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NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

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CAPELA DE NOSSA SENHORA DA MEDALHA MILAGROSA

Uma Capela cheia de segredos !Você quer descobri-la conosco? Saiba, antes de tudo, que a Casa Mãe da Companhia das Filhas da Caridade era o antigo "Hotel de Châtillon". Este, foi concedido à Companhia, em 1813, por Napoleão Bonaparte, depois da tormenta da Revolução Francesa. Imediatamente, começa a construção da Capela.A 8 de agosto de 1813, realizou-se a bênção solene da Capela dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Em 1830, aconteceram então as aparições. Aumentou o numero de vocações.Foi necessário transformar a Capela, que passa então por várias modificações. Em 1930, por ocasião do centenário das apariçes, uma nova reforma nos mostra a Capela tal como a vemos hoje.Agora, a você a oportunidade de visitá-la!
http://www.chapellenotredamedelamedaillemiraculeuse.com

Visita a Capela da Medalha Milagrosa, localizada na Rue du Bac, 140 - Paris

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segunda-feira, 31 de maio de 2010

BRASIL - PEREGRINAÇÃO NACIONAL DAS FAMÍLIASA

A CELEBRAÇÃO DAS FAMÍLIAS EM APARECIDA
Aparecida,

O Santuário Nacional recebeu este fim de semana famílias de todo Brasil na 2ª Peregrinação Nacional das Famílias. O tema deste ano foi "Família, formadora dos valores humanos e cristãos", e começou com uma missa presidida pelo Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer.
“A família é importantíssima e insubstituível na formação da pessoa. Nesta Peregrinação com a Mãe Aparecida, peçamos que nossas famílias se espelhem um pouco na realidade divina de Deus” - disse Dom Odilo em sua homilia.
Durante o domingo, as celebrações foram presididas na Casa da Mãe Aparecida pelos bispos convidados pela Comissão Nacional da Pastoral Familiar.Na celebração das 10h, o Secretário-Geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, frisou que “as famílias são patrimônio da humanidade, como diz Papa Bento XVI.
Está na hora de começarmos a resgatar este patrimônio, não apenas histórico, mas que brota do próprio coração de Deus. Família não é invenção humana, é criação do próprio Deus sonhada desde toda eternidade, desde toda criação”.
O Bispo de Jataí (GO), Dom José Luiz Majella, esteve presente com uma mensagem virtual, divulgada pelo site do Santuário Nacional (www.a12.com): “Pois quanto mais a família se aproxima de Deus, mais vai sentir que ela é uma Igreja, a Igreja doméstica” - disse Dom Majella.Cerca de 100 mil visitantes participaram do evento no Santuário, cujas atividades foram transmitidas na Internet, no site www.a12.com, e na TV através da Rede Aparecida.(CM)

Fonte: RV

domingo, 30 de maio de 2010

SANTÍSSIMA TRINDADE

A Santíssima Trindade

O PAI

I "Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo"

232 Os cristãos são batizados "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28,19). Antes disso eles respondem "Creio" à tríplice pergunta que os manda confessar sua fé no Pai, no Filho e no Espírito: "Fides omnium christianorum in Trinitate consistit" ("A fé de todos os cristãos consiste na Trindade") (S. Cesáreo de Arlés, symb.).

233 Os cristãos são batizados "em nome" do Pai e do Filho e do Espírito Santo e não "nos nomes" destes três (cf. Profissão de fé do Papa Vigilio em 552: DS 415), pois só existe um Deus, o Pai todo-poderoso, seu Filho único e o Espírito Santo: a Santíssima Trindade.

234 O misterio da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. É o mistério de Deus em si mesmo, é, portanto, a fonte de todos os outros mistérios da fé, é a luz que os ilumina. É o ensinamento mais fundamental e essencial na "hierarquia das verdade de fé" (DCG 43). "Toda a história da salvação não é senão a história da via e dos meios pelos quais Deus verdadeiro e único, Pai, Filho e Espírito Santo, se revela, reconcilia, consigo e une a si os homens que se afastam do pecado" (DCG 47).

235 Neste parágrafo se exporá brevemente de que modo é revelado o mistério da Santíssima Trindade (I), de que maneira a Igreja formulou a doutrina da fé sobre este mistério (II), e, finalmente, de que modo, através das missões divinas do Filho e do Espírito Santo, Deus Pai realiza seu "desígnio benevolente” de criação, de redenção, e de santificação (III).

236 Os Padres da Igreja distinguem entre a "Theologia" e a "Oikonomia", designando com o primeiro termo o mistériod a vida íntima do Deus-Trindade, com o segundo todas as obras de Deus através das quais ele se revela e comunica sua vida. É através da "Oikonomia" que nos é revelada a "Theologia"; mas, inversamente, é a "Theologia", que ilumina toda a "Oikonomia". As obras de Deus revelam quem ele é em si mesmo; e inversamente, o mistério do seu Ser íntimom ilumina a compreensão de todas as suas obras. Acontece o mesmo, analogicamente, entre as pessoas humanas. A pessoa mostra-se no seu agir, e quanto melhor conhecemos uma pessoa, tanto melhor compreendemos o seu agir.

237 A Trindade é um mistério de fé no sentido estrito, um dos “mistérios escondidos em Deus, que não podem ser conhecidos se não forem revelados do alto" (Cc. Vaticano I: DS 3015. Deus, certamente, deixou marcas de seu ser trinitário em sua obra de Criação e em sua Revelação ao long do Antigo Testamento. Mas a intimidade de seu Ser como Trindade Santa constitui um mistério inacessível à pura a razão e até mesmo à fé de Israel antes da Encarnação do Filho de Deus e da missão do Espírito Santo.

II A revelação de Deus como Trindade

O Pai revelado pelo Filho

238 A invocação de Deus como "Pai" é conhecida em muitas religiões. A divindade é muitas vezes considerada como "pai dos deuses e dos homens". Em Israel, Deus é chamado de Pai enquanto Criador do mundo (Cf. Dt 32,6; Ml 2,10). Deu é Pai, mais ainda, em razão da Aliança e do dom da Lei a Israel, seu "filho primogênito" (Ex 4,22). É também chamado de Pai do rei de Israel (cf. 2 S 7,14). Muito particularmente ele é "o Pai dos pobres", do órfão e da viúva, que estão sob sua proteção de amor (cf. Sal 68,6).

239 o designar a Deus com o nome de “Pai", a linguagem da fé indica principalmente dois aspectos: que Deus é origem primeira de tudo e autoridade transcendente, e que ao mesmo tempo é bondade e solicitude de amor para todos os seus filhos. Esta ternura paterna de Deus pode também ser expressa pela imagem da maternidade (cf. Is 66,13; Sl 131,2) que indica mais a imanência de Deus, a intimidade entre Deus e a sua criatura. A linguagem da fé inspira-se assim na experiência humana dos pais (genitores), que são de certo modoos primeiros representantes de Deus para o homem. Mas esta experiência humana ensina também que os pais humanos são falíveis e que podem desfigurar o rosto da paternidade e da maternidade. Convém então lembrar que Deus transcende a distinção humana dos sexos. Ele não é nem homem nem mulher, é Deus. Transcende tampém à paternidade e à maternidade humanas (cf. Sl 27,10), embora seja a sua origem e a medida (cf. Ef 3,14; Is 49,15): Ninguém é pai como Deus o é.

240 Jesus revelou que Deus é "Pai" num sentido inaudito: não o é somente enquanto Criador, mas é eternamente Pai em relação a seu Filho único, que reciprocamente só é Filho em relação a seu pai “Ninguém conhece o Filho senão o Pai, e ninguém conhece o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar" (Mt 11,27).

241 É por isso que os apóstolos confessam Jesus como "o Verbo” que “ no início estava junto de Deus” e que “é Deus" (Jo 1,1), como "a imagem do Deus invisível" (Cl 1,15), como "o resplendor de sua glória e a expressão do seu ser" Hb 1,3).

242 Na esteira deles, seguindo a Tradição apostólica, a Igreja, no ano de 325, no primeiro Concílio Ecumênico de Nicéia, confessou que o Filho é "consubstancial" ao Pai, isto é, um só Deus com Ele. O segundo Concílio Ecumênico, reunido em Constantinopla em 381, conservou esta expressão na sua formulação do Credo de Nicéia e confessou "o Filho Único de Deus, gerado do Pai antes de todos os séculos, luz luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado não criado, consubstancial ao Pai" (DS 150).

O Pai e o Filho revelados pelo Espírito

243 Antes da sua Páscoa, Jesus anuncia o envio de "outro Paráclito" (Defensor), o Espírito Santo. Em ação desde a criação (cf. Gn 1,2), depois de ter outroral "falado pelos profetas" (Credo de Nicéia-Constantinopla), ele estará agora junto dos discípulos e neles (cf. Jo 14,17), a fim de ensiná-los (cf. Jo 14,16) e conduzi-los “à verdade inteira” (Jo 16,13). O Espírito Santo é revelado assim como uma outra pessoa divina em relação a Jesus e ao Pai.

