopado propõe assim o exemplo de fé e amor desta doutora da Igreja e destacou quatro ensinamentos de Santa Teresa: o desejo de santidade, a importância da oração, a concepção da vida familiar como uma escola de caridade importante para encontrar a vocação, e sua experiência de ardor missionário.

Fonte: ZENIT.org

sábado, 19 de setembro de 2009

CATEDRAL DE BUCARESTE EM PERIGO


Preocupação vaticana pela catedral de Bucareste em perigo
Cardeal Bertone admoesta o premier romeno ao recebê-lo no Vaticano

...............................Bucareste

CIDADE DO VATICANO,

- O cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado, transmitiu ao primeiro-ministro da Romênia, Emil Boc, sua grande preocupação e sua decepção pela construção de um enorme arranha-céus junto à catedral de Bucareste.
Ele o fez ao receber o ministro, junto ao secretário para as relações com os Estados, Dom Dominique Mamberti, nesta quinta-feira, no Vaticano, segundo informou a Rádio Vaticano.
A arquidiocese de Bucareste advertiu que este projeto poderia repercutir negativamente na estrutura da catedral de São José e causar dano aos seus alicerces.
A reunião também tornou possível “um frutuoso intercâmbio de opiniões sobre temas de atualidade internacional e destacar alguns aspectos da cooperação internacional entre a Santa Sé e a Romênia”, indica um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé.
Segundo uma nota da embaixada da Romênia na Santa Sé, publicada antes do encontro, o governo romeno esperava dar “um novo impulso ao diálogo e às excelentes relações bilaterais”.
O ministro também tinha previsto convidar o cardeal secretário de Estado à Romênia.
Nesta quarta-feira, o ministro Emil Boc, junto a uma destacada representação do governo romeno, foi recebido pelo Papa em uma pequena sala anexa à sala de audiências Paulo VI, após a audiência geral.
Segundo uma nota, o primeiro-ministro agradeceu o “constante apoio da Santa Sé” aos romenos da diáspora, especialmente às “comunidades religiosas romenas ortodoxas, católicas e greco-católicas e às paróquias romenas na Europa”.
No encontro com o Santo Padre, o premier estava acompanhado por diversos membros do governo romeno: o ministro de Assuntos Exteriores, Cristian Diaconescu; o ministro da Economia, Adriean Videanu; o ministro da Saúde, Ion Bazac; a secretária de Estado, Stefania Ferencz; e o embaixador na Santa Sé, Marius Lazurca.
Segundo a nota da embaixada romena, o governo também “outorga uma grande importância às comunidades religiosas da diáspora, como instrumentos importantes para a manutenção da identidade nacional e para uma boa integração nas sociedades de acolhida”.
Há pouco mais de um ano, ao receber o presidente romeno, Traian Basescu, em Castel Gandolfo, o Papa mencionou as dificuldades da comunidade romena emigrada (cf. Zenit, 8 de setembro de 2008).
Naquele então, o presidente agradeceu a ação das instituições da Igreja Católica, que “oferecem uma ajuda generosa e eficaz” aos imigrantes romenos.
A Romênia supera os 21 milhões de habitantes, dos quais mais de 85% são ortodoxos, 6% católicos dos ritos latino e bizantino, e 7% protestantes.

Fonte: ZENIT.org

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

IGREJA DA COSTA RICA REJEITA MODIFICAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO

COSTA RICA: IGREJA REJEITA MODIFICAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO

San José, 18 set (RV)

- A Conferência Episcopal da Costa Rica divulgou ontem um comunicado no qual rechaça “totalmente” o projeto de lei que visa uma modificação constitucional que deixa de estabelecer que a religião do país é a religião católica; assim como a intenção de eliminar a palavra “Deus” dos juramentos oficiais.Os bispos explicam que este projeto de lei proposto pelo “Movimento por um Estado Laico na Costa Rica” se enuncia como remédio para preservar a liberdade religiosa dos habitantes do país” quando na realidade o que estão fazendo aqueles que pertencem a este grupo é aproveitar “esta oportunidade para impulsionar sua própria agenda”.Os bispos asseguram que a atual Constituição “permitiu, historicamente, uma sã, respeitosa e equilibrada colaboração entre o Estado e a Igreja em áreas do desenvolvimento integral de nosso país. Afirmar o contrário é ignorar a história”.Ao comentar o desejo deste grupo de suprimir o nome de Deus do juramento constitucional, os prelados indicam que esta pretensão “evidencia um doloroso secularismo, totalmente oposto ao conceito de justa autonomia da comunidade política e da Igreja, e entendido como a exclusão de Deus e da fé dos âmbitos públicos, reduzindo esta a um simples intimismo”. (SP)

Fonte: RV

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

FAMÍLIA: TESOURO DA HUMANIDADE

Família é o maior tesouro da humanidade
Segundo o arcebispo de Burgos na Jornada Mariana da Família

