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NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

Esteja ao lado de Nossa Senhora de Fátima como nunca pode imaginar.

Visite a Capela das Aparições, ON LINE.
Participe das orações, do terço e das missas diárias.

Clique na imagem de Nossa Senhora e estará em frente à Capelinha do Santuário de Fátima.

CAPELA DE NOSSA SENHORA DA MEDALHA MILAGROSA

Uma Capela cheia de segredos !Você quer descobri-la conosco? Saiba, antes de tudo, que a Casa Mãe da Companhia das Filhas da Caridade era o antigo "Hotel de Châtillon". Este, foi concedido à Companhia, em 1813, por Napoleão Bonaparte, depois da tormenta da Revolução Francesa. Imediatamente, começa a construção da Capela.A 8 de agosto de 1813, realizou-se a bênção solene da Capela dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Em 1830, aconteceram então as aparições. Aumentou o numero de vocações.Foi necessário transformar a Capela, que passa então por várias modificações. Em 1930, por ocasião do centenário das apariçes, uma nova reforma nos mostra a Capela tal como a vemos hoje.Agora, a você a oportunidade de visitá-la!
http://www.chapellenotredamedelamedaillemiraculeuse.com

Visita a Capela da Medalha Milagrosa, localizada na Rue du Bac, 140 - Paris

Visita a Capela da Medalha Milagrosa, localizada na Rue du Bac, 140 - Paris
Clique sobre a foto para a visita guiada em 15 etapas

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

FUNDADOR DOS ARAUTOS DO EVANGELHO EM VISITA A S.S. PAPA BENTO XVI

Mons. João Clá, Fundador dos Arautos do Evangelho, em Audiência com o Papa

Mons. João Scognamiglio Clá Dias também defendeu, em Roma, sua tese de doutoramente em Direito Canônico pela Universidade Angelicum.

Roma (Segunda, 30-11-2009)

Por ocasião da defesa de tese de doutoramento em Direito Canônico, na Pontifícia Universidade São Tomás de Aquino (Angelicum), em Roma, o Fundador dos Arautos do Evangelho, Mons. João Scognamiglio Clá Dias, E.P., foi recebido em audiência pelo Papa Bento XVI, no dia 26, por cortesia de Dom Benedito Beni dos Santos, Bispo Diocesano de Lorena (SP) e Supervisor Geral de Formação dos Arautos do Evangelho.
Como penhor de seu devotamento à Igreja e à pessoa do Santo Padre, Mons. João Clá ofereceu-lhe um belíssimo terço feito de contas de rubi, confeccionado pelo setor artístico dos Arautos do Evangelho. Ao receber os cumprimentos de Mons. João Clá, o Papa fez menção, com sumo agrado, à característica cruz dos Arautos que Mons. ostentava ao peito, sobre a batina.
O Fundador dos Arautos do Evangelho fez a sua defesa de tese de doutoramente de Direito Canônico, no Angelicum.


A banca julgadora foi constituída pelo Rvdo. Pe. Bruno Esposito, O.P. (Decano da Faculdade de Direito Canônico e orientador da tese), pelo Rvdo. Pe. Jan Sliwa, O.P. (Vice-Decano da Faculdade de Direito Canônico), e pelo Rvdo. Pe. Marcelo Santos das Neves, O.P. (Professor da Faculdade de Direito Canônico e Censor da Tese).
A tese, intitulada "A gênese e o desenvolvimento do Movimento dos Arautos do Evangelho e seu reconhecimento canônico" tem como finalidade "avaliar qual a figura jurídica que mais convém ao movimento dos Arautos". Composta de três capítulos, no primeiro são analisadas as várias figuras associativas existentes na atual legislação canônica. No segundo capítulo, é descrito o percurso vocacional do fundador, assim como a evolução jurídica do movimento, desde a sua gênese até o presente.
O importante papel desempenhado pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira na formação religiosa, filosófica e cultural de Mons. João Clá, também é descrito com precisão e rigor, ficando assim patente como o pensamento e a personalidade dessa destacada figura do laicato católico do sec. XX influenciou o carisma dos Arautos do Evangelho. No terceiro capítulo são descritos os elementos essenciais do carisma e espiritualidade do Movimento, a qual se pode resumir numa ardorosa devoção à Sagrada Eucaristia, a Maria e ao Papa. Por fim, são expostas importantes e profícuas conclusões.
Após a exposição da tese, Fr. Bruno Esposito, OP e Fr. Marcelo das Neves, OP, apresentaram diversas questões a Mons. João Clá e deram seu parecer sobre o trabalho apresentado:
"O Papa Honório III - declarou o Rvdo. Pe. Marcelo das Neves, OP - ao aprovar e elogiar a obra de São Domingos, afirmou que a sua luta, 'unia os tempos antigos aos tempos novos'. Acredito que os Novos Movimentos Eclesiais e o que tem origem no Sr., em particular, preenchem, na maioria dos casos, mais que satisfatoriamente, estes requisitos. Explico: o seu movimento (os Arautos do Evangelho) traz para o hoje da história a beleza, o gosto pelo grande e majestoso, o discreto rigor disciplinar, e sobretudo o entusiasmo inocente dos primeiros tempos e anos da Fé Cristã. A sua profunda espiritualidade (sua e dos seus filhos), marcada pela presença Eucarística, pela devoção mariana e pela incondicional obediência ao Santo Padre, traduzem a vitalidade e força renovadora da Igreja de Jesus Cristo que no Credo professamos Una, Santa e Católica. Portanto, seja do ponto de vista do conteúdo, seja do ponto de vista formal, ou seja, pela elegância e pelo esmero em relação à língua de Camões traduzida para os filhos da Terra de Santa Cruz, a sua Tese merece 'todo louvor'."
A tese de Mons. João S. Clá Dias, E.P. será publicada em breve, no Brasil, e estará disponível em quatro línguas: português, espanhol, italiano e inglês.

domingo, 29 de novembro de 2009

O VERDADEIRO ESPÍRITO DE NATAL

O VERDADEIRO ESPÍRITO DE NATAL




NATAL DO MENINO JESUS



Em São Paulo, numa rua sossegada de um bairro residencial, todos os anos uma família se esmera em enfeitar sua casa para o Natal. Na verdade, isso é uma coisa que quase todos fazem, nessa época tão festiva e especial do ano. Todos querem decorar e enfeitar suas casas ou estabelecimentos comerciais, de modo a marcar as festas natalinas. Ruas e praças, jardins e fachadas, sacadas de prédios se enchem de luzes e cores. Toda a cidade resplandece.
Mas nessa casa em especial, as pessoas se preocupam com algo mais. Algo que represente o verdadeiro espírito do Natal, quando festejamos o nascimento do Menino Deus que veio ao mundo numa pobre gruta em Belém da Judéia, há 2009 anos, para mudar a face do mundo, para resgatar das trevas a humanidade.
Esse Menino cresceu, viveu, pregou, curou, ensinou e morreu por nós.
E nos deixou um mandamento: “ Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como eu vos amei.”
Seguindo os ensinamentos de Jesus, essa família especial passa dias e dias trabalhando sem descanso para decorar e enfeitar de forma primorosa a fachada, a calçada e o interior da casa onde moram, transformando-a em algo de conto de fadas, algo mágico, que nos faz voltar a ser crianças, a recordar os Natais de nossa infância. Sua casa se torna a casa de Papai Noel, cada cômodo decorado de acordo. Por uma insignificante quantia, todos podem entrar e visitar a casa. E a renda assim obtida é destinada a ajudar uma instituição que cuida de crianças carentes, situada na cidade de Tremembé, próxima a Taubaté, estado de São Paulo. Nessa instituição ficam abrigados os filhos dos detentos dos presídios que existem naquela região.
Dessa forma são postos em prática os ensinamentos do Divino Mestre: “Tudo o que fizeres a um dos meus pequeninos foi a Mim que o fizestes.”
Que bela maneira de se festejar o Natal!
Se você mora em São Paulo, aproveite a oportunidade: venha se divertir, ajudando o próximo e visite a Casa do Papai Noel.


Visite: Avenida Iraí, 1508, esquina da Alameda dos Uapés - São Paulo - Capital

De 26 de novembro até 23 de dezembro

Horário: Segunda a sexta das 16h00 as 22h00
...............Sábados e domingos das 14h00 as 22h00


Mapa de localização:


Fonte: A FAMÍLIA CATÓLICA

sábado, 28 de novembro de 2009

TEMPO DE ADVENTO

EDITORIAL DE HOJE DA RÁDIO VATICANO
"TEMPO DE ADVENTO"


Cidade do Vaticano, 28 nov (RV)


- Tempo de Advento! Para uns, tempo de compras, tempo de festas! Para outros, tempo de saudades, de recordações do passado! Para os cristãos praticantes. tempo de preparação para a vinda definitiva do Senhor, além de celebração de sua primeira vinda.A Igreja nos propõe para o Advento deste ano de 2009, como bandeira da “Campanha para a Evangelização,” a reflexão sobre a encarnação do Verbo, que sendo Deus, se fez pobre para nos enriquecer. É o tema do empobrecimento voluntário para favorecer os pobres, sentido da partilha, das campanhas que, na verdade, não visam empobrecer pessoa alguma, mas a generosamente abrirmos mão de um pouco do que temos em favor daquele que nada possui.O tema escolhido dará unidade a todo ano de 2010, pois a Campanha da Fraternidade, que nos prepara para a Páscoa, abordará a questão da economia e vida, e em outubro teremos a Campanha Missionária. Com isso o fiel passa a entender que não se faz campanhas sem objetivo específico e nem sem uma coordenação geral. Todas elas estão intrincadas uma com outras e todas três, além da reflexão sobre o tema proposto, revertem seus dividendos do seguinte modo: 45% será destinado às dioceses; 20% aos regionais e 35% ao Fundo Nacional de Evangelização, viabilizando assim projetos específicos de Evangelização. (CAS)

Fonte: RV

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

EVANGELIZAÇÃO NO BRASIL, ENTRE SEITAS E SEDE DE DEUS

Desafios da evangelização no Brasil: entre seitas e sede de Deus
Entrevista com Dom Alessandro Ruffinoni, bispo auxiliar de Porto Alegre
ROMA,

- Começa amanhã a visita ad limina apostolorum dos Regionais Sul 3 e 4 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), que compreende os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Devido à extensão e ao grande número de católicos no Brasil, para a visita ad limina apostolorum –realizada pelo episcopado a cada cinco anos–, os bispos dividiram-se em 13 grupos.
ZENIT falou com Dom Alessandro Ruffinoni, bispo auxiliar de Porto Alegre, cujo trabalho pastoral focaliza-se especialmente nos imigrantes. O prelado interveio no congresso “Desafios atuais de uma Igreja a caminho”, que se realizou hoje na Pontifícia Universidade Urbaniana de Roma.
–Quais são as expectativas desta visita ad limina?
–Dom Alessandro Ruffinoni: São muitas, porque viemos bispos dos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A partir de amanhã, estaremos com várias congregações e dicastérios para discutir acerca da realidade que vivemos em nossas regiões. Também falaremos das dificuldades que encontramos e especialmente queremos escutar o que nos propõem. Queremos amar nosso trabalho de bispos e pastores. É minha primeira visita ad limina porque faz quatro anos que sou bispo. Sem dúvida, é para mim um momento emocionante, sobretudo pelo encontro com o Papa.
–Quais são os principais desafios evangelizadores da arquidiocese de Porto Alegre e desta região do Brasil?
–Dom Alessandro Ruffinoni: É uma arquidiocese de 3.500.000 de habitantes, é uma grande região, onde os principais desafios que temos são a formação do clero, ter mais sacerdotes, o aumento das seitas e sobretudo uma formação de nossos leigos para formar outros leigos, porque nós lhes confiamos muitas tarefas pastorais. Devem preparar-se e preparar os outros a resistir às denominações religiosas que prometem saúde, sucesso e que às vezes, quando alguém está desesperado porque não tem saúde, eles trabalham facilmente para que se liguem a estas seitas.
–E sua expansão é cada vez mais forte, por quê?
–Dom Alessandro Ruffinoni: Não quero criticar, mas há algo real: penso que isso ocorre porque as seitas se baseiam no milagre, na cura, no sucesso econômico, de modo que as pessoas desesperadas que necessitam de saúde ou trabalho para melhorar sua vida facilmente caem nos braços destas denominações. Nós, católicos, por não termos acolhido algumas pessoas, estas se sentiram rejeitadas e acolhidas em outras religiões. Mas isso como Igreja devemos fazer um exame de consciência e acolher as pessoas que estão presentes na diocese.
–Quanto à pastoral dos imigrantes, como se desenvolve tanto em Porto Alegre como no Brasil?
–Dom Alessandro Ruffinoni: A pastoral dos imigrantes está sempre presente em todas as dioceses. Temos a Semana do Imigrante todos os anos, em junho. Temos muitos estrangeiros. Em nossa região, temos muitos países limítrofes: Argentina, Chile, Paraguai, além de muitos países orientais. Mas a maioria vem de outros Estados do país para encontrar trabalho e uma situação melhor de vida, porque o Rio Grande do Sul é considerado um dos Estados de maior progresso econômico.
–Estão se aplicando nesta região as indicações da Conferência de Aparecida?
–Dom Alessandro Ruffinoni: É um documento que é necessário colocar em prática corretamente. Fala-se muito de conversão pastoral. É necessário seguir fazendo a pastoral como se fazia antigamente. Aparecida nos convida a uma conversão pessoal: sacerdotes, bispos, cristãos. Além de uma conversão pastoral: que se faz com as estruturas que temos, como usá-las melhor, como acolher melhor as pessoas, como ir ao encontro destas pessoas que têm sede de Deus. Este é um grande desafio de Aparecida e da missão continental. Será um compromisso da Igreja na América Latina evangelizar continuamente. Ir ao encontro dos irmãos que estão próximos e daqueles que se afastaram da fé.
–Quais são principais características da fé do povo de Porto Alegre? Que podem contribuir para a Igreja universal?
–Dom Alessandro Ruffinoni: O povo brasileiro é basicamente crente. É necessário purificar algumas coisas mas é um povo que necessita do espiritual, que tem sede de Deus e por isso é necessário evangelizá-lo bem. Se nós nos contentamos em preparar as pessoas mas não lhes damos nada, elas desaparecerão porque há outras pessoas que saem ao seu encontro. Diria que o povo do Rio Grande tem fé. É verdade que há realidades exigentes que começam a abandonar esta fé, que há indiferença, mas a maioria do povo tem sede de Deus.
(Carmen Elena Villa)

