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NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

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CAPELA DE NOSSA SENHORA DA MEDALHA MILAGROSA

Uma Capela cheia de segredos !Você quer descobri-la conosco? Saiba, antes de tudo, que a Casa Mãe da Companhia das Filhas da Caridade era o antigo "Hotel de Châtillon". Este, foi concedido à Companhia, em 1813, por Napoleão Bonaparte, depois da tormenta da Revolução Francesa. Imediatamente, começa a construção da Capela.A 8 de agosto de 1813, realizou-se a bênção solene da Capela dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Em 1830, aconteceram então as aparições. Aumentou o numero de vocações.Foi necessário transformar a Capela, que passa então por várias modificações. Em 1930, por ocasião do centenário das apariçes, uma nova reforma nos mostra a Capela tal como a vemos hoje.Agora, a você a oportunidade de visitá-la!
http://www.chapellenotredamedelamedaillemiraculeuse.com

Visita a Capela da Medalha Milagrosa, localizada na Rue du Bac, 140 - Paris

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domingo, 31 de março de 2013

Papa Francisco concede Bênção Urbi et Orbi

Papa Francisco concede Bênção Urbi et Orbi e lança apelo pela paz




Cidade do Vaticano

 – Após a celebração da Missa de Páscoa, Papa Francisco assomou ao balcão central da Basílica de São Pedro para conceder a tradicional Benção Urbi et Orbi (para a cidade e o mundo), a Indulgência Plenária e os augurios de Boa Páscoa.

Antes da leitura da mensagem e após conceder a Indulgência, as bandas da Guarda Suiça e das Armas italianas executaram trechos dos hinos Pontifício e da Itália.

Na mensagem Urbi et Orbi, o Santo Padre falou sobre como Jesus e sua misericórdia são a resposta a tantos desertos atravessados pelo homem hoje, apelou pela paz em todo o mundo, especialmente naquelas regiões palco de conflitos e nos convidou a sermos guardiões da criação.

Eis na íntegra a mensagem:

“Amados irmãos e irmãs de Roma e do mundo inteiro, boa Páscoa!

Que grande alegria é para mim poder dar-vos este anúncio: Cristo ressuscitou! Queria que chegasse a cada casa, a cada família e, especialmente onde há mais sofrimento, aos hospitais, às prisões... Sobretudo queria que chegasse a todos os corações, porque é lá que Deus quer semear esta Boa Nova: Jesus ressuscitou, uma esperança despertou para ti, já não estás sob o domínio do pecado, do mal! Venceu o amor, venceu a misericórdia!

Também nós, como as mulheres discípulas de Jesus que foram ao sepulcro e o encontraram vazio, nos podemos interrogar que sentido tenha este acontecimento (cf. Lc 24, 4). Que significa o fato de Jesus ter ressuscitado? Significa que o amor de Deus é mais forte que o mal e a própria morte; significa que o amor de Deus pode transformar a nossa vida, fazer florir aquelas parcelas de deserto que ainda existem no nosso coração.

Este mesmo amor pelo qual o Filho de Deus Se fez homem e prosseguiu até ao extremo no caminho da humildade e do dom de Si mesmo, até a morada dos mortos, ao abismo da separação de Deus, este mesmo amor misericordioso inundou de luz o corpo morto de Jesus e transfigurou-o, o fez passar à vida eterna. Jesus não voltou à vida que tinha antes, à vida terrena, mas entrou na vida gloriosa de Deus e o fez com a nossa humanidade, abrindo-nos um futuro de esperança. Eis o que é a Páscoa: é o êxodo, a passagem do homem da escravidão do pecado, do mal, à liberdade do amor, do bem. Porque Deus é vida, somente vida, e a sua glória é o homem vivo (cf. Ireneu, Adversus haereses, 4, 20, 5-7).

Amados irmãos e irmãs, Cristo morreu e ressuscitou de uma vez para sempre e para todos, mas a força da Ressurreição, esta passagem da escravidão do mal à liberdade do bem, deve realizar-se em todos os tempos, nos espaços concretos da nossa existência, na nossa vida de cada dia. Quantos desertos tem o ser humano de atravessar ainda hoje! Sobretudo o deserto que existe dentro dele, quando falta o amor a Deus e ao próximo, quando falta a consciência de ser guardião de tudo o que o Criador nos deu e continua a dar. Mas a misericórdia de Deus pode fazer florir mesmo a terra mais árida, pode devolver a vida aos ossos ressequidos (cf. Ez 37, 1-14).

Eis, portanto, o convite que dirijo a todos: acolhamos a graça da Ressurreição de Cristo! Deixemo-nos renovar pela misericórdia de Deus, deixemo-nos amar por Jesus, deixemos que a força do seu amor transforme também a nossa vida, tornando-nos instrumentos desta misericórdia, canais através dos quais Deus possa irrigar a terra, guardar a criação inteira e fazer florir a justiça e a paz.E assim, a Jesus ressuscitado que transforma a morte em vida, peçamos para mudar o ódio em amor, a vingança em perdão, a guerra em paz. Sim, Cristo é a nossa paz e, por seu intermédio, imploramos a paz para o mundo inteiro.

Paz para o Oriente Médio, especialmente entre israelitas e palestinos, que sentem dificuldade em encontrar a estrada da concórdia, a fim de que retomem, com coragem e disponibilidade, as negociações para pôr termo a um conflito que já dura há demasiado tempo. Paz no Iraque, para que cesse definitivamente toda a violência, e sobretudo para a amada Síria, para a sua população vítima do conflito e para os numerosos refugiados, que esperam ajuda e conforto. Já foi derramado tanto sangue… Quantos sofrimentos deverão ainda atravessar antes de se conseguir encontrar uma solução política para a crise?

Paz para a África, cenário ainda de sangrentos conflitos: no Mali, para que reencontre unidade e estabilidade; e na Nigéria, onde infelizmente não cessam os atentados, que ameaçam gravemente a vida de tantos inocentes, e onde não poucas pessoas, incluindo crianças, são mantidas como reféns por grupos terroristas. Paz no leste da República Democrática do Congo e na República Centro-Africana, onde muitos se vêem forçados a deixar as suas casas e vivem ainda no medo.

Paz para a Ásia, sobretudo na península coreana, para que sejam superadas as divergências e amadureça um renovado espírito de reconciliação.

Paz para o mundo inteiro, ainda tão dividido pela ganância de quem procura lucros fáceis, ferido pelo egoísmo que ameaça a vida humana e a família – um egoísmo que faz continuar o tráfico de pessoas, a escravatura mais extensa neste século vinte e um. Paz para todo o mundo dilacerado pela violência ligada ao narcotráfico e por uma iníqua exploração dos recursos naturais. Paz para esta nossa Terra! Jesus ressuscitado leve conforto a quem é vítima das calamidades naturais e nos torne guardiões responsáveis da criação.

Amados irmãos e irmãs, originários de Roma ou de qualquer parte do mundo, a todos vós que me ouvis, dirijo este convite do Salmo 117: «Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom, porque é eterno o seu amor. Diga a casa de Israel: É eterno o seu amor» (vv. 1-2)”.

Antes da leitura da mensagem e após conceder a Indulgência, as bandas da Guarda Suiça e das Armas italianas executaram trechos dos hinos Pontifício e da Itália.

Ao final, o Papa Francisco saudou em italiano a todos os presentes e a quantos acompanhavam a cerimônia através dos meios de comunicação, desejando que levassem as suas familias e aos países de origem “a mensagem de alegria, de esperanza e de paz, que a cada ano se renova com força. O Senhor resucitado, vencedor do pecado e da morte, seja o sustento a todos, especialmente os mais fracos e necesitados.”

O Santo Padre também agradeceu aos produtores dos Países Baixos que doaram as ‘belíssimas flores’ que ornamentaram a Praça São Pedro e o altar.

“A todos repito com afeto – disse – Cristo resucitado guie a todos vocês e toda a humanidade no caminho da justiça, do amor e da paz”, concluiu.

Ao final da cerimônia, os sinos da Basílica de São Pedro repicaram efusivamente, em manifestação pela alegria do Senhor ressuscitado.
Fonte: RV

Papa Francisco celebra Missa da Páscoa

Papa Francisco celebra Missa da Páscoa na Praça São Pedro




Cidade do Vaticano

 – O Papa Francisco presidiu na manhã deste Domingo, na Praça São Pedro, a Missa da Páscoa do Senhor. Milhares de fiéis e peregrinos de todas as partes do mundo acorreram ao coração do catolicismo para celebrar com toda a Igreja a ressurreição do Senhor.

Após uma noite chuvosa, Roma teve uma manhã de céu azul entremeado por nuvens, num clima pré-primaveril. Praça São Pedro, Praça Pio XII e Via da Conciliação tomadas por uma multidão de diversas proveniências, facilmente identificados pelas tantas cores de bandeiras. A cor azul celeste da bandeira Argentina era predominante, mas também chamava a atenção o verde das bandeiras do Brasil, o amarelo e branco do Vaticano. Também muitas bandeiras da Espanha, Alemanha, Venezuela, Colômbia, Líbano e tantos outros países. Inúmeras faixas saudavam o novo Pontífice.

A cerimônia iniciou às 10h15min com o rito do “Ressurexit”, ou seja, o anúncio da Ressurreição do Senhor, acompanhado pela colocação de um ícone junto ao altar e terminou às 11h37min horário italiano.

Ao início da Missa da Páscoa, o rito penintencial foi substituído, de certo modo, pela aspersão. O Santo Padre aspergiu o povo com água da fonte batismal, que estava próxima ao altar. A Missa de Páscoa não foi concelebrada e não foi feita homilia, pois ao final, o Papa concede a Bênção Urbi et Orbi. Neste ano houve uma simplificação da cerimônia, com o Evangelho sendo lido somente em latim, e não em grego e latim, como comumente é realizado.

A Guarda Suíça e as três armas italianas, com suas respectivas bandas e uniformes coloridos, fizeram-se presentes para a solene cerimônia. A praça estava decorada com vegetação e flores doadas por produtores holandeses. As cores predominantes eram o branco e amarelo, cores do Vaticano.

