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NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

Esteja ao lado de Nossa Senhora de Fátima como nunca pode imaginar.

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CAPELA DE NOSSA SENHORA DA MEDALHA MILAGROSA

Uma Capela cheia de segredos !Você quer descobri-la conosco? Saiba, antes de tudo, que a Casa Mãe da Companhia das Filhas da Caridade era o antigo "Hotel de Châtillon". Este, foi concedido à Companhia, em 1813, por Napoleão Bonaparte, depois da tormenta da Revolução Francesa. Imediatamente, começa a construção da Capela.A 8 de agosto de 1813, realizou-se a bênção solene da Capela dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Em 1830, aconteceram então as aparições. Aumentou o numero de vocações.Foi necessário transformar a Capela, que passa então por várias modificações. Em 1930, por ocasião do centenário das apariçes, uma nova reforma nos mostra a Capela tal como a vemos hoje.Agora, a você a oportunidade de visitá-la!
http://www.chapellenotredamedelamedaillemiraculeuse.com

Visita a Capela da Medalha Milagrosa, localizada na Rue du Bac, 140 - Paris

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Clique sobre a foto para a visita guiada em 15 etapas

sábado, 31 de julho de 2010

STO> INÁCIO DE LOYOLA

...........................................Santo Inácio de Loyola

Para conhecer a vida do Jesuita Santo Inácio de Loyola, clique em sua foto

A FAMÍLIA CATÓLICA

quinta-feira, 29 de julho de 2010

A FORÇA E O PODER DO AMOR FAMILIAR

O amor familiar vence desafios impossíveis
Filme “Um sonho possível” conta história de amor familiar
Por Antonio Gaspari


ROMA, quarta-feira, 28 de julho de 2010


– No contexto do Fiuggi Family Festival, na Itália, foi projetado o dia 26 de julho o novo filme de John Lee Hancock, “The Blind Side” (“Um sonho possível”, EUA, 2009), estrelado por Sandra Bullock, que causou grande entusiasmo e foi aplaudido pela plateia.

Trata-se de fato de um filme extraordinário, que suscita risos e lágrimas de comoção.
O filme é baseado na história real de Michael Oher, um jovem negro nascido em condições dificílimas. Sem jamais ter conhecido o pai e com a mãe envolvida com drogas, Michael tem ao menos dez irmãos de pais diferentes.

Com a idade de sete anos, o pequeno Oher é separado de sua mãe e conduzido a um orfanato. É adotado por diversas famílias, das quais acaba sempre fugindo. Assim, cresce um rapaz de físico descomunal e imensa força, mas com o coração em frangalhos. Sem lar e sem família, num contexto social degradado marcado pelas drogas, pela prostituição e pela violência, a maior parte de seus amigos morre ainda jovem.

Na véspera do dia de ação de graças, Michael, conhecido por todos como Big Mike, caminha só e sem rumo pelas ruas de Memphis, até encontrar uma família – branca, rica e cristã – que o convida para passar a noite em sua casa.

Este encontro muda a vida de Michael - mas também e principalmente, da família que o encontrou.
Precisamente como ocorre em toda ação movida por um amor gratuito, a caridade transforma a vida e o coração de todos aqueles que a cultivam.

Michael é dócil, bom e protetor. A família decide adotá-lo, auxiliando-o nos estudos, busca estabelecer uma relação com a mãe natural; convida-o a crescer e não se isolar, incentivando-o a treinar futebol americano.

E assim, Michael cresce em proporção ao amor que recebe; um milagre de humanidade que libera toda a potencialidade do rapaz. O filme percorre toda a trajetória da história real de Michael Hoer, até que se torne um dos maiores jogadores de futebol americano dos EUA.

Por sua beleza e intensidade, “The Blind Side” foi premiado em 2009 com o Oscar de melhor atriz para Sandra Bullock, e foi indicado para o Oscar de melhor filme 2009. Sandra Bullock recebeu também Globo de Ouro de melhor atriz (categoria drama) por sua atuação, além do Critics Choiche Awards e o Screen Actors Guild Award.

O filme é único em seu gênero por revolucionar os habituais clichês e preconceitos ideológicos associados à imagem da família – especialmente a da família branca, rica e cristã do sul dos EUA.
No imaginário coletivo, esta família seria tipicamente racista e hipócrita, enquanto que a família retratada no filme ama profundamente o rapaz adotado a ponto de romper definitivamente com aqueles que ainda mantinham preconceitos.

A história de Michael mostra como nenhum obstáculo pode se contrapor à força do amor, e como o crescimento de uma família é capaz de mudar a sociedade.

Permanece inexplicável o fato do filme, sucesso de bilheteria nos EUA, não ter encontrado um distribuidor para ser exibido nos cinemas da Itália.

É paradoxal ainda que Sandra Bullock, vencedora do Oscar de melhor atriz por sua impecável atuação neste filme, tenha recebido em março a Framboesa de Ouro de pior atriz 2010 por sua atuação em “All About Steve” (“Maluca Paixão”, 2009), filme que também recebeu o prêmio de “pior filme do ano” de 2009.

É curioso observar que “Maluca Paixão” foi exibido nas telas italianas, enquanto “Um sonho possível” ainda está em busca de um distribuidor.

Fonte: ZENIT.org

quarta-feira, 28 de julho de 2010

BENTO XVI VISITA A ESPANHA NO MÊS DE NOVEMBRO PRÓXIMO

Barcelona prepara-se para receber o Papa
Igreja enfatiza figuras de São Pedro, Gaudí e Sagrada Família


..............................Sagrada Família - Gaudi

BARCELONA,

– Barcelona prepara a visita de Bento XVI dando destaque às figuras de São Pedro e de Antonio Gaudí, assim como à Sagrada Família, tanto na riqueza do templo expiatório como da família de Nazaré como referência espiritual.

O arcebispado de Barcelona organizou sete catequeses sobre estes temas, assim como uma oração preparatória, explicou o coordenador da visita do Papa em Barcelona, Padre Enric Puig, S.J., nessa sexta-feira, em coletiva de imprensa.

As catequeses foram recolhidas em livros, dos quais o arcebispado editou momentaneamente 30 mil exemplares, que serão distribuídos em todas as dioceses espanholas.

As primeiras das sete catequeses preparatórias são: três de Bento XVI dedicadas à figura de Pedro, o pescador, o apóstolo e a rocha sobre a qual Cristo fundou sua Igreja.

Os textos abordam reflexões do Papa sobre a condição de judeu, crente e observador de Pedro, o chamado por Jesus, sua confissão de fé e a comparação de Pedro com “nosso seguimento de Jesus”. Também abordam a cruz e a Eucaristia, a fé, a necessidade do perdão, a humildade de Pedro e sua missão.

Outras três catequeses trazem chaves do itinerário e progresso espiritual do arquiteto Antonio Gaudí, atualmente em processo de beatificação. Abordam, entre outras coisas, seu sentido de Igreja, sua vida familiar e seu compromisso público e com os pobres. Os textos estabelecem algumas características do leigo Guadí como “arquiteto, homem de seu tempo e artista que por meio da beleza nos abre um caminho até Deus”.

O livreto conclui com uma catequese sobre o significado da Sagrada Família como templo para reunir a comunidade na liturgia e sobre a atualidade da família de Nazaré como modelo para as famílias, Igreja e sociedade.

A visita do Papa a Barcelona acontece a partir da tarde de 6 de novembro (pela manhã Bento XVI visitará Santiago de Compostela) até a tarde de 7 de novembro.

Fonte: ZENIT.org

terça-feira, 27 de julho de 2010

PROTESTO CONTRA SACERDOTES

Diocese de Roma protesta contra sacerdotes de “vida dupla”
Diante das afirmações de um jornal sobre supostos atos homossexuais

ROMA,

– A diocese de Roma pediu aos sacerdotes de “vida dupla” – em relação à homossexualidade – que abandonem o exercício de seu ministério.

O forte comunicado do vicariato da diocese, cujo bispo vigário é Agostino Vallini, foi publicado para esclarecer o longo artigo publicado pelo semanário italiano Panorama, a 23 de julho, intitulado “As noites loucas dos padres homossexuais”.

O jornalista garante que por 20 dias, com uma câmera escondida, ajudado por um “cúmplice homossexual”, infiltrou-se no ambiente noturno de três sacerdotes, dos quais preserva o nome.
O comunicado da diocese de Roma condenou duramente estes atos, caso sejam verdadeiros.

Ao mesmo tempo, afirma que “a finalidade do artigo é evidente: criar escândalo, difamar todos os sacerdotes, em virtude da declaração de um dos entrevistados, segundo o qual “98% dos sacerdotes que ele conhece são homossexuais”.

O artigo visa a desacreditar a Igreja e, por outro lado, fazer pressão contra essa parte da Igreja definida de “intransigente, que não quer dar reconhecimento à realidade dos sacerdotes homossexuais”.

Segundo a diocese de Roma, “os fatos narrados suscitam dor e desconformidade na comunidade eclesial de Roma, que conhece de perto seus sacerdotes que não levam uma “vida dupla”, mas "uma só vida”, feliz e boa, coerente com sua vocação, entregue a Deus e ao serviço das pessoas, comprometida na vivência e no testemunho do Evangelho, e que é modelo de vida moral para todos”.

"Aquele que conhece a Igreja de Roma não se reconhece no comportamento dos sacerdotes que levam uma 'vida dupla'".

“Sabemos que ninguém os obriga a permanecer como sacerdotes, aproveitando só os benefícios. Não queremos o mal para eles, mas não podemos aceitar que devido a seus comportamentos sujem o nome de todos os outros”.

Por último, a diocese de Roma afirma que está comprometida “a agir com rigor, segundo as normas da Igreja, contra todo comportamento indigno da vida sacerdotal”.