Fonte: ZENIT.org

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

RELAÇÃO ENTRE IGREJA E ARTE

Nova relação entre Igreja e arte para saber “ver o invisível”
20º aniversário da Pontifícia Comissão para os Bens Culturais da Igreja

CIDADE DO VATICANO,
- Hoje, mais do que nunca, é necessário prosseguir no “complexo e nem sempre fácil percorrido que permitirá, através de sinais de reflexão e de comparação entre artistas e teólogos, desenvolver um tecido conectivo de imagens e símbolos que permita à nossa sociedade voltar a ser consciente das suas próprias raízes culturais e de voltar a adquirir a capacidade de ver o invisível”.
Assim afirmou hoje Francesco Buranelli, secretário da Pontifícia Comissão para os Bens Culturais da Igreja, durante a coletiva de imprensa do 20º aniversário desta instituição.
Na coletiva de imprensa, interveio também Dom Gianfranco Ravasi, presidente do Conselho Pontifício para a Cultura e da comissão pontifícia, e o abade Michael John Zielinski, O.S.B. Oliv, vice-presidente do organismo.
Em sua intervenção, Buranelli recordou que João Paulo II, com a constituição apostólica Pastor Bonus, de 1988, “teve a longa visão cultural de instituir uma estrutura à qual confiar a proteção dos tesouros da Igreja no mundo”.
A excepcionalidade da comissão pontifícia, explicou, está no “valor da universalidade”, porque não se trata de um dicastério de tutela “ligado a limites territoriais ou estatais”, mas “remete à vocação própria da Igreja de conservar, proteger e valorizar todo bem cultural reconhecido como patrimônio identitário da cristandade”.
“Trata-se de uma atividade diária e densa para difundir uma consciência cada vez maior do papel e do valor específico do patrimônio cultural religioso, particularmente do cristão, dentro do patrimônio cultural de cada nação e, por conseguinte, no patrimônio mundial da humanidade.”
Buranelli recordou a atenção prestada recentemente pela mídia e pela opinião pública internacional diante do anúncio da participação da Santa Sé na 54ª Bienal de Arte Contemporânea de Veneza 2011, com um pavilhão promovido pela comissão pontifícia.
Em sua opinião, em todos os lugares se concordou em que “chegou a hora de que a Igreja assuma novamente, com valor, o papel de inspiradora e patrocinadora que durante séculos caracterizou o trabalho da evangelização”.
“A Igreja deveria partir daí para basear-se novamente nesse diálogo com a arte e sobre a arte que a viu durante séculos no centro do debate cultural e que parece ter se enfraquecido – até perder-se em trivialidades e dissensões – no curso dos últimos dois séculos”, comentou.
Nova relação
Francesco Buranelli reconheceu que o contraste entre a Igreja e os artistas “viveu nestas últimas décadas momentos de novo e intenso impulso, que, não por acaso, coincidiu com a grande renovação teológica e litúrgica iniciada no segundo pós-guerra, culminada no Concílio Vaticano II, e que foi favorecida com consciência e amplitude de horizontes pelos últimos pontífices”, até chegar ao encontro de Bento XVI com os artistas no dia 21 de novembro passado, na Capela Sistina.
Nesta última ocasião, sublinhou, culminou-se “um vazio que era a triste consequência da interrupção do vibrante e construtivo diálogo que a Igreja havia instaurado com a arte desde as auroras da arte paleocristã”.
Atualmente, a Igreja não deve “ter medo desta amizade” com a arte.
Para que se instaure uma nova relação com o mundo artístico, é necessário, em primeiro lugar, “um envolvimento eclesial que não se limite à escuta da autorizada iniciativa dos pontífices, mas que faça dela um tesouro e estímulo às instituições religiosas a atuarem em iniciativas de formação e de estímulo para que o que foi um movimento ‘do alto’ se torne operativo também ‘na base’, para que, a partir da inspiração das palavras do Magistério, nasça uma nova etapa artística para toda a Igreja”.
Isso significa promover posturas como a atenção das igrejas particulares pelos artistas presentes em seu próprio território, a constituição de comissões diocesanas de arte religiosa contemporânea e a criação de condições para que “o artista, acompanhado, mas não limitado, na aquisição de uma linguagem coerente e unitária, e de uma sintaxe inteligível, possa enfrentar a teologia e o profundo conhecimento dos ritos e símbolos cristãos, e que, ao entrar em uma igreja, saiba perceber o que é o ‘sagrado’ que sua arte está chamada a fazer viver no coração dos crentes”.
“Somente desta forma – concluiu – o patrocínio eclesial poderá sair dos atalhos fáceis das produções ‘em série’ e os artistas se sentirão novamente provocados pelo tema da relação com o Inexpressável e poderão, confrontando-se com o tema talvez mais alto que a mente humana concebeu, crescer em seu caminho de arte.”
Fonte: ZENIT.org

terça-feira, 24 de novembro de 2009

CRISTO É UM REI QUE DOMINA COM AMOR E ESPERANÇA


PAPA NO ANGELUS: "CRISTO É UM REI QUE DOMINA COM AMOR E ESPERANÇA"

Cidade do Vaticano,

- Bento XVI rezou a oração mariana do Angelus, deste domingo, Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, na Praça São Pedro, onde o aguardavam vários fiéis e peregrinos.O Santo Padre ressaltou que o título de rei atribuído a Jesus é muito importante nos Evangelhos e dá uma leitura completa de sua pessoa e sua missão de salvação. Da expressão rei dos judeus, se chega ao título Cristo, Rei do Universo, Senhor do cosmo e da história.O papa frisou que "no centro deste percurso de revelação da realeza de Jesus Cristo está mais uma vez o mistério de sua morte e ressurreição. Enquanto Filho de Deus, Jesus se entregou livremente à paixão, que significa a vitória do amor de Deus Pai sobre a desobediência do pecado. É oferecendo-se no sacrifício de expiação que Jesus se torna o Rei do Universo, como ele mesmo declara aparecendo aos apóstolos depois da ressurreição."O papa explicou que o poder real de Jesus não é o poder dos reis e dos grandes deste mundo. É o poder divino que doa a vida eterna, que liberta do mal e vence o domínio da morte. "É o poder do amor, que sabe extrair o bem do mal, comover o coração endurecido, levar a paz onde existe conflito, acender a esperança onde não tem luz. Este Reino de Graça não se impõe, mas respeita sempre a nossa liberdade. Cristo veio para dar testemunho da verdade" – disse o pontífice.O Santo Padre ressaltou ainda a necessidade de que cada pessoa faça uma escolha. A quem devo seguir? Deus ou o maligno? A verdade ou a mentira? "Escolher Jesus Cristo não garante sucesso segundo os critérios do mundo, mas garante aquela paz e alegria que somente Ele pode dar" – frisou o papa.Bento XVI afirmou que esta paz doada por Jesus foi vivida por homens e mulheres que, em nome de Cristo, em nome da verdade e da justiça, se opuseram aos poderes do mundo, pagando com o martírio a sua fidelidade a Cristo.O papa sublinhou que Maria compreendeu o novo gênero da realeza de Cristo ouvindo suas palavras e participando do mistério de sua morte e ressurreição, e concluiu pedindo a Nossa Senhora para que nos ajude a seguir Cristo, Rei do Universo e testemunhá-lo em nossa vida. (MJ)

Fonte: RV

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

ARTISTAS: SEJAM ANUNCIADORES E TESTEMUNHAS DE ESPERANÇA


PAPA AOS ARTISTAS: SEJAM ANUNCIADORES E TESTEMUNHAS DE ESPERANÇA PARA A HUMANIDADE


Cidade do Vaticano,

- Na manhã deste último sábado, Bento XVI abriu as portas da Capela Sistina a mais de 250 artistas de todo o mundo, entre pintores, escultores, arquitetos, atores, diretores, músicos e escritores. O Brasil foi representado pelo pianista Álvaro Siviero.O encontro se deu por ocasião dos dez anos da carta aos artistas de João Paulo II e dos 45 anos do histórico encontro de Paulo VI com o mundo da arte.No início do seu discurso, Bento XVI afirmou que, em continuidade com os predecessores, deseja expressar e renovar a amizade da Igreja com o mundo da arte – uma amizade consolidada no tempo: "Esta amizade deve ser continuamente promovida e alimentada, para que seja autêntica e fecunda, adequada aos tempos e que tenha presente as situações e as mudanças sociais e culturais. (...) A todos os artistas, o meu convite à amizade, ao diálogo e à colaboração"."Nós necessitados dos artistas": citando Paulo VI, o papa recordou que o mesmo encontro, 45 anos atrás, também se realizou na Capela Sistina, "santuário de fé e de criatividade humana", "tesouro singular de memórias". E lembrou que sua eleição à Cátedra de Pedro se realizou ali, momento que viveu com "trepidação e absoluta confiança no Senhor".Falando das obras-primas que adornam a Capela, Bento XVI falou do Juízo Universal, de Michelângelo, que recorda que, de um lado, "a história da humanidade é movimento de ascensão e, de outro, coloca diante dos nossos olhos o perigo da queda definitiva do homem. O afresco, portanto, lança um forte grito profético contra o mal, contra qualquer forma de injustiça; mas, ao mesmo tempo, nos convida a percorrer com alegria, coragem e esperança o itinerário da vida.O momento atual, analisou o papa, é marcado infelizmente por fenômenos sociais e econômicos negativos, mas também por um enfraquecimento da esperança, por uma certa desconfiança nas relações humanas, por isso crescem sinais de resignação, de agressividade e de desespero.Somente a beleza pode oferecer novamente entusiasmo e confiança – afirmou Bento XVI. A experiência do belo autêntico não é efêmero nem superficial, não distancia da realidade, mas, pelo contrário, leva a um confronto cerrado com a vivência cotidiana. Platão já dizia que uma função da beleza é "sacudir" o homem, fazê-lo sair de si mesmo. "A arte é feita para turbar, enquanto a ciência conforta" – falava Georges Braque.Todavia, acrescentou o pontífice, a beleza hoje é passada como ilusória, superficial, que aprisiona o homem em si mesmo e o torna ainda mais escravo, sem esperança e alegria. Mas a beleza é o contrário de tudo isso, ela pode se tornar um caminho rumo ao Transcendente, pode assumir um valor religioso e transformar-se em um percurso de profunda reflexão interior e de espiritualidade. Prova disso são as inúmeras obras de arte, que comprovam a afinidade e a sintonia entre percurso de fé e itinerário artístico. "O caminho da beleza nos conduz, portanto, a colher o Tudo no fragmento, o Infinito no finito, Deus na história da humanidade." Bento XVI então dirigiu um apelo aos artistas: "Vocês são guardiães da beleza; graças ao seu talento, vocês têm a possibilidade de falar ao coração da humanidade, de tocar a sensibilidade individual e coletiva, de suscitar sonhos e esperanças, de ampliar os horizontes do conhecimento e do empenho humano. Sejam, por meio da arte, anunciadores e testemunhas de esperança para a humanidade".O pontífice pediu aos artistas que não tenham medo de se confrontarem com a fonte primeira e última da beleza, de dialogarem com a Igreja: "A fé não infere em nada em seu gênio, em sua arte; pelo contrário, os exalta e os nutre".Como fez Paulo VI, Bento XVI se despediu dos artistas com um "até logo". (BF)

Fonte: RV

domingo, 22 de novembro de 2009

RELÍQUIAS DE DOM BOSCO PEREGRINAM NO BRASIL

RELÍQUIAS DE DOM BOSCO PEREGRINAM NO BRASIL

Guarapuava,

- Esta cidade, no Paraná, foi a primeira do Brasil a receber a urna com as relíquias de Dom Bosco. A urna chegou na noite de domingo, dia 15, de Cidado do Leste, no Paraguai, passando por Foz do Iguaçu, de onde foi transportada para Guarapuava.A primeira atividade foi na manhã de segunda-feira, dia 16: uma carreata conduziu as relíquias pelas ruas da cidade até a Obra Social Dom Bosco. Ali, o bispo emérito de Guarapuava, Dom Giovanni Zerbini, presidiu a Santa Missa em homenagem ao santo fundador da família salesiana.A urna esteve na Catedral de Nossa Senhora de Belém, para veneração e visitação, na Obra Social, onde houve uma missa com a juventude, e na Paróquia São João Bosco, para uma vigília luminosa. A seguir, a urna foi levada para Ponta Grossa (PR), e agora, segue para as demais cidades da Inspetoria de Porto Alegre.A urna está peregrinando em todos os países onde Congregação Salesiana está presente, como preparação ao bicentenário de nascimento de Dom Bosco, em 2015. Após Porto Alegre, as relíquias vão percorrer as inspetorias de São Paulo, Belo Horizonte, Campo Grande, Recife e Manaus.Atendendo a um pedido do procurador geral da Congregação, Pe. Francesco Maraccani, feito em nome do reitor-mor, Pe. Pascual Chávez Villanueva, os fiéis que participarem de uma função sagrada em memória do santo ou, venerarem e orarem diante da urna, podem receber a indulgência plenária. O decreto foi promulgado pela Penitenciaria Apostólica, em maio de 2009, e estabelece que os fiéis devem também ter-se confessado recentemente, participado da missa, comungado e rezado pelas intenções do papa. (CM)