Ao final da cerimônia, após cantado o Regina Coeli e entoado o Aleluia de Handel, o Santo Padre saudou alguns presentes e percorreu a Praça São Pedro no Jeep Papal, para alegria da multidão que o aguardava e o saudava efusivamente. Como tem feito nas suas passagens entre a multidão, parou diversas vezes para saudar alguns nenês e abraçou longamente um menino deficiente, numa cena comovente.

Após, se dirigiu ao balcão central da Basílica de São Pedro para conceder a Bênção Urbi et Orbi e a Indulgência Plenária aos presentes e a quantos acompanhavam pelos meios de comunicação, com a felicitação de Páscoa.
Fonte: RV

Papa Francisco preside Vigília Pascal

Papa Francisco preside Vigília Pascal:"não nos fechemos à novidade que Deus quer trazer à nossa vida!"




Cidade do Vaticano

 – O Papa Francisco presidiu na noite deste Sábado Santo, na Basílica de São Pedro a solene Vigília de Páscoa. O Rito teve início no átrio da Basílica com a Benção do Fogo e a preparação do Círio Pascal. Durante a procissão em direção do Altar com o Círio Pascal aceso cantou-se o Exultet; em seguida a Liturgia da Palavara, a Liturgia Batismal – durante a qual o Papa administrou os Sacramentos da iniciação cristã (Batismo, Crisma e Primeira Comunhão) a 4 neófitos, provenientes da Itália, Albânia, Rússia e Estados Unidos.

Eis na íntegra a homilia proferida pelo Papa Francisco em italiano:
Amados irmãos e irmãs!
1. No Evangelho desta noite luminosa da Vigília Pascal, encontramos em primeiro lugar as mulheres que vão ao sepulcro de Jesus levando perfumes para ungir o corpo d’Ele (cf. Lc 24, 1-3). Vão cumprir um gesto de piedade, de afeto, de amor, um gesto tradicionalmente feito a um ente querido falecido, como fazemos nós também. Elas tinham seguido Jesus, ouviram-No, sentiram-se compreendidas na sua dignidade e acompanharam-No até ao fim no Calvário e ao momento da descida do seu corpo da cruz. Podemos imaginar os sentimentos delas enquanto caminham para o túmulo: tanta tristeza, tanta pena porque Jesus as deixara; morreu, a sua história terminou. Agora se tornava à vida que levavam antes. Contudo, nas mulheres, continuava o amor, e foi o amor por Jesus que as impelira a irem ao sepulcro. Mas, chegadas lá, verificam algo totalmente inesperado, algo de novo que lhes transtorna o coração e os seus programas e subverterá a sua vida: vêem a pedra removida do sepulcro, aproximam-se e não encontram o corpo do Senhor. O caso deixa-as perplexas, hesitantes, cheias de interrogações: «Que aconteceu?», «Que sentido tem tudo isto?» (cf. Lc 24, 4). Porventura não se dá o mesmo também conosco, quando acontece qualquer coisa de verdadeiramente novo na cadência diária das coisas? Paramos, não entendemos, não sabemos como enfrentá-la. Frequentemente mete-nos medo a novidade, incluindo a novidade que Deus nos traz, a novidade que Deus nos pede. Fazemos como os apóstolos, no Evangelho: muitas vezes preferimos manter as nossas seguranças, parar junto de um túmulo com o pensamento num defunto que, no fim de contas, vive só na memória da história, como as grandes figuras do passado. Tememos as surpresas de Deus; temos medo das surpresas de Deus! Ele não cessa de nos surpreender!
Irmãos e irmãs, não nos fechemos à novidade que Deus quer trazer à nossa vida! Muitas vezes sucede que nos sentimos cansados, desiludidos, tristes, sentimos o peso dos nossos pecados, pensamos que não conseguimos? Não nos fechemos em nós mesmos, não percamos a confiança, não nos demos jamais por vencidos: não há situações que Deus não possa mudar; não há pecado que não possa perdoar, se nos abrirmos a Ele.

2. Mas voltemos ao Evangelho, às mulheres, para vermos mais um ponto. Elas encontram o túmulo vazio, o corpo de Jesus não está lá… Algo de novo acontecera, mas ainda nada de claro resulta de tudo aquilo: levanta questões, deixa perplexos, sem oferecer uma resposta. E eis que aparecem dois homens em trajes resplandecentes, dizendo: «Porque buscais o Vivente entre os mortos? Não está aqui; ressuscitou!» (Lc 24, 5-6). E aquilo que começara como um simples gesto, certamente cumprido por amor – ir ao sepulcro –, transforma-se em acontecimento, e num acontecimento tal que muda verdadeiramente a vida. Nada mais permanece como antes, e não só na vida daquelas mulheres mas também na nossa vida e na história da humanidade. Jesus não está morto, ressuscitou, é o Vivente! Não regressou simplesmente à vida, mas é a própria vida, porque é o Filho de Deus, que é o Vivente (cf. Nm 14, 21-28; Dt 5, 26, Js 3, 10). Jesus já não está no passado, mas vive no presente e lança-Se para o futuro: é o «hoje» eterno de Deus. Assim se apresenta a novidade de Deus diante dos olhos das mulheres, dos discípulos, de todos nós: a vitória sobre o pecado, sobre o mal, sobre a morte, sobre tudo o que oprime a vida e lhe dá um rosto menos humano. E isto é uma mensagem dirigida a mim, a ti, amada irmã e amado irmão. Quantas vezes precisamos que o Amor nos diga: Porque buscais o Vivente entre os mortos? Os problemas, as preocupações de todos os dias tendem a fechar-nos em nós mesmos, na tristeza, na amargura… e aí está a morte. Não procuremos aí o Vivente! Aceita então que Jesus Ressuscitado entre na tua vida, acolhe-O como amigo, com confiança: Ele é a vida! Se até agora estiveste longe d’Ele, basta que faças um pequeno passo e Ele te acolherá de braços abertos. Se és indiferente, aceita arriscar: não ficarás desiludido. Se te parece difícil segui-Lo, não tenhas medo, entrega-te a Ele, podes estar seguro de que Ele está perto de ti, está contigo e dar-te-á a paz que procuras e a força para viver como Ele quer.

3. Há ainda um último elemento, simples, que quero sublinhar no Evangelho desta luminosa Vigília Pascal. As mulheres se encontram com a novidade de Deus: Jesus ressuscitou, é o Vivente! Mas, à vista do túmulo vazio e dos dois homens em trajes resplandecentes, a primeira reação que têm é de medo: «amedrontadas – observa Lucas –, voltaram o rosto para o chão», não tinham a coragem sequer de olhar. Mas, quando ouvem o anúncio da Ressurreição, acolhem-no com fé. E os dois homens em trajes resplandecentes introduzem um verbo fundamental: «Lembrai-vos de como vos falou, quando ainda estava na Galiléia (...) Recordaram-se então das suas palavras» (Lc 24, 6.8). É o convite a fazer memória do encontro com Jesus, das suas palavras, dos seus gestos, da sua vida; e é precisamente este recordar amorosamente a experiência com o Mestre que faz as mulheres superarem todo o medo e levarem o anúncio da Ressurreição aos Apóstolos e a todos os restantes (cf. Lc 24, 9). Fazer memória daquilo que Deus fez e continua a fazer por mim, por nós, fazer memória do caminho percorrido; e isto abre de par em par o coração à esperança para o futuro. Aprendamos a fazer memória daquilo que Deus fez na nossa vida.
Nesta Noite de luz, invocando a intercessão da Virgem Maria, que guardava todos os acontecimentos no seu coração (cf. Lc 2, 19.51), peçamos ao Senhor que nos torne participantes da sua Ressurreição: que nos abra à sua novidade que transforma, às surpresas de Deus; que nos torne homens e mulheres capazes de fazer memória daquilo que Ele opera na nossa história pessoal e na do mundo; que nos torne capazes de O percebermos como o Vivente, vivo e operante no meio de nós; que nos ensine cada dia a não procurarmos entre os mortos Aquele que está vivo. Assim seja.

Fonte: RV

Papa Francisco no Tweet

Em Tweet, Papa convida para voltar a Cristo




Cidade do Vaticano

 – O Papa Francisco twitou neste domingo de Páscoa:“Aceita Jesus Ressuscitado na tua vida. Mesmo que tenhas te afastado, dê um pequeno passo em direção a Ele: te está esperando de braços abertos”, escreve o Papa no Tweet.

Fonte: RV

sexta-feira, 29 de março de 2013

Papa Francisco preside Via-Sacra no Coliseu

Papa Francisco preside Via-Sacra no Coliseu:“Caminhemos juntos pela senda da Cruz"




Roma

 - O Papa Francisco presidiu na noite desta Sexta-Feira Santa à tradicional cerimônia da Via-Sacra no Coliseu de Roma. A Cruz foi carregado pelas 14 estações por pessoas de várias partes do mundo, como sinal da redenção de Cristo por todos, celebrada pela Igreja universal. O Vigário para a Diocese de Roma, Card. Agostino Vallini carregou a Cruz na primeira e última estação. Também levaram a Cruz, Famílias italianas e indianas, deficientes, representantes da China, Síria e Oriente Médio. Da América Latina, dois brasileiros carregaram a Cruz nas estações doze e treze: Carlo Ronzoni e Antonella Passatore.

As meditações da Via-Sacra deste ano foram preparadas por jovens libaneses sob a orientação do Cardeal Béchara Boutros Raï, Patriarca Maronita do Líbano, cujo texto esta está disponível, também em português, no endereço
http://www.vatican.va/news_services/liturgy/2013/documents/ns_lit_doc_20130329_via-crucis_po.html

A Exortação Apóstolica “Ecclesia in Medio Oriente” foi um dos guias para a elaboração das meditações.

Nas palavras que proferiu no encerramento da Via Sacra, Papa Francisco agradeceu a multidão de fiéis presente como também todos aqueles que se uniram através dos meios de comunicação, especialmente aos doentes e aos idosos.