Fonte: ZENIT.org

segunda-feira, 26 de julho de 2010

SANT' ANA E SÃO JOAQUIM

DIA DOS AVÓS


Rio de Janeiro, 26 jul (RV)

- Nesta segunda-feira dia 26 de julho, a Igreja celebra Sant’Ana e São Joaquim, que, segundo a tradição cristã, são os pais de Maria, a mãe de Jesus. Santana é também Padroeira secundária da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. São Joaquim e Santana exercem singular importância na história da salvação: deram à luz Maria que viria a se tornar o tabernáculo vivo de Deus feito homem. Foi o ensino deles que a levou a corresponder à ação do Espírito Santo e assim acolher o pedido de Deus com fé. Foi o ensinamento e o exemplo de seus pais que Maria Santíssima deve ter seguido e com este exemplo também ensinou seu filho Jesus. Foi esta fé que a colocou na coragem para assumir, mais tarde, a cruz que seu filho carregou. Sant’Ana foi homenageada desde os primeiros tempos do cristianismo. Igrejas foram dedicadas em sua honra, e os Padres, especialmente das Igrejas Orientais, exaltavam a sua santidade de vida. Por sua vez, também São Joaquim tem devoção comprovada desde o Século VI, e é venerado em diversos países.Na iconografia cristã, o casal é freqüentemente retratado com Maria e segurando um livro das Escrituras, ensinando sua filha as Sagradas Escrituras. Por isso, neste dia a Igreja recorda a importante, e até mesmo fundamental missão, que os avós exercem no seio das famílias. É a tradição, cultura, civilização que os sábios transmitem aos mais novos. Quando perdemos esse elo a realidade do mundo perde também suas raízes.O Santo Padre, Bento XVI, em sua mensagem do ângelus do ano passado, já recordava que “nas famílias os avós são muitas vezes testemunhas dos valores fundamentais da vida”. Entre outras idéias, o Santo Padre recordou que “o papel educativo dos avós é sempre muito importante” e torna-se ainda mais quanto, por várias razões, os pais não conseguem dedicar um tempo adequado para seus filhos. E ainda: “confio à proteção de Santa Ana e São Joaquim todos os avós do mundo”.Sem dúvida, algo muito importante que parece estar faltando na vida das crianças de hoje, é o sentido da família, dos valores, das crenças e dos princípios religiosos. Com a mudança dos tempos e mudança das mentalidades, mesmo as crianças têm começado a questionar a autenticidade de tudo, inclusive as verdade de fé, principalmente pelas rupturas com os valores que deveriam ser transmitidos pela geração anterior.A globalização, levando à perda das culturas locais, corroeu o sentimento de pertença e de identidade das pessoas e dos grupos sociais, dentre eles a família. Cria-se um ambiente de instabilidade, em que, por vezes, a verdade e o absoluto passam a ser ameaças ao nosso suposto direito ao livre pensamento e ao império da liberdade absoluta. Neste contexto, surgem os avós como uma força, um tesouro, e dentro deste quadro também de insegurança, de uma importância vital para a felicidade e para o bem estar da família. Muitas vezes, as antigas tradições e memórias da família podem ser compartilhados e transferidos para as novas gerações, certamente pela presença acolhedora dos avós. Um relacionamento amoroso entre avós e crianças ajuda a cultivar a confiança e uma auto-imagem positiva para a geração mais jovem. Como não lembrar a figura da avó ou do avô que ensina o neto ou a neta as orações, as tradições familiares e religiosas recordando passagens significativas da vida de Jesus. Os avós compartilham a sua fé, o que os pais, devido à configuração econômica de hoje, pela correria da vida, muitas vezes, não conseguem mais ter tempo para formar os filhos. Os avós trazem o sentido da continuidade e da estabilidade numa sociedade onde os jovens convivem cotidianamente com o descartável e com a falta de compromisso e de palavra.Pesquisa recente na França revela que dos cerca de sete milhões de avós, dois terços deles gastam mais da metade de seu tempo livre com os netos. Muitas crianças passam mais tempo com os avós do que com os próprios pais. Ora, isso revela, como amostragem, como hoje a presença viva dos avós na educação dos netos tem bastante vulto e ganha especial significado sociológico. No Brasil onde o envelhecimento da população caminha a passos largos o quadro não será diferente.Uma segunda reflexão que fazemos neste dia dos avós é a questão do respeito aos idosos, e principalmente a sua acolhida no ambiente familiar. Os filhos devem propor às gerações mais novas uma atitude de sincero respeito pelos mais velhos. Assim, constrói-se um ambiente propicio à acolhida, ao carinho e desperta nos jovens sentimentos de bondade e de atenção em relação aos idosos. O Servo de Deus, o Papa João Paulo II dirigindo-se aos idosos em audiência pública de 23 de março de 1984, disse: “Não seja pego pela atração da solidão interior. Apesar da complexidade de seus problemas, as forças gradualmente a enfraquecer e apesar das insuficiências das organizações sociais, os atrasos da legislação oficial, incompreensões de uma sociedade egoísta, você não está e você não deve se sentir à margem da vida da Igreja, como elemento passivo em um mundo em movimento excessivo, mas sujeitos ativos de uma espiritualidade fecunda dentro da existência humana. Você ainda tem uma missão a cumprir e uma contribuição a dar”.No documento “Dignidade e Missão dos Idosos na Igreja e no Mundo”, emitido pelo Pontifício Conselho para os Leigos, datado de outubro de 1998, explicita-se muito bem que a “a comunidade eclesial é chamada a responder a uma maior participação dos idosos”. O documento enumera algumas destas participações: a atividade caritativa; uma vida de apostolado, principalmente na catequese e no testemunho de vida cristã; nos diversos movimentos eclesiais e na vida da comunidade paroquial. E também na Liturgia onde contribuem efetivamente para uma sadia manutenção de muitos lugares de culto. Não se pode esquecer a dimensão da oração e da contemplação em que os idosos dão excelente testemunho na vida da Igreja. Também aqui inserimos a importância da Pastoral da Pessoa Idosa em sua diversidade e pluralidade nas várias regiões do país e das Dioceses.Ainda do magistério de João Paulo II destacamos a sua fala aos participantes do Fórum Internacional sobre o Envelhecimento, em 1980: “as pessoas mais velhas, por sua sabedoria e experiência, fruto de uma vida, entram numa fase de extraordinária graça, abrindo-lhes novas oportunidades de oração e de união com Deus. Novas virtudes espirituais são concedidas que os disponham a pô-los a serviço dos outros, tornando sua vida uma oferta ao Senhor e fervoroso doador de vida”. Assim, portanto desejamos celebrar este dia dedicado aos avós e avôs de nossa Arquidiocese abraçando-os afetuosamente e os encorajando em manter viva na mentalidade de seus netos os valores do Evangelho e as mais vivas tradições de nossa fé católica. Que todos possam estar mobilizados no acolhimento dos idosos, seja no seio na família, seja no meio eclesial. Que Sant’Ana e São Joaquim sejam intercessores de todos os avós para que estes cumpram com vigor e com graça de Deus a sua fundamental missão junto aos jovens e a seus parentes.

+ Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ.

Fonte: RV

domingo, 25 de julho de 2010

NA FESTA DE SÃO TIAGO

PAPA SAÚDA FIÉIS EM SANTIAGO DE COMPOSTELA, NA FESTA DE SÃO TIAGO

Castel Gandolfo, 25 jul (RV)

– A celebração da festa do Apóstolo São Tiago foi recordada hoje por Bento XVI na oração do Angelus, no pátio interno de Castel Gandolfo.Citando os fiéis presentes em Santiago de Compostela, Bento XVI disse em espanhol: "Neste Ano Santo Compostelano, também eu espero unir-me aos numerosos peregrinos no próximo mês de novembro, na viagem em que visitarei também Barcelona. Seguindo as pegadas do Apóstolo, percorramos o caminho de nossa vida dando testemunho constante de fé, esperança e caridade".Na manhã deste domingo, o Arcebispo de Santiago, Dom Julián Barrio Barrio, presidiu à Santa Missa na Catedral da cidade, concelebrada com os bispos da Galícia e de outras regiões espanholas. A solenidade este ano foi especial, pois se celebra o Ano Santo Compostelano, comemorado quando a festa do Santo cai de domingo.No decorrer da Missa, depois da profissão de fé, o Rei Juan Carlos dirigiu a tradicional "ofrenda" (súplica) ao Apóstolo, instituída em 1643 por Felipe IV, com a qual o Rei, ou seu delegado, invoca a intercessão do Padroeiro pelo bem da Nação. No centro da homilia de Dom Barrio Barrio, estiveram os temas da esperança, do serviço e do engajamento cristão, com referência especial à atual crise na Espanha."Com Cristo – disse o Arcebispo de Santiago de Compostela –, podemos enfrentar os atuais desafios promovendo uma profunda renovação cultural cristã e recuperar os valores essenciais, como a austeridade, o empenho e a solidariedade, sem esquecer a caridade, a principal força motriz do autêntico desenvolvimento de cada pessoa e de toda a humanidade, para dar a todos a esperança de um amanhã melhor e mais digno do homem, sobretudo nesses tempos não fáceis." (BF)
Fonte: RV

sábado, 24 de julho de 2010

SÃO CHARBEL MAKHLOUF

SÃO CHARBEL

São Charbel Makhlouf nasceu a 8 de maio de 1828, em BiqáKafra, aldeia montanhosa do norte, ao pé dos cedros do Líbano. Seu nome de batismo: José Zaroun Makhlouf. Com 23 anos ele toma o nome de Charbel em memória do mártir do século segundo, foge de casa e refugia-se no mosteiro de Nossa Senhora de Mayfoug, da Ordem libanesa maronita. Um ano depois, transfere-se para o mosteiro de S. Maron de Annayam, da província de Jbail, verdadeiro oásis de oração e fé, a 1300 metros de altitude. Depois de seis anos de estudos teológicos, em Klifan, é ordenado sacerdote. Exerce, então, com muita edificação, as funções do seu ministério sagrado, juntamente com toda a sorte de trabalhos manuais. Após dezesseis anos de vida ascética, Charbel obtém autorização, em 1875, para se retirar ao eremitério dos Santos Pedro e Paulo, de Annaya. Durante 23 anos (1875-1898), S. Charbel entrega-se com todas as forças da alma, à busca de Deus, na bem-aventurada e total solidão. Deus recompensa o seu fiel servidor, dando-lhe o dom de operar milagres, já em vida: afirma-se que os realizou não somente com cristãos, mas, também, com muitos muçulmanos.No dia 16 de dezembro de 1898, em Annaya, enquanto celebrava a Santa Missa, sofreu um ataque de apoplexia; levou-o à morte, no dia 24, Vigília da Festa de Natal. Tinha 70 anos de idade. Com o seu próprio punho, Pio XII assinou o decreto que dava início ao processo de beatificação do Padre Charbel, dizendo expressamente: "O Padre Charbel já gozava, em vida, sem o querer, da honra de o chamarem santo, pois a sua existência era verdadeiramente santificada por sacrifícios, jejuns e abstinências. Foi vida digna de ser chamada cristã e, portanto, santa. Agora, após a sua morte, ocorre este extraordinário sinal deixado por Deus: seu corpo transpira sangue, sempre que se lhe toca, e todos os que, doentes, tocarem com um pedaço de pano suas vestes constantemente úmidas de sangue, alcançam alívio em suas doenças e não poucos até se veem curados. Glória ao Pai que coroou os combates dos santos. Glória ao Filho que deixou esse poder em suas relíquias. Glória ao Espírito Santo que repousa, com suas luzes, sobre seus restos mortais para fazer nascer consolações em todas as espécies de tristezas".No segundo domingo de outubro de 1977, dia 9, o Santo Padre Paulo VI canonizou solenemente, na Basílica de São Pedro, em Roma, o bem-aventurado Charbel Makhlouf, monge eremita libanês. Foi a primeira canonização, realizada pelo Papa, de um membro da Igreja do Rito Oriental, desde que o Vaticano traçara, há quatro séculos, nova orientação para as canonizações. Antes da canonização atual, os santos maronitas eram proclamados pelo Patriarca da Igreja maronita.
São Charbel Makhlouf, rogai por nós!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