Fonte: RV

sábado, 21 de novembro de 2009

CONVITE DO S.S. PAPA BENTO XVI


Todos estão convidados para a clausura do Ano Sacerdotal com o Papa
Inclusive os leigos e as religiosas



CIDADE DO VATICANO,


-Bento XVI não convidou somente os sacerdotes para a clausura do Ano Sacerdotal, que acontecerá em Roma de 9 a 11 de junho de 2010: seu convite se estende também aos leigos, seminaristas e religiosas.
Segundo explica a Obra Romana para as Peregrinações (ORP), encarregada da organização logística do evento, em um comunicado enviado à Zenit, a clausura do 150º aniversário de falecimento de São João Maria Vianney será uma festa da Igreja universal em torno dos seus sacerdotes.
“A participação no encontro não pode excluir ninguém; mais ainda, pretende ser uma oportunidade para todos”, explica a ORP.
Para confirmar esta abertura, a Obra cita a vídeomensagem do Papa, dirigida aos participantes no retiro internacional de sacerdotes, realizado em setembro em Ars, a terra natal de João Maria Vianney, no qual ele dizia que neste Ano Sacerdotal “todos nós estamos chamados a explorar e redescobrir a grandeza do sacramento que nos configurou para sempre com Cristo”.
“Neste sentido, cada um é convidado a viver esta importante experiência segundo o caráter específico da própria vocação”, indica a ORP.
Mais informação e reservas para participar da clausura do Ano Sacerdotal em http://www.josp.com/ ou a.sacerdotalis@orpnet.org


Fonte: ZENIT.org

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

"NÃO" - ARMADILHA À DEFESA DA VIDA

Lógica do “não”, armadilha à defesa da vida
Entrevista com organizador de livro que aborda bioética e Documento de Aparecida
Por Alexandre Ribeiro

SÃO PAULO,

- A redução da defesa da vida à lógica do “não” –como se a única preocupação fosse proibir o aborto, a eutanásia, a manipulação de embriões humanos– é um armadilha da qual têm sido vítimas as pessoas que atuam nesse campo.
Mas “a grande atuação da comunidade católica, de cada cristão consciente em sua vida cotidiana, é no ‘sim’ à vida, através da acolhida pessoal às pessoas que, por razões psicológicas, afetivas e/ou materiais tenderiam a fazer opções que negam a vida”, explica o Prof. Dr. Francisco Borba Ribeiro Neto.
Coordenador de projetos do Núcleo Fé e Cultura da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), o Prof. Francisco Borba é um dos organizadores do recém-lançado livro “Um diálogo latino-americano: bioética e Documento de Aparecida” (Difusão Editora). Ele falou a ZENIT sobre a obra e sua abordagem.

–Qual é o tema ou desafio particular no campo da bioética que mais o preocupa no contexto latino-americano hoje? Que contribuições o Documento de Aparecida traz para iluminá-lo?

–Prof. Francisco Borba: A defesa da vida praticada pelos católicos, não só na América Latina, mas no mundo inteiro, tem sido vítima de uma terrível armadilha da mídia: ela é reduzida à lógica do “não”, como se nossa única preocupação fosse proibir o aborto, a eutanásia, a manipulação de embriões humanos, etc. Mas a grande atuação da comunidade católica, de cada cristão consciente em sua vida cotidiana, é no “sim” à vida, através da acolhida pessoal às pessoas que, por razões psicológicas, afetivas e/ou materiais tenderiam a fazer opções que negam a vida.
Existem alguns dias no ano em que somos chamados a subscrever um plebiscito ou participar de um ato público em defesa da vida, mas em todos os dias do ano estamos acolhendo a gestantes que gostariam de abortar, adotando crianças abandonadas, cuidando de idosos e pacientes terminais. Não somos a favor da vida apenas porque temos uma visão de mundo que reconhece a dignidade inalienável de cada pessoa desde a concepção até a morte natural. Somos a favor da vida também porque temos uma prática de acolhida, de amor ao outro, que nos mostra que a verdadeira felicidade – tanto para aqueles que sofrem quanto para nós que somos chamados a acolhê-los – não pode nascer da negação da vida, mas apenas de sua afirmação.
O que mais me preocupa no campo da bioética no contexto latino-americano, portanto, é justamente o perigo de cairmos – católicos e homens de boa vontade não católicos – nessa armadilha e não compreendermos a riqueza humana que fundamenta a defesa da vida.
O Documento de Aparecida nos ajuda a escapar dessa armadilha ao articular as duas questões básicas da bioética para nós latino-americanos, o sentido da vida e a opção pelos pobres, num único documento. Não dá para compreender essas coisas se a opção pelos pobres é entendida apenas no sentido materialista, sem uma reflexão sobre o sentido da vida de cada um, mas também não dá para pensar o sentido da nossa vida, enquanto cristãos latino-americanos, sem se comprometer com os mais pobres e em situação de sofrimento. Espero que estes dois aspectos fiquem claros para quem ler o livro.

–Poderia explicar a relação entre bioética, opção preferencial pelos pobres e justiça social?

–Prof. Francisco Borba: Apesar de nossa reflexão ter se iniciado com o Documento de Aparecida, não é possível responder hoje a esta questão sem fazer referência à nova encíclica do Papa, Caritas in veritate. Creio que não será possível refletir sobre a opção pelos pobres, no futuro, sem referir-se a esta encíclica.
Em primeiro lugar, a opção pelos pobres é, simultaneamente, um ato de amor e de justiça. Como a encíclica nos lembra, o amor (que é dar ao outro parte do que é nosso) é maior que a justiça (que é dar ao outro aquilo que é dele), mas o amor – por isso mesmo – deve ser precedido pela justiça. Muitas vezes, no passado, a opção pelos pobres foi justificada em termos de realização de uma utopia na terra. Como esta utopia não aconteceu, a opção pelos pobres pode parecer uma cosia sem sentido ou um esforço moralista da parte dos cristãos.
Caritas in veritate nos ajuda a compreender que a razão de ser da opção pelos pobres não é a utopia, mas o amor – criando um compromisso que é moral, mas não é moralista, é uma norma que deve ser seguida não por uma ordem externa, mas para uma realização pessoal de nós mesmos.
A bioética – tratando de situações limites, na fronteira entre a vida e a morte, entre o sofrimento e a realização humana – é o espaço onde o amor ao ser humano concreto, em suas dores e limitações, se torna mais denso e desafiador em nossa sociedade. Assim, desde as relações familiares (que o Papa chama de micro-relações) até as políticas públicas (as macro-relações), a bioética nos leva a repensar o sentido do amor para a vida social. Por isso o Papa mostra que nossa postura em relação à defesa da vida tem implicações até mesmo na vida econômica.

–Qual é a importância do livro “Um diálogo latino-americano: bioética e Documento de Aparecida”?

–Prof. Francisco Borba: A importância desse lançamento vem de duas razões. Em primeiro lugar, os vários autores aplicam os ensinamentos do Documento de Aparecida a uma área específica e bastante polêmica, que é a da bioética.
Os bispos reunidos em Aparecida reafirmaram os pontos essenciais do Magistério da Igreja em relação à defesa da vida, porém é interessante retomar esses pontos a partir das peculiaridades do continente latino-americano e dos desafios deste momento de mudança no qual vivemos.
Além disso, o livro traz, de forma sistemática, os principais aspectos do Magistério em relação à defesa da vida apresentados por especialistas – geralmente professores universitários – que os explicam a partir da ótica de suas disciplinas específicas. Trata-se, portanto, de um diálogo entre o Magistério da Igreja, a realidade latino-americana e as várias ciências que se ocupam das questões bioéticas.

Fonte: ZENIT.org

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

JMJ - MADRI 2011

INAUGURADO SITE DO DMJ DE MADRI


Madri,

- O cardeal Antonio María Rouco Varela apresentará à imprensa, em Madri, o site oficial do Dia Mundial da Juventude (JMJ).
Para o departamento de comunicação do DMJ “o site deve ser um dos instrumentos informativos e organizativos mais úteis nestes 639 dias que faltam até 16 de agosto de 2011”.
Inicialmente, o site será publicado exclusivamente em espanhol, mas nas próximas semanas, o conteúdo será disponibilizado em outras 5 línguas (alemão, inglês, italiano, francês e português). Sucessivamente, as páginas serão traduzidas também em árabe, chinês e russo.
O site será a base para a comunicação do DMJ nas principais redes sociais no tangente à informação, organização, coordenação dos voluntários, etc.
O site do próximo DMJ será: http://www.jmj2011madrid.com/

Fonte: RV

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

LIBERDADE RELIGIOSA

A liberdade religiosa no mundo
Pesquisa anual é publicada pelo Departamento de Estado dos EUA
Por Pe. John Flynn, L.C.

ROMA,

- Ignorado pela mídia, o Departamento de Estado dos EUA divulgou, no dia 26 de outubro, seu último Relatório Anual sobre a liberdade religiosa internacional, que traz levantamentos em 198 países e territórios.
Antes de detalhar sobre cada país, a introdução do relatório explica que o governo dos Estados Unidos considera importante defender a liberdade religiosa.
"A liberdade religiosa é um direito de todas as pessoas, independentemente de que elas tenham ou não fé", afirma.
A introdução também assinala o conceito de bem comum. "Em suma, a liberdade tende a canalizar as paixões e convicções de fé em atos de serviço e empenho positivo na praça pública", afirma o texto.
Através de uma perspectiva mais política, o Departamento de Estado afirma que, quando os grupos religiosos e as ideias são reprimidos, tendem a se radicalizar e isso pode fomentar o individualismo ou insurreição.
No âmbito internacional, o relatório argumenta que, se os governos manipularem a religião ou marginalizarem os grupos, só ajudariam os grupos radicais que, por sua vez, são uma ameaça à segurança global.
"Ambientes que visam à liberdade religiosa sólida, por outro lado, promovem a harmonia comunitária e encorajam as vozes da moderação para que refutem os extremistas por motivos religiosos," conclui a introdução.
Violações
Uma seção do relatório aborda os países onde as violações da liberdade religiosa têm sido mais nítidas. Dentre eles está o Afeganistão. “O estudo observa como a Constituição estabelece o Islamismo como a religião de Estado e que nenhuma lei pode ser contrária às crenças e às disposições da sagrada religião do Islã”.
O Departamento de Estado comenta que os não-muçulmanos, os grupos minoritários, incluindo os cristãos, hindus e sikhs, continuam a enfrentar casos de discriminação e perseguição. Analisou que outro problema é o da conversão. Muitos cidadãos, de acordo relatório, entendem a conversão como se ela estivesse contrariando os princípios do Islamismo e da sharia.
No Egito, a análise observa que, enquanto a Constituição prevê a liberdade de crença e a execução de ritos religiosos, na prática, o governo impõe certas restrições a estes direitos. Na verdade, o respeito pela liberdade religiosa, por parte das autoridades, diminuiu durante o período analisado, de acordo com o Departamento de Estado.
Isto se deveu principalmente à falta de investigação e processo aos perpetradores da violência sectária. Esta prática, acrescentou o relatório, contribuiu para a que as agressões fossem repetidas, devido ao senso de impunidade.
Cristãos e membros da fé Baha'i enfrentam discriminação pessoal e coletiva em muitas áreas, afirmou o relatório. Um exemplo dado foi o de um tribunal que condenou um padre copta a cinco anos de trabalho forçado por fazer o casamento entre uma copta e um convertido do islamismo que apresentava um documento de identidade falso.
No Paquistão, o relatório não poupa palavras e afirma que: a legislação "discriminatória e a incapacidade do governo para tomar medidas contra as forças sociais hostis àqueles que praticam uma crença religiosa diferente promovem a intolerância religiosa, os atos de violência e a intimidação contra as minorias religiosas".
Em geral, a discriminação contra as minorias religiosas foi generalizada junto aos grupos extremistas e indivíduos visando congregações religiosas.
O Irã e o Iraque foram apontados pelo relatório como países problemáticos, a respeito da liberdade religiosa. O estudo mostra que, apesar de garantias constitucionais, há discriminação, na prática, daqueles que não são muçulmanos xiitas.
O presidente Mahmoud Ahmadinejad também foi mencionado no relatório devido a seu "virulento antissemitismo", que inclui questionar a existência e a dimensão do Holocausto.
O governo iraniano reforçou sua proibição de proselitismo por parte de alguns grupos cristãos, acompanhando de perto as suas atividades, fechando algumas igrejas e prendendo cristãos convertidos.
No Iraque, a existência de garantias constitucionais estava viciada pela violência dos terroristas e organizações criminosas que restringem o livre exercício da religião e representam uma ameaça significativa para o país vulnerável às minorias religiosas, declara o relatório.
"Muito poucos foram os autores de violência cometida contra os cristãos e outras minorias religiosas no país que têm sido punidos", disse o Departamento de Estado.
Ataques
A Índia, onde houve numerosos incidentes de violência contra os cristãos, também foi tratada no relatório. O Departamento de Estado comentou que alguns governos estaduais e municipais impuseram limites à liberdade religiosa.
Extremistas religiosos empenharam numerosos ataques terroristas em todo o país durante o período de um ano coberto pelo relatório. O Departamento de Estado mencionou a violência que eclodiu em agosto de 2008, em Orissa, quando, de acordo com estatísticas do governo, 40 pessoas morreram e 134 ficaram feridas.
Segundo vários relatos independentes, cerca de 3.200 refugiados permaneciam em campos de refugiados, contra 24.000 na sombra da violência, observou o relatório.
Na Birmânia, o governo continuou a se infiltrar e controlar as atividades de praticamente todas as organizações, inclusive religiosas, segundo o relatório. Além disso, as autoridades sistematicamente restringem o clero budista na promoção dos direitos humanos e da liberdade política.
Restrições sobre os cristãos e outras minorias budistas também continuaram por todo o país, segundo o relatório.
No Vietnã, o relatório afirmou que, embora o respeito pela liberdade religiosa continue a melhorar em alguns aspectos, os problemas permanecem significativos. Assim, durante o ano analisado, o governo concedeu o reconhecimento nacional de cinco denominações protestantes e algumas religiões adicionais.
Mas houve reivindicações de propriedade não resolvidas com praticamente todos os grupos religiosos, algumas resultando em grandes protestos católicos, os quais foram reprimidos.
O Departamento de Estado lançou algumas palavras fortes quando chegou à China. O relatório comenta que durante o período de um ano, os funcionários continuaram controlando e, às vezes, interferindo nos grupos religiosos e espirituais.
Em algumas áreas o governo viola os direitos de membros dos grupos católicos e protestantes, muçulmanos, budistas tibetanos e membros da Falun Gong.
As autoridades também se opõem fortemente à profissão de lealdade para com a liderança religiosa fora do país, mais notadamente o Papa e o Dalai Lama, observou o relatório. A repressão na China permanece grave, de acordo com o relatório.
Reação
Em um comunicado publicado junto ao relatório, diz-se que a Comissão dos EUA de Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF) pediu uma renovada preocupação internacional com estas situações.
O comunicado explica que um país que tenha violado gravemente a liberdade religiosa deve ser designado como um "país de preocupação particular" (CPCs), de acordo com a Lei de Liberdade Religiosa Internacional. O governo dos Estados Unidos, então, é obrigado a tomar medidas, que vão desde a negociação de um acordo bilateral até sanções.
USCIRF indica que 13 países - Mianmar, Eritreia, Irã, Iraque, Nigéria, Coreia do Norte, Paquistão, China, Arábia Saudita, Sudão, Turcomenistão, Uzbequistão e Vietnã – sejam notificados.
A imprensa também afirmou que USCIRF recomenda ações mais fortes a serem tomadas contra oito países que atualmente foram listados como CPCs pelo Departamento de Estado: Birmânia, Eritreia, Irã, Coreia do Norte, China, Arábia Saudita, Sudão e Uzbequistão.
O Papa Bento XVI, recentemente, tratou o tema “liberdade religiosa” quando se dirigiu ao novo embaixador do Irã junto à Santa Sé. Em seu discurso, do dia 29 de outubro, o Santo Padre disse que "entre os direitos universais, a liberdade religiosa e a liberdade de consciência ocupam um lugar essencial, porque são a fonte das outras liberdades".
Curiosamente, tanto a Igreja Católica como o Departamento de Estado concordam que a liberdade religiosa é um direito funda