O Santo Padre disse não querer acrescentar muitas palavras. “Nesta noite, - acrescentou - deve permanecer uma única palavra, que é a própria Cruz. A Cruz de Jesus é a Palavra com que Deus respondeu ao mal do mundo.

“Às vezes – continuou Papa Francisco - parece-nos que Deus não responda ao mal, que permaneça calado. Na realidade, Deus falou, respondeu, e a sua resposta é a Cruz de Cristo: uma Palavra que é amor, misericórdia, perdão. É também julgamento: Deus julga amando-nos. Se acolho o seu amor, estou salvo; se o recuso, estou condenado, não por Ele, mas por mim mesmo, porque Deus não condena, Ele unicamente ama e salva”.

O Pontífice recordou ainda que a palavra da Cruz é também a resposta dos cristãos ao mal que continua a agir em nós e ao nosso redor. Os cristãos devem responder ao mal com o bem, tomando sobre si a cruz, como Jesus.

“Nesta noite, - continuou - ouvimos o testemunho dos nossos irmãos do Líbano: foram eles que prepararam estas belas meditações e preces. De coração lhes agradecemos por este serviço e sobretudo pelo testemunho que nos dão”.

Lembrando quando o Papa Bento XVI foi ao Líbano, recordou que se pôde ver a beleza e a força da comunhão dos cristãos naquela Nação e da amizade de tantos irmãos muçulmanos e muitos outros . “Foi um sinal para todo o Médio Oriente e para o mundo inteiro: um sinal de esperança”.

Na conclusão de suas palavras Papa Francisco fez o convite para que continuemos esta Via-Sacra na vida de todos os dias. “Caminhemos juntos pela senda da Cruz, caminhemos levando no coração esta Palavra de amor e de perdão. Caminhemos esperando a Ressurreição de Jesus”, finalizou. (SP-BF)

Fonte: RV

Papa Francisco preside a Paixão

Francisco preside a Paixão. Na meditação, "a fé que vence o mundo"




Cidade do Vaticano

 Às 17h, (13h em Brasília), o Papa Francisco presidiu a celebração da Paixão do Senhor, na Basílica de São Pedro. O rito consiste na Liturgia da Palavra, seguida pela adoração da Cruz e a comunhão eucarística com hóstias consagradas no dia anterior, pois neste dia não é celebrado nenhum sacramento. É o único dia do ano em que a Igreja Católica no mundo inteiro não celebra a missa.

Frei Raniero Cantalamessa, OFM, pregador oficial da Casa Pontifícia, fez a meditação intitulada “Justificados gratuitamente por meio da fé no sangue de Cristo”. Abaixo, o texto integral:

“Todos pecaram e se privaram da glória de Deus, mas foram justificados gratuitamente pela sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus. Deus o predeterminou para a propiciação por meio da fé no seu sangue [...], para provar a sua justiça no tempo presente, a fim de que ele seja justo e justifique aquele que tem fé em Jesus" (Rm 3, 23-26).

Chegamos ao ápice do ano da fé e ao seu momento decisivo. Esta é a fé que salva, "a fé que vence o mundo" (1 Jo 5,5)! A fé – apropriação, pela qual tornamos nossa a salvação operada por Cristo e nos vestimos do manto da sua justiça. Por um lado, temos a mão estendida de Deus, que oferece a sua graça ao homem; por outro, a mão do homem, que se estende para recebê-la mediante a fé. A "nova e eterna aliança" é selada com um aperto de mão entre Deus e o homem.

Nós temos a possibilidade de tomar, neste dia, a decisão mais importante da vida, aquela que nos abre de par em par os portões da eternidade: acreditar! Acreditar que "Jesus morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa justificação" (Rm 4, 25)! Numa homilia pascal do século IV, o bispo proclamava estas palavras excepcionalmente contemporâneas e, de certa forma, existenciais: "Para cada homem, o princípio da vida é aquele a partir do qual Cristo foi imolado por ele. Mas Cristo se imola por ele no momento em que ele reconhece a graça e se torna consciente da vida que aquela imolação lhe proporcionou" (Homilia de Páscoa no ano de 387; SCh 36, p. 59 s.).

Que extraordinário! Esta Sexta-feira Santa, celebrada no ano da fé e na presença do novo sucessor de Pedro, poderá ser, se quisermos, o início de uma nova vida. O bispo Hilário de Poitiers, que se converteu ao cristianismo quando já era adulto, afirmava, ao repensar na sua vida passada: "Antes de te conhecer, eu não existia".

O necessário é apenas nos situarmos na verdade, reconhecermos que precisamos ser justificados, que não nos auto-justificamos. O publicano da parábola subiu ao templo e fez uma brevíssima oração: "Ó Deus, tem piedade de mim, pecador". E Jesus diz que aquele homem foi para casa "justificado", ou seja, transformado em homem justo, perdoado, feito criatura nova; cantando alegremente, penso eu, dentro do seu coração (Lc 18,14). O que ele tinha feito de tão extraordinário? Nada. Ele se colocou na verdade diante de Deus, e esta é a única coisa de que Deus precisa para agir.

***
Como o alpinista que, superando uma passagem perigosa, faz uma parada para retomar o fôlego e admirar a paisagem que se abre à sua frente, assim o apóstolo Paulo, no início do capítulo quinto da Carta aos Romanos, depois de proclamar a justificação pela fé, escreve: “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus graças a nosso Senhor Jesus Cristo, por meio de quem obtivemos acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus; não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência, e a paciência produz a experiência, e a experiência, a esperança. Ora, a esperança não nos decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5. 1-5).

Hoje, a partir de satélites artificiais, são tiradas fotografias infravermelhas de regiões inteiras da terra e de todo o planeta. Como é diferente a paisagem vista de cima, à luz desses raios, em comparação com o que vemos à luz natural e estando presentes no local! Eu me lembro de uma das primeiras fotos de satélite que correram o mundo, reproduzindo a península inteira do Sinai. As cores eram muito diferentes, eram mais evidentes os relevos e as depressões. É um símbolo. A vida humana, vista pelo infravermelho da fé, do alto do Calvário, também se mostra diferente de como é vista "a olho nu".

“Tudo”, dizia o sábio do Antigo Testamento, “acontece para o justo e para o ímpio... Percebi que, sob o sol, em vez da lei existe a iniquidade, e, no lugar da justiça, a maldade” (Eclesiastes 3, 16; 9, 2). Em todos os tempos, de fato, viu-se a maldade triunfante e a inocência humilhada. Mas para que não se pense que no mundo não há nada de fixo e de certo, observa Bossuet, às vezes se vê o oposto, ou seja, a inocência no trono e a maldade no cadafalso. Mas o que o Eclesiastes concluía? "Então eu pensei: Deus julgará o justo e o ímpio, porque há um tempo para cada coisa" (Eclesiastes 3, 17). Ele encontra o ponto de observação que devolve a paz à alma.

O que o Eclesiastes não podia saber, mas que nós sabemos, é que esse juízo já aconteceu: “Agora”, diz Jesus, caminhando para a sua paixão, “é o julgamento deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo; e eu, quando for levantado da terra, atrairei todos para mim" (Jo 12, 31-32).

Em Cristo morto e ressuscitado, o mundo chegou ao seu destino final. O progresso da humanidade avança a um ritmo vertiginoso e a humanidade vê desenrolar-se, à sua frente, horizontes novos e inesperados, fruto das suas descobertas. Pode-se dizer, porém, que já chegou o fim do tempo, porque em Cristo, que subiu à direita do Pai, a humanidade encontrou o seu objetivo final. Já começaram os novos céus e a nova terra.

Apesar de toda a miséria, injustiça e monstruosidade na terra, ele já inaugurou a ordem definitiva no mundo. O que vemos com os nossos olhos pode nos sugerir o contrário, mas o mal e a morte foram, na verdade, derrotados para sempre. As suas fontes secaram; a realidade é que Jesus é o Senhor do mundo. O mal foi vencido radicalmente pela redenção que ele realizou. O novo mundo já começou.

Uma coisa, acima de tudo, parece diferente quando vista através dos olhos de fé: a morte! Cristo entrou na morte como se entra numa prisão escura, mas saiu dela pela muralha oposta. Ele não voltou por onde tinha entrado, como Lázaro, que tornara à vida para depois morrer de novo. Cristo abriu uma brecha para a vida que ninguém poderá fechar e pela qual todos podem segui-lo. A morte não é mais um muro contra o qual se parte toda esperança humana; ela se tornou uma ponte para a eternidade. Uma "ponte dos suspiros", talvez, porque ninguém gosta do fato de morrer, mas uma ponte, não mais um abismo que engole tudo. “O amor é forte como a morte”, diz o Cântico dos Cânticos (8,6). Em Cristo, ele é mais forte do que a morte!

Na sua "História Eclesiástica do Povo Inglês", Beda, o Venerável, relata como a fé cristã chegou até o norte da Inglaterra. Quando os missionários vindos de Roma chegaram a Northumberland, o rei do lugar convocou um conselho de notáveis para decidir se permitia ou não que eles divulgassem a nova mensagem. Alguns dos presentes foram a favor, outros contra. Era um inverno rigoroso, açoitado pela nevasca lá fora, mas a sala estava iluminada e aquecida. Em dado momento, um pássaro entrou por um buraco na parede, pairou assustado na sala e desapareceu por outro buraco, na parede oposta. Então, levantou-se um dos presentes e disse: “Rei, a nossa vida neste mundo é como aquele pássaro. Viemos não sabemos de onde, desfrutamos por um breve instante da luz e do calor deste mundo e depois desaparecemos de novo na escuridão, sem saber para onde estamos indo. Se estes homens podem nos revelar alguma coisa do mistério da nossa vida, devemos ouvi-los”.

A fé cristã poderia voltar ao nosso continente e ao mundo secularizado pela mesma razão por que já entrou nele antes: como a única que tem uma resposta segura para dar às grandes questões da vida e da morte.