FALECEU A IR. NANCY PEREIRA, A RELIGIOSA DO "BANCO DOS POBRES"

Índia: morre Ir. Nancy Pereira, a religiosa do “Banco dos Pobres”


Financiou os marginalizados e fundou grupos de ajuda para as mulheres

BANGALORE, terça-feira, 20 de julho de 2010

– Morreu na Índia a Ir. Nancy Pereira, religiosa fundadora do “Banco dos Pobres”, instituição ao estilo dos microcréditos do Grameen Bank. Ela financiou e assessorou os marginalizados na gestão de créditos e fundou grupos de auxílio ao desenvolvimento das mulheres.
Ir. Nancy Pereira, das Filhas de Maria Auxiliadora, faleceu aos 86 anos, no dia 14 de julho, em sua comunidade em Bangalore.

Seu nome era famoso. No início dos anos 90, ela pôs em marcha em Bangalore um “Fundo para os Pobres”, reelaborando o exemplo do Grameen Bank de Bangladesh.

Os clientes deste singular banco deveriam ser os pobres dos subúrbios e das aldeias, os marginalizados, que assim tinham uma oportunidade para iniciar uma nova vida. João Paulo II a denominou “empresária dos pobres”.

Quem desejasse um crédito tinha de demonstrar ter economizado com constância, em um ano, uma pequena soma. Além disso, deveria participar dos encontros do grupo de gestão dos créditos. A taxa de juros era apenas a necessária para cobrir os gastos de gestão.

O projeto do Banco dos Pobres implica toda a família e reconhece as exigências de cada membro. Paralelo a ele havia um programa de educação integral das famílias, que acabou favorecendo o desenvolvimento de aldeias inteiras.

Uma nota da congregação das Filhas de Maria Auxiliadora afirma que Ir. Nancy “estava plenamente convencida de que sua vocação era estar com os pobres e dedicar-se a servi-los. E isso com alegria, implicando muitas pessoas em seus projetos de bem”.

“Desprendida de si mesmo, ela vivia pobre para enriquecer os indigentes”, diz o texto.
“Com sua criativa solidariedade, fundou numerosos grupos de ajuda à promoção das mulheres e elaborou programas de geração de lucros para que os pobres pudessem ter uma existência digna, alcançando a autonomia econômica.”

Durante sua vida, Ir. Nancy recebeu cinco prêmios internacionais por seu serviço aos pobres.

Fonte: ZENIT.org

sexta-feira, 16 de julho de 2010

NOSSA SENHORA DO CARMO


NOSSA SENHORA DO CARMO


A festa de Nossa Senhora do Carmo prende-se intimamente à Ordem Carmelitana, cuja origem remonta aos tempos antigos, envolvidos em nuvens de venerandas lendas. A Ordem dos Carmelitas tem por propósito especial o culto da Mãe de Deus, Maria Santíssima, e pretende ter origem nos tempos do profeta Elias.
Está fora de dúvida que o paganismo anti-cristão não estava sem conhecimento das promessas messiânicas. A Mãe do Salvador vêmo-la preconizada pelas Sibilas, simbolizada pelas imagens de Isis e venerada nos mistérios pagãos. Suposto isto,causaria estranheza, se o povo de Deus, possuidor das profecias mais claras e especializadas sobre a Mãe-Virgem, a vencedora da serpente, não tivesse tido palavra, instituição nenhuma, que dissesse respeito à Mãe do Salvador. Não é a intenção de querer alegar os argumentos pró e contra desta piedosa opinião ou digamos mesmo, convicção dos religiosos Carmelitas.
De fato, na Ordem Carmelitana é guardada a tradição, segundo a qual o profeta Elias, vendo aquela nuvenzinha, que se levantava no mar, bem como a pegada de homem, teria nela reconhecido o símbolo, a figura da futura Mãe do Salvador. Diz mais a tradição, que os discípulos de Elias, em lembrança daquela visão do mestre, teriam fundado uma Congregação, com sede no Monte Carmelita, com o fim declarado de prestar homenagens à Mãe do Mestre. Essa Congregação ter-se-ia conservado até os dias de Jesus Cristo e existido com o Título Servas de Maria.
Santa Teresa, a grande Santa da Ordem Carmelitana, reconhece no profeta Elias o fundador da Ordem. As visões da bem-aventurada Ana Catarina Emerich sobre a vida de Maria Santíssima, ocupam-se minuciosamente da Congregação dos Servos de Maria, no Antigo testamento.
Segundo uma piedosa tradição, autorizada pela liturgia, no dia de Pentecostes, um grupo de homens, devotos dos santos profetas Elias e Eliseu, preparado por São João Batista para o Advento do Salvador, abraçaram o cristianismo e erigiram no Monte Carmelo um santuário à Santíssima Virgem, naquele mesmo lugar, onde Elias vira aparecer aquela nuvenzinha, anunciadora da fecundidade da Mãe de Deus. Adotaram eles o nome de Irmãos da Bem-Aventurada Maria do “Monte Carmelo”.

MANIFESTAÇÃO DE NOSSA SENHORA A SÃO SIMÃO STOCK

Historicamente documentadas são as seguintes datas da Ordem de Nossa Senhora do Carmelo. Foi no século XII que o calabrez Bertoldo, com alguns companheiros, se estabeleceu no Monte Carmelo. Não se sabe se encontraram lá a Congregação dos Servos de Maria ou se fundaram uma deste nome; certo é que receberam em 1209 uma regra rigorosíssima, aprovada pelo Patriarca de Jerusalém – Alberto. Pelas cruzadas esta Congregação tornou-se conhecida também na Europa. Dois nobres fidalgos da Inglaterra convidaram alguns religiosos do Carmelo, para acompanhá-los e fundar conventos na Inglaterra, o que fizeram.
Pela mesma época vivia no condado de Kent um eremita que, havia vinte anos, habitava na solidão, tendo por residência o tronco oco de uma árvore. O nome desse eremita era Simão Stock. Atraído pela vida mortificada dos carmelitas recém-chegados, como também pela devoção Mariana que aquela Ordem cultivava, pediu admissão como noviço na Ordem de Nossa Senhora do Carmo. Em 1225, Simão Stock foi eleito coadjutor Geral da Ordem, já então bastante conhecida e espalhada.
A Ordem começou a sofrer muita oposição, e Simão Stock fez uma viagem para Roma. Honório III, avisado em misteriosa visão que teve de Nossa Senhora, não só recebeu com toda deferência os religiosos carmelitas, mas aprovou novamente a regra da Ordem. Simão Stock visitou depois os Irmãos da ordem no Monte Carmelo, e demorou-se com eles seis anos.
Um capítulo geral da Ordem, realizado em 1237, determinou a transferência para a Europa de quase todos os religiosos, os quais, para se verem livres das vexações dos Sarracenos, procuraram a Inglaterra, onde a Ordem possuía já 40 conventos.
No ano de 1245, foi Simão Stock eleito Superior Geral da Ordem e a regra teve aprovação do Papa Inocêncio IV.
A Ordem de Nossa Senhora do Carmo, colocada sob a proteção da Santa Sé, começou a ter, então, uma aceitação extraordinária no mundo católico. Para isto concorreu poderosamente a Irmandade do Escapulário, que deve a fundação a Simão Stock.
Homem de grandes virtudes, privilegiado por Deus com os dons da profecia e dos milagres, empregou Simão Stock toda energia para propagar, na Ordem e no mundo inteiro, o culto mariano. Sendo devotíssimo a Maria Santíssima, desejava obter da Rainha celestial um penhor visível de sua benevolência e maternal proteção. Foi aos 16 de julho de 1251 que, estando em oração fervorosa, a renovar o pedido, Nossa Senhora se dignou aparecer-lhe. Rodeada de espíritos celestes, veio trazer-lhe um escapulário. “Meu dileto filho – disse-lhe a Rainha do céu – eis o escapulário, que será o distintivo de minha Ordem. Aceita-o como um penhor de privilégio, que alcancei para ti e para todos os membros da Ordem do Carmo. Aquele que morrer vestido deste escapulário, estará livre do fogo do inferno".
Estando-lhe assim satisfeita a maior aspiração, Simão Stock tratou então de divulgar a irmandade do escapulário e convidar o mundo católico a participar dos grandes privilégios anexos. Extraordinária foi a afluência a tão útil instituição. Entre os devotos do escapulário de Nossa Senhora do Carmo, vêem-se Papas, Cardeais e Bispos. Numerosos tem sido os príncipes que pediram ser inscritos na irmandade, como Eduardo III da Inglaterra, os imperadores da Alemanha, Fernando I e II e reis da Espanha, de Portugal e da França, além de muitas rainhas e princesas de diversas nações. O Escapulário teve uma aceitação favorável e universal entre o povo católico. Neste sentido, só é comparável ao Rosário. Como este, também teve adversários; como o Rosário, também o escapulário tem sido agredido com todas as armas da impiedade, da malícia, do escárnio e do ódio. Mas também, como o Rosário tem experimentado o efeito poderosíssimo da proteção da Mãe de Deus; só assim é explicável o fato de ter o escapulário passado incólume através de 750 anos e, hoje em dia, mais do que nunca, gozar da predileção do povo cristão.
Se bem que a visão que São Simão Stock afirma ter tido de Nossa Senhora, não possuía o valor da autoridade de artigo de fé, tão averiguada se apresenta, que desfaz qualquer dúvida que a respeito possa subsistir.
É Relatada com todas as minúcias pelo confessor do Santo, padre Swainton. Aprovada por muitos Papas, a irmandade do escapulário foi grandemente elogiada por Benedito XIV; mais de cem escritores dos séculos 13, 14 e 15, dos quais alguns não pertenciam à Ordem Carmelitana, se referem à visão de Simão Stock como a um fato que não admite dúvida. As universidades mais célebres, as de Paris e Salamanca, declaram-se igualmente a favor.
Dois decretos da Cúria Pontifícia, exarados pelos cardeais Belarmino e de Torres, declararam autêntica e verídica a biografia de São Simão Stock, que contém a narração da maravilhosa visão.