Fonte: ZENIT.org

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

REFLEXÕES A RESPEITO DAS ORAÇÕES

Frases sobre a oração


..........................São João Maria Vianney

Cura de Ars

1. A oração é a elevação de nosso coração a Deus, uma doce conversação entre a criatura e seu Criador.

2. Com a oração tudo podeis, sois donos, por assim dizer, do querer de Deus.

3. A oração abre os olhos da alma, a faz sentir a magnitude de sua miséria, a necessidade de recorrer a Deus e de temer sua própria debilidade.

4. Todos os males que nos afligem vem precisamente do fato de que não rezamos ou o fazemos mal.

5. Todos os santos começaram sua conversão pela oração e por meio dela perseveraram. E todos os condenados se perderam por sua negligencia na oração. Digo, pois, que a oração nos é absolutamente necessária para perseverar.

6. Quantas vezes vamos à igreja sem saber para que vamos, nem o que queremos pedir. Entretanto, quando se vai à casa de qualquer pessoa, sabe muito bem por que se dirige a ela. Há aqueles que parecem dizer a Deus: «Venho dizer-Vos duas palavras para cumprir contigo...». Com frequencia penso que quando vamos adorar a Nosso Senhor, conseguiremos tudo o que queremos, se o fizermos com fé viva e um coração puro.

7. Nossas orações precisam ser feitas com confiança, e com uma esperança firme de que Deus pode e quer conceder-nos o que lhe pedimos, contanto que o supliquemos devidamente.

8. Temos que rezar com frequencia, mas devemos redobrar nossas orações nas horas de prova, nos momentos em que sentimos o ataque da tentação.

9. Por muitas que sejam as contrariedades que experimentamos neste vale de lágrimas, se orarmos, teremos forças para suportá-las, inteiramente resignados à vontade de Deus. E por mais violentas que sejam as tentações, se recorrermos à oração, as dominaremos .

10. A terceira condição que a oração deve ter para ser agradável a Deus, é a perseverança. Vemos muitas vezes que o Senhor não nos concede de seguida o que pedimos. Ele assim procede para que o desejemos com mais ardor, e para que apreciemos melhor o seu valor. Tal atraso não é uma negativa, e sim uma prova que nos predispõe a receber mais abundantemente o que pedimos.

domingo, 15 de novembro de 2009

PAPA VISITARÁ MALTA EM ABRIL DESTE ANO

PAPA EM MALTA EM ABRIL: RECORDANDO O NAUFRÁGIO DE PAULO NA ILHA


Cidade do Vaticano,

- Conforme já anunciado em setembro deste ano, Bento XVI visitará a Ilha de Malta nos dias 17 e 18 de abril de 2010. Em recente comunicado à imprensa, a Arquidiocese de Floriana informa que a visita pastoral do pontífice será oportuna ocasião para recordar os 1950 anos do naufrágio de São Paulo no arquipélago. A tradição indica que o evento, registrado nas cartas paulinas, tenha acontecido no ano 60, durante sua viagem em direção a Roma.O papa chegará à ilha na tarde do dia 17 de abril, sendo recebido pelas autoridades civis e visitando em seguida a Gruta de São Paulo, na localidade de Rabat. Na manhã do dia seguinte, o Santo Padre celebrará uma missa na cidade de Floriana. Pela tarde, encontrará os jovens malteses em Valetta, logo após retornando a Roma. Esta será a 14ª viagem apostólica internacional de Bento XVI, o terceiro pontífice a visitar o arquipélago mediterrâneo, após as duas visitas de João Paulo II (em 1990 e em 2001). (RD)


Fonte: RV

sábado, 14 de novembro de 2009

"MUTIRÃO" CONTRA VIOLÊNCIA NO ESTADO DE SÃO PAULO

BENTO XVI PEDE "MUTIRÃO" CONTRA VIOLÊNCIA NO ESTADO DE SÃO PAULO

Cidade do Vaticano, 14 nov (RV)

– Bento XVI recebeu na manhã deste sábado, na Sala do Consistório, no Vaticano, os bispos do Estado de São Paulo, que compõem o Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.Inicialmente, o bispo de Santo André e presidente do Regional, Dom Nelson Westrupp, em nome de todos fez uma saudação ao Santo Padre. Eis as suas palavras dirigidas ao pontífice: Por sua vez, nas palavras que dirigiu aos bispos de São Paulo, o Santo Padre recordou a sua visita ao Santuário Nossa Senhora Aparecida, onde inaugurou a V Conferência do Episcopado Latino-Americano e Caribenho:"Guardo no coração lembranças felizes dos dias que passei entre vós em maio de 2007, designadamente, da estada no Santuário de Nossa Senhora Aparecida. Uma vez mais desejo agradecer tudo o que foi realizado com tão grande generosidade e renovar a minha cordial saudação a vós e às vossas dioceses. Confio-vos à proteção da Virgem mãe ao mesmo tempo que de coração concedo extensiva a todos os fiéis de cada comunidade diocesana uma particular Benção Apostólica." No discurso que entregou aos prelados do Regional Sul 1 o papa fez votos de que a semente lançada durante a V Conferência do Episcopado Latino-Americano e do Caribe "possa dar válidos frutos para o bem espiritual e também social das populações daquele promissor Continente, da querida Nação brasileira" e do Estado de São Paulo.A seguir, o papa concentrou seu discurso sobre a importância da formação cristã das consciências. Para o pontífice, uma vida social autêntica tem início na consciência de cada um. Por isso, a Igreja procura educar a consciência homem, pois, se bem formada, leva a realizar seu verdadeiro bem. Bento XVI então exortou: "Venerados Irmãos, falai ao coração do vosso povo, acordai as consciências, reuni as vontades num mutirão contra a crescente onda de violência e menosprezo do ser humano". O papa constatou que o homem, dádiva de Deus, hoje passou a ser visto como mero produto humano. Citando sua Encíclica Caritas in veritate, ele recordou que as descobertas científicas nem sempre respeitam a vida de todos os homens, desde a concepção até sua morte natural."Nunca podemos desanimar no nosso apelo à consciência. Não seríamos seguidores fiéis do nosso Divino Mestre, se não soubéssemos em todas as situações, mesmo nas mais árduas, levar a nossa 'esperança para além do que se pode esperar'" – afirmou Bento XVI. Ele exortou os bispos a trabalharem não com o ânimo triste de quem adverte só carências e perigos, "mas com a firme confiança de quem sabe poder contar com a vitória de Cristo", pedindo a intercessão de Nossa Senhora Aparecida. (BF/RL)


Fonte: RV

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

ÍNDIA - IGREJA PROFANADA

Índia: nova profanação de Igreja
Arcebispo de Bangalore lamenta episódio

BANGALORE, ZENIT.org

- O arcebispo de Bangalore, Dom Bernard Moras, denunciou a falta de resposta do governo ante uma nova profanação de uma igreja no Estado indiano de Karnataka.
A igreja católica de Santo Antonio, em Kavalbyrasandra, nos arredores de Bangalore, foi objeto de vandalismo e de profanação na noite de sábado 7 de novembro, informou “Eglises d'Asia”, a agência informativa das Missões Estrangeiras de Paris (MEP).
O sacristão descobriu o fato ao abrir a igreja para preparar a missa dominical, no início da manhã de 8 de novembro.
O sacrário estava quebrado e as hóstias, no chão. Haviam saqueado os armários, forçado as caixas de doações e roubado um cálice de ouro, além de objetos litúrgicos.
Segundo o pároco, padre Arockiadas, a igreja, que conta com mais de cinco mil fiéis, tinha voltado a abrir após recentes obras de ampliação, e não havia registrado nenhum incidente de enfrentamento com as comunidades não cristãs.
O Estado de Karnataka tem sofrido “numerosos ataques a igrejas”, mas “não se deteve nenhum culpado, apesar das promessas das forças policiais”, denunciou Dom Moras.
O prelado declarou que está surpreso com a inação do governo e que perdeu totalmente a confiança na polícia.
“Estou profundamente ferido por esta profanação do Santíssimo Sacramento, que está no coração da nossa fé”, disse.
Também chamou à calma os fiéis. Quase mil se reuniram na igreja para rezar. A polícia patrulhou a área e tentou achar pistas dos criminosos.
No dia 10 de setembro, outra igreja tinha sofrido ataques de vandalismo, enquanto os cristãos de Karnataka se preparavam para recordar o triste aniversário dos ataques anticristãos do ano passado, perpetrados por extremistas hindus.
Aquele dia, a igreja de São Francisco de Sales, em Hebbagudi, nos arredores de Bangalore, foi forçada durante a noite por um grupo de 25 pessoas não identificadas. Romperam uma dezena de janelas e destruíram as estátuas de uma via sacra.
O pároco fez um chamado ao governo do Estado: “pedimos justiça perante o governo e as autoridades para que os cidadãos indianos possam praticar sua religião como segurança”.
Um forte debate agitou a Assembleia legislativa de Karnataka. Um dos líderes da oposição denunciou: “desde que o Bharatiya Janata Party (BJP) chegou ao governo em maio de 2008, não cessaram os ataques a igrejas, mesquitas e outros lugares de culto; não há harmonia social nem religiosa”.
Depois de Orissa, epicentro da violência anticristã de 2008, o Estado de Karnataka foi um dos mais afetados pelos ataques, com mais de 40 lugares de culto saqueados e numerosos cristãos agredidos e gravemente feridos.
A inação, ou a cumplicidade do governo e da polícia durante os ataques foram apontadas por Dom Moras.
Como havia feito em Orissa, o governo federal ameaçou então assumir o controle da situação se o Estado não mostrasse capacidade de conter os fanáticos hindus.
A Constituição do país permite uma intervenção federal se um dos Estados já não pode proteger os direitos dos cidadãos.
Por sua parte, os cristãos de Karnataka tinham decidido, por iniciativa de Dom Moras, reagrupar-se em um fórum ecumênico, o KUCFHR, para defender seus direitos fundamentais.
Delegações de 113 denominações cristãs reuniram-se em uma grande demonstração de unidade, no dia 19 de junho.
Segundo estatísticas de 2001, o Estado de Karnataka conta com mais de 53 milhões de habitantes, em sua grande maioria hindu.
Os muçulmanos representam cerca de 12% da população, e os cristãos, menos de 2%, sofrendo regularmente os ataques de fundamentalistas hindus.
Como durante o ataque do mês de setembro passado, o ministro do interior de Karnataka, V.S. Acharya, membro do BJP, qualificou a profanação da igreja de Santo Antonio como “incidente menor”.