244 A origem eterna do Espirito revela-se na sua missão temporal. O Espírito Santo é enviado aos Apóstolos e à Igreja tanto pelo Pai em nome do Filho, como pelo Filho em pessoa, depois que este tiver voltado para junto do Pai (cf. Jo 14,26; 15,26; 16,14). O envio da pessoa do Espírito após a gloficação de Jesus (cf. Jo 7,39), revela em plenitude o mistério da Santíssima Trindade.

245 A fé apostólica no tocante ao Espírito foi confessada pelo segundo concílio ecumênico em 381 em Constantinopla: "Cremos no Espírito Santo, que é Senhor e que dá a vida, que procede do Pai" (DS 150). Com isto a Igreja reconhece o Pai como "a fonte e a origem de toda a divindade" (Cc. de Toledo VI, ano 638: DS 490). Ma a origem eterna do Espírito Santo não deixa de estar vinculada à do Filho: "O Espírito Santo, que é a Terceira Pessoa da Trindade, é Deus, uno e igual ao Pai e ao Filho, da mesma substância e também da mesma natureza... Contudo, não se diz que Ele é somente o Espírito do Pai, mas ao mesmo tempo o espírito do Pai e do Filho" (Cc. de Toledo XI, ano 675: DS 527). O Credo da Igreja, do Concílio de Constantinopla (ano 381) confessa: "Com o Pai e o Filho ele recebe a mesma adoração e a mesma glória" (DS 150).

246 A tradição latina do Credo confessa que o Espírito "procede do Pai e do Filho (Filioque)". O Concílio de Florença, em 1438, explicita: "O Espírito Santo tem sua essência e seu ser subsistente ao mesmo tempo do Pai e do Filho e procede eternamente de Ambos como de um só Pincípio e por uma única expiração...E uma vez que tudo o que é do Pai, o Pai mesmo o deu ao seu Filho Único ao gerá-lo, excetuando o seu ser de Pai, esta própria processão do Espírito Santo a partir do Filho, ele a tem eternamente de Seu Pai que o gerou eternamente" (DS 1300-1301).

247 A afirmação do filioque não figurava no símbolo professado em 381 em Constantinopla. Mas com base em uma antiga tradição latina e alexandrina, o Papa S. Leão o havia já confessado dogmaticamente em 447 (cf. DS 284) antes que Roma conhecesse e recebesse, em 451, no concílio de Calcedônia, o símbolo de 381. O uso desta fórmula no Credo foi admitido pouco a pouco na liturgia latina (entre os séculos VIII e XI). Todavia, a introdução do Filioque no Símbolo de niceno-constantinopolitano pela liturgia latina constitui, ainda hoje, um ponto de discórdia em relação às igrejas ortodoxas.

248 A tradição oriental põe primeiramente em relevo o caráter de origem primeira do Pai em relação ao Espírito. Ao confessar o Espírito como "procedente do Pai" (Jo 15,26), ela afirma que o Espírito procede do Pai pelo Filho (cf. AG 2). A tradição ocidental põe primeiramente em relevo a comunhão consubstancial entre o Pai e o Filho afirmando que o Espírito Procede do Pai e do Filho (Filioque). Ela o afirma "de forma legítima e racional" (Cc. de Florença, 1439: DS 1302), pois a a ordem eterna das pessoas divinas na sua comunhão consubstancial implica não só que o Pai seja a origem primeira do Espírito enquanto "princípio sem princípio" (DS 1331), mas também, enquanto Pai do Filho Único, que seja com ele "o único princípio do qual procede o Espírito Santo" (Cc. de Lyon II, 1274: DS 850). Esta legítima complementaridade, se não fo radicalizada, não afeta a identidade da fé na realidade do mesmo mistério confessado.

III A Santíssima Trindade na doutrina da fé

A formação do dogma trinitário

249 A verdade revelada da Santíssima Trindade esteve desde as origens na raiz da fé vida da Igreja, principalmente através do Batismo. Ela encontra a sua expressão na regra da fé batismal, formulada na pregação, na catequese e na oração da Igreja. Tais formulações encontram-se já nos escritos apostólicos, como na seguinte saudação, retomada na liturgia eucarística: "A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós" (2 Co 13,13; cf. 1 Cor 12,4-6; Ef 4,4-6).

250 No decurso dos primeiros séculos, a Igreja procurou formular mais explicitamente a sua fé trinitária, tanto para aprofundar a sua própria compreensão da fé, quanto para defendê-la contra erros que a estavam deformando. Isso foi obra dos Concílios antigos, ajudados pelo trabalho teológico dos Padres da Igreja e apoiados pelo senso da fé do povo cristão.

251 Para a formulação do dogma da Trindade, a Igreja teve de desenvolver uma terminologia própria recorrendo a noções de origem filosófica: "substância", "pessoa" ou "hipóstase", "relação", etc. Ao fazer isto, não submeteu a fé a uma sabedoria humana senão que imprimiu um sentido novo, inaudito, a esses termos, chamados a significar a partir daí também um Mistério inefável, que "supera infinitamente tudo o que nós podemos compreender dentro do limite humano" (Paulo VI, SPF 2).

252 A Igreja utiliza o termo "substância" (traduzido também, às vezes, por "essência" ou por "natureza") para designar o ser divino em sua unidade; o termo "pessoa" ou "hipóstase" para designar o Padre, o Filho e o Espírito Santo na sua distinção real entre si, e o termo "relação" para designar o fato de a distinção entre eles residir na referência de uns aos outros.

O dogma da Santíssima Trindade

253 A Trindade é Una. Não confessamos três deuses, mas um só Deus em três pessoas: "a Trindade consubstancial" (Cc. Constantinopla II, ano 553: DS 421). As pessoas divinas não se dividem entre si a única divindade, mas cada uma delas é Deus por inteiro: "O Pai é aquilo que é o Filho, o Filho é aquilo que é o Pai, o Espírito Santo é aquilo que são o Pai e o Filho, isto é, um só Deus quanto à natureza” (Cc. de Toledo XI, ano 675: DS 530). "Cada uma das três pessoas é esta realidade, isto é, a substância, a essência ou a natureza divina" (Cc. de Latrão IV, ano 1215: DS 804).

254 As pessoas divinas são realmente distintas entre si. "Deus é único, mas não solitário" (Fides Damasi: DS 71). "Pai", "Filho”, Espírito Santo" não são simplesmente nomes que designam modalidades do ser divino, pois são realmente distintos entre si: "Aquele que é o Pai não é o Filho, e aquele que é o Filho não é o Pai, nem o Espírito Santo é aquele que é o Pai ou o Filho" (Cc. de Toledo XI, ano 675: DS 530). São distintos entre si pelas suas relações de origem: "É o Pai que gera, o Filho que é gerado, o Espírito Santo que procede" (Cc. Latrão IV, ano 1215: DS 804). A Unidade divina é Trina.

255 As pessoas divinas são relativas umas às outras. Por não dividir a unidade divina, a distinção real das pessoas entre si reside unicamente nas relações que as referem umas às outras; "Nos nomes relativos das pessoas, o Pai é referido ao Filho, o Filho ao Pai, o Espírito Santo aos dois; quando se fala destas três pessoas considerando as relações, crê-se todavia em uma só natureza ou substância" (Cc. de Toledo XI, ano 675: DS 528). Pois "todo é uno (neles) lá onde não se encontra a opsição de relação" (Cc. de Florença, ano 1442: DS 1330). "Por causa desta unidade, o Pai está todo inteiro no Filho, todo inteiro no Espírito Santo; o Filho está todo inteiro no Pai, todo inteiro no Espírito Santo; o Espírito Santo está todo inteiro no Pai, todo inteiro no Filho" (Cc. de Florença 1442: DS 1331).

256 Aos Catecúmenos de Constantinopla, S. Gregório Nazianzeno, denominado também "o Teólogo", confia o seguinte resumo da fé trinitária:
Antes de todas as coisas, conservai-me este bom depósito, pelo qual vivo e combato, com o qual quero morrer, que me faz suportar todo os males e desprezar todos os prazeres; refiro-me à profissão de fé no Pai e no Filho e no Espírito Santo. Eu vo-la confio hoje. É por ela que daqui a pouco vou mergulhar-vos na água e vos tirar dela.
Eu vo-la dou como companheira e dona de toda a vossa vida. Dou-vos uma só Divindade e Poder, que existe Una nos Três, e que contém os Três de uma maneira distinta. Divindade sem diferença de substância ou de natureza, sem grau superior que eleve ou grau inferior que rebaixe... A infinita conaturalidade é de três infinitos. Cada um considerado em si mesmo é Deus todo inteiro... Deus os Três considerados juntos. Nem comecei a pensar na Unidade, e a Trindade me banha em seu esplendor. Nem comecei a pensar na Trindade, e a unidade toma conta de mim (0r. 40,41: PG 36,417).