TORRECIUDAD,

- "A família é o maior tesouro da humanidade", afirmou o arcebispo de Burgos, Dom Francisco Gil Hellín, ao presidir a 20ª Jornada Mariana da Família no santuário de Torreciudad, um evento que reuniu no último dia 12 cerca de 15 mil pessoas procedentes de toda a Espanha.
Dom Gil Hellín destacou, durante a homilia, que "a família se manifesta e se expressa em sua própria vida, porque Deus a fez uma instituição natural e não são os governos ou os parlamentos que devem dizer o que é a família".
Em uma mensagem enviada pelo Papa Bento XVI aos participantes, o pontífice lhes exortou a dar "um incondicional ‘sim' à vida" e pediu aos esposos "disponibilidade e abnegada entrega, confiança mútua, fiel e fecunda".
Os atos começaram ao meio-dia, com uma oferenda a Nossa Senhora, realizada pelas famílias: flores, frutas, cerâmicas, fotografias, vinho, produtos do mar, camisetas e placas foram os objetos escolhidos para testemunhar sua devoção a Maria. Uma mostra de diversidade cultural foi oferecida por Adja e Sara, duas amigas da Costa do Marfim e do Peru, residentes em Lérida, que ofereceram um pandeiro e algumas partituras.
A Eucaristia ao ar livre foi solenizada pelo Coral de Pais da Associação Cantal (Zaragoza), acompanhado pela organista titular do santuário, Maite Aranzabal.
Na homilia, dirigindo-se de forma especial a cada assistente, o arcebispo de Burgos afirmou: "Redescubra cada dia esse tesouro do qual você é depositário. Deus o abençoou com esses amores: com sua esposa, com seu esposo, com seus filhos. Assim, a família será verdadeiramente o santuário da vida, será a garantia de que toda criatura que procede desta entrega em fidelidade matrimonial estará resguardada pelo berço mais forte, que é o amor conjugal e familiar".
O dia concluiu com a oração do terço na esplanada, acompanhando a imagem peregrina de Nossa Senhora de Torreciudad, e com a bênção com o Santíssimo.
Além de espanhóis, participaram grupos da França, Polônia e Itália. Muitos deles chegaram em viagens organizadas em algum dos 140 ônibus presentes no evento. Mais de 250 voluntários participaram na organização do encontro, ajudando nos estacionamentos e acessos ao santuário, na acomodação dos peregrinos, nos postos informativos e no parque infantil. E dezenas de sacerdotes atenderam, ao longo do dia, nos confessionários espalhados pelas diversas áreas do recinto.


Fonte:

terça-feira, 15 de setembro de 2009

JMJ Madri 2011 - Aguardado 2 milhões de jovens

Dois milhões de jovens são esperados para encontro com Papa
Cardeal Rouco explica como será a JMJ Madri 2011
MADRI,

-Dois milhões de jovens são esperados, metade de Madri e a outra metade procedente de outros lugares, para a Jornada Mundial da Juventude de 2011. Foi o que revelou o cardeal Antonio María Rouco, arcebispo de Madri, ao jornal espanhol ABC.
O purpurado concedeu uma entrevista ontem sobre os preparativos para este grande encontro mundial, previsto para agosto de 2011.
Com a vigília desta noite, que acontece na catedral da Almudena, começa a peregrinação da Cruz das Jornadas Mundiais, que foi entregue à arquidiocese de Madri em 6 de abril passado, Domingo de Ramos.
Como já informou ZENIT, a Cruz visitará primeiramente todas as paróquias da arquidiocese, para depois passar às dioceses sufragâneas de Alcalá e Getafe, e posteriormente visitará uma por uma todas as dioceses da Espanha.
Segundo revelou o cardeal Rouco, os lugares centrais do encontro, presididos pelo Papa, já estão fixados: a Vigília e a Eucaristia conclusiva (19 e 20 de agosto) serão celebradas na base aérea de Quatro Ventos, lugar onde aconteceu um encontro semelhante, em 11 de abril de 2003, com João Paulo II.
Por outro lado, a Missa que dará início à Jornada, e a acolhida do Papa, acontecerão na praça de Cibeles, no centro da cidade, em 16 de agosto.
Também está previsto, ainda que sem confirmar oficialmente, que aconteça uma solene Via Crucis na sexta-feira, 18 de agosto no Passeio da Castellana, a artéria principal que divide de norte a sul a capital da Espanha.
Para o cardeal Rouco, estas Jornadas "condicionaram a história da evangelização dos jovens no mundo" ao ajudar a criar "uma cultura juvenil diferente, um ar renovado para a vida dos jovens em seus ambientes e grupos eclesiais".
"Para milhares de jovens significaram o encontro ou o reencontro com a fé, outros descobriram sua vocação e todos vislumbraram formas de ser jovem, de querer viver com dignidade, nobreza e horizontes claros", acrescentou.
Preparativos em andamento
O cardeal explicou que já se constituiu o Comitê organizador da JMJ, em colaboração com o Conselho Pontifício dos Leigos e com a Conferência Episcopal Espanhola (CEE), e que terá sua sede em uma paróquia de Madri.
Este Comitê já aprovou o logotipo oficial da JMJ 2011 e o hino, e se encarregará de coordenar as catequeses nos demais idiomas (mais de 300) e das demais atividades previstas.
Segundo os primeiros dados, se prevê a assistência de mais de mil bispos e da metade dos cardeais de toda a Igreja.
Por outro lado, explicou algumas das iniciativas particulares desta Jornada, entre elas uma no Museu do Prado (o mais importante do país), no qual "se preparará um itinerário de visitas com o lema Buscando Cristo".
Também, está previsto que a maioria das paróquias de Madri abram todo o dia para acolher os peregrinos que queiram rezar.
Outra das questões será a acolhida massiva de peregrinos. O cardeal afirmou que se oferecerá às famílias madrilenas que hospedem os jovens, ainda que reconheceu que isto não será suficiente para todos.
Pediu-se a todas as instituições eclesiais que cedam os espaços disponíveis, e pediu-se ao governo e às autoridades regionais e locais. O cardeal destacou a "disposição plena" e a "resposta magnífica" manifestada por todas as instituições civis neste sentido.
Por último, o cardeal falou dos custos materiais, que sobretudo "recairá em contribuições privadas e donativos dos fiéis", e da necessidade de cerca de 15 mil voluntários das seis áreas linguísticas principais.
"A tradição da Igreja espanhola será uma grande e positiva novidade para jovens de muitas partes do mundo, onde a Igreja é muito jovem, onde o grande passado cristão está murcho ou a realidade da vida consagrada contemplativa, que tanto atrai os jovens de nosso tempo, não é tão vigorosa como a nossa", concluiu o purpurado.