Fonte: ZENIT.org

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

CD COM VOZ DO PAPA

APRESENTADO CD COM VOZ DO PAPA

Cidade do Vaticano,

- Ontem pela manhã, no Capitólio de Roma, o álbum “Alma Mater. Música do Vaticano”, com a voz de Bento XVI, será apresentado em uma coletiva à imprensa. O CD, cuja gravação ficou por conta da Rádio Vaticano, será lançado em todo o mundo no próximo dia 29 de novembro. A produção é fruto de um acordo discográfico entre a Geffen/Universal, uma das principais editoras mundiais, e a Multimedia, etiqueta dos Religiosos Paulinos. Uma parte das entradas provenientes da venda será destinada à educação musical de crianças pobres dos cinco continentes.A coletiva aos jornalistas terá a participação do diretor da Sala de Imprensa, Pe. Federico Lombardi, do Cardeal Angelo Comastri, vigário do Papa para o Estado do Vaticano, e do presidente da Geffen/Reino Unido, Colin Barlow, além dos compositores e do produtor do disco.No álbum “Alma Mater”, Bento XVI lê e canta acompanhado pelo Coro da Academia Filarmônica Romana e pela Orquestra Filarmônica Real de Londres. O CD traz oito trechos originais de música sacra moderna, mixados com orações, ladainhas e cantos marianos. Bento XVI recita em latim, italiano, francês, alemão e português. As músicas do disco são inspiradas em cantos gregorianos.Já em 1999, João Paulo II participou de uma iniciativa semelhante. A primeira tiragem do CD “Abba Pater”, de mais de um milhão de cópias, esgotou-se em poucos dias. (CM)

Fonte: RV

terça-feira, 10 de novembro de 2009

20 ANOS DA QUEDA DO MURO DE BERLIM

ATO ECUMÊNICO EM BERLIM RECORDA 20 ANOS DA QUEDA DO MURO

Berlim, 10 nov (RV)

- A Igreja do Getsemani, em Berlim, acolheu ontem uma cerimônia ecumênica para celebrar os 20 anos da queda do Muro de Berlim.O ato foi presidido pelo presidente da Conferência Episcopal Alemã, Dom Robert Zollitsch, e pelo bispo evangélico Wolfgang Huber, com o arcebispo de Berlim, Card. Georg Sterzinsky e representantes de outras confissões cristãs. Entre as autoridades civis, estavam presentes, entre outros, o presidente da República Federal, Horst Köhler, e a chanceler, Angela Merkel. "A queda do muro convida os alemães à solidariedade" – disse Dom Zollitsch, exortando a "continuar a construir com paciência e constância" pontes que liguem o leste e o oeste. Todavia, recordou o presidente da Conferência Episcopal, o evento convida a Alemanha "à solidariedade constante para com outras pessoas e povos obrigados a viverem sem liberdade. "A lembrança de 9 de novembro de 1989, unido aos eventos da Noite dos Cristais Quebrados de 1938, "nos ensinam de modo inequívoco que os muros, sejam eles reais ou nas mentes das pessoas, não resolvem os problemas; pelo contrário, os criam" – acrescentou o arcebispo. "Hoje, queremos manter a liberdade que foi conquistada na época" – disse por sua vez o bispo evangélico Huber, recordando as repressões sofridas pelos por cerca de 500 manifestantes naquela mesma igreja. Falando da situação atual, Huber disse: "Nossa tarefa é permanecer na liberdade que nos foi doada. Não podemos nos resignar ao fato que justamente na Alemanha oriental exista um grande desemprego, porque esta não é a liberdade que as pessoas desejavam". (BF)

sábado, 7 de novembro de 2009

VATICANO PARA PRINCIPIANTES

Vaticano para principiantes
Fórum ajuda a fazer acessível o ensinamento da Igreja
ROMA,
- Como falar a uma pessoa que apoia as uniões homossexuais sobre a dignidade do matrimônio? Ou a um casal sobre o erro da contracepção artificial?
Questões como estas inspiraram o Centro Vaticano de Estudos, um projeto da sede do Colégio Thomas More em New Hampshire.
O centro está “especialmente preocupado por comunicar os ensinamentos da Igreja a um público mais amplo através de fóruns e canais de meios de comunicação”.
E para isso, realiza uma série de conferências chamadas “The Vatican Forum” (“O Fórum Vaticano”), dirigidas a qualquer pessoa que queira aprender mais sobre a Igreja, desde jornalistas até seminaristas em Roma.
O primeiro fórum desde curso acadêmico realizou-se no dia 27 de outubro em Roma. O fundador e editor da revista Inside the Vatican e colunista de ZENIT Robert Moynihan foi convidado a abordar o tema “Desvelando os mistérios do Vaticano”.
Ainda que o Vaticano seja muito mais que um conjunto de edifícios, Moynihan afirmou que sua arte e sua arquitetura representam algo transcendente: “as aspirações e esperanças que temos sobre o sagrado e o divino, as recordações da vida de Jesus”.
As estruturas “chamam sua atenção para cima, em um movimento humano da mente para as coisas mais altas”, destacou Moynihan, assinalando o obelisco egípcio no meio da praça, a basílica inspirada em Roma –e Grécia–, as colunas de Bernini e a cúpula de Michelangelo.
Além de ser um convite a erguer o espírito ao que está acima, são as “aspirações mais altas de arte e arquitetura em um só lugar”, acrescentou.
Residindo o Papa em um local tão significativo, porém as tarefas que vêm com seu cargo são mais altas que os privilégios.
Ele não pode retirar-se nunca, assinalou Moynihan, e sua autoridade não é absoluta. A tradição direciona as ações do Papa e “uma mudança ou modernização” tem de estar em consonância com essa tradição.
Seu principal trabalho, resumiu o especialista, é defender o patrimônio de fé que lhe foi confiado, e explicar este patrimônio através de sua pregação.
Para ajudá-lo nisso, há nove congregações e “alguns conselheiros”, explicou Moynihan.
Ele assinalou que as congregações ajudam o Papa a realizar seu trabalho em relação a questões como a liturgia, a doutrina da Igreja, os bispos e o trabalho missionário da Igreja.
Os Conselhos, que foram estabelecidos depois do Concílio Vaticano II, são mais pastorais, indicou, e se centram em temas como o diálogo, a justiça, a paz e a cultura.
Com esta quantidade de congregações e conselhos, afirmou Moynihan, o Vaticano é “maior que o Vaticano”, já que tem escritórios na Via della Concilizione, na Piazza di Spagna, junto à Piazza Campo dei Fiori.
O coração do mistério vaticano, no entanto, é sua dupla natureza, que Moynihan caracterizou como uma “dupla hélice”.
Com uma existência tanto religiosa como civil –este é seu próprio estado–, tem de haver confusão, assinalou, mas esta dualidade também lhe dá uma riqueza única.
“Roma é um lugar onde há o dobro de embaixadores que em qualquer outra cidade, porque vêm à Itália para representar seu país, mas também normalmente há um segundo embaixador para representar seu país no Vaticano –Estado da Cidade do Vaticano”, explicou.
“Tudo que tens que fazer é escutar e terás uma ideia do que está passando no Brasil, China, Estados Unidos ou Alemanha.”
Além de ser um centro de informação internacional, afirmou, Roma é também um centro de pensamento filosófico, teológico, político e econômico, como resultado da quantidade de universidades pontifícias que se estabeleceram ali devido à presença do Vaticano e da Santa Sé.
Tentando explicar o trabalho do Vaticano, Moynihan advertiu que às vezes é duro fazer as pessoas entenderem que “há alguma coisa que move essas pessoas a algo que está além das aspirações humanas ordinárias; a motivação fundamental aqui é a da verdade e da proclamação de uma realidade mais elevada”.
Mas tentar entender o Vaticano vala a pena, concluiu Moynihan, porque se entra em contato com “coisas essenciais e por fim se chega à razão da Igreja e do Vaticano, que é Jesus Cristo”.
(Colaborou Mary Woodard)

Fonte: ZENIT.org

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

PASTORAL DA RUA

PASTORAL DA RUA: VENCER O MEDO E CRIAR ITINERÁRIO DE FÉ

Cidade do Vaticano, 06 nov (RV)

- “Quando volta para as ruas, de onde veio, o Evangelho expressa a sua força de várias formas”. Com este espírito de confiança e coragem, o Documento final do Primeiro Encontro Europeu sobre pastoral da rua encerrou o evento, no Vaticano, no último dia 2.
Provenientes de 15 diferentes países, especialistas, delegados de associações e movimentos e de Congregações religiosas masculinas, confrontaram-se para elaborar linhas comuns e concretas de ação junto a usuários das estradas, das ferrovias, crianças de rua e pessoas sem-casa. As idéias mais recorrentes no documento são ‘reconhecimento da dignidade e do valor de toda pessoa’, ‘paciência na obra de acompanhamento’, ‘necessidade de criar uma rede e sinergias com os mais experientes na problemática da rua’. O maior compromisso é com a criatividade: a Igreja deve encontrar oportunidades e locais novos para encontrar os motoristas e suas famílias, no caso de trabalhadores das estradas. Deve-se também desenvolver uma pastoral específica para autores e vítimas de acidentes rodoviários, incluindo a educação à guia e à reconciliação, em caso de luto. O documento propõe a criação de estruturas de caráter familiar para acolher as mulheres da rua e prostitutas, oferecendo-lhes ocasiões de encontro com os paroquianos e novas perspectivas de vida. “O problema da prostituição não pode ser separado da questão da pobreza” – recorda o texto. Enfim, recomenda-se um maior esforço em educar os jovens ao respeito entre homens e mulheres e em relação aos meninos de rua, para os quais se pede aos governos melhores políticas de combate às injustiças.
O primeiro passo é ir a estes jovens onde eles estiverem, passando da ‘pastoral da espera’ à ‘pastoral do encontro’, com o objetivo de reintegrá-los em suas famílias ou em estruturas familiares alternativas. No âmbito da prevenção, a Igreja é chamada a promover atividades como esporte e música para os jovens; e formação técnica, psicológica e espiritual para os agentes pastorais. “A língua da Igreja é diferente da língua dos Estados” – observa o Documento. As pessoas sem-casa não devem ser vistas apenas como um problema, mas como uma das expressões da presença de Cristo entre nós. Concluindo, o Documento destaca que para aqueles que vivem e sofrem nas ruas, um itinerário de fé é possível e necessário. O importante é vencer o nosso medo, que quase sempre é o primeiro obstáculo à evangelização. (CM)

RV

BRASIL - DESONRA PELA VIOLÊNCIA E PELO TRABALHO ESCRAVO

VIOLÊNCIA E TRABALHO ESCRAVO DESONRAM BRASIL





Washington, 06 nov (RV)

- O Brasil foi denunciado ontem diante da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, CIDH, reunida em Washington até sexta-feira. Organizações de defesa dos direitos humanos que operam em nosso país revelaram a persistência da escravidão e de lutas para controlar a terra, além da violência institucional em centros penitenciários.
O ‘Centro pela Justiça e o Direito Internacional’ (Cejil) e outras associações expuseram essas e outras denúncias no âmbito do 137º período de sessões públicas da CIDH.
Por sua vez, a representante da Comissão Pastoral da Terra, Jean Ann Bellini, advertiu que a violência no campo continua aumentando em torno de três eixos no Brasil: a exploração de escravos, a violência na luta pela terra e a violência contra os índios e os descendentes de escravos.
A representante da CPT afirmou que muitas comunidades indígenas sofrem constantes agressões enquanto aguardam a homologação de suas terras e que desde o início de 2007, houve conflitos em dez grandes reservas indígenas.
Segundo ela, apesar de mais de 26 mil pessoas terem sido liberadas da escravidão entre 2003 e 2008, as organizações estão constatando o aumento dos trabalhos forçados no sul e no sudeste do país, devido à ampliação dos territórios para a produção de etanol.
Neste sentido, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos atendeu ao pedido de mais de 40 entidades da America Latina e decidiu que vai investigar os impactos ambientais e de direitos humanos do Complexo das Usinas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira.
Os membros da Corte Interamericana consideraram que “a construção das usinas hidrelétricas no norte do Brasil é um caso emblemático e grandes impactos ambientais trarão riscos para as populações tradicionais e os povos indígenas da Bolívia, Brasil e Peru”.
O Cejil concluiu a sessão com o pedido para que a CIDH faça uma visita ao Brasil, reúna-se com organizações sociais e especialistas em discriminação e estude a violência institucional e rural no país.
Além das audiências sobre direitos humanos no Brasil, a CIDH mantém debates sobre violência institucional contra mulheres e segurança pública no México e a situação dos homossexuais e dos indígenas na Colômbia.(CM)

RV

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

FESTA DE TODOS OS SANTOS E FIÉIS DEFUNTOS - FINADOS

FESTA DE TODOS OS SANTOS E FIÉIS DEFUNTOS - FINADOS


UM LUGAR DE PURIFICAÇÃO

Que local misterioso é esse entre a terra e o Céu, cujos "habitantes" pedem veementemente nossa ajuda e também podem nos beneficiar?
Carlos Werner Benjumea

Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás em caminho com ele, para não suceder que te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao seu ministro e sejas posto em prisão.
Em verdade te digo: dali não sairás antes de teres pago o último centavo" (Mt 5, 25-26).

