Índia: nova profanação de Igreja
Arcebispo de Bangalore lamenta episódio
Arcebispo de Bangalore lamenta episódio
- O arcebispo de Bangalore, Dom Bernard Moras, denunciou a falta de resposta do governo ante uma nova profanação de uma igreja no Estado indiano de Karnataka.
A igreja católica de Santo Antonio, em Kavalbyrasandra, nos arredores de Bangalore, foi objeto de vandalismo e de profanação na noite de sábado 7 de novembro, informou “Eglises d'Asia”, a agência informativa das Missões Estrangeiras de Paris (MEP).
O sacristão descobriu o fato ao abrir a igreja para preparar a missa dominical, no início da manhã de 8 de novembro.
O sacrário estava quebrado e as hóstias, no chão. Haviam saqueado os armários, forçado as caixas de doações e roubado um cálice de ouro, além de objetos litúrgicos.
Segundo o pároco, padre Arockiadas, a igreja, que conta com mais de cinco mil fiéis, tinha voltado a abrir após recentes obras de ampliação, e não havia registrado nenhum incidente de enfrentamento com as comunidades não cristãs.
O Estado de Karnataka tem sofrido “numerosos ataques a igrejas”, mas “não se deteve nenhum culpado, apesar das promessas das forças policiais”, denunciou Dom Moras.
O prelado declarou que está surpreso com a inação do governo e que perdeu totalmente a confiança na polícia.
“Estou profundamente ferido por esta profanação do Santíssimo Sacramento, que está no coração da nossa fé”, disse.
Também chamou à calma os fiéis. Quase mil se reuniram na igreja para rezar. A polícia patrulhou a área e tentou achar pistas dos criminosos.
No dia 10 de setembro, outra igreja tinha sofrido ataques de vandalismo, enquanto os cristãos de Karnataka se preparavam para recordar o triste aniversário dos ataques anticristãos do ano passado, perpetrados por extremistas hindus.
Aquele dia, a igreja de São Francisco de Sales, em Hebbagudi, nos arredores de Bangalore, foi forçada durante a noite por um grupo de 25 pessoas não identificadas. Romperam uma dezena de janelas e destruíram as estátuas de uma via sacra.
O pároco fez um chamado ao governo do Estado: “pedimos justiça perante o governo e as autoridades para que os cidadãos indianos possam praticar sua religião como segurança”.
Um forte debate agitou a Assembleia legislativa de Karnataka. Um dos líderes da oposição denunciou: “desde que o Bharatiya Janata Party (BJP) chegou ao governo em maio de 2008, não cessaram os ataques a igrejas, mesquitas e outros lugares de culto; não há harmonia social nem religiosa”.
Depois de Orissa, epicentro da violência anticristã de 2008, o Estado de Karnataka foi um dos mais afetados pelos ataques, com mais de 40 lugares de culto saqueados e numerosos cristãos agredidos e gravemente feridos.
A inação, ou a cumplicidade do governo e da polícia durante os ataques foram apontadas por Dom Moras.
Como havia feito em Orissa, o governo federal ameaçou então assumir o controle da situação se o Estado não mostrasse capacidade de conter os fanáticos hindus.
A Constituição do país permite uma intervenção federal se um dos Estados já não pode proteger os direitos dos cidadãos.
Por sua parte, os cristãos de Karnataka tinham decidido, por iniciativa de Dom Moras, reagrupar-se em um fórum ecumênico, o KUCFHR, para defender seus direitos fundamentais.
Delegações de 113 denominações cristãs reuniram-se em uma grande demonstração de unidade, no dia 19 de junho.
Segundo estatísticas de 2001, o Estado de Karnataka conta com mais de 53 milhões de habitantes, em sua grande maioria hindu.
Os muçulmanos representam cerca de 12% da população, e os cristãos, menos de 2%, sofrendo regularmente os ataques de fundamentalistas hindus.