IV As obras divinas e as missões trinitárias

257 "O lux beata Trinitas et principalis Unitas!" ("Ó luz, Trindade bendita. Ó primordial Unidade!") (LH, hino de vésperas) Deus é beatitude eterna, vida imortal, luz sem ocaso. Deus é amor: Pai, Filho e Espírito Santo. Livremente Deus quer comunicar a glória da sua vida bem-aventurada. Este é o "desígnio” de benevolência (Ef 1,9) que ele concebeu desde antes da criação do mundo no seu Filho bem-amado, "predestinando-nos à adoção filial neste" (Ef 1,4-5), isto é, "a reproduzir a imagem de seu Filho" (Rm 8,29) graças ao "Espírito de adoção filial" (Rm 8,15). Esta decisão prévia é uma "graça concedida antes de todos os séculos" (2 Tm 1,9-10), proveniente diretamente do amor trinitário. Ele se desdobra na obra da criação, em toda a história da salvação após a queda, nas missões do Filho e do Espírito, prolongadas pela missão da Igreja (cf. AG 2-9).

258 Toda a economia divina é a obra comum das três pessoas divinas. Pois da mesma forma que a Trindade não tem senão uma única e mesma natureza, assim também não tem senão uma única e mesma operação (cf. Cc. de Constantinopla, ano 553: DS 421). "O Pai, o Filho e o Espírito Santo não são três princípios das criaturas, mas um só princípio" (Cc. de Florença, ano 1442: DS 1331). Contudo, cada pessoa divina opera a obra comum segundo a sua propriedade pessoal. Assim a Igreja confessa, na linha do Novo Testamento (cf. 1 Co 8,6): "Um Deus e Pai do qual são todas as coisas, um Senhor Jesus Cristo para quem são todas as coisas, um Espírito Santo em quem são todas as coisas (Cc. de Constantinopla II: DS 421). São, sobretudo as missões divinas da Encarnação do Filho e do dom do Espírito Santo que manifestam as propriedades das pessoas divinas.

259 Obra ao mesmo tempo comum e pessoal, toda a Economia divina dá a conhecer tanto a propriedade das pessoas divinas como a sua única natureza. Outrossim, toda a vida cristã é comunhão com cada uma das pessoas divinas, sem de modo algum separá-las. Quem rende glória ao Pai o faz pelo Filho no Espírito Santo; quem segue a Cristo, o faz porque o Pai o atrai (cf. Jo 6,44) e o Espírito o impulsiona (cf. Rm 8,14).

260 O fim último de toda a Economia divina é a entrada das criaturas na unidade perfeita da Santíssima Trindade (cf. Jo 17,21-23). Mas desde já somos chamados a ser habitados pela Santíssima Trindade: "Se alguém me ama –diz o Senhor- guardará a minha Palavra, e meu Pai o amará e viremos a ele, e faremos nele a nossa morada" (Jo 14,23).
Ó meu Deus, Trindade que adoro, ajudai-me a esquecer-me inteiramente para firmar-me em Vós, imóvel e pacífico, como se a minha alma já estivesse na eternidade: que nada consiga perturbar a minha paz nem fazer-me sair de Vós, ó meu Imutável, mas que cada minuto me leve mais longe na profundidade do vosso Mistério. Pacificai a minha alma. Fazei dela o vosso céu, vossa amada morada e o lugar do vosso repouso. Que nela eu nunca vos deixe só, mas que eu esteja aí, toda inteira, completamente vigilante na minha fé, toda adorante, toda entregue à vossa ação criadora (Oração da Beata Isabel da Trindade).

Resumo

261 O mistério da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. Só Deus no-lo pode dar a conhecer, revelando-se como Pai, Filho e Espírito Santo.

262 A Encarnação do Filho de Deus revela que Deus é o Pai eterno, e que o Filho é consubstancial ao Pai, isto é, que ele é o no Pai e com o Pai o mesmo Deus único.

263 A missão do Espírito Santo, enviado pelo Pai em nome do Filho (cf. Jo 14,26) e pelo Filho "de junto do Pai" (Jo 15,26), revela que o Espírito é com ele o mesmo Deus único. "Com o Pai e o Filho é adorado e glorificado".

264 "O Espírito Santo procede do Pai enquanto fonte primeira e, pela doação e pela doação eterna deste último ao filho, do Pai e do Filho em comunhão" (S. Agostinho, Trin. 15,26,47).

265 Pela graça do Batismo "em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" somos chamados a compartilhar da vida da Santíssima Trindade, aquí na terra na obscuridade da fé, e para além da morte, na luz eterna (cf. Pablo VI, SPF 9).

266 "A fé católica é esta: que veneremos o único Deus na Trindade e a Trinidade na unidade, não confundindo as pessoas, nem separando a substância; pois uma é a pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo; mas uma só é a divindade do Pai e do Filho e do Espírito Santo, igual a glória, co-eterna la majestade" (Symbolum "Quicumque").

267 Inseparáveis naquilo que são, as pessoas divinas sãoa também inseparáveis naquilo que fazem. Mas na única operação divina cada uma delas manifesta o que lhe é próprio na Trindade, sobretudo nas missões divinas da Encarnação do Filho e do dom do Espírito Santo.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

AVANÇAM NEGOCIAÇÕES ENTRE SANTA SÉ E ISRAEL

Avançam negociações entre Santa Sé e Israel
Sobre questões fiscais e de propriedade


CIDADE DO VATICANO,

- Como já vem ocorrendo desde os preparativos para a visita de Bento XVI à Terra Santa, em maio de 2009, as negociações entre a Santa Sé e o Estado de Israel avançam positivamente.

A Comissão Bilateral Permanente de Trabalho entre a Santa Sé e o Estado de Israel se reuniu no último 20 de maio para dar continuidade às negociações, em conformidade com o Artigo 10 § 2 do assim chamado "Acordo Fundamental", firmado em 30 de dezembro de 1993, que possibilitou o estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois Estados.

As negociações buscam um acordo global que inclua todas as questões fiscais e de propriedade ainda pendentes entre a Igreja e o Estado, decisivas para os Lugares Santos.

"As discussões têm se desenvolvido em uma atmosfera construtiva e têm registrado progressos em direção ao Acordo que se pretende alcançar", explica um comunicado conjunto emitido pela Santa Sé e Israel.

"As delegações se encontrarão novamente em 14 de junho e, no dia seguinte, terá lugar a sessão plenária no Vaticano", acrescenta a nota.

Até o momento, não é possível avaliar quais acordos já foram alcançados, uma vez que está em rigor o princípio de que "nada está acordado até que tudo esteja acordado".

Fonte: Zenit.org

quinta-feira, 27 de maio de 2010

"DEFESA COMUM" DAS RAIZES CRISTÃS

Papa a ortodoxos: “defesa comum” das raízes cristãs
Ao receber as delegações da Bulgária e Macedônia na festa de São Cirilo e São Metódio


CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 27 de maio de 2010

A obra dos santos Cirilo e Metódio, evangelizadores dos povos eslavos, continua viva nas raízes cristãs destes países, explicou o Papa no sábado passado, ao receber separadamente as duas delegações, uma da Bulgária e outra da ex-iugoslava República da Macedônia, presentes em Roma.

Nos dois discursos, a ambas as delegações, nas quais estavam presentes representantes da Igreja Ortodoxa, o Papa insistiu na importância de preservar as raízes cristãs destes países, para o que é necessário uma aproximação clara entre católicos e ortodoxos.

Dirigindo-se à delegação da Bulgária, que estava presidida pelo Primeiro-Ministro, Boïko Borissov, o Papa afirmou que o Evangelho "não debilita o quanto há de autêntico nas diversas tradições culturais; pelo contrário, exatamente porque a fé em Jesus nos mostra o esplendor da Verdade, esta dá para o homem a capacidade para reconhecer o verdadeiro bem e o ajuda a realizá-lo na própria vida e no contexto social".

Os irmãos Cirilo e Metódio "estabeleceram providencialmente o cristianismo no espírito do povo búlgaro, de modo que este está ancorado nesses valores evangélicos, que sempre reforçam a identidade e enriquecem a cultura de uma nação".

Deste modo, "contribuíram significativamente para modelar a humanidade e a fisionomia espiritual do povo búlgaro, inserindo-o na comum tradição cultural cristã".

Por isto, perante o atual processo de integração à Europa que vive este país, o Papa exortou os búlgaros a "manterem-se fiéis e a vigiar o precioso patrimônio que une um ao outro, enquanto, tanto ortodoxos como católicos, professam a mesma fé dos Apóstolos e estão unidos pelo batismo comum".

"Como cristãos, temos o dever de conservar e reforçar o vínculo intrínseco entre o Evangelho e nossas respectivas identidades culturais; como discípulos do Senhor, no respeito recíproco das diversas tradições eclesiais, somos chamados ao testemunho comum de nossa fé em Jesus, em nome do qual obtemos a salvação", argumentou.

Minutos depois, perante a delegação macedônia, que estava chefiada pelo presidente do Parlamento, Trjako Veljanoski, o Papa realçou a importância e atualidade da encíclica Slavorum Apostoli, de João Paulo II.