***
A cruz separa os crentes dos não crentes, porque, para alguns, ela é escândalo e loucura, e, para outros, é poder de Deus e sabedoria de Deus (cf. I Cor 1, 23-24). Em sentido mais profundo, ela une todos homens, crentes e não crentes. "Jesus tinha que morrer [...] não por uma nação, mas para reunir todos os filhos de Deus que andavam dispersos" (Jo 11, 51 s.). Os novos céus e a nova terra são de todos e para todos, porque Cristo morreu por todos.

A urgência decorrente de tudo isto é evangelizar: "O amor de Cristo nos impele, ao pensarmos que um só morreu por todos" (II Cor 5,14). Impele a evangelizar! Vamos anunciar ao mundo a boa notícia de que "não há nenhuma condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus, porque a lei do Espírito que dá vida em Cristo Jesus nos libertou da lei do pecado e da morte" (Rm 8, 1-2).

Há um conto, do judeu Franz Kafka, que é um poderoso símbolo religioso e que assume um novo significado, quase profético, na Sexta-Feira Santa: "Uma Mensagem Imperial". Fala de um rei que, em seu leito de morte, chama um súdito e lhe sussurra ao ouvido uma mensagem. É tão importante aquela mensagem que ele faz o súdito repeti-la ao seu próprio ouvido. O mensageiro parte, logo em seguida. Mas ouçamos o resto da história diretamente do autor, com o tom onírico, de pesadelo, quase, que é típico deste escritor:

"Projetando um braço aqui, outro acolá, o mensageiro abre alas por entre a multidão e avança ligeiro como ninguém. Mas a multidão é imensa, e as suas moradas, exterminadas. Como voaria se tivesse via livre! Mas ele se esforça em vão; ainda continua a se afanar pelas salas interiores do palácio, do qual nunca sairá. E mesmo que conseguisse, isto nada quereria dizer: ele teria que lutar para descer as escadas. E mesmo que conseguisse, ainda nada teria feito: haveria que cruzar os pátios; e, depois dos pátios, o segundo círculo dos edifícios. Se conseguisse precipitar-se, finalmente, para fora da última porta - mas isso nunca, nunca poderá acontecer - eis que, diante dele, alçar-se-ia a cidade imperial, o centro do mundo, em que montanhas de seus detritos se amontoam. Lá no meio, ninguém é capaz de avançar, nem mesmo com a mensagem de um morto. Tu, no entanto, te sentas à tua janela e sonhas com aquela mensagem quando a noite vem".

Do seu leito de morte, também Cristo confiou à sua Igreja uma mensagem: "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Mc 16, 15). Ainda existem muitos homens que se sentam à janela e sonham, sem saber, com uma mensagem como a dele. João, como acabamos de ouvir, afirma que o soldado perfurou o lado de Cristo na cruz “para que se cumprisse a Escritura, que diz: Hão-de olhar para Aquele que trespassaram” (Jo 19, 37). No Apocalipse, ele acrescenta: “Eis que vem sobre as nuvens e todo olho o verá; até os mesmos que o trespassaram, e todas as tribos da terra se lamentarão por ele” (Ap 1,7).

Esta profecia não anuncia a última vinda de Cristo, quando já não for o tempo da conversão, mas do julgamento. Ela descreve, em vez disso, a realidade da evangelização dos povos. Nela ocorre uma vinda misteriosa, mas real, do Senhor que traz a salvação. O seu pranto não será de desespero, mas de arrependimento e de consolação. Este é o significado da profecia da Escritura, que João vê realizada no lado trespassado de Cristo, ou seja, o texto de Zacarias 12, 10: “Derramarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém o Espírito de graça e de consolação; eles olharão para mim , para aquele a quem trespassaram".

A evangelização tem uma origem mística; é um dom que vem da cruz de Cristo, daquele lado aberto, daquele sangue e água. O amor de Cristo, como o da Trindade, do qual é a manifestação histórica, é "diffusivum sui", tende a se expandir e chegar a todas as criaturas, "especialmente as mais necessitadas da sua misericórdia". A evangelização cristã não é conquista, não é propaganda; é o dom de Deus para o mundo em seu Filho Jesus. É dar ao Chefe a alegria de sentir a vida fluir do seu coração para o seu corpo, até vivificar os seus membros mais distantes.

Temos de fazer todo o possível para que a Igreja nunca se pareça ao castelo complicado e assombroso descrito por Kafka, e para que a mensagem possa sair dela tão livre e alegre como quando começou a sua corrida. Sabemos quais são os impedimentos que podem reter o mensageiro: as muralhas divisórias, começando por aquelas que separam as várias igrejas cristãs umas das outras; a burocracia excessiva; os resíduos de cerimoniais, leis e disputas do passado, que se tornaram, enfim, apenas detritos.

Em Apocalipse, Jesus diz que ele está à porta e bate (Ap 3:20). Às vezes, como foi observado por nosso Papa Francisco, não bater para entrar, mas batendo de dentro porque ele quer sair. Sair para os "subúrbios existenciais do pecado, o sofrimento, a injustiça, ignorância e indiferença à religião, de toda forma de miséria."

Acontece como em certas construções antigas. Ao longo dos séculos, para adaptar-se às exigências do momento, houve profusão de divisórias, escadarias, salas e câmaras. Chega um momento em que se percebe que todas essas adaptações já não respondem às necessidades atuais; servem, antes, de obstáculo, e temos então de ter a coragem de derrubá-las e trazer o prédio de volta à simplicidade e à linearidade das suas origens. Foi a missão que recebeu, um dia, um homem que orava diante do crucifixo de São Damião: "Vai, Francisco, e reforma a minha Igreja".

"Quem está à altura dessa tarefa?", perguntava-se o Apóstolo, aterrorizado, diante da tarefa sobre-humana de ser no mundo "o aroma de Cristo"; e eis a sua resposta, que é verdade também agora: "Não é que sejamos capazes de pensar alguma coisa como se viesse de nós; a nossa capacidade vem de Deus. Ele nos fez idôneos para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito, pois a letra mata, mas o Espírito dá vida" (II Cor 2, 16; 3, 5-6).

Que o Espírito Santo, neste momento em que se abre para a Igreja um novo tempo, cheio de esperança, redesperte nos homens que estão à janela a esperança da mensagem e, nos mensageiros, a vontade de levá-la até eles, mesmo que ao custo da própria vida.
Fonte: RV

Santo Sudário será exposto hoje em mundo visão



Turim 

 – A Rai, Rádio e Televisão Italiana, transmite em mundo visão (das 18h10 às 19h50, hora italiana) neste sábado, a Exposição extraordinária do Sudário de Turim. Após a Exposição de 2010 que viu passar diante do Linho Sagrado, na Catedral de Turim, mais de 2 milhões de peregrinos provenientes de todo o mundo e a 40 anos da primeira Exposição televisiva que foi transmitida, ao vivo, no dia 23 de novembro de 1973 do Salão dos Suíços, do Palácio Real, onde o Sudário fora exposto verticalmente ( e não horizontalmente como é de costume), mais uma vez o Linho Sagrado, através da televisão italiana poderá ser visto em todo o mundo.

O Papa Francisco gravou uma videomensagem por ocasião da exposição neste Sábado Santo.

“Espelho do Evangelho”, com o definiu João Paulo II, para o Arcebispo de Turim, Dom Cesare Nosiglia, o Sudário é o “ícone do Sábado Santo, que não nos revela somente o sofrimento de Cristo, mas também a sua fé no amor do Pai que o faz ressuscitar da morte”.

Na Catedral de Turim, estarão convidados especiais, como explica o Arcebispo: “Muitos enfermos, deficientes e pessoas em dificuldade, que carregam no próprio corpo os sinais da Paixão do Senhor, mas a vivem com fé e abandono à sua vontade”.

Para o Arcebispo de Turim, o Sudário nos mostra “não somente a escuridão do sepulcro, mas a luz da ressurreição, não somente o desespero de quem se sente sozinho com o próprio drama, mas também a confiança e a esperança de vitória que Deus garante a quem se entrega a Ele e da potência da Páscoa do seu Filho Jesus”.

Em vista da exposição, é possível baixar o primeiro aplicativo oficial para iPhone e iPad dedicado ao Sudário. (SP-BF)
Fonte :RV

A Sexta-feira Santa em Jerusalém.

A Sexta-feira Santa em Jerusalém.




 Jerusalém

– O Santo Sepulcro é mais o expressivo sinal da morte e ressurreição de Cristo.

Para relatar como a Sexta-Feira Santa é vivida em Jerusalém, no local onde Jesus sofreu sua Paixão e Morte, contatamos o sacerdote da Canção Nova Pe. Antonio Xavier, que estuda Ciências Bíblias em Jerusalém:

“Hoje, em Jerusalém, a celebração da Sexta-Feira Santa começa às 8h, diretamente no Santo Sepulcro. Com a realidade do status quo em alguns santuários, inclusive o Santo Sepulcro, essas celebrações acontecem num outro horário, que deve manter o horário antigo do século 19 – uma vez que é combinado entre todas as igrejas que ali estão: ortodoxos, armênios e católicos.

É o Patriarca quem preside essa celebração e ela é feita, inicialmente, partindo do Calvário, depois ao local da unção, a pedra da unção e termina naturalmente no Santo Sepulcro, local onde Jesus Cristo foi sepultado e o local da ressurreição.

Peregrinos do mundo inteiro já estão aqui em Jerusalém. Já participaram do Domingo de Ramos e, ontem, da bonita função também no Santo Sepulcro, com a bênção dos santos óleos e a celebração da Ceia do Senhor.

Nesta tarde, às 15h, começa a Via-Sacra partindo da primeira estação em direção ao Santo Sepulcro, que deve contar com a participação de cerca de 800 pessoas – um grande número para as ruas tão estreitas e, ao mesmo tempo, muito bem celebrada e muito bem conduzida pelos franciscanos.

À noite, teremos uma última celebração, no Santo Sepulcro, que é a da “deposição do Senhor” – simbolicamente os passos que aconteceram após as três horas da tarde, quando Jesus faleceu.