Como durante o ataque do mês de setembro passado, o ministro do interior de Karnataka, V.S. Acharya, membro do BJP, qualificou a profanação da igreja de Santo Antonio como “incidente menor”.
A igreja católica de Santo Antonio, em Kavalbyrasandra, nos arredores de Bangalore, foi objeto de vandalismo e de profanação na noite de sábado 7 de novembro, informou “Eglises d'Asia”, a agência informativa das Missões Estrangeiras de Paris (MEP).
O sacristão descobriu o fato ao abrir a igreja para preparar a missa dominical, no início da manhã de 8 de novembro.
O sacrário estava quebrado e as hóstias, no chão. Haviam saqueado os armários, forçado as caixas de doações e roubado um cálice de ouro, além de objetos litúrgicos.
Segundo o pároco, padre Arockiadas, a igreja, que conta com mais de cinco mil fiéis, tinha voltado a abrir após recentes obras de ampliação, e não havia registrado nenhum incidente de enfrentamento com as comunidades não cristãs.
O Estado de Karnataka tem sofrido “numerosos ataques a igrejas”, mas “não se deteve nenhum culpado, apesar das promessas das forças policiais”, denunciou Dom Moras.
O prelado declarou que está surpreso com a inação do governo e que perdeu totalmente a confiança na polícia.
“Estou profundamente ferido por esta profanação do Santíssimo Sacramento, que está no coração da nossa fé”, disse.
Também chamou à calma os fiéis. Quase mil se reuniram na igreja para rezar. A polícia patrulhou a área e tentou achar pistas dos criminosos.
No dia 10 de setembro, outra igreja tinha sofrido ataques de vandalismo, enquanto os cristãos de Karnataka se preparavam para recordar o triste aniversário dos ataques anticristãos do ano passado, perpetrados por extremistas hindus.
Aquele dia, a igreja de São Francisco de Sales, em Hebbagudi, nos arredores de Bangalore, foi forçada durante a noite por um grupo de 25 pessoas não identificadas. Romperam uma dezena de janelas e destruíram as estátuas de uma via sacra.
O pároco fez um chamado ao governo do Estado: “pedimos justiça perante o governo e as autoridades para que os cidadãos indianos possam praticar sua religião como segurança”.
Um forte debate agitou a Assembleia legislativa de Karnataka. Um dos líderes da oposição denunciou: “desde que o Bharatiya Janata Party (BJP) chegou ao governo em maio de 2008, não cessaram os ataques a igrejas, mesquitas e outros lugares de culto; não há harmonia social nem religiosa”.
Depois de Orissa, epicentro da violência anticristã de 2008, o Estado de Karnataka foi um dos mais afetados pelos ataques, com mais de 40 lugares de culto saqueados e numerosos cristãos agredidos e gravemente feridos.
A inação, ou a cumplicidade do governo e da polícia durante os ataques foram apontadas por Dom Moras.
Como havia feito em Orissa, o governo federal ameaçou então assumir o controle da situação se o Estado não mostrasse capacidade de conter os fanáticos hindus.
A Constituição do país permite uma intervenção federal se um dos Estados já não pode proteger os direitos dos cidadãos.
Por sua parte, os cristãos de Karnataka tinham decidido, por iniciativa de Dom Moras, reagrupar-se em um fórum ecumênico, o KUCFHR, para defender seus direitos fundamentais.
Delegações de 113 denominações cristãs reuniram-se em uma grande demonstração de unidade, no dia 19 de junho.
Segundo estatísticas de 2001, o Estado de Karnataka conta com mais de 53 milhões de habitantes, em sua grande maioria hindu.
Os muçulmanos representam cerca de 12% da população, e os cristãos, menos de 2%, sofrendo regularmente os ataques de fundamentalistas hindus.
Como durante o ataque do mês de setembro passado, o ministro do interior de Karnataka, V.S. Acharya, membro do BJP, qualificou a profanação da igreja de Santo Antonio como “incidente menor”.
Fonte: ZENIT.org
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