Nela, o falecido papa "quis recordar a todos que, graças ao ensino e aos frutos do Concílio Vaticano II, podemos hoje vislumbrar de um modo novo a obra dos santos Irmãos de Tessalônica" e "ler em sua vida e atividade apostólica, os conteúdos que a sábia Providência divina neles inscreveu, para revelarem-se em uma nova plenitude em nossa época e trazerem-se novos frutos".

"Ambos os irmãos "conheceram sofrimentos, privações e hostilidades, mas suportaram a tudo com fé inquebrantável e esperança invencível em Deus."

"Nós também compreendemos cada vez mais que quando nos sentimos amados pelo Senhor e sabemos corresponder a este amor, somos envoltos e guiados por sua graça em cada atividade e ação nossa. De acordo com a efusão dos múltiplos dons do Espírito Santo, quanto mais sabemos amar e nos doamos aos próximos, tanto mais o Espírito pode vir em ajuda de nossa fraqueza, indicando-nos novas vias para nossa atuação."

Com efeito, exortou, "ponhamos a mão no arado e prossigamos trabalhando sobre o mesmo sulco que Deus em sua providência indicou aos santos Cirilo e Metódio".

Fonte: ZENIT.org

segunda-feira, 24 de maio de 2010

NOSSA SENHORA AUXILIADORA

A DEVOÇÃO A MARIA AUXILIADORA


A devoção a Nossa Senhora Auxiliadora, tem seu começo em datas muito remotas, nascida no coração de pessoas piedosas que espalharam ao seu redor a devoção mariana. Assim a Mãe de Deus foi sempre conhecida como condutora da felicidade de todo ser humano. E Maria, sempre esteve junto ao povo, sobretudo do povo simples que não sofre as complicações que contornam e desfazem, muitas vezes, a vida humana, mas que é levado pelas emoções e certezas apontadas pela simplicidade do coração.

Em 1476, o Papa Sisto IV deu o nome de “Nossa Senhora do Bom Auxílio” a uma imagem do século XIV-XV, que havia sido colocada em uma Capelinha, onde ele se refugiou, surpreendido durante o caminho, com um perigoso temporal. A imagem tem um aspecto muito sereno, e o símbolo do ‘auxílio’ é representado pela meiguice do Menino segurando o manto da Mãe.


Com o correr dos anos, entre 1612 e 1620, a devoção mariana cresceu, graças aos Barnabitas, em torno de uma pequena tela de autoria de Scipione Pulzone, representando aspectos de doçura, de abandono confiante, de segurança entre o Menino e sua santa Mãe. A imagem ficou conhecida como “Mãe da Divina Providência”.

Esta imagem tornou-se como que meta para as peregrinações de muitos devotos e também para muitos Papas e até mesmo para João Paulo II. Devido ao movimento cristão em busca dos favores e bênçãos de Nossa Senhora e de seu Filho, o Papa Gregório XVI, em 1837, deu-lhe o nome de “AUXILIADORA DOS CRISTÃOS”. O Papa Pio IX, há pouco tempo eleito, também se inscreveu no movimento e diante desta bela imagem, ele celebrou a Missa de agradecimento pela sua volta do exílio de Gaeta.

Mais tarde também foi criada a ‘Pia União de Maria Auxiliadora’, com raízes em um bonito quadro alemão.
E chega o ano de 1815: Nasce aquele que será o grande admirador, grande filho, grande devoto da Mãe de Deus e propagador da devoção a Maria Auxiliadora, o Santo dos jovens: SÃO JOÃO BOSCO. Neste ano era também celebrado o Congresso de Viena e foi a época em que, com a queda do Império Napoleônico, começa a Reestruturação Européia com restabelecimento dos reinos nacionais e das suas monarquias dinásticas.

Em 1817, o Papa Pio VII benzeu uma tela de Santa Maria e conferiu-lhe o título de “MARIA AUXILIUM CHRISTIANORUM”.

Os anos foram se sucedendo e o rei Carlo Alberto, foi a cabeça do movimento em prol da unificação da Itália, e ao mesmo tempo, os atritos entre Igreja e Estado, deram lugar a uma forte sensibilização política, com atitudes suspeitas para com a Igreja. E como não podia deixar de ser, Dom Bosco, lutador e defensor insigne da Igreja de Cristo, ficou sendo mira forte do governo e foi até obrigado a fugir de alguns atentados. Sim, tinha de fato inimigos que não viam bem sua postura positiva a favor da Igreja e nem tão pouco a emancipação da classe pobre, defendida tenazmente pelo Santo.

Pio IX, então cabeça da Igreja, manifestou-se logo a favor de uma devoção pessoal para com a Auxiliadora e quando este sofrido Pontífice esteve no exílio, o nosso Santo lhe enviou 35 francos, recolhidos entre seus jovens do oratório. O Papa ficou profundamente comovido com esta atitude e conservou uma grande lembrança deste gesto de afeto de D.Bosco e da generosidade dos rapazes pobres.

E continuam muitas lutas políticas, desavenças, lutas e rixas entre Igreja e Estado. Mas a 24 de maio, em Roma, o Papa Pio IX preside uma grandiosa celebração em honra de Maria Auxiliadora, na Igreja de Santa Maria. E em 1862, houve uma grandiosa organização especificamente para obter da Auxiliadora, a proteção para o Papa diante das perseguições políticas que ferviam cada vez mais, em detrimento para a Igreja de Jesus Cristo.

Nestes momentos particularmente críticos, entre 1860-1862 para a Igreja, vemos que D.Bosco toma uma opção definitiva pela AUXILIADORA, título este que ele decide concentrar a devoção mariana por ele oferecida ao povo. E justamente em 1862, ele tem o “Sonho das Duas Colunas” e no ano seguinte seus primeiros acenos para a construção do célebre e grandioso Santuário de Maria Auxiliadora. E esta devoção à Mãe de Deus, desde então se expandiu imediata e amplamente.

Dom Bosco ensinou aos membros da família Salesiana a amarem Nossa Senhora, invocando-a com o título de AUXILIADORA. Pode-se afirmar que a invocação de Maria como título de Auxiliadora teve um impulso enorme com Dom Bosco. Ficou tão conhecido o amor do Santo pela Virgem Auxiliadora a ponto de Ela ser conhecida também como a "Virgem de Dom Bosco".
Escreveu o santo: “A festa de Maria Auxiliadora deve ser o prelúdio da festa eterna que deveremos celebrar todos juntos um dia no Paraíso".

Fonte: Evangelho Quotidiano

domingo, 23 de maio de 2010

FESTA DE PENTECOSTES

O que é a Festa de Pentecostes?


Pentecostes, do grego, pentekosté, é o qüinquagésimo dia após a Páscoa. Comemora-se o envio do Espírito Santo à Igreja.

A partir da Ascensão de Cristo, os discípulos e a comunidade não tinham mais a presença física do Mestre. Em cumprimento à promessa de Jesus, o Espírito foi enviado sobre os apóstolos.

Dessa forma, Cristo continua presente na Igreja, que é continuadora da sua missão. A origem do Pentecostes vem do Antigo Testamento, uma celebração da colheita (Êxodo 23, 14), dia de alegria e ação de graças, portanto, uma festa agrária.

Nesta, o povo oferecia a Deus os primeiros frutos que a terra tinha produzido. Mais tarde, tornou-se também a festa da renovação da Aliança do Sinai (Ex 19, 1-16).

No Novo Testamento, o Pentecostes está relatado no livro dos Atos dos Apóstolos 2, 1-13.

Como era costume, os discípulos, juntamente com Maria, mãe de Jesus, estavam reunidos para a celebração do Pentecostes judaico.

De acordo com o relato, durante a celebração, ouviu-se um ruído, "como se soprasse um vento impetuoso". "Línguas de fogo" pousaram sobre os apóstolos e todos ficaram repletos do Espírito Santo e começaram a falar em diversas línguas.

Pentecostes é a coroação da Páscoa de Cristo. Nele, acontece a plenificação da Páscoa, pois a vinda do Espírito sobre os discípulos manifesta a riqueza da vida nova do Ressuscitado no coração, na vida e na missão dos discípulos.

Podemos notar a importância de Pentecostes nas palavras do Patriarca Atenágoras (1948-1972): "Sem o Espírito Santo, Deus está distante, o Cristo permanece no passado, o evangelho uma letra morta, a Igreja uma simples organização, a autoridade um poder, a missão uma propaganda, o culto um arcaísmo, e a ação moral uma ação de escravos".

O Espírito traz presente o Ressuscitado à sua Igreja e lhe garante a vida e a eficácia da missão. Dada sua importância, a celebração do Domingo de Pentecostes inicia-se com uma vigília, no sábado. É a preparação para a vinda do Espírito Santo, que comunica seus dons à Igreja nascente.

O Pentecostes é, portanto, a celebração da efusão do Espírito Santo. Os sinais externos, descritos no livro dos Atos dos Apóstolos, são uma confirmação da descida do Espírito: ruídos vindos do céu, vento forte e chamas de fogo. Para os cristãos, o Pentecostes marca o nascimento da Igreja e sua vocação para a missão universal.