PRIVILÉGIOS CONCEDIDOS PELA VIRGEM MÃE A QUEM USAR O ESCAPULÁRIO



Dois são os privilégios da irmandade do escapulário, privilégios deveras extraordinários, que mereceram à instituição tão grande simpatia por parte do povo cristão. O primeiro desses privilégios Maria Santíssima frisou-o bem, quando, no ato da entrega do escapulário disse ao seu servo São Simão Stock: “É este o sinal do privilégio, que alcancei para ti e para todos os filhos do Carmelo. Todos aqueles que estiverem revestidos com este hábito, ver-se-ão salvos do fogo do inferno”. O sentido desse privilégio é este: Maria Santíssima prometem a todos os que usam o hábito do Carmo, sua proteção especial, principalmente na hora da morte, que decide a história da humanidade. O pecador, portanto, por mais miserável que seja, pondo a confiança em Maria Santíssima e vestindo seu hábito, tendo aliás a intenção firme de sair do estado do pecado, pode seguramente contar com o auxílio de Nossa Senhora, a qual lhe alcançará a graça da conversão e da perseverança. O escapulário não é um amuleto que assegure, sob qualquer hipótese, a salvação de quem o usar. Contam-se milhares as conversões de pecadores na hora da morte, atribuídas unicamente ao escapulário de Nossa Senhora do Carmo; muitos também são os casos que mostram à evidência, que privilégio nenhum favorece a quem, de maneira nenhuma, se quer separar do pecado e levar uma vida digna e cristã. Santo Agostinho diz a verdade, quando ensina: “Deus, que nos criou sem nossa cooperação, não nos pode salvar sem que o queiramos e desejemos”. Quem não quer deixar de ofender a Deus, morrerá na impenitência; e se Maria Santíssima não ver a possibilidade alguma de arrancar a alma do pecador aos vícios e paixões, fará com que na hora da morte, por uma casualidade qualquer, não se encontre o hábito salvador, o que se tem dado muitas vezes.
O Segundo provilégio é o tal chamado “privilégio sabatino”. Um decreto da Santa Inquisição romana, datado de 20 de janeiro de 1613, dá aos sacerdotes da Ordem Carmelitana autorização para pregar a seguinte doutrina: “O povo cristão pode crer no auxílio que experimentarão as almas dos Irmãos e membros da Irmandade de Nossa Senhora do Carmo, auxílio este, segundo o qual todos aqueles que morrerem na graça do Senhor, tendo em vida usado o escapulário, conservado a castidade própria do estado, recitado o Ofício Parvo de Nossa Senhora, ou se não souberem ler, tiverem observado fielmente o jejum eclesiástico, bem como a abstinência nas quartas-feiras e sábados (exceto se a festa de Natal cair num destes dias), serão socorridos por uma proteção extraordinária da Santíssima virgem, no primeiro sábado que se lhe seguir ao trânsito, por ser sábado o dia da semana consagrado a Nossa Senhora (Bula sabatina de João XXII. 3, III 1322)
Desse privilégio faz menção o ofício divino da Festa de Nossa Senhora do Carmo, aprovado pelo Papa clemente X e Benedito XIII.
“A bem-aventurada Virgem – diz o ofício – não se limitou a cumular de privilégios aqui na terra e na Ordem Carmelitana. Com carinho verdadeiramente maternal, ela, cujo poder e misericórdia em toda parte são muito grandes, consola também, como piedosamente se crê, aqueles filhos no Purgatório, alcançando-lhes o mais breve possível a feliz entrada na Pátria Celestial”.


Para se tornar membro da Irmandade, é necessário que se cumpra as seguintes condições:

1. Inscrição no registro da Irmandade.

2. Ter recebido o escapulário das mãos de um sacerdote habilitado para fazer a recepção e usá-lo com devoção. No caso da mudança de um escapulário velho e gasto por um novo não carece a bênção. Quem, por descuido, deixou de usar por algum tempo o escapulário, participa dos privilégios da Irmandade, logo que se resolver a pô-lo novamente.

3. Convém rezar diariamente algumas orações marianas, como sejam: A ladainha lauretana ou seis Pai-Nossos e Ave-Marias ou sejam, ainda, o Símbolo dos Apóstolos (Credo), seguida da recitação de um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e Glória. As bulas pontifícias nada prescrevem a este respeito desde o princípio, porém, se tem observado a praxe de fazer essas devoções diárias.

4. O privilégio sabatino exige ainda que se conserve a castidade própria do estado de cada um, e que se rezem as horas marianas. Quem não puder cumprir esta segunda condição, observe a abstinência de carnes nas quartas-feiras e sábados. As duas obrigações de recitar o ofício mariano e a abstinência de carne nas quartas-feiras e sábados podem, se para isso subsistirem razões suficientes, ser comutadas em outras equivalentes.

5. Aos sábados, o papa Pio X concedeu o seguinte privilégio: Para se tornarem membros da Irmandade de Nossa Senhora do Carmo, é suficiente que usem um escapulário bento por um sacerdote que possua a faculdade respectiva. Não se exige para eles a cerimônia da recepção e da inscrição no registro da irmandade. Como os demais membros, também devem rezar diariamente algumas orações em honra de Maria Santíssima. (4-1-1908).
A Irmandade de Nossa Senhora do Carmo é enriquecida de muitas indulgências, podendo todas ser aplicadas às almas do Purgatório, com exceção da indulgência plenária na hora da morte.

REFLEXÕES

O fim, pois, que a irmandade de Nossa Senhora do Carmo se propõe é: propagar o reino de Deus, por meio da devoção a Maria Santíssima, meditar nas virtudes da Mãe de Deus e imitá-las, merecer uma proteção especial de Nossa Senhora, em todos os perigos do corpo e da alma, alcançar-lhe bênção na hora da morte e a libertação das penas do Purgatório. O Escapulário é o hábito da salvação. Para que o possa ser, é preciso que seja a vestimenta da justiça. Se o maior interesse de Maria Santíssima é salvar almas, desejo maior não tem, senão que seus filhos se apliquem à prática das virtudes, do amor de Deus e do próximo, que sejam pacientes, humildes, mansos e puros e trabalhem pela santificação de sua alma.
A história da Irmandade de Nossa Senhora do Carmo é uma epopéia de feitos maravilhosos, na ordem sobrenatural. O escapulário tem sido a salvação de milhares e milhares de cristãos nas suas necessidades espirituais e materiais. Para que nas mãos de Nossa Senhora possa ser efetivamente instrumento de salvação, indispensável é o renascimento espiritual de quem o leva, o cumprimento fiel dos deveres do estado de quem se diz devoto a Nossa Senhora do Carmo. Certamente, não é devoto a Maria Santíssima quem vive em pecado e ofende a Deus sem cessar.


ORAÇÃO À NOSSA SENHORA DO CARMO


Ó bendita e imaculada Virgem Maria, honra e esplendor do Carmelo! Vós que olhais com especial bondade para quem traz o vosso bendito escapulário, olhai para mim benignamente e cobri-me com o manto da vossa maternal proteção. Fortificai minha fraqueza com o vosso poder, iluminai as trevas do meu espírito com a vossa sabedoria, aumentai em mim a fé, a esperança e a caridade. Ornai minha alma com a graça e as virtudes que a tornem agradável ao vosso divino Filho. Assisti-me durante a vida, consolai-me na hora da morte com a vossa amável presença e apresentai-me à Santíssima Trindade como vosso filho e servo dedicado; e lá do céu, eu quero louvar-vos e bendizer-vos por toda a eternidade.
Nossa Senhora do Carmo, libertai as benditas almas do purgatório.
Amém!

(3 Ave-Marias e Glória ao Pai)

* * * * * * * * *
Fonte: Pagina Oriente


........Indicação e Orientação de “ A FAMÍLIA CATÓLICA”

MOSTEIRO SANTO ELIAS - século XVIII

Quem estiver passando ou visitando a região de Atibaia, ao passar pelo KM 50 da Rodovia Fernão Dias (sentido São Paulo – Atibaia) , na saída 50, entre no Bairro do Portão e tome o caminho do Clube da Montanha até a "venda do Sr. Dido", entrar a direita (estrada de terra) e lógo adiante vai encontrar o Mosteiro e a Capela Histórica de 300 anos do Mosteiro Santo Elias, dos Frades Carmelitas Descalços (Irmãos Eremitas da Bem Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo), localizado entre as montanhas da serra de Itapetinga, em Atibaia, São Paulo. Num ambiente de silêncio, em harmonia com a natureza.
Dados para obter informações e visita:
Tel: (11) 44168609

Obs: O Mosteiro está aberto diariamente para visitação das 7 da manhã às 7 da noite. Entretanto a clausura monástica não é aberta à visitação.

A FAMÍLIA CATÓLICA

domingo, 11 de julho de 2010

SÃO BENTO

São Bento de Núrsia, Patriarca do Monaquismo Ocidental

Por Dom Jerome Theisen, OSB, Abade Primaz da Confederação Beneditina (+1995).

Por ocasião da dedicação do Mosteiro de Monte Cassino em 1964, após sua reconstrução, o Papa Paulo VI proclamou São Bento (ca. 480 - ca. 547) patrono principal de toda a Europa.

O título, apesar de um pouco exagerado, é verdadeiro sob vários aspectos. São Bento não construiu o Mosteiro de Monte Cassino com a intenção de salvar a cultura, mas, de fato, os mosteiros que depois seguiram a sua Regra foram lugares onde o conhecimento e os manuscritos foram preservados. Por mais de seis séculos, a cultura cristã da Europa medieval praticamente coincidiu com os centros monásticos de piedade e estudo.