A Páscoa no Santo Sepulcro é celebrada no sábado de manhã, logo cedo, conforme a tradição na época da instituição do status quo, que é essa lei que prevê que tudo deve ser feito como era realizado no século 19.”
Fonte: RV

Igreja terá 63 novos Beatos

Igreja terá 63 novos Beatos, muitos deles mártires do comunismo, nazismo e Guerra Civil espanhola




Cidade do Vaticano

– Papa Francisco autorizou nesta quarta-feira, 27, a Congregação da Causa dos Santos a promulgar os Decretos em relação a 63 novos Beatos e 7 novos Veneráveis servos de Deus. Entre estes estão mártires da guerra civil espanhola, dos regimes comunistas da Europa do Leste e do nazismo. Os Decretos reconhecem:

- o milagre atribuído à intercessão da venerável Serva de Deus Maria Teresa Bonzel (Regina Cristina Guglielmina), Fundadora das Pobres Irmãs Franciscanas da Adoração Perpétua de Olpe; nascida em Olpe, Alemanha, em 17 de setembro de 1830 e falecida em 6 de fevereiro de 1905;

- o martírio dos Servos de Deus Emanuele Basulto Jiménez, Bispo de Jaén, Espanha, e 5 companheiros; mortos no ódio à Fé na Espanha, entre 1936 e 1937;

- o martírio dos Servos de Deus Giuseppe Massimo Moro Briz e 4 companheiros, Sacerdotes da Diocese de Ávila, Espanha; mortos no ódio à Fé na Espanha, em 1936;

- o martírio do Servo de Deus Vladimiro Ghika, sacerdote diocesano: nascido em Istambul, Turquia, em 25 de dezembro de 1873 e morto no ódio à Fé em Bucarest, Romênia, em 16 de maio de 1954;

- o martírio dos Servos de Deus Gioacchino Jovaní Marin e 14 companheiros, da Sociedade dos Sacerdotes Operários Diocesanos; mortos no ódio à Fé na Espanha entre 1936 e 1938;

- o martírio dos Servos de Deus Andrea da Palazuelo (Michele Francesco González Ganzáles), Sacerdote professo da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e 31 Companheiros; mortos no ódio à Fé na Espanha entre 1936 e 1937;

- o martírio do Servo de Deus Giuseppe Girotti, Sacerdote professo da Ordem dos Frades Pregadores; nascido em Alba, Itália, em 19 de julho de 1905 e morto no ódio à Fé em Dachau, Alemanha em 1945;

- o martírio do Servo de Deus Stefano Sándor, leigo professo da Sociedade de São Francisco de Sales; nascido em Szolnok, Hungria em 26 de outubro de 1914 e morto no ódio à Fé em Budapest, Hungria, em 8 de junho de 1945;

- o martírio do Servo de Deus Rolando Rivi, aluno de Seminário; nascido em San Valentino de Castellarano, Itália, em 7 de janeiro de 1931 e morto no ódio à fé em Piane di Monchio, Itália, em 13 de abril de 1945;

- as virtudes heróicas do Servo de Deus Eladio Mozas Santamera, Sacerdote dicoesano, Fundador das Irmãs Josefinas da Santíssima Trindade; nascido em Miedes de Atienza, Espanha, em 18 de fevereiro de 1837 e falecido em Plasencia, Espanha, em 18 de março de 1897;

- as virtudes heróicas do Servo de Deus Emanuel Aparício Navarro, Sacerdote diocesano; nascido em Madrid, Espanha, em 11 de dezembro de 1902 e falecido em 28 de agosto de 1954;

- as virtudes heróicas do Servo de Deus Mosè Lira Serafin, Sacerdote professo dos Missionários do Espírito Santo, Fundador da Congregação dos Missionários da Caridade de Maria Imaculada; nascido em Tlatempa, México, em 16 de setembro de 1893 e falecido na Cidade do México em 25 de junho de 1950;

- as virtudes heróicas do Servo de Deus Generoso do Santíssimo Crucifixo (Angelo Fontanarosa), Sacerdote professo da Congregação da Paixão de Jesus Cristo; nascido em Vetralla, Itália, em 6 de novembro de 1881 e falecido em Mascalucia, Itália, em 9 de janeiro de 1966;

- as virtudes heróicas do Servo de Deus Olinto Marella, Sacerdote diocesano; nascido em Pellestrina, Itália, em 14 de junho de 1882 e falecido em San Lazzaro Dio Savena, Itália, em 6 de setembro de 1969;

- as virtudes heróicas do Servo de Deus Antonio Kowalczyk, Irmão Leigo da Congregação dos Missionários Oblatos da Beata Virgem Maria Imaculada; nascido em Dzierzanów, Polônia, em 4 de junho de 1866 e falecido em Edmonton, Canadá, em 10 de julho de 1947;

- as virtudes heróicas da Serva de Deus Silvia Cardoso Ferreira da Silva, Leiga; nascida em Paços de Ferreira, Portugal, em 26 de julho de 1882 e falecida em Porto, Portugal, em 2 de novembro de 1950.
Fonte:RV

quinta-feira, 28 de março de 2013

Papa Francisco, lava-pés: colocar-se a serviço dos mais humildes

Lava-pés: colocar-se a serviço de modo humilde, dos mais humildes




  Cidade do Vaticano

 - Na tarde desta Quinta-Feira Santa, Papa Francisco celebra a Santa Missa da Ceia do Senhor no Instituto Penal para Menores de Casal del Marmo. Esta Missa é caracterizada pelo rito do Lava-pés.

Celebrando no Instituto Penal para Menores, Francisco dá assim continuidade a uma tradição que assumiu quando ainda sacerdote. Em Buenos Aires, Bergoglio costumava celebrar esta Missa em prisões ou casas para pobres e marginalizados.

Para uma reflexão sobre o significado deste gesto, nós contatamos o Bispo responsável pela Pastoral Carcerária, Dom Pedro Luiz Stringhini, Bispo de Mogi das Cruzes, em São Paulo:

A Semana Santa é um momento tão importante na vida da Igreja, um momento tão importante para a vida dos cristãos católicos. É um retiro espiritual, como se costuma dizer. Celebramos os principais mistérios das passagens da vida do Cristo e o mistério da salvação: a paixão, a morte e a ressurreição do Senhor – o tríduo pascal é assim a maior festa litúrgica da Igreja Católica durante o ano.

Na Quinta-feira Santa, o Evangelho traz o texto do Lava-pés, ou seja, no fundo é a Igreja querendo ensinar que quem entendeu o significado da eucaristia deixado por Jesus, memorial da Páscoa, da Nova Aliança, quem celebra a eucaristia tem que se colocar a serviço e a serviço de modo humilde, e a serviço dos humildes e dos pequenos. E aí que entra a proclamação do Evangelho de João, capítulo 13, que é o texto do lava-pés – esta passagem tão bonita de Jesus, que antes de entregar sua vida quis realizar este gesto. Gesto simples, mas ao mesmo tempo tão contundente a ponto de S. Pedro não entender. Ou seja, quem celebra a eucaristia tem que se colocar a serviço, a serviço do mais humilde.

Este ano, a Festa da Páscoa coincide com a chegada de Francisco. Este Papa que nos surpreendeu vindo da América Latina, nos surpreendeu pelo nome que escolheu – é a primeira vez que um Papa se chama Francisco, evocando a figura de S. Francisco de Assim, que mais do que ninguém foi o santo que lavou mesmo os pés: ele foi abraçar o leproso, foi ao encontro dos mais pobres. Então tudo coincide e mais ainda o fato de que o Papa Francisco escolheu lavar os pés de jovens que estão privados da liberdade, em recuperação. Isso será um gesto muito profético. Vamos aprender com tudo isso, vamos aprender com o gesto de Jesus, que se repete na Igreja, e ao qual todos nós, cristãos, somos chamados a realizar e que o Papa Francisco está evidenciando.

E quando se trata da situação dos presos, dentro daquele espírito do Evangelho de Mateus, ‘estive preso e me visitaste’ – quando se fala desta situação, estamos diante da situação social mais grave. Porque uma coisa é socorrermos uma criança indefesa, todos nós gostamos de fazer isso, outra coisa é ir ao encontro daqueles que um dia praticaram atos contra a sociedade e que vivem numa situação muito precária, muito desafiadora.
Fonte: RV

Lava pés

 
Jesus lava os pés de seus discípulos
Um momento solene
 
No 13º capítulo do seu Evangelho, João fala sobre Jesus fraco, pequeno, que terminará sendo condenado e morto na cruz como um blasfemador, um fora da lei ou um criminoso. Até então, Jesus parecia tão forte, havia feito tantos milagres, curado doentes, ordenado que o mar e o vento se acalmassem e falado com autoridade para os escribas e os fariseus. Ele parecia ser um grande profeta, quem sabe até o Messias. O Deus do poder estava com Ele. Mais e mais pessoas estavam começando a segui-lo, esperavam que Ele os libertasse dos romanos, resgatando assim, a dignidade do povo escolhido. O tempo da páscoa estava próximo. A multidão e os amigos dele pensavam: "Será que Ele vai se revelar na páscoa? Então, todos acreditarão nele." Todos esperavam que algo extraordinário acontecesse. No entanto, em vez de fazer algo fantástico, Jesus tomou o caminho oposto, o da fraqueza, o da humilhação, deixando que os outros o vencessem. Este processo de humilhação teve início quando o Verbo se fez carne no seio da Virgem Maria, e continuou visível para os discípulos no lava-pés. Terminará com a agonia, paixão, crucifixão e morte.

O começo deste capítulo é muito solene: "Antes do dia da festa da Páscoa, sabendo Jesus que tinha chegado a hora de passar deste mundo ao Pai, tendo amado aos seus, que estavam no mundo, amou-os até ao extremo. Começada a ceia, tendo já o demônio posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, a determinação de o entregar, sabendo que o Pai tinha posto em suas mãos todas as coisas, que saíra de Deus e ia para Deus, levantou-se da ceia, depôs o manto, e apegando uma toalha cingiu-se com ela." (Jo 13,1-4).