Jesus estava falando aos Apóstolos a respeito das punições que esperam os pecadores após a morte. Antes se referira ao fogo da geena - o Inferno -, uma prisão perpétua, eterna. Mas aqui Ele fala de um cárcere do qual se poderá sair, desde que seja pago o débito, até o último centavo.
Essa prisão temporária, um estado de purificação para os que morrem cristãmente sem terem atingido a perfeição, é o Purgatório.
Lugar misterioso, mas onde reina a esperança e os gemidos de dor são entremeados por cânticos de amor a Deus.

Caro leitor, eis um assunto do qual se fala pouco, mas cujo conhecimento é vital para nós e para nossos entes querido s que já partiram desta vida.
Convido-o a repassar comigo diversos aspectos desse importante tema.

A festa de Finados

No dia 2 de novembro, a sagrada Liturgia se lembra de modo especial dos fiéis defuntos. Depois de ter celebrado no dia anterior, festa de Todos os Santos - os triunfos de seus filhos que já alcançaram a glória do Céu, a Igreja dirige seu maternal desvelo para aqueles que sofrem no Purgatório e clamam com o salmista: "Tirai-me desta prisão, para que possa agradecer ao vosso nome.
Os justos virão rodear-me, quando me tiverdes feito este benefício" (Sl 141, 8).
A gênese dessa celebração está na famosa abadia de Cluny, quando seu quinto Abade, Santo Odilon, instituiu no calendário litúrgico cluniacense a "Festa dos Mortos", dando especial oportunidade a seus monges de interceder pelos defuntos, ajudando-os a alcançarem a bemaventurança do Céu.

A partir de Cluny, essa comemoração foi-se estendendo entre os fiéis até ser incluída no Calendário Litúrgico da Igreja, tornando- se uma devoção habitual, em todo o mundo católico.

Talvez o leitor, como milhares de outros fiéis, tenha o costume de visitar o cemitério nesse dia, para recordar os familiares e amigos falecidos, e por eles orar.
Muitos cristãos, porém, não prestam ouvidos aos apelos de seu coração, que os move a sentir saudades de seus entes queridos e a aliviálos com uma prece.
Talvez por falta de cultura religiosa, ou por falta de alguém que as incentive ou oriente, muitas pessoas nem vêem a necessidade de rezar pelas almas dos falecidos.
Há inúmeras outras, a existência do Purgatório causa estranheza e antipatia.

Seja como for, tanto por amor às almas que esperam ver-se livres de suas manchas para entrarem no Paraíso, quanto para estimular em nós a caridade para com esses irmãos necessitados, como também para nosso próprio proveito, vejamos o "porquê" e o "para quê" da existência do Purgatório.

Purificação necessária para entrar no Céu

Sabemos que a Igreja Católica é una. É o que rezamos no Credo.
Entretanto, os membros da Igreja não estão todos aqui, entre nós, mas em lugares diversos, como diz o Concílio Vaticano II.
Alguns "peregrinam sobre a terra, outros, passada esta vida, são purificados, outros, finalmente, são glorificados" (Lumen Gentium, 49).
Entre a terra e o Céu não é raro acontecer, no itinerário da alma fiel, um estágio intermediário de purificação. Segundo nos ensina o Catecismo da Igreja Católica, por aí passam "os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão perfeitamente purificados".

Por isso "passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do Céu" (nº 1030).
Esse estado de purificação nada tem a ver com o castigo dos condenados ao Inferno, pois as almas do Purgatório têm a certeza de haver conquistado o Céu, mesmo que sua entrada ali tenha sido adiada por causa de seus resíduos de pecado.

A primeira epístola aos Coríntios faz referência ao exame a que serão submetidos os cristãos, os quais, havendo recebido a Fé, devem continuar em si a obra de sua santificação. Cada um será examinado no respeitante ao grau de perfeição que atingiu: "Se alguém edifica sobre este fundamento, com ouro, ou com prata, ou com pedras preciosas, com madeira, ou com feno, ou com palha, a obra de cada um aparecerá.

O dia (do julgamento) demonstrá- lo-á. Será descoberto pelo fogo; o fogo provará o que vale o trabalho de cada um. Se a construção resistir, o construtor receberá a recompensa. Se pegar fogo, arcará com os danos. Ele será salvo, porém passando de alguma maneira através do fogo" (1Cor 3, 12-15). "Ele será salvo", diz o Apóstolo, excluindo o fogo do Inferno, no qual ninguém pode ser salvo, e se referindo ao fogo temporário do Purgatório.

Comentando este e outros trechos da Sagrada Escritura, a Tradição da Igreja nos fala do fogo destinado a limpar a alma, como explica São Gregório Magno em seus Diálogos: "Com relação a certas faltas leves, é necessário crer que, antes do Juízo, existe um fogo purificador, como afirma Aquele que é a Verdade, ao dizer que, se alguém pronunciou uma blasfêmia contra o Espírito Santo, essa pessoa não será perdoada nem neste século nem no futuro (Mt 12, 31). Por essa frase, podemos entender que algumas faltas podem ser perdoadas neste século, mas outras no século futuro".

Por que existe o Purgatório?

Será Deus tão rigoroso a ponto de não tolerar nem mesmo a menor imperfeição, limpando-a com penas severas? Esta pergunta facilmente pode nos vir à mente.
Em primeiro lugar, devemos nos lembrar desta verdade: depois de nossa morte, não seremos julgados segundo nossos próprios critérios, pois "o que o homem vê não é o que importa: o homem vê a face, mas o Senhor olha o coração" (1Sm 16, 7).
Estaremos diante de um Juiz sumamente santo e perfeito, e em seu Reino "não entrará nada de profano" (Ap 21, 27). Com efeito, na presença de Deus, de sua Luz puríssima, a alma percebe em si mesma qualquer pequeno defeito, julgando- se, ela mesma, indigna de tal majestade e grandeza. Santa Catarina de Gênova, grande mística do século XV, deixou uma obra muito profunda sobre a realidade do Purgatório e do Inferno.

Explica ela o seguinte: "Digo mais: no concernente a Deus, vejo que o Paraíso não tem portas e ali pode entrar quem quiser, pois Deus é todo misericórdia e seus braços estão sempre abertos para nos receber na glória; mas a divina Essência é tão pura - infinitamente mais pura do que podemos imaginar - que a alma, vendo nela mesma a menor das imperfeições, prefere atirar-se em mil infernos a aparecer suja na presença da divina Majestade. Sabendo então que o Purgatório está criado para a purificar, ele mesma se joga nele e encontra ali grande misericórdia: a destruição de suas faltas".

Essas manchas, a serem purificadas na outra vida, o que são? São os restos de apego exagerado às criaturas, ou seja, as imperfeições, e os pecados veniais, bem como a dívida temporal dos pecados mortais já perdoados no Sacramento da Reconciliação.
Tudo isso diminui na alma o amor de Deus.

Por causa dessas afeições desregradas se estabelece um estado de desordem em nosso interior, afastando- nos do Mandamento de amar a Deus sobre todas as coisas.
Essa é a causa pela qual, antes de permitir a uma alma subir até a glória celestial, "a justiça de Deus exige uma pena proporcional que restabeleça a ordem perturbada" (Suma Teológica, Supl. q. 71, a. 1) E a alma se sujeita ao castigo do Purgatório com alegria, em plena conformidade com a vontade do Senhor.

Seu único desejo é ver-se limpa, para poder configurar-se com Cristo.
As almas nesse estado "purificamse", diz São Francisco de Sales, "voluntariamente, amorosamente, porque assim Deus o quer" e "porque estão certas de sua salvação, com uma esperança inigualável".

A pena do Purgatório

As dores infligidas nesse local de purificação são "tão intensas que a menor pena do Purgatório ultrapassa a maior desta vida" (Suma Teológica, Supl., q. 71, a. 2). Mesmo assim, pondera São Francisco de Sales, "o Purgatório é um feliz estado, mais desejável que temível, pois as chamas nele existentes são chamas de amor".

Mas como entender que esse terrível sofrimento seja transpassado de amor? Na verdade, o maior tormento das almas do Purgatório - a "pena de dano" - é causado precisamente pelo amor. Essa pena consiste no adiamento da visão de Deus. Criado para amar e ser amado, o homem, ao abandonar esta terra, descobre a inefável beleza da Luz Divina e deseja correr para Ela com todas as suas forças, como o cervo sedento corre em direção à fonte das águas. Contudo, vendo em si o defeito do pecado, fica privado temporariamente daquela presença tão pura.
Afastada, assim, d'Aquele que é a suprema e única felicidade, a alma sente um padecimento incalculável.

Para nós, que ainda somos peregrinos neste vale de lágrimas, é difícil entender a imensidade dessa dor. Vivemos sem ver a Deus, embora n'Ele creiamos. Somos como cegos de nascimento, pois nunca vimos o Sol de Justiça, que é Deus; embora sintamos seu calor, não podemos fazer idéia de seu resplendor e grandeza.

Entretanto, as almas benditas do Purgatório, logo após terem abandonado o corpo inerte, discerniram a inefável e puríssima beleza de Deus, mas não podem possuí-la imediatamente. Santa Catarina de Gênova usa uma expressiva metáfora para explicar essa dor: "Suponhamos que, no mundo inteiro, exista apenas um pão para matar a fome de todas as criaturas, e que basta olhar para esse pão para ficarem satisfeitas.

Por sua natureza, o homem saudável tem o instinto de se alimentar.
Imaginemos que ele seja capaz de se abster dos alimentos sem morrer, sem perder a força e a saúde, mas aumentando cada vez mais a fome.
Ora, sabendo que só aquele pão pode saciá-lo e que não poderá matar sua fome enquanto não o alcançar, ele sofre sacrifícios insuportáveis, os quais serão tanto maiores quanto mais longe ele estiver do pão".

Apesar de tudo, as almas do Purgatório têm a certeza de que um dia poderão se saciar de modo pleno com esse Pão da Vida, que é Jesus, nosso amor. E por isso seu sofrimento é em tudo diferente do tormento dos condenados ao Inferno, os quais nunca poderão se aproximar da Mesa do Reino dos Céus.
Esperança e desespero, eis a diferença fundamental entre esses dois lugares.

Disposição das almas no Purgatório

Por isso, há nas almas do Purgatório um matiz de alegria no meio da dor. De forma brilhante, explica- o o Papa João Paulo II, na alocução de 3 de julho de 1991: "Mesmo que a alma tenha de sujeitar-se, naquela passagem para o Céu, à purificação das últimas escórias, mediante o Purgatório, ela já está cheia de luz, de certeza, de alegria, pois sabe que pertence para sempre ao seu Deus".

E Santa Catarina de Gênova afirma: "Estou certa de que em nenhum outro lugar, excetuando o Céu, o espírito pode achar uma paz semelhante à das almas do Purgatório".
Isso ocorre porque a alma se fixa na disposição em que se encontra na hora da morte, ou seja, contra ou a favor de Deus, pois a liberdade humana termina com a morte. E tendo falecido na amizade de Deus, a alma do Purgatório se adapta com docilidade à sua santa vontade.
Daí conservar a paz em meio a terríveis sofrimentos. Dos lábios do suavíssimo São Francisco de Sales ouvimos dizer que "entre o último suspiro e a eternidade, há um abismo de misericórdia".
Maria, Mãe de Misericórdia, intercede por aquelas almas, que
estão à espera da liberação (Nossa Senhora do Purgatório,
Igreja de Santa Brígida, Montreal)suavíssimo São Francisco de Sales ouvimos dizer que "entre o último suspiro e a eternidade, há um abismo de misericórdia".


Todos acham melhor fazer um esforço para evitá-lo. Outros, porém, sem se oporem aos anteriores, enfrentam o problema com uma ousada confiança no amor misericordioso do Senhor.
Santa Teresa de Jesus, por exemplo, diz com veemência: "Esforcemo- nos, fazendo penitência nesta vida. Como ser á suave a morte de quem a tiver feito por todos os seus pecados, e assim não precisar ir para o Purgatório!" Já sua discípula, Santa Teresinha do Menino Jesus, formula de modo surpreendente sua atitude, se nele caísse: "Se eu for para o Purgatório, ficarei muito contente; farei como os três hebreus na fornalha, caminharei entre as chamas cantando o cântico do amor".

Uma atitude não contradiz a outra, mas ambas se completam, e, mesmo se tivermos de passar por esse lugar tão doloroso, tenhamos uma confiança sem limites na bondade divina.
De qualquer modo, a Santa Igreja coloca maternalmente à nossa disposição as indulgências, para nos poupar das penas do Purgatório. Mas este tema pode ficar para outro artigo.

Ajudemos as almas benditas

Não devemos pensar só no nosso destino pessoal, mas também nos perguntarmos como podemos ajudar aquelas almas que já estão à espera da libertação. Elas não podem fazer nada por si, pois estão impossibilitadas de alcançar méritos, e dependem de nós. Interceder por elas é uma belíssima e valiosa obra de misericórdia: de certo modo, não há ninguém mais carente do que elas.

O costume de rezar pelas almas dos falecidos vem do Antigo Testamento.
Também diversos Padres da Igreja promoveram essa prática, como São Cirilo de Jerusalém, São Gregório de Nissa, Santo Ambrósio e Santo Agostinho. No século XIII, o Concílio de Lyon ensinava: "As almas são beneficiadas pelos sufrágios dos fiéis vivos, quer dizer, o sacrifício da Missa, as orações, esmolas e outras obras de piedade, as quais, segundo as leis da Igreja, os fiéis estão acostumados a oferecer uns pelos outros".