Fonte:ZENIT.org

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ

"Exaltação da Santa Cruz"

“Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, para que todos os que nEle crerem tenham a vida eterna”(Jo 3,14-15)

Se não houvesse a cruz, Cristo não seria crucificado nem teria atraído todos a si.

A festa da Exaltação da Santa Cruz é a festa da Exaltação do Cristo vencedor da morte e do pecado por seu corpo dado e sangue derramado no alto da cruz. Para o cristianismo a cruz é o símbolo maior de fé, com cujos traços todos nós nos persignamos desde o momento do levantar até o deitar a cada dia. Na cerimônia batismal o primeiro sinal de acolhida à criança recém-nascida é o sinal-da-cruz traçado em sua fronte pelo Padre, Pais e Padrinhos, sinalando-a para sempre com a marca de Cristo.


A cruz recorda o Cristo crucificado, o sacrifício de sua Paixão, o seu martírio que nos deu a salvação. Por isso é que, desde tempos antiqüíssimos, a Igreja passou a celebrar, exaltar e venerar a Cruz, inclusive, como símbolo da árvore da vida que se contrapõe à árvore do pecado no paraíso, e símbolo mais perfeito da serpente de bronze que Moisés levantou no deserto para curar os israelitas picados pelas cobras porque O Filho do Homem nela levantado cura o homem todo e todos os homens, o corpo e a alma dos que nEle crêem e lhes dá a vida eterna.


A serpente do paraíso trouxe a infelicidade a este mundo com o engodo da igualdade divina com que incitou os pais da humanidade a comerem o fruto da árvore proibida (Gn 3,17-19), e as do deserto provocaram a morte dos filhos de Israel que reclamavam contra Deus e contra Moisés (Nm 21, 4-6). Arrependendo-se do seu pecado, o povo pediu a Moisés que rogasse ao Senhor para livrá-los das serpentes. O Senhor, que é bom e misericordioso, sempre pronto a perdoar, ordenou a Moisés que erguesse no centro do acampamento um poste de madeira com uma serpente de bronze pendurada no alto, dizendo que todo aquele que dirigisse seu olhar para a serpente de bronze se curaria (Nm 21,8-9).


Jesus retoma esses símbolos do passado bem conhecidos pelo povo (serpente, árvore, pecado, morte) para dizer no Evangelho da Liturgia da festa (Jo 3,13-17) que no lugar da serpente de bronze pendurada no alto de um poste de madeira Ele mesmo é quem seria levantado no lenho da cruz. Se o pecado e a morte advieram da insídia e veneno do demônio, nos símbolos da árvore proibida e da serpente do paraíso e do deserto, a bênção, a salvação e a vida eterna advêm do Cristo levantado no alto da cruz de onde Ele atrai a si os olhares de toda a humanidade. Eis porque a Igreja canta na Liturgia Eucarística da festa: “Santa Cruz adorável, de onde a vida brotou, nós, por ti redimidos, te cantamos louvor!” e na Liturgia das Horas: “Mais altaneira do que os cedros, ergue-se a Cruz triunfal: não traz um fruto de morte, traz a vida a todo mortal”.

Longe de mim gloriar-me a não ser na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo (Gl 6, 14)
Até o Calvário, a cruz fora tida como sinal de vergonha, maldição, execração. Com a crucifixão de Cristo, desde então, ela se tornou símbolo de triunfo e vitória. Se da cruz vinha a maldição e a morte, agora, da cruz vem todo o bem e toda a graça. O Apóstolo Paulo aprofunda o mistério dizendo que a cruz lembra a humilhação extrema de Jesus que se despojou de sua dignidade de ser igual a Deus, “fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz” (Fl 2,8). E ele mesmo afirma que “Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o nome que está acima de todo nome. Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, e toda língua proclame: Jesus Cristo é o Senhor!” (Fl 2, 8-11). Tendo tal compreensão da Paixão de Jesus e elaborado tal teologia a respeito do mistério da Cruz, torna-se perfeitamente compreensível a declaração de Paulo aos Gálatas de que para ele sem a cruz de Cristo não há glória possível. Oxalá possamos nós também proclamar e viver sempre essa mesma fé.

Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos , porque pela vossa santa cruz redimistes o mundo!

A cruz não é uma divindade, um ídolo, feito de madeira, barro, bronze, mas ela é para nós santa e sagrada, porque dela pendeu o Salvador do mundo. Ela é o símbolo universal do cristão. Com orgulho e devoção ela é a nossa marca, o sinal de nossa identidade, vocação e missão. Traçando o sinal da cruz em nossa fronte, a todo o momento, nós louvamos e bendizemos a Santíssima Trindade, Pai e Filho e Espírito Santo, agradecendo o tão grande bem e amor que pela Cruz o Senhor continua a derramar sobre nós. Celebrando a festa da Exaltação da Santa Cruz, celebramos a vitória de Cristo que nos possibilita desde agora celebrar a nossa futura glória no céu. Pois, “se morremos com Cristo, cremos também que viveremos com Ele” (Rm 6,9).