Estas palavras são muito fortes: "Jesus, sabendo que o Pai tinha posto em suas mãos todas as coisas, que saíra de Deus e ia para Deus, levantou-se da ceia, depôs o manto..." Então, Ele se ajoelhou diante de cada um de seus discípulos e começou a lavar-lhes os pés, em uma atitude de humilhação, fraqueza, súplica e submissão. De joelhos ninguém pode se mover com facilidade nem se defender.
João Batista havia dito que ele não era digno nem de desatar as sandálias de Jesus (Mc 1,7). No entanto, Jesus se ajoelha em frente a cada um de seus discípulos.

Os primeiros cristãos devem ter cantado o mistério de Jesus, que se desfez da sua glória e se fez fraco, como encontramos nas palavras de S. Paulo aos Filipenses: "O qual, existindo na forma (ou natureza) de Deus, não julgou que fosse uma rapina o seu ser igual a Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens e sendo reconhecido por condição como homem. Humilhou-se a si mesmo, feito obediente até a morte, e morte de cruz! (Fl 2,6-8)

Nós estamos frente a um Deus que se torna pequeno e pobre, que desce na escala da promoção humana, que escolhe o último, que assume o lugar de servo ou escravo. De acordo com a tradição judia, o escravo lavava os pés do senhor, e algumas vezes as esposas lavavam os pés do marido ou os filhos lavavam os do pai.

Jesus tira o manto
 
Jesus lava os pés dos discípulos não antes da refeição, o que poderia ser apenas um costume judeu de se purificar antes da refeição, ele lavou-os durante a refeição. Imaginemos a surpresa dos discípulos ao verem Jesus se levantar da ceia, tirar o manto, isto no meio da ceia pascal, um momento particularmente solene. Eles devem ter se olhado confusos "o que é que Ele está fazendo agora?" Era muito estranho!
A roupa é normalmente significativa. Ela identifica a posição ou função de alguém na vida: soldados, prefeitos, médicos, juizes, atletas e padres todos usam roupas que revelam sua função na sociedade. As roupas geralmente expressam uma certa identidade, dignidade e autoridade - ou a falta destas. A roupa pode significar o status ou o lugar que alguém ocupa na sociedade. Os ricos usam determinado tipo de roupas, os pobres usam outro, os pedintes outro.

Talvez Jesus tenha tirado o manto simplesmente porque era mais fácil lavar os pés dos discípulos sem o manto. Usando a túnica ele estava vestido para o trabalho. Porém, parece haver um sentido mais profundo neste gesto. Isto é indicado no Evangelho de João da forma como ele esconde e revela o mistério. As palavras que ele usa são: "ele depôs o manto" e Ele "o pegou de novo". Estas palavras depôs e pegou são as mesmas que Jesus usa em Jo 10, 11.15.17.18, quando Ele fala em dar a sua vida e tomá-la novamente. Isto parece indicar que tirar o manto significa dar a vida Dele.
Ao tirar o manto Jesus se despiu de qualquer função ou status social. Claro que Ele tinha poder, autoridade pois era um judeu, um profeta e um mestre. Porém, aqui, Jesus queria ser apenas uma pessoa, um amigo de seus discípulos. Antes de ser o Senhor e o Mestre, Jesus era um coração que procurava outros corações, um amigo ansioso por estar em comunhão com seus amigos, alguém que queria viver no coração dos amigos.
No final de nossas vidas seremos julgados pela maneira como amamos, não pelas roupas que usamos ou pelas máscaras que a sociedade nos forçou a usar. Seremos julgados pelo que realmente somos, não pelo nosso papel na sociedade ou nosso emprego.
Ao tirar o manto, Jesus quer demonstrar que está retirando tudo que possa ser um obstáculo à comunhão dos corações.

Jesus lava os pés dos seus discípulos
 
"Ele pegou uma toalha e cingiu-se com ela. Depois colocou água numa bacia, e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha com que estava cingido"(Jo 13, 4-5). Os discípulos resistem. Pedro reage fortemente. Ele expressa o que provavelmente está no coração de cada um dos discípulos. A mesma resistência que talvez esteja em cada um de nós. O que diríamos nós se Jesus, Nosso Senhor, aparecesse diante de nós e começasse a lavar nossa roupa ou limpar nossa casa? Não ficaríamos acanhados e chocados? Nós certamente diríamos a Jesus para sentar na sala de estar e serviríamos tudo que Ele desejasse. Ele chegou junto a Pedro e este disse "Senhor, vais lavar os meus pés? E Jesus respondeu: "Tu não sabes o que estou fazendo, depois irás compreender." Pedro então respondeu: "Jamais lavarás os meus pés." Jesus respondeu "se eu não os lavar não terás parte comigo" (Jo 13,6-9).

Apesar de ter uma atitude humilde e submissa diante de Pedro, Jesus mantém sua autoridade. Ele fala seriamente "se eu não lavar os teus pés não terás parte comigo". Estas são palavras fortes que em uma linguagem simples significam: "se eu não posso lavar teus pés não serás mais meu amigo, meu discípulo. Não poderás entrar no meu reino e receber a minha herança. Tudo entre nós está terminado, podes ir embora." Ter os pés lavados por Jesus não é uma opção, é uma condição essencial para ser seu amigo entrar no seu reino de amor. Pedro não consegue entender isto.
Pedro percebe a seriedade e a gravidade da resposta de Jesus e fica trêmulo. Talvez isto o tenha feito lembrar-se das palavras de Jesus ao chamá-lo de Pedro (A Pedra - "sobre esta pedra edificarei a minha igreja), e ao chamá-lo de Satanás, depois que se lamenta ao ouvir de Jesus o anúncio do seu sofrimento e morte (Jesus, voltando-se para Pedro, disse: "Retira-te de mim, satanás; tu serves-me de escândalo, porque não tens a sabedoria das coisas de Deus, mas das coisas dos homens". Mt 16,23). Palavras duras! Porque Jesus falou tão fortemente? Esta dureza esconde uma urgência e grande vulnerabilidade. Jesus está vulnerável. Aceitar o caminho da dor e do sofrimento, dar a própria vida, aceitar com humildade, como um escravo, sem direitos, ficar no último lugar: tudo isto vai contra o desejo normal do coração humano. Nosso desejo é ser alguém, mostrar quem somos através de nossas origens, qualidades, capacidades e direitos básicos. Estar disposto a renunciar a tudo isto não é fácil para Jesus, pois Ele permanece humano, como todos nós, exceto em uma coisa, o pecado. Este, no entanto, é caminho do amor que é dado a Ele pelo Pai no qual Ele viverá a total comunhão com o Pai e revelará seu amor radical por seus amigos, "até o fim." Pedro tem que entender isto urgentemente.
Frente a dureza da resposta de Jesus "Se eu não lavar os teus pés, não terás parte comigo", Pedro cede. Ele se abre para Jesus, mesmo sem entender porque ele não aguentaria se separar de Jesus. Então ele grita: "Senhor, lava não somente meus pés mas também minhas mãos e minha cabeça!" Talvez ele pensasse que Jesus estava criando um novo ritual de purificação. Mas Jesus afirma que não é isto, "aquele que se lavou não tem necessidade de lavar senão os pés, pois todo ele está limpo. Vós estais limpos, mas não todos. Porque Ele sabia qual era o que ia traí-lo, por isso ele disse: Não estais todos limpos" (Jo 13,10-11).

Vocês devem fazer como eu tenho feito com vocês
 
"Depois que lhes lavou os pés e que tomou seu manto, tendo retornado à mesa, disse-lhes: compreendeis o que fiz? Vós chamais-me Mestre e Senhor e dizeis bem, porque o sou. Se eu, pois Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu dei-vos o exemplo, para que, como eu vos fiz assim façais vós também. Em verdade, em verdade vos digo. O servo não é maior que o seu senhor, nem o enviado é maior do que aquele que o enviou. Se compreendeis estas coisas, bem-aventurados sereis se as praticardes."(Jo 13,12-17)

Se Jesus lava os pés de seus discípulos, ele quer demonstrar seu amor por cada um e mostrar a todos que a humildade e o serviço são o centro de sua mensagem. Pedro reage fortemente, ele não quer admitir que Jesus se ajoelhe diante dele: "Tu nunca lavarás os meus pés!"

Jesus insiste e diz que eles não só devem deixá-lo lavar-lhes os pé mas também devem lavar os pés uns dos outros. Ele está dando o exemplo. Então, da mesma forma que deixar que Jesus lhes lave os pés não é opcional para os discípulos também não é opcional lavar os pés dos irmãos.

Vejamos que esta é a única parte do Evangelho onde Jesus diz: "Eu vos dei o exemplo." Jesus é nosso modelo. Em outras ocasiões Ele nos pede que aprendamos com Ele ou que façamos certas coisas como Ele as fez. Aqui ele insiste que se nós quisermos ser seus discípulos, ser parte do seu reino, nós temos que seguir seu exemplo e lavar os pés uns dos outros. Nós temos que fazer coisas que parecem ir a além do bom senso, costumes e tradições culturais.

É claro que Jesus está nos pedindo acima de tudo para termos certas atitudes para com os outros. Não é apenas uma questão de lavar os pés. O lava-pés é um sinal e um símbolo. Jesus nos pede que ajamos sempre com um coração humilde e cheio de amor em relação aos outros. Mas ao mesmo tempo Jesus insiste na importância de lavarmos e tocarmos os pés uns dos outros.

Conclusão
 
A imagem de Jesus ajoelhado aos pés da humanidade, está na minha mente há algum tempo. Jesus se abaixando para limpar e curar as feridas e para lavar os pés, sem dizer nenhuma palavra, mas com lágrimas escorrendo pelo rosto. Como é diferente da imagem de um Deus que julga, condena e pune; um Deus que vê os seres humanos como culpados. Por muitos séculos, as pessoas tiveram esta imagem de Deus. Mas Jesus nos diz: "Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei" (Mt 11, 28).