São Bento não foi o fundador do monaquismo cristão, tendo vivido quase três séculos depois do seu surgimento no Egito, na Palestina e na Ásia Menor.
Tornou-se monge ainda jovem e desde então aprendeu a tradição pelo contato com outros monges e lendo a literatura monástica. Foi atraído pelo movimento monástico, mas acabou dando-lhe novos e frutuosos rumos. Isto fica evidente na Regra que escreveu para os mosteiros, e que ainda hoje é usada em inúmeros mosteiros e conventos no mundo inteiro (Regra em Português).

A tradição diz que São Bento viveu entre 480 e 547, embora não se possa afirmar com certeza que essas datas sejam historicamente acuradas. Seu biógrafo, São Gregório Magno, papa de 590 a 604, não registra as datas de seu nascimento e morte, mas se refere a uma Regra escrita por Bento. Há discussões com relação à datação da Regra, mas parece existir um consenso de que tenha sido escrita na primeira metade do século VI.

São Gregório escreveu sobre São Bento no seu Segundo Livro dos Diálogos (versão inglesa disponível em Dialogues), mas seu relato da vida e dos milagres de Bento não pode ser encarado como uma biografia no sentido moderno do termo. A intenção de Gregório ao escrever a vida de Bento foi a de edificar e inspirar, não a de compilar os detalhes de sua vida quotidiana. Buscava mostrar que os santos de Deus, em particular São Bento, ainda operavam na Igreja Cristã, apesar de todo o caos político e religioso da época. Por outro lado, seria falso afirmar que Gregório nada apresenta em seu texto sobre a vida e a obra de Bento.

De acordo com os Diálogos de São Gregório, Bento (e sua irmã gêmea, Escolástica) nasceu em Núrsia, um vilarejo no alto das montanhas, a nordeste de Roma. Seus pais o mandaram para Roma a fim de estudar, mas ele achou a vida da cidade eterna degenerada demais para o seu gosto. Por conseguinte, fugiu para um lugar a sudeste de Roma, chamado Subiaco, onde morou como eremita por três anos, com o apoio do monge Romano.

Foi então descoberto por um grupo de monges que o incitaram a se tornar o seu líder espiritual. Mas o seu regime logo se tornou excessivo para os monges indolentes, que planejaram então envenená-lo. Gregório narra como Bento escapou ao abençoar o cálice contendo o vinho envenenado, que se quebrou em inúmeros pedaços. Depois disso, preferiu se afastar dos monges indisciplinados.

São Bento estabeleceu doze mosteiros com doze monges cada, na região ao sul de Roma. Mais tarde, talvez em 529, mudou-se para Monte Cassino, 130 km a sudeste de Roma; ali destruiu o templo pagão dedicado a Apolo e construiu seu primeiro mosteiro. Também ali escreveu sua Regra para o Mosteiro do Monte Cassino, já prevendo que ela poderia ser usada em outros lugares.

Os 38 pequenos capítulos do Segundo Livro dos Diálogos contêm vários episódios da vida e dos milagres de São Bento (versão em inglês disponível em Dialogues). Alguns capítulos falam da sua habilidade em ler o pensamento das pessoas, outros, dos seus feitos miraculosos, como, por exemplo, fazer brotar água da rocha, um discípulo andar sobre a água, e um jarro de óleo nunca se esgotar. As estórias de milagres fazem eco aos acontecimentos da vida de certos profetas de Israel, e também da vida de Jesus. A mensagem é clara: a santidade de Bento é como a dos santos e profetas de antigamente, e Deus não abandonou o seu povo, mas continua a abençoá-lo com homens santos.

Bento deve ser encarado como um líder monástico, não como um erudito. Provavelmente conhecia bem o latim, o que lhe dava acesso aos escritos de Cassiano e outros, incluindo regras e sentenças. Sua Regra é o único texto conhecido de Bento, mas é suficiente para manifestar a sua habilidade genial para cristalizar o melhor da tradição monástica e passá-la para o Ocidente.
Gregório apresenta Bento como modelo de santo que foge da tentação para levar uma vida de atenção à presença de Deus.

Através de um esquema equilibrado de vida e oração, Bento chegou ao ponto de se aproximar da glória de Deus. Gregório narra a visão que Bento teve quando sua vida chegava ao fim: "De súbito, na calada da noite, olhou para cima e viu uma luz que se difundia do alto e dissipava as trevas da noite, brilhando com tal esplendor que, apesar de raiar nas trevas, superava o dia em claridade. Nesta visão, seguiu-se uma coisa admirável, pois, como depois ele mesmo contou, também o mundo inteiro lhe apareceu ante os olhos, como que concentrado num só raio de sol" (cap. 34). São Bento, o monge por excelência, levou um tipo de vida monástica que o conduziu à visão de Deus.

Traduzido de The Modern Catholic Encyclopedia, The Liturgical Press (1995), 77-78.

Veja também: A Regra de São Bento - Latim/Português, tradução e notas de Dom João Evangelista Enout, Lumen Christi, 1992 (ver informações em Lumen Christi). São Gregório Magno, Diálogos (Dialogues), Livro II (1608, 1911, St. Pachomius Library, 1995). Tradução em português: Vida e Milagres de São Bento, Lumen Christi, 1986 (ver informações em Lumen Christi). Pio XII, papa, Fulgens Radiator: sobre São Bento (Encíclica de 21 de março de 1947). Texto em inglês disponível em Fulgens Radiator.

Fonte: OSB

Saiba a respeito da Medalha de São Bento

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sexta-feira, 9 de julho de 2010

SANTA PAULINA DO CORAÇÂO AGONIZANTE DE JESUS

Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus

Fundadora das Irmãzinhas da Imaculada Conceição
(Colaboração deste artigo: Osvaldo João Custódio)



História, Canonização e Cronografia

Amábile Visintainer, escolhida por Deus para ser fundadora da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, nasceu em Trento (Vigolo Vattaro) - Itália, a 16 de dezembro de 1865. Era filha de Napoleão Visintainer e Ana Pianezer.
Vindo para o Brasil com 10 anos de idade, em companhia dos pais, com eles se estabeleceu em Santa Catarina (Vígolo). Ia crescendo como boa filha: honesta, trabalhadora e mui piedosa. Nunca vira Religiosas, mas sentia grande desejo de consagrar-se a Deus.
Nas proximidades de Vígolo vivia, abandonada, uma cancerosa. No dia 12 de julho de 1890, Amábile e sua companheira de fundação, deixando a casa paterna, transportaram-se para um casebre, levando a doente, à qual passaram a servir como enfermeiras. Falecendo esta, as jovens permaneceram na mísera choupana; aí viviam como pessoas consagradas a Deus e auxiliando o próximo. Anos depois, transferiram-se para Nova Trento,onde, espiritualmente eram auxiliadas pelo Superior dos Jesuítas - padre Luís Maria Rossi. Foi este sábio e santo sacerdote o instrumento escolhido por Deus para cooperar na fundação da Congregação.
Em 1895, Dom José de Camargo Barros, então Bispo de Curitiba/PR, constatando que o plano era divino, deu-lhe a aprovação. A 7 de dezembro de 1895, Amábile e suas companheiras (Virgínia Nicolodi e Teresa Máoli), pronunciaram os votos religiosos. Amábile tomou o nome de Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus; Virgínia o de Irmã Matilde da Imaculada Conceição e Tereza, o de Irmã Inês de São José.
Em 1903, Madre Paulina deixou algumas irmãs em Nova Trento e, com outras, transferiu-se para São Paulo. Fixou residência no então Asilo da Sagrada Família, à Avenida Nazaré, Bairro Ipiranga.
Em 1909, sendo eleita nova superiora geral, foi a Serva de Deus para o Asilo São Vicente, de Bragança Paulista. Aí, como simples súdita, permaneceu 8 anos, lavando e consertando a roupa dos asilados e servindo-os carinhosamente em tudo.
Em 1918, por determinação de Dom Duarte Leopoldo e Silva - Pai e protetor da Congregação, regressou ao Ipiranga, onde permaneceu até 09 de julho de 1942, data de sua morte.
Madre Paulina era irrepreensível na prática e observância dos votos religiosos - Castidade, Obediência e Pobreza. O sofrimento - físico e moral - foi companheiro inseparável de toda sua vida. Diabética, três anos antes de sua morte, foi-lhe amputado o braço direito. Gradativamente foi perdendo a vista e ficou completamente cega. Como tinha profunda compreensão do valor da Cruz, sofreu tudo com heróica resignação. Foi uma alma, acima de tudo, profundamente contemplativa, dedicando muitas horas à oração, além das prescritas. Estando já a comunidade em repouso, a veneranda fundadora, em sua cela, permanecia rezando noite adentro. Seu espírito de fé era inabalável, sua confiança em Deus ia ao extremo. Seu amor ao próximo era extraordinário: desejava atingir o mundo inteiro.
Sentia amor abrasado pelo Santo Padre e pelo triunfo da Igreja. Os sacerdotes ocupavam lugar distinto, em seu coração. Deixou 45 casas distribuídas por cinqüenta Estados do Brasil e, na paz do Senhor, levou para o céu a mirra de uma vida inteiramente sacrificada a Deus, no amor ao próximo e no exercício das mais heróicas virtudes.
Durante a vida seus belíssimos exemplos de caridade e resignação no sofrimento fizeram com que muitas irmãs deixassem o mundo e abraçassem a causa de Cristo e, tal proposta evangélica está sendo posta em prática atualmente em doze países do mundo. Após a sua morte, quis Deus glorificá-la através de muitos milagres que culminaram em cuidadosas investigações feitas e comprovadas pela Santa Sé. O Santo Padre, o Papa João Paulo II, com seu poder de infalibilidade, estará declarando-a santa no dia 19 de maio de 2002, em Roma. Os seus milagres e graças alcançados por sua intercessão mostram que, diante de Deus, Madre Paulina foi fiel ao seu projeto de vida como filha dileta do Pai.