Fonte: DioceseFranc

domingo, 13 de setembro de 2009

NECESSITAMOS DE FAMÍLIAS CRISTÃS PARA EVANGELIZAÇÃO

Igreja precisa de famílias cristãs para nova evangelização
Cardeal Antonelli reconhece que elas chegam onde outros não conseguem chegar
Por Carmen Elena Villa
.......................Cardeal Ennio Antonelli

ROMA,

- Fazer da família o “sujeito de evangelização” é o objetivo declarado que o Conselho Pontifício para a Família apresentou no seminário internacional inaugurado nesta quinta-feira em Roma.
Segundo o cardeal Ennio Antonelli, presidente deste dicastério vaticano, este encontro serve para colocar as bases para a preparação do 7º Encontro Mundial das Famílias, que se realizará na cidade de Milão, em 2012. A edição precedente foi celebrada na Cidade do México, no último mês de janeiro.
O cardeal apresentou dois projetos que estão sendo realizados neste contexto: o primeiro pretende promover em vários países uma pesquisa psicológica, tanto descritiva como de aplicação, sobre o bem que as famílias estáveis fazem aos seus filhos e à sociedade. O segundo projeto, assegurou o cardeal Antonelli, consiste em promover a família como “sujeito de evangelização”.
Famílias, “vamos evangelizar!”
O purpurado indicou que é importante que se reforce a missão pastoral da família porque, “como destinatária de evangelização, a família já está muito presente na atenção dos operadores pastorais”, enquanto que, “como sujeito de evangelização, deve ser muito mais valorizada, voltando a despertar sua responsabilidade missionária ao serviço de todos os homens e de todo o humano”.
O presidente do Conselho Pontifício para a Família assegurou que “os crentes evangelizam com sua espiritualidade, seu testemunho, sua atividade, seu anúncio, sua profissão de fé. Ou melhor, é o próprio Cristo quem evangeliza através deles”, esclareceu.
“Na medida em que vivem em comunhão com Cristo, os cristãos compartilham seu amor apaixonado por todos os homens, convertem-se em seus cooperadores para o desenvolvimento humano na história e para a salvação eterna, muito além da história.”
O purpurado italiano esclareceu que, por meio das famílias praticantes, “queremos chegar as demais famílias e ao maior número de pessoas”.
Destacou, assim, o amplo campo de evangelização que as famílias têm, onde os agentes pastorais nem sempre podem chegar: “a própria casa, o ambiente, a escola, a paróquia, as associações eclesiásticas e civis, entre outras”.

Fonte: ZENIT.org

sábado, 12 de setembro de 2009

TERRA SANTA EM FESTA

TERRA SANTA EM FESTA PELA BEATIFICAÇÃO DE MADRE GHATTAS

Jerusalém,
- “Um evento sem precedentes para o qual já estão se mobilizando todas as comunidades cristãs da Terra Santa e da Galiléia em particular. Estamos falando da beatificação de Maria Alfonsina Danil Ghattas, co-fundadora das dominicanas do Santíssimo Rosário de Jerusalém que se realizará no próximo dia 22 de novembro, em Nazaré. Segundo a irmã Ildefonsa, secretária geral da Congregação, estão chegando muitos pedidos, de escolas e paróquias, de notícias históricas e biográficas sobre a próxima bem-aventurada.“Esperamos com entusiasmo este dia – declara a irmã Ildefonsa – estamos nos preparando não somente no âmbito organizativo, mas também e sobretudo, espiritual. De fato, a Congregação divulgou uma carta na qual convida os conventos presentes em todo o Oriente Médio a rezarem e a jejuarem por ocasião da beatificação”. “A oração cotidiana do terço, a obediência, a humildade e o silêncio – acrescenta a religiosas – são os traços mais significativos da pessoa de madre Ghattas. A sua beatificação é para as nossas comunidades cristãs um convite à coragem, a permanecermos nestes lugares santos apesar das dificuldades. Já, da nossa parte, procuramos dar aos nossos fiéis formação e instrução como indicado por madre Ghattas. Compromisso que dirigimos também aos irmãos muçulmanos. É no diálogo e na partilha dos sacrifícios que nasce a tolerância e a paz”. (SP)


Fonte: RV

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

SACERDOTE DESAPARECIDO É ENCONTRADO MORTO

COLÔMBIA: SACERDOTE DESAPARECIDO É ENCONTRADO MORTO

Medellín,

- As autoridades da cidade colombiana de Medellín encontraram o corpo do sacerdote Gustavo Vélez Vásquez (conhecido como Padre Calixto), missionário xaveriano e colunista do jornal El Colombiano.
O padre Vélez Vásquez, de 78 anos, desapareceu na tarde de domingo, na floresta da reserva natural de São Sebastião, no departamento de Antioquia. De acordo com a polícia, o sacerdote morreu em decorrência de uma queda enquanto atravessava um riacho durante a noite, depois de quatro horas de caminhada.
Muito conhecido e respeitado no país, Padre Calixto foi recordado também pelo presidente colombiano, Alvaro Uribe, que expressou "muita dor" pela morte de uma pessoa que, "com suas reflexões, sempre deu aos habitantes de Antioquia amor, fé e esperança".
O funeral do sacerdote será realizado hoje (11), na Catedral Metropolitana de Medellín.