Fonte: Shalom

sábado, 22 de maio de 2010

SANTA RITA DE CASSIA

História (resumo)

No dia 22 de maio celebramos a vida santa da esposa, mãe, viúva e depois religiosa : Santa Rita de Cássia que tornou-se popular pela sua intercessão em casos impossíveis.
Nascida em 1381 de uma pobre família que muito bem comunicou-lhe a riqueza que é viver o Evangelho. Desde pequena manifestava sua grande devoção a Nossa Senhora, confiança na intercessão de São João Batista e de Santo Agostinho.

No coração de Santa Rita crescia o desejo da vida religiosa, porém foi casada pelos pais com Paulo Ferdinando, que de início aparentava de boa índole, porém começou a se mostrar grosseiro, violento e fanfarrão.Santa Rita de Cássia grande intercessora sofreu muito com o esposo, até que este foi assassinado e acabou gerando nos dois filhos gêmeos grande revolta e vontade de vingança.
Santa Rita de Cássia se entregava constantemente a oração, e ao testemunho de caridade, tanto que perdoou o esposo e assassinos, mas infelizmente perdeu cedo os filhos. Como viúva conseguiu a graça de entrar na vida religiosa. Chagada, e em meio a novas situações humanamente impossíveis, conseguiu superar com a graça de Deus todos os desafios pela santidade.
Fonte: Angelfire

quinta-feira, 20 de maio de 2010

OS QUATRO DEGRAUS DA "LECTIO DIVINA"

Os quatro degraus da “Lectio Divina”


Os passos da leitura espiritual, segundo Dom Orani João Tempesta, O. Cist.

RIO DE JANEIRO,

- Apresentamos, a seguir, o artigo de Dom Orani João Tempesta, O. Cist., arcebispo do Rio de Janeiro, sobre como orar segundo o método da Lectio Divina, tema abordado na 48ª Assembleia dos Bispos do Brasil, celebrada em Brasília de 3 a 13 de maio.

* * *

A LECTIO DIVINA

A "Lectio Divina" é uma expressão latina já presente e consagrada no vocabulário católico, que pode ser traduzida como "leitura divina", "leitura espiritual", ou ainda como ocorre hoje em nosso país e em vários escritos atuais, como "leitura orante da Bíblia". Ela é um alimento necessário para a nossa vida espiritual. A partir deste exercício, conscientes do plano de Deus e a Sua vontade, pode-se produzir os frutos espirituais necessários para a salvação.

A Lectio Divina é deixar-se envolver pelo plano da Salvação de Deus. Os princípios da Lectio Divina foram expressos por volta do ano 220 e praticados por monges católicos, especialmente as regras monásticas dos santos: Pacômio, Agostinho, Basílio e Bento. O tempo diário dedicado à lectio divina sempre foi grande e no melhor momento do dia. A espiritualidade monástica sempre foi bíblica e litúrgica. A sistematização do método da lectio divina nós encontramos nos escritos de Guigo, o Cartucho, por volta do século XII.

A Lectio Divina tradicionalmente é uma oração individual, porém, pode-se fazê-la em grupo. O importante é rezar com a Palavra de Deus, lembrando o que dizem os bispos no Concílio Vaticano II, relembrando a mais antiga tradição católica - que conhecer a Sagrada Escritura é conhecer o próprio Cristo. Monges diziam que a Lectio Divina é a escada espiritual dos monges, mas é também de todo o cristão. O Papa Bento XVI fez a seguinte observação num discurso de 2005: "Eu gostaria, em especial, recordar e recomendar a antiga tradição da Lectio Divina, a leitura assídua da Sagrada Escritura, acompanhada da oração que traz um diálogo íntimo em que na leitura, se escuta Deus que fala e, rezando, responde-lhe com confiança a abertura do coração".
O Concílio Vaticano II, em seu decreto Dei Verbum 25, ratificou e promoveu, com todo o peso de sua autoridade, a restauração da Lectio Divina, retomando essa antiquíssima tradição da Igreja Católica. O Concílio exorta igualmente, com ardor e insistência, a todos os fiéis cristãos, especialmente aos religiosos, que, pela frequente leitura das divinas Escrituras, alcancem esse bem supremo: o conhecimento de Jesus Cristo (Fl 3,8). Porquanto, "ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo" (São Jerônimo, Comm. In Is., prol).

O método mais antigo e que inspirou outros mais recentes, é que, seja pessoalmente, em comunidade ou no círculo bíblico nós comecemos a reflexão com a Palavra de Deus e que, depois da invocação do Espírito Santo, segue os passos tradicionais: 1- Lectio (Leitura); 2- Meditatio (Meditação); 3- Oratio (Oração) e 4- Contemplatio (Contemplação). Existem outros métodos que, inspirados aqui, procuram ajudar o cristão a acolher em sua vida a Palavra de Deus e a colocar em prática no seu dia a dia. Em nossa 48ª Assembleia dos Bispos do Brasil, celebrada em Brasília de 3 a 13 de maio último, além de tratar como tema central a "Palavra de Deus", proporcionou aos Bispos, na manhã do domingo, dia 9, um tempo para lerem, meditarem e rezarem com esse método. A mensagem que foi publicada sobre o tema central está baseada justamente nesse clima. Chegou o momento de passarmos a colocar em nossos grupos de reflexão, círculos bíblicos e outros grupos a Palavra de Deus como fonte de reflexão e inspiração para iluminar a nossa realidade concreta.

O método tradicional é simples: são quatro degraus - "a leitura procura a doçura da vida bem-aventurada; a meditação a encontra; a oração a pede, e a contemplação a experimenta. A leitura, de certo modo, leva à boca o alimento sólido, a meditação o mastiga e tritura, a oração consegue o sabor, a contemplação é a própria doçura que regala e refaz. A leitura está na casca, a meditação na substância, a oração na petição do desejo, a contemplação no gozo da doçura obtida." (Guigo, o Cartucho, Scala Claustralium).

Portanto, quanto à leitura, leia, com calma e atenção, um pequeno trecho da Sagrada Escritura (aconselha-se que nas primeiras vezes utilizem-se os textos dos Evangelhos). Leia o texto quantas vezes e versões forem necessárias. Procure identificar as coisas importantes desta perícope: o ambiente, os personagens, os diálogos, as imagens usadas, as ações. É importante identificar tudo com calma e atenção, como se estivesse vendo a cena. A leitura é o estudo assíduo das Escrituras, feito com aplicação de espírito.

Quanto à Meditatio, começa, então, diligente meditação. Ela não se detém no exterior, não pára na superfície, apóia o pé mais profundamente, penetra no interior, perscruta cada aspecto. Considera atenta sobre o que esta Palavra está iluminando minha vida e a realidade em que vivo hoje. Quais são as circunstâncias que ela me questiona e me incentiva? Depois de ter refletido sobre esses pontos e outros semelhantes no que toca à própria vida, a meditação começa a pensar no prêmio: Como seria glorioso e deleitável ver a face desejada do Senhor, mais bela do que a de todos os homens (Sl 45,3), não mais tendo a aparência como que o revestiu sua mão, mas envergando a estola da imortalidade, e coroado com o diadema que seu Pai lhe deu no dia da ressurreição e de glória, o dia que o Senhor fez (Sl 118,24).

Quanto à Oratio, toda boa meditação desemboca naturalmente na oração. É o momento de responder a Deus após havê-lo escutado. Esta oração é um momento muito pessoal que diz respeito apenas à pessoa e Deus. Não se preocupe em preparar palavras, fale o que vai ao coração depois da meditação: se for louvor, louve; se for pedido de perdão, peça perdão; se for necessidade de maior clareza, peça a luz divina; se for cansaço e aridez, peça os dons da fé e esperança. Enfim, os momentos anteriores, se feitos com atenção e vontade, determinarão esta oração da qual nasce o compromisso de estar com Deus e fazer a sua vontade. Vendo, pois, a pessoa que não pode por si mesma atingir a desejada doçura de conhecimento e da experiência, e que quanto mais se aproxima do fundo do coração (Sl 64,7), tanto mais distante é Deus (cf. Sl 64,8), ela se humilha e se refugia na oração. E diz: Senhor, que não és contemplado senão pelos corações puros, eu procuro, pela leitura e pela meditação, qual é, e como poder ser adquirida a verdadeira doçura do coração, a fim de por ela conhecer-te, ao menos um pouco.

Quanto ao último passo, a Contemplatio: desta etapa a pessoa não é dona. É um momento que pertence a Deus e sua presença misteriosa, sim, mas sempre presença. É um momento no qual se permanece em silêncio diante de Deus. Se ele o conduzirá à contemplação, louvado seja Deus! Se ele lhe dará apenas a tranquilidade de uns momentos de paz e silêncio, louvado seja Deus! Se para você será um momento de esforço para ficar na presença de Deus, louvado seja Deus! Mas em todas as circunstâncias será uma maneira de ver Deus presente na história e em nossa vida! "Ele recria a alma fatigada, nutre a quem tem fome, sacia sua aridez, lhe faz esquecer tudo o que não é terrestre, vivifica-a, mortificando-a por um admirável esquecimento de si mesma, e embriagando-a sóbria a torna" (Guido, o Cartucho).