Como é bela a devoção às benditas almas do Purgatório! É agradável a Deus e nos beneficia também, levando-nos à verdadeira dimensão cristã da existência, fazendo-nos viver em contato e comunhão com o sobrenatural, e com o futuro, no sentido mais pleno da palavra. Como essas pobres almas nos ficarão agradecidas ao receber nosso auxílio! Poderão ser nossos parentes, ou até mesmo nossos pais. Poderá ser alguém que não conhecemos, e que nos dará uma afetuosa acolhida na eternidade. No Céu, e enquanto ainda estiverem no Purgatório, elas rezarão por nós, com todo o empenho, pois Deus lhes dá essa possibilidade.

Concluindo, gostaria de fazer ao prezado leitor uma proposta: reze por essas almas necessitadas, ofereça- lhes Missas, dê esmolas por elas, faça sacrifícios e consiga que outras pessoas se tornem devotas fervorosas das almas benditas.Sabe quem será o maior beneficiado? Você mesmo!

Fontes documentais sobre o Purgatório

A doutrina católica sobre o Purgatório foi definida em especial no Concílio de Florença (1438-1445) e no de Trento (1545-1563), com base em textos da Escritura (2Mc 12,42-46; 1Cor 3,13-15) e da Tradição, conforme nos ensina o Catecismo da Igreja Católica (n.1030-1031).
A Constituição Dogmática Lumen Gentium, do Concílio Vaticano II, aborda a questão em seu número 50: "Orações pelos defuntos, culto dos santos".
Em sua solene profissão de fé intitulada Credo do Povo de Deus, feita em 30 de junho de 1968, o Papa Paulo VI inclui as almas "que se devem ainda purificar no fogo do Purgatório" (n. 28).
O Papa João Paulo II refere- se ao Purgatório em vários documentos: - Mensagem ao Cardeal Penitenciário-Mor de Roma, 20/3/98; - Carta ao Bispo de Autum, Châlon e Mâcon, Abade de Cluny, 2/6/98; - Audiência Geral de 22/7/98; - Audiência Geral de 4/8/99; - Mensagem à Superiora Geral do Instituto das Irmãs Mínimas de Nossa Senhora do Sufrágio, 2/9/2002.
(Revista Arautos do Evangelho, Nov/2006, n. 59, p. 34 a 37)

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Do século IV em diante, as Igrejas do Oriente celebravam uma festa comum a todos os mártires da terra. Santo Efrém compôs, para esta circunstância, um hino em que se via que em Edessa aquela festa estava fixada no dia 13 de Maio.
Na Síria, era celebrada na sexta-feira depois da Páscoa. Numa homilia sobre os mártires, o grande São João Crisóstomo a ela se refere colocada no primeiro domingo depois de Pentecostes.
A festa dos Mártires de Toda a Terra, com o correr dos tempos, transformou-se na de Todos os Santos, instituída em honra da Bem-aventurada Mãe de Deus, a Virgem Maria, e dos santos mártires, pelo Papa Bonifácio IV, o pontífice Gregório IV, mais tarde, decretou que a festa, já celebrada de diferentes maneiras por diversas Igrejas, seria levada a efeito, com solenidade, em honra de todos os santos, perpetuamente.A missa de Todos os Santos foi composta acidentalmente, mas é bela: O Introito de Santa Ágata, o Gradual de São Ciríaco, o Ofertório adaptado do de São Miguel alia-se à Alleluia e à Comunhão tirada dos textos evangélicos.
O Evangelho é o das Beatitudes.Quanto à colocação da festa a 1 de novembro, pensa-se quem como em todas as religiões as solenidades eram marcadas pelo ritmo das estações, que o cristianismo não tenha escapado a esta regra.Entre os celtas, o 1 de novembro era dia de grandes solenidades. Foi a festa de Todos os Santos instituída para cristianizar as cerimônias tão queridas dos anglo-saxões e dos francos? Roma celebrava-a aos 13 de maio e somente a adotou a 1 de novembro depois que sofreu galicanas influências.Rapidamente, a festa tornou-se popular, mais ainda quando completada com a comemoração dos fiéis defuntos.

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Que bela festa! É como se Todos os Santos e Finados fosse uma só festa. Dum lado, a Igreja militante, sobre a terra, roga à Igreja triunfante do céu, e doutro lado, roga pela Igreja sofredora e paciente do purgatório. E as três Igrejas são uma única Igreja.A caridade, mais forte do que a morte, uniu-as do céu à terra, e da terra ao purgatório, E é pelo mesmo sacrifício que nós agradecemos a Deus, a glória com a qual cumula os santos do céu, e imploramos a misericórdia para os santos do purgatório, santos ainda não perfeitos.
Tal sacrifício é Jesus mesmo, que santifica, uns e outros, de quem esperamos a graça de nos santificar a nós mesmos. Assim, todos se reúnem em vós, ó Jesus! Somos felizes!Eu vos saúdo, ó bem-aventurados amigos de Deus, santos de todos os séculos e de todos os lugares do mundo! Regozijamo-nos, e muito, de tão inumerável multidão de santos.
Regozijamo-nos da benevolência de Deus, que vos tem no purgatório, misericordioso, e na glória, os que tem no céu: unimo-nos a vós para louvá-lo e bendizê-lo por todo o sempre. Uni-vos vós a nós também: assim podereis obter-nos da misericórdia de Deus a graça de vos imitar. Sabeis, pela experiência, o que somos nós, os homens: fracos, miseráveis, levados ao mal, cercados de perigos por todos os lados. E qual é nosso maior inimigo? Ah., nosso maior inimigo somos nós mesmos! Rezai, pois, pedi por nós, bons e santos irmãos, a fim de que, logo, sejamos como sois; a fim de que, como vós sejamos doces e humildes de coração; a fim de que, como vós, nos conheçamos a nós mesmos; rezai, pedi para que saibamos carregar nossa cruz; para que sigamos o divino Mestre, até que, afinal, todos a vós nos reunamos, para amá-lo e bendizê-lo de todo o coração e para todo o sempre.
Considerai, ó almas, a grande, imensa profissão de santos que avança através dos séculos, da terra ao céu, que iremos engrossar, se Deus quiser. O primeiro, aquele que rompe à frente, é o primeiro homem que foi morto sobre a terra - Abel. Abel, que Nosso Senhor mesmo canonizou, dando-lhe o nome de justo, no Evangelho. Foi Abel, a um só tempo, pastor, sacerdote e mártir.Pastor de ovelhas, oferece-as, como sacerdote, em sacrifício a Deus.
Ele, que imolava, foi imolado como mártir, por Caim, seu irmão. Embora morto, fala ainda pelo sangue. Símbolo de Jesus Cristo, é como o porta-cruz da grande procissão. E, do mesmo modo como se faz na procissão de domingo de Ramos, entrará na igreja do céu, quando Jesus Cristo, o sacerdote por excelência, abrir de par em par as portas da cruz, a sua cruz e, pelo sangue, o seu sangue. Símbolo de Jesus Cristo, pelo sacrifício e pela morte, ele o é ainda pelo caráter de ressurreição. Porque Eva nos ensina que Deus lhe deu Seth para ser substituto da primeira sociedade.
Depois de Abel, o primeiro justo, vem-lhe no encalço pai e mãe, nossos primeiros pais. Porque, logo que compreenderam a voz de Deus, Adão e Eva deixaram de ter duro o coração. Esperança, desde então, dos Filhos da mulher, que devia esmagar a cabeça da serpente, fizeram penitência das faltas e obtiveram o perdão. O Espírito Santo diz-nos, ele mesmo, na Escritura, que a Sabedoria, que é Jesus Cristo, que atende duma extremidade à outra com poder e a tudo com doçura dispõe, tira do pecado aquele que foi criado pelo pai do mundo e lhe dá a virtude de dominar todas as coisas.
Tais palavras, tiradas do livro da Sabedoria, são uma como canonização. Ainda hoje, as tradições orientais falam da longa penitência do primeiro homem. Na ilha de Ceilão há uma alta montanha com o nome de Pico de Adão, onde se pretende que o primeiro homem chorou amargamente a falta através dos séculos, Uma tradição particular dos judeus quer que o velho Adão esteja sepultado em Jerusalém, no lugar mesmo onde o novo Adão reparou o mal das gentes. Afinal, no segundo século da era cristã, um espírito excessivo sustentou que Adão foi condenado, por toda a Igreja pelo erra que cometera.A santa Escritura mesma, canonizou um dos primeiros ancestrais que vivia ainda: Henoc, pai de Matusalém.
O livro dos Gênesis diz-nos: "Henoc caminhou com Deus."O apóstolo São Judas dizia dos ímpios que blasfemavam contra o Evangelho: Henoc, o sétimo depois de Adão, dele profetizou, quando disse: Eis que vem o Senhor com os santos para exercer o julgamento de todos os homens, e tomar dentre eles todos os ímpios, ímpios de todas as impiedades e de todas as palavras duras que tais ímpios pecadores contra Ele proferiram.São Paulo, o Doutor dos Gentios, disse, na Epístola aos hebreus: Pelo mérito da fé, Henoc foi elevado, para que não visse a morte; não mais foi visto, porque Deus o transportou alhures. Presume-se que para o paraíso, para um lugar de delícias, cheio dos frutos da arvora da vida, dos quais se alimenta.
Crê-se, geralmente, que no fim dos séculos, no fim do mundo cristão, Henoc virá como representante do mundo primitivo, com Elias, representante do mundo judaico, prestando testemunho do Cristo contra o inimigo capital. Outro santo, do qual todos descendemos, aparece na procissão, na grande procissão: Noé, profeta e pregador do mundo antigo, pai e pontífice do mundo novo, que nos salvou do dilúvio por meio da arca, símbolo da Igreja católica.
Foi canonizado. Vemo-lo no Gênesis, no livro da Sabedoria, no Eclesiástico, em São Pedro nas duas epístolas e em São Paulo na epístola aos hebreus.
São Pedro chama-o, na segunda epístola, o oitavo pregador da justiça, o que dá a entender que os outros oito ancestrais nossos, antes do dilúvio, pregaram também a justiça e a penitência.
Ao sair da arca, o segundo pai do gênero humano, como sacerdote, e pontífice, a Deus ofereceu um sacrifício - e Deus teve-o por agradável, dando a palavra de não mais amaldiçoar a terra e os homens, que deviam multiplicar-se.
Deus abençoou Noé e os três filhos: abençoou-os e, neles, todo o gênero humano e, neles, nós mesmos. Não só nos abençoou, quando os ancestrais abençoou, senão que fez conosco uma aliança, como com quem quer que eleve e da benção, dá-nos o arco-íris com as doces nuanças. Há coisa mais consoladora ainda. Os contemporâneos de Noé perderam a vida do corpo no dilúvio: não encontraram, porém, a vida, a salvação da alma? São Pedro diz: "Com efeito, é melhor sofrer se Deus assim quiser, fazendo bem, que fazendo mal porque também Cristo morreu uma vez pelos nossos pecados, ele, justo, pelos injustos, para nos oferecer a Deus, sendo efetivamente morto segundo a carne, mas vivificado pelo Espírito.
No qual ele também foi pregar aos espíritos que estavam no cárcere, espíritos que outrora foram incrédulos, quando nos idas de Noé a paciência de Deus estava esperando a sua conversão, enquanto se fabricava a arca."Os mais doutos e os mais célebres intérpetres entendem, de comum acordo, que os contemporâneos de Noé não acreditavam nas predições do dilúvio, estribados na paciência de Deus: quando, então, viram a realização das predições, o mar transbordando numa fúria incontida e as chuvas caindo em torrentes, creram e arrependeram-se.
O dilúvio destruiu-lhes os corpos, mas salvou-lhes as almas. Estavam todos detidos nas prisões do purgatório quando Jesus Cristo, morto na carne sobre a cruz, apareceu, no espírito - ou na alma - pregando-lhes, anunciando-lhes a boa-nova; era-lhes o Salvador. Findavam-se-lhes as penas, e, então, com os santos patriarcas, acompanhá-lo-iam na entrada triunfante no céu.Ah! Quem não louvará a grande, imensa bondade de Deus, todo Ele votado à salvação das almas, para isto se servindo das mais terríveis calamidades, que lhe vem da justiça?
Quem não votará a tão bom Pai a mais irrestrita confiança, vendo que os mesmos lhe haviam por tão longo tempo abusado da paciência, não se convertendo senão na última hora, não lhe imploraram em vão a misericórdia?Atrás de Noé e dos Santos do primeiro mundo, vemos, na grande procissão, Abraão, Isaac, Jacó, Melquisedec, Jó, José, e os demais patriarcas: Moisés, Aarão, Josué, Eleazar, Gedeão, Samuel, Davi, Isaías, Daniel, os outros profetas, os Macabeus e todos os anciãos justos dos quais fala São Paulo aos hebreus, "que, pela fé, conquistaram reinos, consumaram os deveres da justiça e da virtude, receberam o prometido das promessas, fecharam a fauce dos leões, detiveram a violência do fogo, evitaram o fio das espadas, curaram-se de doenças, encheram-se de coragem e de força nos combates, pondo em fuga exércitos estrangeiros; mulheres houve, até, que recuperaram ressuscitados os mortos; uns foram torturados, não querendo o resgate, para alcançarem melhor ressurreição; outros sofreram ludíbrios e açoites e, além disso, cadeias e prisões; foram tentados, foram passados a fio de espada, andaram errantes, cobertos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, angustiados, aflitos; eles, de quem o mundo não era digno, tiveram de andar errando pelos desertos, pelos montes, pelas covas e pelas cavernas. E todos esses louvados por Deus, com o testemunho prestado `sua fé, não receberam imediatamente o objeto da promessa, tendo deus disposto alguma coisa melhor para nós, a fim de que eles, sem nós, não obtivessem a perfeição da felicidade.
Por isso nós também, cercados por tão grande nuvem de testemunhas, deixando todo o peso que nos detém e o pecado que nos envolve, corramos com paciência na carreira que nos é proposta, pondo os olhos no autor e consumador da fé, Jesus, o qual, tendo-lhe sido proposto gozo, sofreu na cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está sentado à direita do trono de Deus.Em verdade não vos aproximastes do monte palpável e do fogo ardente, do turbilhão, da obscuridade, da tempestade, do som da trombeta, e daquela voz tão retumbante, que os que ouviram suplicaram não se lhes falasse mais.
Vós, porém, aproximaste-vos do monte Sião e da cidade do Deus vivo, Da Jerusalém celeste e da multidão de muitos milhares de anjos, da igreja dos primogênitos, que estão inscritos o céu, e de Deus, juiz de todos, e dos espíritos dos justos perfeitos, e de Jesus, mediador da nova aliança, e da aspersão daquele sangue que fala melhor que o de Abel. Nestas palavras do Apóstolo vemos o conjunto da procissão, incluindo os anjos que vem atrás.
A primeira parte espera que Jesus lhes abra a porta do céu, e, além num angélico cortejo, as criancinhas que por Ele morreram em Belém e nos arredores. Em seguida, lá está a santa Mãe. Ei-la, lindíssima, com os apóstolos, os mártires, as virgens, e a inumerável multidão de santos de todos os clãs, línguas, sexo, estados, de todos os séculos, de todos os países.Não nos esqueçamos de saudar, na imensa procissão, os santos do país, de nosso tempo, de nosso família, porque não há família cristã que não tenha santos canonizados antecipadamente por Nosso Senhor. Não disse Ele aos apóstolos: Deixai vir a mim as criancinhas, porque delas é o reino do céu? E então? Qual a família que não tem um pequenino morto, morto na graça do batismo? Lá estão todos no céu.