Fonte: RV

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

COSTA RICA: ELIMINADO DA CONSTITUIÇÃO O ARTIGO QUE GARANTIA A RELIGIÃO CATÓLICA COMO SENDO A OFICIAL DESTE PAÍS

“Eliminar a religião católica da Constituição não fará com que a Igreja se cale”
Disse Dom Ulloa, bispo de Cartago, Costa Rica

CARTAGO, Costa Rica

- Dom José Francisco Ulloa Rojas, bispo de Cartago, Costa Rica, na homilia de despedida da imagem de Nossa Senhora dos Anjos, padroeira da Costa Rica, neste domingo, disse que ao eliminar o artigo 75 da Constituição, que reconhece a religião católica como a oficial do Estado, a Igreja não vai calar nem abrir mão dos princípios que deve proclamar.

O bispo fez esta afirmação - informa a ZENIT uma nota da Diocese de Cartago - no marco das celebrações em honra à Padroeira, que a cada ano depois de sua festa de 2 de agosto, passa o dia 3 e permanece durante o mês de agosto na catedral da diocese de Cartago e deve regressar no primeiro domingo de setembro a sua basílica, tradição que desde 1782 se denomina "A Passagem de regresso à Basílica".

Na solene celebração participou Dom Pierre Nguyén Van Tot, núncio apostólico no país.
"A presença de Cristo na história - disse Dom Ulloa - é princípio de alegria, de libertação e salvação. Hoje mais que no tempo de Jesus há muitos surdos e mudos de Deus. Contudo, Deus continua próximo e seu plano de salvação continua sendo cumprido".

"O profeta Isaías na leitura que escutamos - acrescentou -, nos enumerou os diversos males dos quais Deus nos quer libertar: surdos, mudos, covardes, cegos, coxos. A salvação, o amor e a vida divina no mundo Jesus continua realizando através de sua Igreja, desde há dois mil anos".
"Todos sabemos que a Igreja na Costa Rica, desde que iniciou sua tarefa na colônia e concretamente em Cartago em 1563, dedicou-se, não só a pregar a Palavra de Deus e a perdoar os pecados, mas também a curar enfermos, atender os pobres e marginalizados, a lutar contra a opressão e injustiça, a trabalhar pela libertação integral da pessoa e a forjar uma pátria solidária, justa, livre e de paz".

O bispo qualificou de muito grave o fato de que "um grupo de deputados de nosso honorável Congresso nacional, pretende apagar o nome de Deus de nossa Constituição política e possivelmente elimná-lo de toda instituição pública. Eles crêem que com este ato de profanação vão matar Deus. Estão totalmente equivocados, Deus não morre, Ele é o Deus da Vida, o eterno, o imutável, dEle depende todo ser criado e só nEle tem sentido a vida humana".
"Quando o ser humano nega Deus, se desumaniza e perde sua dignidade. Quando um estado torna-se ateu, é capaz de cometer as piores injustiças e as mais baixas aberrações. Disto a história é testemunha", acrescentou.

Segundo o prelado, "estamos frente a uma campanha política, onde devemos escolher muito bem quem vai nos governar. Candidatos que negam Deus e defendem princípios que vão contra a vida, contra o matrimônio e contra a família. Já os estamos conhecendo. Portanto, devemos ser coerentes com nossa fé e em consciência não podemos dar-lhes um voto".

Convidou todos, aos pés de nossa Senhora dos Anjos, Rainha e Patrona da Costa Rica, título com o qual Congresso Constituinte do Estado da Costa Rica, a declarou "Patrona oficial da Costa Rica", em 1824 e que o ratificou no mesmo Congresso em 1924 e em 2002, "para que nos comprometamos a lutar todos juntos para defender estes valores que são o fundamento de nossa querida Pátria e que alguns pretendem destruir, coisa que não conseguirão porque somos a maioria e porque Jesus o Senhor da Costa Rica e Nossa Senhora dos Anjos estão conosco".

"Gritemos com força e sem medo contra estas políticas, anti-humanas, anti-cristãs e atéias, que alguns nos querem impor.

Nossa Senhora dos Anjos, salva e defende a nossa querida Pátria, Costa Rica", concluiu.

Fonte: ZENIT.org

COLOMBIA: SACERDOTE ESTÁ DESAPARECIDO FAZ DOIS DIAS



Célebre sacerdote colombiano desaparecido há dois dias
Pe. “Calixto” é conhecido por suas intervenções na televisão
Por Carmen Elena Villa
...................MEDELLIN, Colombia

- O sacerdote colombiano Gustavo Vélez Vásquez de 79 anos de idade, mais conhecido como "Calixto" desapareceu no domingo passado quando realizava uma caminhada entre as localidades de Envigado e El Retiro, muito perto da cidade de Medellin - Colômbia. Calixto, conhecido por seus artigos semanais sobre o Evangelho de cada domingo no jornal "El Colombiano", que são publicados há 31 anos, é sacerdote do Instituto de Missionários de Yarumal.
O presbítero também conduz um micro-programa no canal religioso Televida. É também capelão das religiosas da beata madre Laura Montoya.
"Mantemo-nos abertos à dimensão religiosa, uma estrutura necessária para todo ser humano?", perguntava o sacerdote em seu artigo de "El Colombiano", publicado no domingo passado, 5 de setembro, sobre a passagem evangélica da cura do surdo-mudo.
"Porque às vezes somos maravilhados em muitas áreas, mas fechados totalmente ante Deus e as coisas que são relacionadas com Ele", respondia em sua reflexão dominical.
Calixto tem seis irmãs religiosas. Uma delas, a irmã Maria o recorda por "seu amor à eucaristia, o amor que tem à Santíssima Virgem e sua solidariedade para com os pobres", segundo disse em declarações ao jornal "El Colombiano".
Uma caminhada com um final incerto
Segundo Hugo Bustamante, amigo e ex-aluno do Pe. Calixto, no domingo passado às 10h da manhã ambos empreenderam uma caminhada por uma reserva ecológica chamada São Sebastião, muito perto de Medellin.
Depois do meio-dia chegaram a um mirante que se encontra a quase 3 mil metros de altitude sobre o nível do mar. Em um momento ambos decidiram separar-se e Hugo o esperou para que almoçassem juntos.
Segundo comunicou Hugo a "El Colombiano", chamou Calixto pelo celular às 4h da tarde e o sacerdote lhe respondeu "Não vou caminhar mais, não aguento, me peguem, não me deixem morrer aqui, e rezem muito".
Hugo, ao não conhecer o paradeiro do presbítero, alertou os centros de socorro, que rapidamente empreenderam sua busca, com 11 soldados, mais de 80 policiais acompanhados por cães de resgate. Até o momento não se sabe nada do sacerdote.
Desde as 12h da noite do mesmo dia, todas as chamadas ao celular do Pe. Vélez se direcionam à secretária eletrônica.
Milhares de fiéis em Medellin se encontram realizando cadeias de orações para que o conhecido sacerdote apareça são e salvo.