Há uma preocupação grande com a vida prática, com a conversão, de modo que muitas vezes se costuma acrescentar a "actio", ou seja, ação junto com a contemplação. Os temores de uma vida "alienada" podem ser sempre apresentados em todas as circunstâncias, mas quando se aprofunda realmente na Palavra de Deus e se crê que ela é como uma espada de dois gumes que penetra no mais profundo de nosso ser e que também ilumina nossa vida e nosso caminho, teremos certeza de que ela ilumina a nossa estrada e nos conduz com a graça de Deus por uma vida nova.

Portanto, diante deste patrimônio da nossa Igreja que é este método da Lectio Divina, desejo a todos que inspirados na mensagem que os Bispos enviaram acerca do tema central da 48º Assembleia, possamos todos nós aprofundar a Leitura Orante da Bíblia, que, aproximando-nos da Palavra de Deus, encontremos os caminhos da vida dos cristãos hoje, neste início de milênio, que, diante da atual mudança de época, respondamos com uma vida nova, haurida nas escrituras sagradas, que nos comunicam a Palavra eterna, o Verbo eterno, Jesus Cristo, nosso Senhor!

Dom Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro

segunda-feira, 17 de maio de 2010

CONGRESSO EUCARÍSTICO NACIONAL REÚNE MAIS DE 300 MIL PESSOAS - BRASIL

MISSA CONCLUSIVA DO CONGRESSO EUCARÍSTICO NACIONAL REÚNE MAIS DE 300 MIL PESSOAS

................................CATEDRAL DE BRASILIA

Brasília, 16 mai (RV)


- Encerrou-se neste domingo em Brasília o XVI Congresso Eucarístico Nacional, que teve como tema “Eucaristia, Pão da Unidade dos Discípulos Missionários, e o lema Fica conosco Senhor! O evento foi inaugurado quinta-feira à noite, e concluiu-se com uma Santa Missa na Esplanada dos Ministérios presidida pelo enviado especial do Papa Bento XVI, Cardeal Dom Cláudio Hummes. Mais de 300 mil pessoas participaram da celebração, provenientes não só de Brasília mas de todo o Brasil: 300 bispos e 1.500 sacerdotes concelebraram a Missa. O coral de mil vozes, composto por fiéis das 122 paróquias de Brasília (DF), e a orquestra da Escola de Música da capital federal enriqueceram a cerimônia. Dias marcados com atividades de reflexão e estudo sobre temas atuais e relevantes para a vivência do sacramento da Eucaristia, celebrações eucarísticas, adoração ao Santíssimo Sacramento e atividades culturais. Entre esses os Simpósios Teológico e de Bioética. Na manhã de sexta-feira um momento importante do Congresso Eucarístico Nacional a celebração da Santa Missa de Solidariedade com os Excluídos e em especial, com os Catadores de Materiais Recicláveis e Moradores de Rua, no Santuário Nossa Senhora de Fátima. A celebração foi presidida pelo legado do Papa Bento XVI para o CEN, Dom Cláudio Hummes. “Essa celebração – disse ele - é das mais importantes de todo o Congresso Eucarístico Nacional. Hoje, o Congresso está no meio de vocês”, afirmou o purpurado saudando os presentes na Missa. Ainda ontem de manhã, no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, durante uma celebração Eucarística mais de 1.000 crianças receberam a Primeira Comunhão, um momento inesquecível para elas. Tivemos ainda missas em Rito Católico Oriental Armênio e Rito Oriental Melquita. No início da tarde de ontem a procissão até a Esplanada dos Ministérios onde a partir das 19h realizou-se a celebração da Santa Missa com os jovens e em seguida a Vigília de Oração.Retornando aos Simpósios Teológico e de Bioética que se encerraram na manhã de ontem, eis o que nos disse o Coordenador do Simpósio Teológico, o Bispo auxiliar de Goiânia, Dom Waldemar Pasini de Belo.“Estamos reunidos num simpósio para transmitir as verdades eucarísticas. Essa realidade que vivemos aqui e acessível à comunidade que se reúne principalmente no domingo na participação da missa, pois a participação da eucaristia comunica o conteúdo que refletimos aqui e informa porque quem recebe Jesus na eucaristia passa a fazer planos segundo o dom da Eucaristia e assim passamos a andar, a pensar, a rezar e agir como Ele, segundo a realidade eucarística que é Jesus”, disse Dom Waldemar. Durante a conferência do Simpósio Teológico, um dos relatores foi o enviado especial do Papa ao Congresso Eucarístico Nacional, o Cardeal Dom Cláudio Hummes. Com o tema “Eucaristia Pão da Unidade dos Discípulos Missionários”, a conferência contou com a presença de um grande número de sacerdotes, seminaristas e missionários. Já o Simpósio de Bioética discutiu vários temas ligados à vida da concepção à morte natural como também o tema da eutanásia. Conversamos com um dos relatores Prof. Daniel Serrão.


Fonte: RV

domingo, 16 de maio de 2010

"UMA VIAGEM MARAVILHOSA, QUE MOSTRA A GRANDE VITALIDADE DA IGREJA"


PE. LOMBARDI: "UMA VIAGEM MARAVILHOSA, QUE MOSTRA A GRANDE VITALIDADE DA IGREJA"

Cidade do Vaticano,

- O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, de retorno de Portugal, tendo acompanhado a 15ª Viagem Apostólica Internacional de Bento XVI, fez um balanço da mesma para a Rádio Vaticano:
Pe. Federico Lombardi:
- "Podemos dizer que foi uma viagem na qual tudo transcorreu da melhor forma possível, foi uma viagem maravilhosa. Houve um grande acolhimento, caloroso, para além das expectativas dos organizadores.
O Papa ficou muito impressionado, muito contente e confortado. O Santo Padre pôde dar as grandes mensagens que de certo modo lhe haviam sido solicitadas e que eram esperadas pela Igreja portuguesa.
Os bispos portugueses me confirmaram que a presença do mundo da cultura no encontro em Lisboa foi total.
Portanto, foi um encontro de grande significado, diria, de significado histórico, e que expressa a vontade da Igreja de dialogar de modo construtivo com todos aqueles que atuam, que se empenham no mundo do pensamento, da pesquisa, da arte e da criatividade.
São coisas que certamente ficarão por muito tempo para a Igreja portuguesa. Sobretudo com o momento de Fátima, o olhar se estendeu à Europa e ao mundo, porque Fátima é um lugar que realmente assumiu um significado para toda a Igreja presente no mundo inteiro, como momento de encontro e – de certo modo – de comunicação entre o céu e a terra."
P. O Papa foi a Fátima para dizer que o amor de Jesus e por Jesus é a coisa mais importante: tudo parte daí, e a Igreja anuncia e propõe – não impõe – esse amor, em diálogo com o mundo...
Pe. Federico Lombardi:- "Certamente o Papa volta sempre aos pontos essenciais, aos fundamentos da missão da Igreja. O Santo Padre se fez peregrino com esse povo que responde a um chamado feito através de Maria e que leva naturalmente ao centro da nossa fé: ao amor do Filho de Deus, ao acolhimento da Revelação; nesta nossa história concreta."
P. Uma das frases do papa que mais impressionaram foi certamente a de que quem pensa que a profecia de Fátima tenha se concluído, se ilude. O que Bento XVI queria dizer?
Pe. Federico Lombardi:- "O Papa quis dizer uma coisa muito simples: que não devemos mais esperar de Fátima profecias no sentido de anúncio de eventos concretos concernentes aos próximos anos ou ao próximo século. Isso não está em questão. A profecia de Fátima, na perspectiva do Papa, que, aliás, deve ser a nossa perspectiva, significa ter aprendido a ler os eventos da nossa história à luz da fé, ou seja, sob o olhar de Deus, que segue a Igreja e a humanidade a caminho, opera a sua graça para acompanhar aqueles que se dirigem a Ele e nos convida a nos comprometermos nesta história a partir da conversão de nós mesmos para agirmos segundo os critérios do Evangelho. Essa é uma mensagem profética que continua sendo de grande atualidade e o será no futuro."
P. Falando ainda sobre o segredo de Fátima, o Pontífice disse que a grande perseguição contra a Igreja não vem de inimigos externos, mas do pecado dentro dela mesma...
Pe. Federico Lombardi:- "O Papa deu a entender que os sofrimentos, as dificuldades que a Igreja encontra – e se refere exatamente aos abusos sexuais – são algo que a Igreja traz em si: traz em si, infelizmente, também a realidade do pecado. E é justamente por isso que a mensagem de Fátima é extremamente atual e importante, porque nos fala de conversão, de penitência, para renovar-nos de tal modo que o nosso testemunho seja coerente."
P. Também nesta ocasião da viagem a Portugal o Papa sentiu o grande afeto das pessoas...
Pe. Federico Lombardi:- "Sim, realmente sentiu esse afeto de um modo excepcional. E não é a primeira vez. Também na viagem a Malta, bem como na viagem a Turim, mas em particular esta viagem mais ampla, mais prolongada, possibilitou grandes massas, permitiu a presença a um grande número de pessoas. Sabemos que no coração havia um número ainda maior de participação, porque muitos não puderam ir fisicamente encontrar o Papa, porém, acompanharam-no e lhe querem muito bem. De qualquer forma, a grande presença é um sinal eficaz de afeto. Certamente, o Papa gostou e diria que é um fato que demonstrou também a vitalidade da Igreja, a vitalidade da fé simples, mas viva da Igreja portuguesa, e é, portanto, um grande sinal de esperança para a Igreja que caminha." (RL)

Fonte: RV

sábado, 15 de maio de 2010

16º CONGRESSO EUCARÍSTICO NACIONAL - BRASIL

Bispos participam do 16º Congresso Eucarístico Nacional

BRASÍLIA,

- Centenas de bispos participam do 16º Congresso Eucarístico Nacional, que acontece em Brasília, entre os dias 13 e 16 de maio.
Os prelados terminaram nesta quinta-feira, 13, sua 48ª Assembleia Geral, que ocorreu nos dias 4 a 13, no Centro de Treinamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC), em Brasília.
Entrevistados pela assessoria de imprensa da CNBB, os bispos destacaram o Congresso Eucarístico como "valioso para o encontro da Igreja e de toda a sociedade em torno da Eucaristia, pão da unidade".