CRONOGRAFIA

16/12/1865 - NASCIMENTO DE:
Amábile Lúcia Visintainer (Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus).
Filiação: Antônio Napoleone Visintainer e Anna Pianezze

17/12/1865 - BATISMO
25/09/1875 -

Partida de Vígolo Vattaro (Itália) para o Brasil. Semanas após desembarcam em Itajaí - Santa Catarina. Seguiram para Alferes que recebeu o nome de Nova Trento, formando aí um povoado, que chamaram de Vígolo e o mesmo padroeiro de Vígolo Vattaro: São Jorge. Inicia a imigração italiana no Estado de Santa Catarina.
Após o que numa das visitas do Pe. Alberto Gattone, Pároco de Brusque/SC, numa de suas visitas a Vígolo, Amábile Lúcia faz a sua primeira Santa Comunhão.
1887 - Falecimento de Anna, sua mãe. Amábile, com 22 anos, assume a tarefa de dona de casa.
1889 - Compra uma imagem de Nossa Senhora de Lourdes.
1890 - Napoleone, seu pai, casa com Maria Zamboni; Amábile tem mais tempo para o seu apostolado. Em 12 de julho, início da congregação religiosa.
1891 - Amábile adoece gravemente.
11/02/1894 - Amábile, Virgínia e Tereza, partem para a nova residência em Nova Trento.
1895 - É inaugurada a Capela de São Jorge. Em 19 de março, festa de São José é composto um "memorial", colocado abaixo de um quadro do esposo de Maria, rezado diariamente.
17/08/1895 - É dirigido ao bispo, Dom José de Camargo Barros, uma carta pedindo a aprovação da congregação. Imediatamente, a 25 de agosto sai a aprovação diocesana da "Pia União da Imaculada Conceição".
1896 - Cinco noviças recebem o hábito religioso. Agora Amábile, já Irmã Paulina, passando a ser tratada Madre Paulina, ganha novo reforço no tratamento dos doentes, órfãos e idosos.
1900 - Na passagem do século a congregação conta com 20 religiosas.
11/02/1901 - Na festa de Nossa Senhora de Lourdes, aos 24 anos de idade, a Irmã Bernardina do Bom Conselho, entrega sua alma ao Criador.
1902 - Em novembro dá-se a primeira carta circular à congregação.
1903 - No mês de julho, Madre Paulina e as Irmãs Luiza e Serafina, mais a Postulante Josefina Pereira Gonçalves, deixam Nova Trento. Chegando em Itajaí/SC, embarcam com destino ao porto de Santos e de trem, atingindo São Paulo instalaram-se no Ipiranga.
1905 - Foi iniciada em Bragança Paulista a Santa Casa da Misericórdia.
1909 - Aceitam dirigir a Casa de Saúde Dr. Homem de Mello, no Bairro Perdizes. Neste mesmo ano, Madre Paulina assume a Santa Casa de Misericórdia em São Carlos do Pinhal. Em maio, cumprindo ordem superior viaja para Nova Trento.
29/08/1909 - Fica determinado definitivamente a nomeação de "Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição". Nesta ocasião, com o título de Veneranda Madre Fundadora, Madre Paulina passa a residir na Santa Casa da Misericórdia de Bragança Paulista. Seu livro de cabeceira: IMITAÇÃO DE CRISTO de Tomás de Kempis.
1910 - Em julho é transferida para o novo asilo São Vicente de Paulo.
1911 - Falecimento de seu pai Antônio Napoleone Visinteiner.
22/07/1917 - Falece Madre Matilde.
1918 - Madre Paulina volta a residir na Casa Mãe da Congregação, no Ipiranga.
1931 - Aos 52 anos de idade falece Madre Vicência.
1933 - O Santo Padre Pio XI, concede aprovação e o Decreto de Louvor à Congregação.
1938 - Com a saúde agravada pela diabetes sofre amputação de um dedo da mão direita, dias após o braço inteiro.
12/07/1940 - A Congregação festeja o seu Jubileu (50 anos). Já então com 325 Irmãzinhas e 39 casas espalhadas pelo Brasil.
1941 - Assumem o Colégio São José em Itajaí/SC. Destaque para as Irmãzinhas Maria de Lourdes, Carmem e Ester, educadoras extraordinárias.
08/07/1942 -
A Veneranda Madre Fundadora, Paulina, entra em pré-agonia e no dia seguinte, 09 de julho, aos 77 anos de idade, ingressa na Pátria Celeste.
Fonte: PaginaOriente

Veja mais, clique : Madre Paulina

ANO SACERDOTAL LEVA À DESCOBERTA DE UM "TESOURO ESCONDIDO”

Bangladesh: Ano Sacerdotal leva à descoberta de um “tesouro escondido”

ROMA, terça-feira,

- Em Bangladesh, o Ano Sacerdotal proclamado por Bento XVI e encerrado em 11 de junho passado possibilitou expor “um tesouro” até então “escondido das pessoas a da Igreja”.
Foi o que afirmou o arcebispo da capital Dhaka, Paulinus Costa, que confessou à agência AsiaNews que, com o evento, os sacerdotes do país puderam partilhar suas experiências e redescobrir a beleza de “participar do amor de Cristo como ministros escolhidos por Deus”.

Pe. Emil Moraes declarou à AsiaNews que a ocasião representou uma oportunidade para “compartilhar toda sua experiência de padre”.

“Em uma das minhas freqüentes viagens pelo país”, relatou, “encontrei vários muçulmanos que me perguntavam quantos filhos tinha. Respondia que tinha mais de 5 mil, e eles ficavam estupefactos”.

“Dei tudo o que possuía, e aceitei aqueles que não eram meus; eis que agora são minha gente – acrescentou. Sou seu pastor porque sou ministro de Deus”.

O Ano Sacerdotal foi encerrado em 18 de junho em Dhaka com uma missa na igreja do Santo Rosário seguida do encontro “Sacerdócio e obra missionária”, do qual participaram centenas de sacerdotes, mais de 50 religiosas e 500 fiéis.

Fonte: ZENIT.org

quinta-feira, 8 de julho de 2010

PE. JOSÉ KENTENICH: 100 ANOS DA ORDENAÇÃO SACERDOTAL


Pe José Kentenich
“Tu és sacerdote eternamente!”
Fundou a Obra de Schoenstatt em 18 de Outubro de 1914 na capela de um antigo cemitério, cujo padroeiro era o Arcanjo São Miguel, e recebeu o nome de Santuário da Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt. Criou-se então uma "Aliança de Amor" entre a capela e Mãe de Deus

Nascido em 18 de Novembro de 1885 em Gymnich e batizado no dia seguinte na Igreja Matriz de São Cuniberto, recebeu o nome de Pedro José, sendo que José se tornou seu nome familiar. Seus pais descendem ambos de famílias de pequenos agricultores.

Em 12 de Abril de 1894 sua mãe Catarina o levou a um Orfanato.
Recebeu sua primeira comunhão em 1897, no primeiro domingo depois da Páscoa.
Neste dia manifestou a sua mãe o desejo de se tornar sacerdote e em 22 de Setembro de 1899 ingressou à Congregação Missionária dos Palotinos, tendo portanto 14 anos incompletos.

Em 24 de Setembro de 1904 foi aceito como noviço dos Palotinos de Limburgo e foi ordenado sacerdote em 8 de Julho de 1910, aos 25 anos.
Fundou a Obra de Schoenstatt em 18 de Outubro de 1914 na capela de um antigo cemitério, cujo padroeiro era o Arcanjo São Miguel, e recebeu o nome de Santuário da Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt.
Criou-se então uma "Aliança de Amor" entre a capela e Mãe de Deus.

Em uma carta, Padre José Kentenich afirma: "No domingo passado estive em Schoenstatt. Os momento mais belos foram os que passei na capelinha, diante da imagem de graças da Mater Ter Admirabilis.
Sim, nossa capela é realmente um lugar de graças onde a Mãe Três Vezes Admirável atua com todo o seu poder.
É uma nova Nazaré, onde Jesus e Maria vivem intimamente unidos."

Em 20 de setembro de 1941, depois de um interrogatório, Pe. Kentenich foi preso pela Gestapo (polícia secreta do Estado durante o nazismo) em Coblença e levado ao porão do Alojamento, num calabouço, onde ficou por quatro semanas.
Mesmo assim foi-lhe permitido conservar o traje preto e assim ser reconhecido como sacerdote. Com a ajuda de dois guardas, foram providenciados todos os paramentos e objetos sagrados para que se pudesse celebrar a Santa Eucaristia em sua cela, diariamente.

Em 20 de janeiro de 1942 decidiu-se a ir livremente para o Campo de Concentração e assim foi levado, em 11 de março, para Dachau, onde as condições de alimentação eram tão deficientes que o número de mortos por fraqueza e fome aumentava dia a dia.
Não muito depois de sua libertação o Pe. Kentenich conta que o Campo de Concentração de Dachau era povoado de "figuras cambaleantes e vacilantes".
De março a agosto foram registradas 550 mortes.

Sem prévio aviso, os doentes e incapacitados ao trabalho eram reunidos e levados às câmaras de gás.
Pe. Kentenich só escapou porque o chefe do bloco onde ele estava evitou que fosse apresentado ao médico que sorteava os "candidatos à morte".

Com a morte diante de si, Pe. Kentenich freqüentemente dava de presente os alimentos que lhe eram trazidos ocultamente e até mesmo uma parte de sua ração habitual para ajudar aos outros.
Em vários outros casos conseguiu que companheiros de prisão fossem tirados da lista fatal da câmara de gás.
"Nós, Sacerdotes do Campo de Concentração de Dachau, vivendo nas condições mais primitivas, não queremos reagir de modo primitivo, mas de modo singelo e autêntico e, se for a vontade de Deus, ou morrer heroicamente no campo como personalidades sacerdotais fortes, ou mais tarde, como sacerdotes amadurecidos, continuar a trabalhar com zelo e fecundidade para o reino de Deus."

Mesmo assim, por caminhos secretos conseguia receber hóstias e vinho para a celebração da Santa Missa no campo e durante todo o tempo de prisão dava diariamente duas conferências para cerca de 100 sacerdotes.

Em 22 de outubro de 1942, após liberação dos superiores do campo, recebeu um pacote contendo 2 pares de meia, 2 ovos cozidos, 250 gramas de manteiga, e algumas bolachas e salgadinhos, que foram repartidos com seus amigos mais íntimos.
Estas "encomendas" vinham regularmente até o início de 1945 quando foram novamente proibidas. Em seguida o campo foi acometido de um surto de tifo. De janeiro a março de 1945, morreram cerca de 11.000 pessoas.
Em correspondência secreta, pediu a Schoenstatt que enviassem vacinas contra o tifo, assim todos os padres foram vacinados.
Em 6 de abril de 1945, pode deixar o Campo de Concentração de Dachau, devido ao fim da guerra. Sua primeira visita foi ao Pároco da aldeia para agradecer todo o auxílio prestado aos sacerdotes por seu intermédio.