Fonte: ZENIT.org

terça-feira, 8 de setembro de 2009

NATIVIDADE DE NOSSA SENHORA



Para entender a escassez de informações nos primeiros séculos da Igreja, sobre a vida de Nossa Senhora, convém levar em conta as particularidades daquela época.
O mundo pagão, por efeito da decadência em que se encontrava, era politeísta, ou seja, os homens adoravam simultaneamente vários deuses. Os pagãos não achavam ilógico nem absurdo que houvesse várias divindades, ou que elas não fossem perfeitas. Pior ainda. Consideravam normal que os deuses dessem exemplo de devassidão moral, sendo, por exemplo, adúlteros, ladrões ou bêbados. Obviamente, nem todos os deuses eram apresentados como subjugados por esses vícios, mas o fato de haver vários deles nessas condições tornava imensamente árduo para os pagãos entender a noção católica do verdadeiro e único Deus, de perfeição infinita.

Por isso a primitiva Igreja teve muito cuidado ao apresentar Nossa Senhora como Mãe de Deus, pois aqueles povos, com forte influência do paganismo, rapidamente tenderiam a transformá-la numa deusa. Somente após a queda do Império Romano do Ocidente e a sucessiva cristianização dos povos começou a Igreja – que nunca negou a importância fundamental da Virgem Santíssima na história da salvação – a colocar Nossa Senhora na evidência que lhe compete e a exaltar suas maravilhas. E com isso, a fazer um bem indescritível às almas dos fiéis.

É fácil compreender por que nesse longo período, cerca de 400 anos, muitas informações a respeito da Santíssima Virgem tenham se perdido e outras se encontrem em fontes não inteiramente confiáveis. Não obstante, a Tradição da Igreja conservou fielmente aqueles atributos d’Ela que eram necessários para a integridade da fé dos católicos. O essencial foi transmitido, e, para um filho que ama sua Mãe, qualquer dado a respeito d’Ela é importante.
Entre esses dados, sobre os quais um véu de mistério permaneceu, está o local em que nasceu Nossa Senhora.

Belém, Seforis, ou Jerusalém

Três cidades disputam a honra de ter sido o local de nascimento da Mãe de Deus.(1)
A primeira é Belém. Deve-se essa tradição ao fato de Nossa Senhora ser de estirpe real, da casa de Davi. Sendo Belém a cidade de Davi, foi essa a razão pela qual São José e a Virgem Santíssima – ambos descendentes do Profeta-Rei – dirigiram-se àquela localidade, por ocasião do censo romano que ordenava a todos registrarem-se no lugar originário de suas famílias. Por isso, o Menino Jesus nasceu em Belém, e é aclamado, no Evangelho, como Filho de Davi. O principal argumento dos que sustentam a tese de que Nossa Senhora nasceu em Belém encontra-se num documento intitulado De Nativitate S. Mariae, incluído na continuação das obras de São Jerônimo.

Outra tradição assinala a pequena localidade de Seforis, poucos quilômetros ao norte de Belém, como o local do nascimento da Virgem. Tal opinião tem como base que, já na época do Imperador Constantino, no início do século IV, foi construída uma igreja nessa localidade para celebrar o fato de ali terem residido São Joaquim e Santa Ana, pais de Nossa Senhora. Santo Epifânio menciona tal santuário. Os defensores de outras hipóteses assinalam que o fato de os genitores da Virgem Santíssima terem morado lá não indica necessariamente que Nossa Senhora haja nascido naquela localidade.

A hipótese que congrega maior número de adeptos é a de que Ela nasceu em Jerusalém. São Sofrônio, Patriarca de Jerusalém (634-638), escrevendo no ano 603, afirma claramente ser aquela a cidade natal de Maria Santíssima.(2) São João Damasceno defende a mesma posição.

A festa da Natividade

Procissão que se realiza anualmente na Festa da Natividade, na cidade de Gozo, (Itália) Na Igreja católica celebramos numerosas festas de santos. Havendo, felizmente, milhares de santos, comemoram-se milhares de festas. Ocorre que não se celebra a data de nascimento do santo, mas sim a de sua morte — correspondendo ao dia da entrada dele na vida eterna. Somente em três casos comemoram-se as festas no dia do nascimento: Nosso Senhor Jesus Cristo (Natal); o nascimento de São João Batista; e a natividade da Santíssima Virgem.