Leia abaixo, o que disseram os bispos sobre o CEN-2010

Dom Sérgio Eduardo Castriani, bispo da prelazia de Tefé (AM)
Um Congresso Eucarístico como este tem um grande valor em si, que é o encontro das pessoas de todas as partes do Brasil: padres, seminaristas, bispos, religiosos, religiosas, e o povo de Deus que se encontra ao redor da Eucaristia. Coloco em evidência que o centro da vida da Igreja e o fundamento da nossa fé está na celebração do mistério pascal: paixão, morte e ressurreição de Jesus. O CEN é a ocasião para o encontro, mas, sobretudo, para mostrar a identidade da Igreja que brota do mistério pascal de Jesus Cristo. O Congresso Eucarístico é também o momento de aprofundamento de certos temas importantes na Igreja hoje, como é o caso dos simpósios de bioética e teologia.

Dom Pedro Brito Guimarães, bispo da diocese de São Raimundo Nonato (PI)
O Congresso Eucarístico é o momento muito forte de evangelização da Igreja e de mobilização das pessoas que acreditam em Jesus eucarístico, que participam regularmente das missas e daquelas que têm devoção ao Santíssimo Sacramento. É também um convite a toda a sociedade, de modo especial, àquelas pessoas que não participam ou que participam periodicamente dos momentos litúrgicos. Todas são convidadas a refletir sobre um tema tão importante como o desse Congresso, "Eucaristia, Pão da Unidade dos Discípulos e Missionários de Jesus Cristo", porque de fato a eucaristia é o grande sacramento da unidade da Igreja, onde as pessoas participam do mesmo pão e do mesmo vinho, tornando-se irmãos uns dos outros. Esse foi o grande exemplo de Jesus. Ele morreu exatamente para unir as pessoas dispersas.

Dom Itamar Vian, arcebispo de Feira de Santana (BA)
É o momento especial para unir o povo brasileiro em torno daquilo que é o caminho, a verdade e vida: Jesus Cristo. Percebe-se claramente nesse Congresso Eucarístico o profundo desejo de todos os participantes de viverem essa comunhão e unidade, primeiro, na família, depois na comunidade e na sociedade. Só assim é possível resolver os grandes problemas que hoje vivemos em nosso país: da corrupção, da impunidade e da violência. Só colocando o Cristo no centro da família, da sociedade e da comunidade, nós superaremos os grandes desafios nacionais.
Dom Antonino Migliori, diocese de Coxim (MS)
É o momento de encontro, reflexão e meditação sobre o sacramento da eucaristia, que é central na vida da Igreja. Todos nós sabemos que a eucaristia estimula as pessoas a serem missionários e a estarem envolvidas com o anúncio do evangelho e testemunho da vida cristã. O Congresso Eucarístico é um exemplo que damos à sociedade de justiça, solidariedade e fraternidade.

Dom Valdemir Ferreira dos Santos, bispo de Floriano (PI)
A eucaristia é o centro de toda a nossa fé, porque Jesus Cristo não só presente na eucaristia, mas na nossa vida, faz reavivar o dom da fé que há em nós. A eucaristia, como o próprio lema do Congresso Eucarístico nos orienta, "Fica Conosco, Senhor" (cf. Lc 24, 29) - faz lembrar a eucaristia reaviva não somente a esperança do encontro com Jesus Cristo, mas também a alegria de sermos missionários e discípulos de nosso Senhor.
O Congresso é o momento de grande comunhão da Igreja no Brasil.

Fonte: ZENIT.org

sexta-feira, 14 de maio de 2010

PAPA:QUE MINHA VISITA RENOVE ARDOR ESPIRITUAL

CONCLUÍDA VIAGEM DE BENTO XVI A PORTUGAL: QUE MINHA VISITA RENOVE ARDOR ESPIRITUAL


Porto, 14 mai (RV)



- Bento XVI concluiu no final da tarde desta sexta-feira a sua 15ª Viagem Apostólica Internacional, viagem esta que o levou a Portugal, onde se encontrava desde terça-feira passada, dia 11.Após a celebração da santa missa, presidida esta manhã pelo Pontífice, na Avenida dos Aliados, no Porto, Bento XVI seguiu de papamóvel para o Aeroporto Sá Carneiro, onde teve lugar a cerimônia oficial de despedida, com a presença do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e demais autoridades políticas e civis e alguns bispos de Portugal, entre os quais o Patriarca de Lisboa, Cardeal José da Cruz Policarpo.
Ali o Papa proferiu o sétimo e último discurso da sua viagem de quatro dias a Portugal.
Antes disso tiveram lugar as honras militares e a execução dos hinos pontifício e de Portugal:
Em seu discurso, o Presidente português homenageou Bento XVI definindo-o "sábio peregrino que vai ao encontro de todos os homens de boa vontade". Portugal – disse Cavaco Silva dirigindo-se o Papa – foi reforçado pela mensagem de esperança e de confiança que nos deu.
O chefe de Estado pediu ao Santo Padre que tenha Portugal e os portugueses em seu espírito e em suas orações, desejando boa viagem ao Pontífice.
Após saudar o Presidente da República portuguesa, as autoridades, os bispos e demais presentes, o Papa disse:
"No termo da minha visita, repassa no meu espírito a densidade de tantos momentos vividos nesta peregrinação a Portugal. Levo guardada na alma a cordialidade do vosso acolhimento afetuoso, a forma tão calorosa e espontânea como se cimentaram os laços de comunhão com os grupos humanos com quem pude contatar, o empenhamento que significou a preparação e a realização do programa pastoral planeado."
O Pontífice quis no momento da despedida expressar toda sua sincera gratidão ao Presidente do país, aos bispos portugueses, ao Governo e a todos aqueles que se desdobraram em visível dedicação ao longo de toda a sua viagem, estendendo seus agradecimentos aos meios de comunicação social que acompanharam esta sua visita.
"Para todos os portugueses, fiéis católicos ou não, aos homens e mulheres que aqui vivem, mesmo sem aqui terem nascido, vai a minha saudação na hora da despedida" - disse.
Em seguida, Bento XVI quis deixar uma premente exortação a todos os portugueses:
"Não cesse entre vós de crescer a concórdia, essencial para uma sólida coesão, caminho necessário para enfrentar com responsabilidade comum os desafios com que vos debateis.
Continue esta gloriosa Nação a manifestar a grandeza de alma, profundo sentido de Deus, abertura solidária, pautada por princípios e valores bebidos no humanismo cristão. Em Fátima, rezei pelo mundo inteiro pedindo que o futuro traga maior fraternidade e solidariedade, um maior respeito recíproco e uma renovada confiança e confidência em Deus, nosso Pai que está nos céus."
O Santo Padre ainda expressou ter-lhe sido uma alegria ser testemunha da fé e devoção da comunidade eclesial portuguesa. Ter podido "verificar a energia entusiasta das crianças e dos jovens, a adesão fiel dos presbíteros, diáconos e religiosos, a dedicação pastoral dos bispos, a procura livre da verdade e da beleza patente no mundo da cultura, a criatividade dos agentes de pastoral social, a vibração da fé dos fiéis nas dioceses que visitei" - frisou.
O Santo Padre despediu-se dos portugueses manifestando um desejo particular e deixando a todos a Bênção Apostólica:
"O meu desejo é que a minha visita se torne incentivo para um renovado impulso espiritual e apostólico. Que o Evangelho seja acolhido na sua integridade e testemunhado com paixão por todos os discípulos de Cristo, a fim de que se revele como fermento de autêntica renovação de toda a sociedade!
Desça sobre Portugal e todos os seus filhos e filhas a minha Bênção Apostólica, portadora de esperança, de paz e de coragem, que imploro de Deus pela intercessão de Nossa Senhora de Fátima, a quem manifestais tanta confiança e firme amor. Continuemos a caminhar na esperança! Adeus!"
O avião Airbus A320 da TAP trazendo o Papa e comitiva decolou às 14h17 locais, chegando ao Aeroporto Internacional de Roma-Ciampino às 17h40 locais (12h40 de Brasília), de onde Bento XVI se transferiu logo em seguida, de automóvel, de volta para o Vaticano, concluindo assim a sua 15ª Viagem Apostólica Internacional. (RL)