Em 20 de maio de 1945, depois de três anos e meio de prisão, celebrou novamente a Santa Missa no Santuário da Mãe de Deus. Era um domingo de Pentecostes, a festa do Espírito Santo.
Nos primeiros dias de maio de 1947, a convite de Frei Martinho Friese, o Pe. Kentenich visitou o Jaraguá, onde 20 anos mais tarde se estabeleceria a primeira comunidade dos padres de Schoenstatt no Brasil.

Na manhã de 15 de setembro de 1968, Pe. Kentenich dirigiu-se à Igreja da Adoração para, pela primeira vez, celebrar a Santa Missa. Era festa de Nossa Senhora das Dores. De volta a sacristia, convidou dois padres para almoçarem com ele e em seguida ficou em silêncio, junto a seus dois assistentes.
De repente notaram que o Pe. Kentenich se inclinava para frente. Procurava apoiar-se mas não conseguiu.
O corpo dobrou-se e o Padre foi caindo. Tentaram sentá-lo numa cadeira mas acharam melhor deitá-lo de costas no chão.
Padre Kentenich levou a mão ao coração e respirou ainda por dois ou três minutos.
Chamaram rapidamente um médico e outro padre administrou-lhe a unção dos enfermos.
O médico chegou e examinando-o disse: "O coração está parado". Padre Kentenich estava morto. Cinco dias depois foi sepultado no mesmo local onde falecera. Após a missa de corpo presente, o corpo foi levado até o Santuário da Mãe Três Vezes Admirável.

Sobre sua sepultura, um sarcófago simples de basalto cinzento, estão gravados, além de seu nome, data de nascimento e falecimento, as palavras que ele mesmo desejou: "Dilexit Ecclesiam" (Ele amou a Igreja).

Todo o seu amor pertencera a Igreja. Toda sua vida foi uma vida pela Igreja: pela Igreja na atualidade mas sobretudo pela Igreja do futuro e pela obra que ele mesmo iniciou, o Santuário da Mãe e Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt.

Pe. José Kentenich, 100 anos da Ordenação Sacerdotal - 08.07.1910 – 08.07.2010

“Concede, ó meu Deus, que todos os espíritos se unam na verdade e os corações no amor
Coração de Jesus eu confio em vós. Doce coração de Maria, sede minha salvação”
( da lembrança de sua Ordenação Sacerdotal)

Ao recordarmos o jubileu centenário da Ordenação sacerdotal do Padre José Kentenich, queremos louvar e agradecer a Deus pelo dom da vida e do sacerdócio ricamente abençoado, uma dádiva de Deus para a Igreja e o mundo.

Qual foi o seu ideal sacerdotal e como ele o manifestou?

Seu ideal sacerdotal se expressa nesta mensagem escrita durante sua prisão no Campo de Concentração de Dachau ao jovem diácono Karl Leisner1:

“O Senhor te escolheu sacerdote! Em ti Ele quer ir pelo mundo abençoando. Através de ti, ele quer oferecer, orar, amar, sofrer e apascentar aqui na terra as suas pequenas ovelhas.
A Mãe, que o acompanhou ao longo de toda a sua vida, foi dada por Ele a ti, para que esteja junto de ti.

Permaneça fiel a Ela em todas as circunstâncias da tua vida.
Ela te ajudará a carregar alegremente os pesados fardos. Ela guiará os teus caminhos e os caminhos dos filhos do teu pastoreio para as paragens da eternidade!”2

Ordenado sacerdote gravemente enfermo, Padre Leisner pode celebrar sua primeira e única missa no dia 26 de dezembro na capela do Campo de Concentração. É um modelo de fidelidade e santidade para as comunidades sacerdotais da Obra de Schoenstatt. Foi beatificado pelo Papa João Paulo II, aos 23.06.1996, como mártir.
Na proximidade do centenário da ordenação sacerdotal do Pe. Kentenich, segue lgumas reflexões do Padre Marcelo Cervi, do Instituto dos Padres Diocesanos de Schoenstatt, diocese de Jaboticabal, SP, sobre o Padre Kentenich, como um modelo de sacerdote para o tempo moderno:

1. Padre José Kentenich é, antes de tudo um padre que se sabe participante do único
sacerdócio de Jesus Cristo. Ele conhece a Teologia do Sacerdócio: na essência de tudo está a
vocação, a eleição ou chamado por parte de Deus. Confirmado pela Igreja e não um simples
“escolher ser padre”.
Não é a pessoa que pode escolher ser ou não ser padre: na base de tudo
está um chamado, uma vocação! Para ele, em cada padre é Cristo , o Bom Pastor quem, passa
pelo mundo, oferecendo, orando, amando, sofrendo e apascentando, enfim, tocando o tempo
atual e fecundando a vida espiritual das pessoas.

2. O Padre Kentenich é um presbítero profundamente ancorado no sobrenatural, como
deve ser cada presbítero. Vive da ilimitada fé prática na Divina Providência, enxergando
1 Ordenado no domingo 17 de dezembro de 1944, pelo bispo francês D.Gabriel Piguet que também estava prisioneiro no campo. Beato Carlos Leisner era dirigente da Juventude Masculina de Schoenstatt 1 Pe José Kentenich

Foto de 08 de julho de 1910 do neo sacerdote Padre José Kentenich claramente a mão de Deus onde as pessoas só vêem fatos humanos, audaz nos desafios, livre
porque perfeitamente seguro da vitória em Deus.

Esse é um traço importante da sua personalidade presbiteral, capaz de ajudar os sacerdotes de hoje às vezes tão desanimados diante das investidas da sociedade de consumo que não consegue
enxergar além do material e do lucro, colocando aqui seus apoios , suas esperanças, numa ilusória confiança....

3. Padre Kentenich, um sacerdote educador: assim foi. Ele conhecia a alma humana como
convém a quem se torna, pela Ordenação Presbiteral, “ponte entre Deus e os homens”.

Educador de inteligência ímpar, fina psicologia, imbuído de uma sadia pedagogia que propõe o
“homem novo na nova Comunidade”, esclarecendo o papel e a força das vinculações, mostrando-se capas de suscitar personalidades e gerar correntes de vida. Um sacerdote, porém, que para educar-prezava os contatos pessoais e não contatos frios, à distância, burocráticos.

Numa recente biografia sua encontramos o seguinte:

“Talvez o que o mantinha jovem era também seu estilo pessoal de dirigir (as pessoas) e a
quantidade de contatos pessoaisdiretos. Kentenich nunca se limitava a esboçar material
deformação e deliberar com seus mais íntimos colaboradores. Queria falar com os jovens
pessoalmente e acompanhar cada seminarista dos grupos de Schoenstatt até a Ordenação
Sacerdotal(...) Depois de muitos anos recordava: ´aquele foi um caminho longo, espinhoso,
caracterizado por um trabalho no pequeno e no pequeníssimo`. Sem o contato pessoal com
cada um dos ´schoenstatteanos´,os grupos e cursos não teriam podido desenvolver todo o seu
potencial. Os frutos foram abundantes!”3

4. É um padre profético, que se opõe a um estilo sacerdotal burguês e burocrata, captando o
divino e abrindo-se a Deus pela lei da porta aberta. Ele ultrapassa a concepção sociológica do
ministério presbiteral, para a qual o padre é apenas um funcionário institucional, que trabalha em determinadas horas e por um tempo determinado e só atende” em horário de secretaria”.
Também não compreende o sacerdote apenas como um homem dedicado ao culto, às belas
celebrações.
O sacerdote profeta é aquele que indica a ação de Deus no ritmo da vida, sem
preocupar-se com os “ respeitos humanos” ou com o “ medo de ofender”.:

“ um tipo característico (de sacerdote) tomado pela missão, que rompeu com o estilo de vida e
de trabalho centrado só em formas e deveres. Esse tipo (sacerdote profeta) caracteriza-se pela
forte irrupção do divino na vida humana e mortal, segundo a lei da porta aberta; faz valer, com
iniludível conseqüência, Deus, sua Palavra e seus desejos sem se preocupar com a própria
honra e o próprio bem estar, para conduzir a história e as pessoas à realização dos planos de
Deus,em vista da nova margem dos tempos”4

5. Padre Kentenich é a imagem do sacerdote mariano, que anuncia uma Igreja mariana,
disponível, aberta, acolhedora, serviçal. No Documento de Aparecida, podemos ler esta intuição
do Padre Kentenich, com outras palavras (...) Esta visão mariana da Igreja é o melhor remédio
para uma Igreja meramente funcional ou burocrática.

6. Um sacerdote preocupado com a vida dos sacerdotes. Vemos o Padre Kentenich muito
próximo aos padres, à sua realidade, a seus problemas, dificuldades e anseios. Desde seu
trabalho no Seminário Palotino, passando pelos famosos retiros ao clero alemão na década de 30
e pelas vivências com os sacerdotes em Dachau, até a fundação das Comunidades Sacerdotais no
3 Feldmann,C. Rebelde de Deus, José Kentenich e sua visão de um mundo novo.
4 Wolf P.(Ed) Chamado por Deus, consagrado a Deus , enviado por Deus.Textos escolhidos do
P.José Kentenich sobre o sacerdócio.

Movimento...É sempre o Padre Kentenich ocupando-se, com carinho, da vida presbiteral,
ajudando os padres a ter, cada vez mais, consciência de eleição e consciência de missão. Os
padres ocupam um lugar especial em seu pensamento e em seu coração porque ele sabe que o
sacerdócio é importante para a santificação do mundo, é “o canal normal pelo qual o espírito de
Deus faz chegar suas correntes de graça a este mundo tão necessitado de ajuda!”5

Não esquece de incentivar a vida sacerdotal mesmo no “inferno de Dachau”, onde colocou os
sacerdotes como centro de sua preocupação na convivência diária. Vejamos este testemunho:
“ Naturalmente o Fundador de Schoenstatt se sentia particularmente obrigado para com seus
companheiros sacerdotes. Todas as noites oferecia uma meditação em um canto do dormitório
ou na rua que passava junto à Barraca.
Quando se introduziam clandestinamente hóstias no Campo, distribuía secretamente a comunhão. Sua meta era que os sacerdotes não somente´sobrevivessem´ a Dachau mas que oexperimentassem como escola do ´homem novo´”6

7. Um homem de Igreja, realmente eclesial, por dentro das dificuldades e desafios da Igreja,
ajudando-nos a sonhar com a Igreja das novas margens. Ele se entristece com as atitudes dos
homens de Igreja, mas sabe separar as coisas e não decepciona a Igreja, nem a abandona. Sua
atitude sacerdotal é de profunda fidelidade ainda quando as coisas não seguem como desejaria.
Vemos isso, por exemplo, na atitude do Padre Kentenich diante do doloroso Exílio que durou 14
anos:

“ Em 1963, o Secretário do cardeal Ottaviani foi a Milwaukee e não acreditou no que via: “Já vi
outros homens castigado pela Igreja -dizia- homens que foram separados de suas Obras e vi
como ficaram aniquilados. Mas aqui, ao contrário, encontro algo totalmente diferente. E, de
fato, assim era: no Padre Kentenich encontra uma imensa paz, cheia de alegria econfiança e da
certeza de que, em breve, a Mãe ia se glorificar nele. Também a respeito desses 14 anos, Padre
Kentenich podia dizer o mesmo que dissera antes de sua estadia na prisão e em Dachau: que,
então, não houve um momento sequer de dúvida”.7

Sem dúvida alguma, Padre Kentenich é um modelo para os presbíteros de nosso tempo. Mas não podemos parar em uma consideração piedosa de sua vida, pois a riqueza de seu ser presbítero na Igreja, configurado ao Bom Pastor e formado por Maria, o fez portador de uma missão e um
carisma proféticos.