Hoje as pessoas estão exaustas. Há muito que fazer, muitas coisas a aprender. A competição está em toda parte, poucos são os vencedores e muitos os perdedores. A vida é uma luta constante pela sobrevivência. Muitas pessoas têm que usar máscaras para esconder sua falta de coragem, as dores do seu coração, seu desespero, sua falta de senso de dignidade, porque às vezes eles não têm trabalho.
Outras pessoas estão cansadas de tantas horas de viagem para o trabalho e para casa, suas agendas superlotadas, compromissos, metas a alcançar e todos os problemas sociais ainda não resolvidos e os problemas do mundo. Quando as pessoas estão muito cansadas e fragmentadas, elas perdem a energia e o desejo de celebrar, de agradecer. Elas não têm mais tempo para as outras pessoas, especialmente para os pobres e marginalizados, elas não têm tempo para abrir o coração.

Jesus ao lavar os pés dos discípulos nos mostra como Deus ama, e como seus discípulos, naquela época e hoje também, são chamados a amar e a "amar até o fim".

Finalmente, o lava-pés é um mistério como muitos outros atos de Jesus. Nós entramos neste mistério gradativamente, através de momentos em que sofremos perdas e nos tiram mais e mais o que possuímos. Quando Jesus diz a Pedro que ele entenderá 'mais tarde' Jesus está dizendo aos seus discípulos que é somente depois da longa noite do desconhecimento, e somente por um novo dom do Espírito Santo, que podemos penetrar este mistério e vivê-lo.

Jesus convida seus amigos a tirarem as roupas que lhes dão um status especial, a retirar as máscaras e a se apresentar perante os outros humildemente, vulneravelmente, com toda a sua pobreza. Para se tornar pequeno e humilde é necessário um coração cheio de amor, purificado dos seus medos e da segurança humana, pronto para amar até o fim, a fim de dar a vida aos outros.

Como Jesus quer que o imitemos? Jesus nos convida a seguí-lo na caminho da pequenez, do perdão, da confiança, da comunhão a da vulnerabilidade - sem abandonar em outros momentos nosso papel de responsabilidade onde exercemos autoridade com força e justiça, bondade e firmeza. Jesus nos convida a viver a loucura do Evangelho, não julgar os outros, mas sermos compassivos, perdoar e amar até o fim, e até amar aos nossos inimigos. Isto é impossível a menos que retiremos nossas vestes e nos tornemos pobres e desnudos perante Deus, para que estejamos totalmente "revestidos de Cristo."

Algumas pessoas, inspiradas pelo Espírito Santo, vivem mais profundamente a bênção do lava-pés, de sentar e comer com o pobre, o manco, o aleijado e o cego. Outros que têm importantes papeis na sociedade são tocados pelo sermão da montanha e pelo seu exemplo de vida. Eles anseiam por seguí-lo mais de perto. O rei Luís IX da França - S. Luís - costumava lavar os pés os doentes, todo ano na Quinta-feira Santa. Ele gostava de receber mendigos em sua casa e os servia na mesa.
Um dia,  enquanto ele caminhava com um acompanhante, eles ouviram o sino que avisava a aproximação de um leproso. Seu acompanhante correu, com medo de ter contato com o leproso. Luís no entanto, foi ao encontro do leproso e beijou-lhe a mão. Mahatma Ghandi quando visitava uma cidade, sempre procurava ficar com os "intocáveis" (os que pertencem as mais baixas castas da sociedade indiana), Ghandi passou a chamá-los de harijans, "filhos de Deus". Na sua própria vida na comunidade, no ashram onde ele vivia, mesmo quando tinha um importante papel na política, ele fazia questão de lavar os banheiros - e continuou a fazer isto até o final de sua vida. Desta forma, Ghandi testemunhava Jesus, pobre e humilde, Jesus o servo, que ele tanto admirava.

Depende de cada um de nós descobrir como somos chamados a ser mais "revestido de Cristo," a fim de servirmos nossos irmãos e irmãs com amor, bondade e humildade. Depende de cada um se aproximar mais daqueles que estão "abaixo", ajudá-los a se levantar, ouvi-los, pedir seus conselhos, aceitá-los como são, com todas as suas diferenças, ser um deles.

Jesus insiste para que os discípulos lavem os pés uns dos outros. Ele diz a Pedro que é absolutamente necessário que ele lhe deixe lavar os pés, caso contrário, ele não terá parte com Jesus. Jesus afirma que ao fazer isto, ele está nos dando um exemplo a ser seguido, e que isto é uma bem-aventurança e uma benção. Tudo isto é porque Jesus quer que tenhamos uma atitude interior de humildade e serviço em todas as ocasiões. Mas ele também está afirmando a importância de realmente lavarmos os pés uns dos outros. Este ato de humildade expressa de forma concreta o nosso amor e respeito pelos outros.

A Igreja Católica Romana realiza na Quinta-feira Santa a cerimônia do lava-pés, quando o padre lava os pés de doze membros da comunidade, como um sinal de obediência a Jesus. Não está Jesus pedindo que todos os membros das comunidades cristãs, de todas as famílias cristãs, lavem os pés uns dos outros em uma cerimonia bem preparada, em espírito de oração, serviço e comunhão?
Lavar os pés de um irmão ou irmã em Cristo, permitir que alguém lave os nossos pés, é um sinal de que juntos nós queremos seguir a Jesus, tomar o caminho da pequenez, para encontrar a presença de Jesus no pobre e no fraco. Isto não é um sinal de que queremos viver um relacionamento de coração com os outros, encontrá-los como uma pessoa e um amigo, e viver em comunhão com eles? Não é isto um sinal de que desejamos ser homens e mulheres de perdão, desejamos ser curados e purificados para curarmos e purificarmos os outros e então vivermos em maior comunhão com Jesus?

Fonte: comshalom.org

quarta-feira, 27 de março de 2013

"Na Semana Santa, abrir as portas do nosso coração"

Primeira Audiência Geral: "Na Semana Santa, abrir as portas do nosso coração"



Cidade do Vaticano

– Esta quarta-feira realizou-se a primeira Audiência Geral do Papa Francisco.

A Praça S. Pedro estava cheia para ouvir as palavras do Pontífice, que dedicou sua catequese à Semana Santa. Depois da Páscoa, anunciou ele, retomará as catequeses sobre o Ano da Fé, como vinha fazendo seu predecessor.

“Mas que significa viver a Semana Santa para nós?” – questionou. É acompanhar Jesus no seu caminho rumo à Cruz e à Ressurreição. Em sua missão terrena, ele falou a todos, sem distinção, aos grandes e aos humildes, trouxe o perdão de Deus e sua misericórdia, ofereceu esperança; consolou e curou. Foi presença de amor.

Na Semana Santa, vivemos o vértice desse caminhada de Jesus, que se entregou voluntariamente à morte para corresponder ao amor de Deus Pai, em perfeita união com sua vontade, para demonstrar o seu amor por nós.

O Papa então perguntou: “Que tudo isso tem a ver conosco? Significa que esta é também a minha, a tua, a nossa caminhada. Viver a Semana Santa seguindo Jesus quer dizer aprender a sair de nós mesmos, ir ao encontro dos outros, ir às periferias da existência, encontrar sobretudo os mais distantes, os que mais necessitam de compreensão, de consolação, de ajuda”.

Viver a Semana Santa é entrar sempre mais na lógica de Deus, do Evangelho. Mas acompanhar Cristo exige sair de nós mesmos, deixar de lado um modo habitudinário de viver a fé . Deus saiu de Si mesmo para vir ao nosso encontro e também nós devemos fazer o mesmo. A falta de tempo não é desculpa, disse o Papa. Não podemos nos contentar com uma oração, uma Missa dominical distraída e não constante, de algum gesto de caridade, e não ter a coragem de “sair” para levar Cristo.

“A Semana Santa é um tempo de graça que o Senhor nos doa para abrir as portas do nosso coração, da nossa vida, das nossas paróquias, dos movimentos, das associações, e ‘sair’ ao encontro dos outros para levar a luz e a alegria da nossa fé, um raio de amor do Senhor. Sair sempre! E isso com o amor e a ternura de Deus, no respeito e na paciência.”

Após a catequese, como de costume, o Pontífice saudou os grupos presentes. Francisco não falou nas várias línguas, mas sim em italiano. A síntese da catequese e da saudação foi lida por um tradutor. Em português, foi feita pelo Pe. Bruno Lins:


Queridos irmãos e irmãs, na Semana Santa, centro de todo o Ano Litúrgico, somos chamados a seguir Jesus pelo caminho do Calvário em direção à Cruz e Ressurreição. Este é também o nosso caminho. Ele entregou-se voluntariamente ao amor de Deus Pai, unido perfeitamente à sua vontade, para demonstrar o seu amor por nós: assim o vemos na Última Ceia, dando-nos o seu Corpo e o seu Sangue, para permanecer sempre conosco. Portanto, a lógica da Semana Santa é a lógica do amor e do dom de si mesmo, que exige deixar de lado as comodidades de uma fé cansada e rotineira para levar Cristo aos demais, abrindo as portas do nosso coração, da nossa vida, das nossas paróquias, movimentos, associações, levando a luz e a alegria da nossa fé. Viver a Semana Santa seguindo Jesus significa aprender a sair de nós mesmos para ir ao encontro dos demais, até as periferias da existência. Há uma necessidade imensa de levar a presença viva de Jesus misericordioso e rico de amor. Queridos peregrinos de língua portuguesa, particularmente os grupos de jovens vindos de Portugal e do Brasil: sede bem-vindos! Desejo-vos uma Semana Santa abençoada, seguindo o Senhor com coragem e levando a quantos encontrardes o testemunho luminoso do seu amor. A todos dou a Bênção Apostólica!

Fonte: RV

Francisco agradece

Francisco agradece aos funcionários do Vaticano

                     



Cidade do Vaticano 

 - Na manhã do dia 27, quarta-feira, foi celebrada na Basílica de São Pedro, no Altar da Cátedra, uma santa missa para os funcionários do Vaticano, por ocasião da Semana Santa.