A festa da Natividade era celebrada no Oriente católico muito antes de ser instituída no Ocidente. Segundo uma bela tradição, tal festa teve início quando São Maurílio a introduziu na diocese de Angers, na França, em conseqüência de uma revelação, no ano 430. Um senhor de Angers encontrava-se na pradaria de Marillais, na noite de 8 de setembro daquele ano, quando ouviu os anjos cantando no Céu. Perguntou-lhes qual o motivo do cântico. Responderam-lhe que cantavam em razão de sua alegria pelo nascimento de Nossa Senhora durante a noite daquele dia.(3)

Em Roma, já no século VII, encontra-se o registro da comemoração de tal festa. O Papa Sérgio tornou-a solene, mediante uma grande procissão.

Posteriormente, Fulberto, Bispo de Chartres, muito contribuiu para a difusão dessa data em toda a França. Finalmente, o Papa Inocêncio IV, em 1245, durante o Concilio de Lyon, estendeu a festividade para toda a Igreja.

Comemoração na atualidade

Por uma série de motivos curiosos, a festa da Natividade é celebrada muito especialmente na Itália e em Malta. Sendo o povo italiano muito vivo e propenso a celebrações familiares, não surpreende esse fato.

Em Malta, a principal comemoração da festa consiste numa solene procissão na localidade de Xaghra.(4)

Na cidade de Florença, no dia da festa, numerosas crianças dirigem-se ao rio Arno levando pequenas lanternas, que são colocadas na água e lentamente vão atravessando a cidade.
Na Sicília, na localidade de Mistretta, a população celebra a festa representando um baile entre dois gigantes. À primeira vista, pareceria que isto nada tem a ver com o fato histórico. Mas ele corresponde a uma tradição: foi encontrada uma imagem de Santa Ana com Nossa Senhora ainda menina. Levada à cidade, a imagem misteriosamente retornou ao local onde havia sido achada, e os habitantes julgaram que só poderia ter sido levada por gigantes. Proveio dessa lenda o costume.

Em Moliterno, ao contrário, existe o lindo e pitoresco costume de as meninas da localidade fixarem pequenas candeias nos chapéus de seus trajes típicos. Em determinado momento desaparecem as outras luzes e só permanecem as das meninas, que executam uma dança regional.

Curiosamente, em muitas localidades as luzes desempenham papel determinante na festa. Podemos conjeturar uma razão para o fato: a Natividade de Nossa Senhora representou o prenúncio da chegada ao mundo da Luz de Justiça, Nosso Senhor Jesus Cristo.

Fonte: Catolicismo

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

BENTO XVI EM VISITA PASTORAL À CIDADE DE VITERBO


PAPA EXORTA IGREJA EM VITERBO A VIVER NA COMUNHÃO FRATERNA

Viterbo,

- Bento XVI rezou a oração mariana do Angelus, deste domingo (6), na esplanada do Vale Faul, em Viterbo, onde celebrou a santa missa por ocasião de sua visita pastoral. Na alocução que precedeu a oração mariana, o Santo Padre ressaltou que há muitos séculos a diocese de Viterbo tem um forte vínculo de comunhão e afeto com o Sucessor de Pedro. Bento XVI disse que percebeu esse laço afetivo visitando, está manhã, a sala do Conclave, na residência dos papas, onde foram escolhidos cinco pontífices. Viterbo foi sede papal de 1254 a 1281. Nesta cidade estão sepultados quatro pontífices: João XXI, Alessandro IV, Clemente IV e Adriano. Na província de Viterbo nasceu São Leão Magno, que prestou um grande serviço à verdade na caridade, por meio de um assíduo exercício da palavra testemunhado com os seus sermões e suas cartas. Na localidade de Blera nasceu o Papa Sabiano, sucessor de São Gregório Magno e em Canino nasceu o Papa Paulo III. E Bento XVI acrescentou: "Viterbo é chamada a "Cidade dos Papas" e isso deve estimular vocês a viver e testemunhar a fé cristã, a mesma fé pela qual deram a vida os santos mártires Valentino e Ilário, sepultados na Catedral, primeiros de uma longa fileira de santos, mártires e bem-aventurados desta terra."O Santo Padre pediu aos fiéis suas orações para que possa desempenhar com fidelidade e amor a missão de Pastor do rebanho de Cristo. O papa prometeu que rezará pela Igreja em Viterbo a fim de que possa permanecer unida e viver na fraterna comunhão, condições indispensáveis para oferecer ao mundo um testemunho evangélico eficaz. A seguir o Santo Padre concedeu a todos a sua bênção apostólica.Após a oração mariana do Angelus, o papa saudou os participantes do Congresso Internacional "Homens e Religiões", que tem início hoje em Cracóvia, na Polônia, e se concluirá na próxima terça-feira, dia 8, sobre o tema "Fé e culturas em diálogo". Líderes religiosos, chefes de Estado, homens e mulheres de cultura foram convidados pela arquidiocese de Cracóvia e pela Comunidade Romana de Santo Egídio a participar do encontro e recordar os 70 anos do início da II Guerra Mundial, e os vinte anos da queda do Muro de Berlim e dos regimes comunistas na Europa Oriental."Não podemos nos esquecer dos fatos dramáticos que deram início a um dos maiores e terríveis conflitos da história, que causou a morte de milhões de pessoas e provocou o sofrimento do amado povo polonês. Um conflito que causou a tragédia do Holocausto e o extermínio de milhões de inocentes" – frisou Bento XVI.O Santo Padre ressaltou que a memória desses eventos deve nos impulsionar a rezar pelas vítimas e por aqueles que sofrem no corpo e no espírito. "Que tais fatos não mais se repitam e se intensifiquem os esforços a fim de construir em nosso tempo, marcado por conflitos e contraposições, uma paz duradoura, transmitindo, sobretudo, às novas gerações, uma cultura e um estilo de vida centralizados no amor, na solidariedade e na estima pelo outro" – ressaltou o papa. Bento XVI sublinhou que neste sentido as religiões podem e devem contribuir na promoção da reconciliação e do perdão, na luta contra a violência, o racismo, o totalitarismo, o fundamentalismo que deturpam a imagem do Criador no ser humano, cancelando o horizonte de Deus que leva ao desprezo do próprio homem. "O Senhor nos ajude a construir a paz, partindo do amor e da compreensão" – concluiu o Santo Padre. (MJ)
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BENTO XVI A VITERBO: "CRISTÃOS, NÃO TENHAM MEDO DE ANUNCIAR CRISTO"