Vejamos algumas mensagens proféticas do presbítero José Kentenich para os presbíteros
hoje.

O profeta é aquele que anuncia e denuncia, que chama à conversão e não só indica mas encarna
um estilo de ser conforme a vontade de Deus. Assim é o nosso profeta: o profeta de Maria.
Padre Kentenich anunciou vivendo e viveu anunciando um estilo novo de sacerdote, que brota de uma união íntima com Cristo e de uma sólida piedade mariana. Apresentamos, pois, sem esgotar
a mensagem que Kentenich poderia nos dirigir-três características do “sacerdote das novas
margens”.

Neste ano do centenário da ordenação Presbiteral do Padre Kentenich, temos a missão de acolher seu pensamento, seu carisma, sua vida sacerdotal e ajudar que muitos sacerdotes se encontrem com ele, entrando em contado com sua mensagem vivida e anunciada.
5 (AAVV.Kentenich reader.Tomo 1:Encuentro com el Padre Fundador.Santiago:Nueva Patris,2009.p.168) 6 Feldmann C., Rebelde de Dios...p.148) 7
Alessandri H. Um fundador. Um pai. Uma missão. Santa Maria: Ed.Palotti s/d,p.222

a. Paternidade sacerdotal.
O padre é chamado a ser “pai para um povo”. Conhecemos o pensamento do Padre Kentenich
sobre o papel do pai a formação da personalidade e na configuração do mundo. Seguindo seu
pensamento, podemos temer que tempos sem “pai” podem tornar-se “tempos sem Deus”. Ele nos ensinou que quando perdemos o sentir filial não damos a Deus a oportunidade de desenvolver seu traço essencial que é a “atividade paterna”8. “O que mais o nosso tempo necessita é uma corrente de filialidade em direção ao pai”

Esta tarefa cabe sobretudo aos sacerdotes a quem toca ser pontes naturais até Deus9
Eles têm a missão de salvaguardar a figura do pai a partir de sua paternidade espiritual... Esta
preocupação aos poucos vai dando lugar à confiança ilimitada na Providência, ... ajudando-os a
descobrir que a paternidade sacerdotal é aquilo que dá sentido e fundamento à vida e missão do
padre, segundo João Paulo II, que convidou os sacerdotes a “aprofundar esta verdade misteriosa de nossa vocação: a paternidade espiritual, que é uma característica de nossa personalidade
sacerdotal e que expressa precisamente sua maturidade apostólica e fecundidade espiritual”10

O que fazer para que esta mensagem profética do papel de pai e, consequentemente da
necessidade da paternidade sacerdotal do Padre Kentenich chegue ao máximo possível de
sacerdotes? Certamente há muitos meios, mas apontamos apenas um: tratar nossos padres nas
Paróquias e no Movimento com sua verdadeira identidade paterna! Sejamos próximos,
sejamos amigos, sejamos família, mas tratemos de dar ao sacerdote o lugar que é dele e do qual
ele, às vezes, sai por nossa própria culpa. Tenhamos gestos filiais diante daqueles que, em nossas
famílias e em nossa Família Paroquial, devem ser a imagem visível do Pai Deus.

b. Sacerdócio mariano.

Embora nosso bom povo seja extremamente mariano, volta e meia aparecem na Igreja correntes que tentam minimizar a figura de Maria em duas linhas: fazer a Igreja venerar menos a Maria
e,por outro lado, fazer a Igreja perder seus traços marianos. A mensagem do Padre Kentenich
frente a correntes como esta que existirão em todos os tempos, é a de um sacerdócio mariano.
Ele se viu e também viveu sempre como um sacerdote profundamente mariano. Ele se sente
chamado a anunciar com as palavras e a vida o mistério de Maria:

“ Meu trabalho é proclamar Maria e dá-la a conhecer à nossa época como a Colaboradora
permanente de Cristo em toda a obra da redenção, como a Co-redentora e mediadora das
graças; em profunda bi-unidade com Cristo e com a missão específica que ela tem a partir do
Santuário, para nosso tempo”11

O instrumento de Maria, também é sobretudo o sacerdote, carece de traços marianos porque deve ser duro como o diamante e terno como a mãe, unindo severidade e ternura, fortaleza e
mansidão. Este equilíbrio é dado justamente pela Mãe dos Sacerdotes, pois “...a Mãe de Deus
possui o carisma de propagar em torno a si uma atmosfera ideal, purificada e sobrenatural de
nos conservar perpetuamente jovens e entusiasmados, moldáveis e abertos; de conservar em
nós um sentido de percepção para tudo o que é genuíno, divinamente grande e ideal, para
fortalece-lo e torna-lo atuante em nós”. 12
8 Kentenich.J Minha filosofia de educação.
Santa Maria:Inst.das Irmãs de Maria,1997 (...) 9
Wolf P. Chamado por Deus. ..p.46s)
10 João Paulo II, Carta aos sacerdotes por ocasião da quinta-feira santa, 1988
11 AAVV,Kentenich reader...p.81-82)
12 Kentenich J.,Espiritualidade mariana do Instrumento. Santa Maria: Irmãs de Maria de Schoenstatt, p.116-118

c. Apoio aos leigos e desejo de uma Nova Ordem Social

Embora Schoenstatt tenha nascido num contexto sacerdotal (Seminário Palotino) , com a União
Apostólica, Pe. Kentenich faz a profecia do apostolado dos leigos. É um presbítero que antecipou
o Vaticano II neste ponto, acreditando na missão do laicato e ajudando-o a se capacitar para
tanto, na cultura da Aliança.

Desde a fundação da União Apostólica (1919), passando pela experiência de Dachau (Obra das
Famílias), até as vivências paroquiais em Milwaukee, Pe. Kentenich sempre levará em
consideração o papel do leigo maduro na Igreja.
Em Milwaukee trabalha o tema da Igreja das novas margens: A Igreja como povo de Deus em caminho e não mais aquela já ultrapassada concepção de uma pirâmide onde a grande massa ficava pejorativamente colocada abaixo da hierarquia.
Sonhou a Igreja comunidade familiar em lugar em uma tropa que avança sobre o mundo, na riqueza das diversidades e estados de vida, funções e culturas que o movimento
Internacional via florescer.
Uma Igreja simples, não poderosa diante do mundo. Uma Igreja bem governada, onde todos são co-responsáveis, cada um cumprindo sua missão.
Assim, Pe.Kentenich viveu e nos deixou como herança este grande legado e tarefa que é a
formação de um laicado maduro e consciente na Igreja. Ele previu isso quando sonhou uma
Igreja capaz de forjar uma nova ordem social, prometendo a Pio XII e, depois a Paulo VI que a
realizaria.

Que neste ano possamos aprofundar o que conhecemos da face cerdotal do Pe.Kentenich e, intensificar nossas orações e nosso trabalho em “duas frentes”:

A primeira, empenhar-nos ainda mais pela sua canonização, para que seja reconhecido como modelo presbiteral.
A segunda, para que possamos olhar nossos presbíteros com os mesmos olhos do
Pe.Kentenich, enxergando-os em sua essência e com eles colaborando para que sejam sempre fiéis à sua vocação, que é dom e mistério.

Certamente do céu, Pe.Kentenich nos olha e abençoa e nos anima a empenhar-nos nessas “duas frentes”. Ele nos ajuda a fazer com que o Ano Sacerdotal neste ano jubilar centenário da
sua Ordenação, seja uma forte corrente de vida e de apostolado, profundando o ser e a missão presbiteral na Igreja e no mundo!”13

Está programada uma celebração comemorativa do jubileu centenário do Padre José Kentenich
no Santuário Nacional de Aparecida para o dia 14 de julho com a SANTA MISSA às 9h .

Todos estão convidados a participar com sua presença ou acompanhando-nos pela TV.
Louvemos e agradeçamos a Deus por este sacerdócio santo e abençoado que tanto bem fez à
Igreja e ao mundo. Podemos alegrar- nos porque também fazemos parte desta história.

As Irmãs de Maria de Schoenstatt
13 Até aqui, extraído da palestra do Pe Marcelo Cervi, em Atibaia, durante o Congresso de outubro de 2009

TEXTO PUBLICADO PELO SECRETARIADO PE JOSÉ KENTENICH – RESP. IR. M ANADIR SANTINI
Oração para Canonização do Padre José Kentenich:

Deus Pai todo-poderoso,
És o amor e a misericórdia.
Somente Tu, como Pai onisciente, compreendes tudo o que se passa em mim. Ajuda-me, Pai de bondade, nesta minha grande aflição. Atende-me por intermédio do Pe. José Kentenich. Como fiel sacerdote ele amou tanto a Tua igreja peregrina e procurou conduzir todos os que dele se aproximavam a um amor pessoal a Ti. Foi sábio e humilde conselheiro para todos os que dele precisaram. Concede-me, Pai eterno, por intercessão do Pe. José Kentenich, especialmente a graça (...). Em sinal de gratidão, eu Te ofereço o precioso sangue de Cristo, nas intenções da Santa Igreja e por todos os que se encontram em grande aflição. Querida Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, roga ao Pai Eterno, que conceda ao Pe. José Kentenich a honra dos altares, como recompensa por todo o bem que fez à Igreja, para Teu louvor e a glória da Santíssima Trindade.
Amém.
Rezar 3 "Glória ao Pai"...