Ao final da Eucaristia, celebrada pelo responsável da Basílica, Card. Angelo Comastri, Papa Francico foi até lá saudar os presentes. Em nome de todos, o cardeal responsável lhe dirigiu algumas palavras, revelando o sentimento de humilhação que teve o Papa João XXIII, após sua eleição, ao ter seus pés beijados, conforme o costume da época, pelos cardeais.

Eis as palavras de Francisco:
“Bom dia a todos!
Também eu conheço algo do Papa João XXIII: uma vez, um embaixador lhe fez uma pergunta: ‘Diga-me, Santidade: quantos trabalham no Vaticano?’, ‘A metade’, respondeu. Mas estou seguro que vocês fazem parte desta metade que trabalha. Muito obrigado! Quero lhes agradecer por esta missa de oração: rezar um pelo outro, como irmãos. Quero lhes agradecer pelo seu trabalho no Vaticano, às vezes escondido, não se vê, mas progride. Muito obrigado. E também agradeço aqueles que não puderam vir por causa do trabalho, estão trabalhando neste momento. Muito obrigado. Quero lhes agradecer por isso e lhes pedir para rezarem por mim: preciso porque sou também um pecador, como todos. Quero ser fiel ao Senhor. Rezem por mim. Desejo-lhes Boa Páscoa. Que o Senhor os abençoe e Nossa Senhora os guarde, como Mãe Bondosa. Muito obrigado.
Abençôo-os, às suas famílias, a todos aqueles que guardam no coração.”
Fonte: RV

Gestos de Francisco, sinais para o mundo

Card. Hummes: gestos de Francisco são sinais para o mundo



 Cidade do Vaticano

 – A Igreja Católica celebra a partir desta Quinta-Feira Santa o Tríduo Pascal.

A Missa do Crisma será celebrada na Basílica de São Pedro, às 9h20 (horário de Roma), presidida pelo Papa Francisco. À tarde, ele celebra a Missa da Ceia do Senhor, com o rito do Lava-Pés, no Instituto Penal para Menores de Casal del Marmo, na periferia de Roma. A Rádio Vaticano não transmitirá nenhuma das duas cerimônias com comentários em português.

Cinquenta jovens do Instituto Penal participarão da celebração, entre os quais 11 meninas. Do lava-pés, participarão 12 jovens de nacionalidades e religiões diferentes.

A animação da celebração ficará a cargo de um grupo de 40 voluntários da Associação “Voluntários Casal del Marmo” e de membros da Renovação Carismática que animam a liturgia dominical no Instituto. As leituras e as preces dos fiéis serão feitas pelos jovens. Após a celebração, o Santo Padre saudará os membros do Instituto.

Celebrando em Casal del Marmo, Francisco dá assim continuidade a uma tradição que assumiu quando ainda sacerdote. Em Buenos Aires, Bergoglio costumava celebrar esta Missa em prisões ou casas para pobres e marginalizados.

Sobre a decisão de manter este gesto, Cristiane Murray contatou o Arcebispo emérito de São Paulo, Card. Cláudio Hummes:
Ele continua dando todos esses grandes sinais e gestos concretos, decisões concretas que confirmam o nome dele de Francisco. Creio que seja uma grande mensagem para o mundo todo esses gestos, essas decisões, esses atos dele, em que mostra realmente que é um Papa para os pobres, com os pobres e um Papa que quer também que seja uma Igreja coerente com o Evangelho. Olhando para S. Francisco de Assis, esse homem do Evangelho, esse homem da pobreza, da humidade, da paz, do amor à criação, eu creio que são sinais para o mundo e que o mundo entende. Também essa decisão de celebrar a Ceia do Senhor com os jovens que estão na prisão, de fato ele fazia isso em Buenos Aires, mostra se trabalho como Bispo de Roma. Ele vai continuar certamente nesta linha, isso nós vamos ver muito, como ele vai estar junto do pobre, do mais sofrido da diocese de Roma, mas sendo assim sinal para todo o mundo, para todos os homens e mulheres. E fico muito comovido e emocionado quando escuto e vejo este Papa sendo tão coerente com seu nome.(BF)

Fonte: RV
Quarta Feira Santa -
Procissão do Encontro de Nosso Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores

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Dentro da Semana Santa, também chamada de “A Grande Semana”, em muitas paróquias, especialmente no interior, realiza-se a famosa “Procissão do Encontro” entre: o Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores.
Os homens saem de uma igreja com a imagem de Nosso Senhor dos Passos e as mulheres saem de outra igreja com Nossa Senhora das Dores. Acontece então o doloroso encontro entre a Mãe e o Filho. O padre, então, proclama o célebre Sermão das Sete Palavras, que na verdade são sete frases:
  • 1. Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem. (Lc 23,34 a);
  • 2. Hoje estarás comigo no paraíso. (Lc 23,43);
  • 3. Mulher eis aí o teu filho, filho eis aí a tua mãe. (Jo 19,26-27);
  • 4. Meu Deus, Meu Deus, porque me abandonastes?! (Mc 15,34);
  • 5. Tenho sede. (Jo 19,28 b);
  • 6. Tudo está consumado. (Jo 19,30 a);
  • 7. Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito. (Lc 23,46 b).
O sacerdote, diante das imagens, faz uma reflexão com estas frases, chamando o povo à conversão e à penitência. O silêncio é grande, já que a imagem de Nosso Senhor dos Passos mostra-o com a cruz às costas. É tudo isso que vivemos neste tempo de profunda reflexão. Nossa fé é pascal, passa pelo sofrimento, morte e ressurreição do Senhor.

Fonte: cancaonova

terça-feira, 26 de março de 2013

Intercessão da Virgem Maria para a Semana Santa

No Angelus o Papa Francisco invocou a intercessão da Virgem Maria para a Semana Santa



No final da celebração eucarística e antes da benção final o Papa Francisco propôs a toda a assembleia a oração do Angelus invcando a proteção e intercessão da Virgem Santa Maria durante esta Semana Santa. Eis as palavras em Português:

"Amados irmãos e irmãs,
No final desta celebração, invoquemos a intercessão da Virgem Maria para que nos acompanhe na Semana Santa. Ela, que seguiu com fé o seu Filho até ao Calvário, nos ajude a caminhar atrás d’Ele, levando com serenidade e amor a sua Cruz a fim de chegarmos à alegria da Páscoa. A Virgem Nossa Senhora das Dores ampare especialmente quem está vivendo situações mais difíceis; lembro de modo particular as pessoas vítimas de tuberculose, sendo hoje o Dia Mundial de luta contra esta doença. E de modo especial entrego a Maria vós próprios, caríssimos jovens, e o vosso itinerário rumo ao Rio de Janeiro.
Um bom caminho a todos!"


Fonte: RV

Papa Francisco: Deus é paciente

Francisco: Deus é paciente com as nossas fraquezas




Cidade do Vaticano

 - Durante a Semana Santa, pensemos na "paciência" que Deus tem com cada um de nós. Foi o que disse o Papa Francisco na manhã desta segunda-feira durante a breve homilia da missa por ele presidida na Capela da "Casa Santa Marta", no Vaticano, da qual participaram, entre outros, os jornalistas do L'Osservatore Romano.

O emblema da infinita paciência que Deus tem pelo homem está refletido na infinita paciência que Jesus tem por Judas. O Santo Padre serviu-se da cena do Evangelho do dia, no qual Judas critica a atitude de Maria, irmã de Lázaro, de ungir os pés de Jesus com trezentos gramas de precioso perfume: teria sido melhor vendê-lo e dar o ganho aos pobres – defende Judas.

João observa no Evangelho que Judas não estava interessado pelos pobres, mas pelo dinheiro, que inclusive roubava. No entanto, "Jesus não lhe disse: 'És um ladrão'", observou o Papa.

Com o amor, afirmou, "foi paciente com Judas, buscando atraí-lo a si com a sua paciência, com o seu amor. E nos fará bem pensar – acrescentou – nesta Semana Santa, na paciência de Deus, naquela paciência que o Senhor tem conosco, com as nossas fraquezas, com os nossos pecados."

O Pontífice observou que também o trecho de Isaías, na primeira leitura, ao apresentar "o ícone daquele 'servo de Deus', evidenciou a mansidão e a paciência de Jesus – que é a paciência de Deus mesmo".

"Quando se pensa na paciência de Deus: isso é um mistério!", exclamou o Papa Francisco. "Quanta paciência Ele tem conosco! Fazemos tantas coisas, mas Ele é paciente." E o é, disse ainda, "como aquele pai que o Evangelho diz que viu o filho de longe, aquele filho que tinha ido embora com todo o dinheiro da sua herança".

E por que o viu de longe? – perguntou-se o Papa. "Porque todos os dias olhava do alto para ver se o filho retornava." "Essa é a paciência de Deus", repetiu o Papa Francisco, "essa é a paciência de Jesus".

E concluiu: "Pensemos numa relação pessoal, nesta Semana: como tem sido na minha vida a paciência de Jesus comigo? Basta isso. Depois, sairá do nosso coração uma só palavra: 'Obrigado, Senhor! Obrigado por sua paciência". (RL)


Fonte: RV

Papa Francisco: Mensagem em vista da Páscoa judaica




Cidade do Vaticano

 - O Papa Francisco enviou uma mensagem, nesta segunda-feira, ao rabino-chefe da Comunidade Judaica de Roma, Riccardo Di Segni, em vista da Páscoa judaica que será celebrada nesta terça-feira, 26.

"O Todo-Poderoso, que libertou seu povo da escravidão do Egito e o guiou para a Terra Prometida, continue a livrá-lo de todo mal e o acompanhe com sua bênção. Peço-lhes para que rezem por mim e lhes asseguro as minhas orações, esperando aprofundar os laços de estima e amizade recíproca", destaca o Papa na nota.

Em sua mensagem, o pontífice renova sua gratidão ao rabino chefe de Roma por ter participado, junto com outros ilustres representantes da comunidade judaica, da celebração de início do seu ministério petrino.

Riccardo Di Segni acolheu as saudações do pontífice e, nas próximas horas, fará ao Papa Francisco os melhores votos para a Páscoa cristã. (MJ)

Fonte: RV