Perguntaram os apóstolos a Nosso Senhor: "Mestre, quem será grande no reino dos céus?" Jesus puxando para si uma criancinha, abraçou-a, terna, comovidamente, e respondeu: "Em verdade, em verdade vos digo, que se não vos converterdes nem vos fizerdes como esta criança, não entrareis no reino dos céus.
Aquele que se humilhar e se fizer pequeno como uma criança, esse será grande no reino celeste". Honremos, pois, esses pequenos santos de nossas famílias, esses grandes do eterno reino. Invoquemo-los mesmo, a fim de que nos obtenham a permissão de participar da grande, imensa, procissão. E que, saídos da terra, entremos no céu, na glória de Deus. Assim seja.

Comemoração dos Fiéis Defuntos


Vimos que a Igreja triunfante do céu, a Igreja militante da terra e a Igreja sofredora do purgatório, paciente, nada mais são que uma só e mesma Igreja; que a caridade, mais forte que a morte as uniu do céu à terra, e da terra ao purgatório.
São como três partes duma só e mesma procissão de santos, procissão que avança da terra ao céu.As almas do purgatório participarão daquela procissão um dia. Sim, porque ainda não tem, bem brancas, as vestimentas de festa, a roupa nupcial ainda guarda nódoas, aquelas nódoas que somente o sofrimento limpa.Vimos, então, como os contemporâneos de Noé, aqueles que não fizeram penitência senão no momento do dilúvio foram encerrados em prisões subterrâneas, até que Jesus Cristo lhes aparecesse, anunciando-lhes a libertação, quando de sua descida aos infernos.Como os fiéis da Igreja triunfante, os fiéis da Igreja militante e os fiéis da Igreja sofredora e paciente, são membros dum mesmo corpo - que é Jesus Cristo - e tanto uns como outros participam, interessam-se, condoem-se da glória, dos perigos, dos sofrimentos duns e doutros, tal qual os membros do corpo humano.
Vejamos um exemplo: o pé está em perigo de saúde ou sofre dores: todos os membros do corpo jazem em comoção. Os olhos olham-no, as mãos protegem-nos, a voz chama por socorro, para afastar o mal ou o perigo. Uma vez afastado o mal, regozijam-se todos os membros.É o que acontece com o corpo vivo da Igreja universal. E vemos os heróis da Igreja militante, os ilustres Macabeus, assistidos pelos anjos de Deus e pelos santos de Deus, especialmente pelo grande sacerdote Onias e pelo profeta Jeremias, rogar e oferecer sacrifícios por esses irmãos que estavam mortos pela causa de Deus, mas culpados desta ou daquela falta.
No dia seguinte, depois duma vitória, Judas Macabeu e os seus surgiram para retirar os mortos e depositá-los no sepulcro dos antepassados e encontraram sobre as túnicas dos que estavam mortos coisas que haviam sido consagradas aos ídolos de Jamnia, que a lei proibia aos judeus tocar. Foi, pois, manifesto a todos que era por isso que haviam sido mortos. E todos louvaram o justo julgamento do Eterno, que descobre o que está escondido, e suplicaram-lhe que fosse esquecido o pecado cometido.
Judas exortou o povo a que se preservasse do pecado, tendo diante dos olhos o que viera pelo pecado dos que haviam sucumbido. E, depois de ter feito uma coleta, enviou a Jerusalém duas mil dracmas de prata, para que fosse oferecido um sacrifício pelo pecado dos mortos, agindo muito bem, pensando que estava na ressurreição. Porque se não tivesse esperança de que os que vinham de sucumbir ressuscitassem um dia, seria supérfluo e tolo rogar pelos mortos.Judas, porém, considerava que uma grande misericórdia estava reservada aos que estão adormecidos na piedade. Santo e piedoso pensamento! Foi por isso que ofereceu um sacrifício de expiação pelos defuntos, para que fossem livres dos pecados.
Tais são as palavras e reflexões da Escritura santa, segundo o texto grego, e as mesmas, mais ou menos, no latino.Nosso Senhor mesmo adverte, bastante claramente, que há um purgatório, quando nos recomenda em São Mateis e São Lucas: "Conciliai-Vos com vossos inimigos (a lei de Deus e a consciência) enquanto estais em caminho para irdes ao príncipe, não seja que este inimigo vos entregue ao juiz, o juiz ao executor, e que sejais metido numa prisão. Em verdade vos digo, dela não saireis, enquanto não pagardes o último óbolo."Segundo essas palavras, está bem claro que há uma prisão de Deus, onde se é arrojado por dívidas pras com sua justiça, e donde não se sai - senão quando tudo estiver pago.
Nosso Senhor, em São Mateus, disse-nos ainda: "Todo pecado e blasfêmia será perdoado aos homens, porém, a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada, nem neste século nem no futuro". Onde se vê que os outros pecados podem ser perdoados neste século e no futuro, como o livro dos Macabeus diz expressamente dos pecados daqueles que estavam mortos pela causa de Deus.Do mesmo modo, no sacrifício da missa, a santa Igreja de Deus lembra os santos que com Ele reinam no céu, a fim de lhes agradecer pela glória e nos recomendar à sua intercessão.
Doutro lado, suplica a deus que se lembre dos servidores e servidoras que nos precederam no outro mundo com a chancela da fé, dignando-se conceder-lhes a estadia no refrigério na luz e na paz.A crença do purgatório e a oração pelos mortos acham-se em todos os doutores da Igreja, bem como nos ato dos mártires, notadamente nos atos de São Perpétuo, escritos por ele mesmo.
Todos os santos rogaram pelos mortos. Santo Odilon, abade de Cluny, no século XI, tinha um zelo particular pelo que dizia respeito ao refrigério das almas do purgatório. Foi movido pela compaixão, pensando no sofrimento das almas do purgatório que, adiantando-se à Igreja, ordenou se rogasse pelas almas, tendo, destinado para isso um dia especial. Eis como Santo Odilon animou tal instituição, começando pelas terras que lhes estavam afetas ao sacerdócio. (...)
Quanto ao purgatório, nada de certo se sabe. Eis porém, o que se lê nas revelações de Santa Francisca de Roma, revelações que a Igreja autoriza a crer, sem, entretanto, a elas nos obrigar.Numa visão, a santa foi conduzida do inferno ao purgatório, que, igualmente está dividido em três zonas ou esferas, uma sobre a outra.
Ao entrar, Santa Francisca leu esta inscrição:Aqui é o purgatório, lugar de esperança, onde se faz um intervalo.A zona inferior é toda de fogo, diferente do inferno, que é negro e tenebroso. Este do purgatório tem chamas grandes, muito grandes e vermelhas. E as almas. Ali, são iluminadas, interiormente, pela graça.
Porque conhecem a verdade, assim como a determinação do tempo.Aqueles que tem pecado grave são enviados a este fogo pelos anjos, e aí ficam conforme a qualidade dos pecados que cometeram.
A santa dizia que, por cada pecado mortal não expiado, naquele fogo ficaria a alma por sete anos.Embora nessa zona ou esfera inferior as chamas do fogo envolvam todas as almas, atormentam, todavia, umas mais que as outras, segundo sejam mais graves ou mais leves os pecados.Fora esse lugar do purgatório, à esquerda, ficam os demônios que fizeram com que aquelas almas cometessem os pecados que agora expiam. Censuram-nas, mas não lhes infligem quaisquer outros tormentos.

Pobres almas! Fá-las sofrer mais, muito mais, a visão desses demônios do que o próprio fogo que as envolve. E, com tal sofrimento, gritam e choram, sem que, neste mundo, consiga alguém fazer uma idéia. Fazem-no, contudo, humildemente, porque sabem que o merecem, que a justiça divina está com a razão. São gritos como que afetuosos, e que lhes trazem certa consolação. Não que sejam afastadas do fogo.

Não, a misericórdia de Deus, tocada por aquela resignação, das almas sofredoras, lança-lhes um olhar favorável, olhar que lhes alivia o sofrimento e lhes deixa entrever a glória da bem-aventurança, para onde passarão.Santa Francisca Romana viu um anjo glorioso conduzir aquele lugar a alma que lhe havia sido confiada, à guarda, e esperar do lado de fora, à direita. É que os sufrágios e as boas obras que os parentes, os amigos, ou quem quer que seja, lhes fazem especialmente por intenção da alma, movidos pela caridade, são apresentados, pelos anjos da guarda, à divina majestade. E os anjos, comunicando às almas o que por elas fazemos nós, aliviam-nas, alegram e confortam.
Os sufrágios e as boas obras que fazem os amigos, por caridade, especialmente pelos amigos do purgatório, aproveita principalmente a quem os faz, por causa da caridade. E ganham as almas e ganhamos nós.
As orações, os sufrágios e as esmolas feitos caridosamente pelas almas que já estão na glória, e que já não necessitam, revertem às almas ainda necessitadas, aproveitando a nós também.E os sufrágios que se fazem às almas que jazem no inferno?
Não os aproveita nem uma nem outra - nem as do inferno, nem as do purgatório, mas unicamente a quem os faz.
A zona ou região média do purgatório está dividida em três partes: a primeira, cheia duma neve excessivamente fria; a segunda, de pez fundido, misturado a azeite em ebulição; a terceira, de certos metais fundidos, como ouro e prata, transparentes.
Trinta e oito anjos aí recebem as almas que não cometeram pecados tão graves que mereçam a região inferior. Recebem-nas e transportam-nas dum lugar a outro com grande caridade: não lhe são os anjos da guarda, mas outros que, para tal, foram obrigados pela divina misericórdia. Santa Francisca nada disse, ou não a autorizou a dizê-lo o superior, sobre a mais elevada região do purgatório.
Nos céus, os anjos fiéis tem sua hierarquia: três ordens e nove coros. As almas santas, que sobem da terra, ficam nos coros e nas ordens que Deus lhes indica, segundo os méritos.
É uma festa para toda a milícia celeste, mais particularmente para o coro onde a alma santa deverá regozijar-se eternamente em Deus.
O que Santa Francisca viu na bondade de Deus a deixou profundamente impressionada, sem que pudesse falar da alegria que lhe ia no coração. Frequentemente, nos dias de festa, sobretudo depois da comunhão, quando meditava sobre o mistério do dia, o espírito, arrebatado ao céu, via o mesmo mistério celebrado pelos anjos e pelos santos.
Todas as visões que tinha, submetia-as Santa Francisca de Roma à Mãe, Santa Igreja. E, pela mesma mãe, a Igreja, foi Francisca canonizada, sem que nada de repreensível se achasse nas visões que tivera.
Nós, pois, vos saudamos, ó almas que vos purificais nas chamas do purgatório. Compartilhamos as vossas dores, os sofrimentos, principalmente daquela dor imensa e torturante de não poderdes ver a Deus.
Ai de nós! Sem dúvida que há entre vós parentes nossos e amigos: sofrerão, talvez por nossa culpa.
Quem dirá que não lhes demos, nesta ou naquela ocasião, motivos de pecar? Falta-lhes pouco tempo para que se tornem inteiramente puras. Que nos acontecerá, a nós que tão pouco velamos por nós mesmos? Almas santas e sofredoras, que Deus nos livre de vos esquecer jamais! Todos os dias, à missa e às orações, lembrar-nos-emos de vós todas. Lembrai-vos, pois, também de nós. Lembrai-vos, principalmente, quando estiverdes no céu. Como lá vos desejamos ver! Como no céu desejamos ver-nos convosco! Assim seja.(Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume XVIII, p.111 à 118 e 129 à 137)