Viterbo,

- Bento XVI realizou, neste domingo, sua visita pastoral às cidades italianas de Viterbo e Bagnoregio, localizadas na região do Lácio. O pontífice partiu de Castel Gandolfo e chegou às 9h locais ao Campo Esportivo Municipal "Rocchi", em Viterbo. Na esplanada do Vale Faul, local onde foi celebrada a santa missa, o papa saudou o bispo de Viterbo, Dom Lorenzo Chiarinelli, as autoridades civis e militares, os representantes do governo, o prefeito da cidade e todos os fiéis ali presentes.Em sua homilia, o pontífice sublinhou que na primeira leitura o profeta Isaías encoraja os corações desanimados e afirma que quando o Senhor está presente se abrem os olhos do cego e os ouvidos do surdo, o coxo pula como um cervo. "Tudo renasce e tudo revive porque águas benéficas irrigam o deserto."O deserto em sua linguagem simbólica se refere aos eventos dramáticos, às situações difíceis e a solidão que sempre marca a vida do ser humano. E o papa ressaltou: "O deserto mais profundo é o coração humano, quando ele perde a capacidade de ouvir, de falar, de se comunicar com Deus e com os outros. Torna-se cego porque incapaz de ver a realidade; fecham-se os ouvidos para não ouvir o grito que implora ajuda; se endurece o coração na indiferença e no egoísmo. Mas agora - anuncia o profeta – tudo é destinado à mudança; a terra árida será irrigada por uma nova linfa divina. E quando o Senhor vem, fala com autoridade, aos desanimados de coração, de todos os tempos: "Coragem, não tenham medo"! Já no Evangelho de Marcos, Jesus dizendo "Efatá", ou seja, "Abre-te", cura um homem surdo que falava com dificuldade. Bento XVI disse que vemos neste sinal o "ardente desejo de Jesus em vencer no homem a solidão e a incomunicabilidade criadas pelo egoísmo, a fim de dar fisionomia a uma nova humanidade, a humanidade de escuta e da palavra, do diálogo, da comunicação, da comunhão. Uma humanidade boa, como boa é toda a criação de Deus; uma humanidade sem discriminação e sem exclusão".O Santo Padre exortou a Igreja em Viterbo a abrir seu coração à Palavra de Deus, a ter coragem de anunciar o Evangelho, a seguir o itinerário de salvação e a nutrir-se dos sacramentos, que congrega todos os cristãos. Ele ressaltou a importância de investir na "educação para a fé, como busca, como iniciação cristã, como vida em Cristo e a esta experiência são convidadas as paróquias, as escolas, as famílias, as várias associações, os catequistas e todos os educadores".Bento XVI citou como modelos a serem seguidos alguns santos da província de Viterbo, considerados autênticos pioneiros na educação como Santa Rosa Venerini, São Boaventura de Bagnoregio, Santa Lúcia Filipini, Santa Jacinta Marescotti, a bem-aventurada Gabriela Sagheddu, Domingos Bárberi, entre outros. Junto com a educação para a fé, o papa ressaltou também a importância do testemunho de fé, que se torna operosa por meio da caridade. Nesta perspectiva as obras da Igreja se tornam sinais da fé e do amor de Deus, que é Amor – como recorda o papa em suas encíclicas Deus caritas est e Caritas in veritate.O Santo Padre exortou os fiéis de Viterbo a prestarem atenção aos sinais de Deus, pois ele continua nos revelando hoje o seu projeto através de eventos e palavras. "Ouvir a sua Palavra e discernir os seus sinais deve ser o empenho de cada cristão e de toda comunidade" – frisou o papa, que acrescentou: "Fiéis leigos, jovens e famílias, não tenham medo de viver e testemunhar a fé nos vários ambientes da sociedade, nas múltiplas situações da existência humana. E isto, Viterbo soube expressar com pessoas de prestígio. Passam as estações da história, mudam os contextos sociais, mas não muda e não sai de moda a vocação dos cristãos a viver o Evangelho na solidariedade com a família humana. Nisso consiste o empenho social, o serviço próprio da ação política, o desenvolvimento humano integral".O papa exortou a Igreja em Viterbo a não ter medo e a confiar em Cristo, quando o coração se desanimar no deserto da vida e finalizou sua homilia pedindo a intercessão de todos os santos daquela região e de Nossa Senhora do Carvalho, padroeira da diocese de Viterbo, a fim de que os fiéis tenham o desejo de proclamar, com palavras e ações, a presença e o amor de Cristo. (MJ)
Fonte: RV