Fonte: RV

quinta-feira, 13 de maio de 2010

BRASILIA - INICIA-SE CONGRESSO EUCARÍSTICO NACIONAL

CONCLUÍDA ASSEMBLEIA DOS BISPOS, INICIA-SE CONGRESSO EUCARÍSTICO NACIONAL


Brasília, 13 mai (RV)

– Concluiu-se nesta manhã no Centro de Treinamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio (CNTC) de Brasília, na festa de Nossa Senhora de Fátima, os trabalhos da 48ª Assembleia Geral da CNBB, em Brasília. Durante 10 dias mais de 300 bispos trataram de diversos temas que giraram em torno do tema central ‘Discípulos e servidores da Palavra de Deus e a Missão da Igreja no mundo’. Os últimos trabalhos de hoje tiveram início com a celebração das Laudes. Antes do meio dia o encerramento dos trabalhos com uma celebração de conclusão conduzida pela presidência da CNBB.Muitos os documentos aprovados nestes dias e para nos fazer uma avaliação do trabalhos, conversamos com o Secretário-Geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa. (Dom Dimas)Concluiu-se a Assembléia dos Bispos e na noite de hoje tem início o XVI Congresso Eucarístico Nacional como o tema “Eucaristia, pão da Unidade dos Discípulos Missionários”.De fato logo mais às 19 horas o anúncio do Jubileu e a Santa Missa de Abertura do Congresso para todos os participantes na Esplanada dos Ministérios. A celebração será presidida pelo enviado especial do Santo Padre, Cardeal Dom Cláudio Hummes, com quem conversamos ontem na sua chegada a Brasília. (Dom Cláudio)Amanhã primeiro dia do Congresso, teremos um dia de dedicado aos sacerdotes, a partir das 8h da manhã até as 14h, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, com a presença do Cardeal-Prefeito da Congregação para o Clero, Dom Cláudio. A iniciativa contará com a participação de bispos, padres e seminaristas de todo o Brasil, por ocasião do Ano Sacerdotal, que se encerrará no próximo dia 11 de junho em Roma.

MEIO MILHÃO NA MISSA EM FÁTIMA

PAPA: MEIO MILHÃO NA MISSA EM FÁTIMA
Fátima, 13 mai (RV)

- Nesta quinta-feira, Dia de Nossa Senhora de Fátima, Bento XVI presidiu à Santa Missa na esplanada do Santuário mariano. Neste ano, celebram-se 10 anos da beatificação de Jacinta e Francisco, 5 anos da morte de Irmã Lucia e o centenário de nascimento de Jacinta. “Vim a Fátima para rezar, com Maria e tantos peregrinos, pela nossa humanidade acabrunhada por misérias e sofrimentos. Enfim, com os mesmos sentimentos dos Beatos Francisco e Jacinta e da Serva de Deus Lúcia, vim a Fátima para confiar a Nossa Senhora a confissão íntima de que «amo», de que a Igreja, de que os sacerdotes «amam» Jesus e n’Ele desejam manter fixos os olhos ao terminar este Ano Sacerdotal, e para confiar à proteção materna de Maria os sacerdotes, os consagrados e consagradas, os missionários e todos os obreiros do bem que tornam acolhedora e benfazeja a Casa de Deus”. Escute a voz do Pontífice: O Papa enfatizou que dentro de sete anos, recordaremos o centenário da primeira aparição de Nossa Senhora aos pastorzinhos Fátima. “Com a família humana pronta a sacrificar os seus laços mais sagrados no altar de mesquinhos egoísmos de nação, raça, ideologia, grupo, indivíduo, veio do Céu a nossa bendita Mãe oferecendo-Se para transplantar no coração de quantos se Lhe entregam o Amor de Deus que arde no seu”. Clique aqui para ouvir: Bento XVI terminou a homilia com o auspício de que os sete anos que nos separam do centenário das Aparições apressem o anunciado triunfo do Coração Imaculado de Maria para glória da Santíssima Trindade.De acordo com as autoridades locais, meio milhão de pessoas participaram da missa, que bateu todos os recordes de participação. Em 2000, durante a última visita de João Paulo II, quando beatificou os videntes Jacinta e Francisco Marto, havia 400 mil fiéis. Um dos cinco cardeais que concelebraram a missa com o Pontífice estava o Cardeal chinês Joseph Zen Ze-Kiun, ex-arcebispo de Hong Kong, que veio especialmente a Fátima para participar. Os outros cardeais são o Secretário de Estado, Tarcisio Bertone, o ex-prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, o português Jose' Saraiva Martins, o arcebispo de Madri, Antonio Maria Rouca Varela e o de Barcelona, Lluis Martinez SistachApós conceder a bênção, no final da cerimônia, o Papa dirigiu uma saudação especial aos enfêrmos, dirigindo uma palavra de ânimo e de esperança a todos os doentes que o acompanhavam através da rádio e da televisão, além de quantos não tiveram sequer esta possibilidade mas estiveram unidos pelos vínculos mais profundos do espírito, ou seja, na fé e na oração. o Santo Padre falou em várias línguas. Em português, o Pontifície disse:"Meu irmão e minha irmã, tens para Deus «um valor tão grande que Ele mesmo Se fez homem para poder padecer com o homem, de modo muito real, na carne e no sangue, como nos é demonstrado na narração da Paixão de Jesus. A partir de então entrou, em todo o sofrimento humano, Alguém que partilha o sofrimento e a sua suportação; a partir de então propaga-se em todo o sofrimento a consolação do amor solidário de Deus, surgindo assim a estrela da esperança» (Bento XVI, Enc. Spe salvi, 39). Com esta esperança no coração, poderás sair das areias movediças da doença e da morte e pôr-te de pé sobre a rocha firme do amor divino. Por outras palavras: poderás superar a sensação de inutilidade do sofrimento que desgasta a pessoa dentro de si mesma e a faz sentir-se um peso para os outros, quando na verdade o sofrimento, vivido com Jesus, serve para a salvação dos irmãos.Como é possível? As fontes da força divina jorram precisamente no meio da fragilidade humana. É o paradoxo do Evangelho. Por isso o divino Mestre, mais do que demorar-Se a explicar as razões do sofrimento, preferiu chamar cada um a segui-Lo, dizendo: «Toma a tua cruz e segue-Me» (cf. Mc 8, 34). Vem comigo. Toma parte com o teu sofrimento nesta obra de salvação do mundo, que se realiza por meio do meu sofrimento, por meio da minha Cruz. À medida que abraçares a tua cruz, unindo-te espiritualmente à minha Cruz, desvendar-se-á a teus olhos o sentido salvífico do sofrimento. Encontrarás no sofrimento a paz interior e até mesmo a alegria espiritual. Queridos doentes, acolhei este chamamento de Jesus que vai passar junto de vós no Santíssimo Sacramento e confiai-Lhe todas as contrariedades e penas que enfrentais para se tornarem – segundo os seus desígnios – meio de redenção para o mundo inteiro. Sereis redentores no Redentor, como sois filhos no Filho. Junto da cruz… está a Mãe de Jesus, a nossa Mãe".Ainda nesta quinta-feira, o Pontífice se reunirá com religiosos portugueses e manterá um encontro com todos os bispos de Portugal. Amanhã irá à cidade do Porto, onde presidirá a Eucaristia antes de partir para Roma.
Fonte: RV

NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

Hoje comemoramos o dia de Nossa Senhora de Fátima.

Clique na foto e saiba tudo a respeito.

A FAMÍLIA CATÓLICA



quarta-feira, 12 de maio de 2010

A MAIOR PERSEGUIÇÃO À IGREJA NASCE DO PECADO EM SEU INTERIOR

A maior perseguição à Igreja nasce do pecado em seu interior
Declarações do Papa no voo rumo a Lisboa


LISBOA, terça-feira, 11 de maio de 2010

- Respondendo a um jornalista no voo que nesta manhã de terça-feira feira o levou a Portugal, Bento XVI explicou que a maior perseguição sofrida pela Igreja nasce do pecado que ocorre em seu interior.
A bordo do Airbus 320 da Alitalia, no início de sua 15ª viagem apostólica internacional - a primeira para Portugal -, Bento XVI respondeu a uma pergunta que muitas pessoas gostariam de ter-lhe feito.
O jornalista perguntou-lhe se seria possível ver na mensagem de Fátima uma alusão ao atentado sofrido por João Paulo II e também aos sofrimentos que a Igreja vive hoje, por conta dos casos de abusos sexuais contra menores cometidos por membros do clero.
Bento XVI respondeu que o que poderia ser descoberto de novo ainda hoje na Mensagem de Fátima é nela se ver a "paixão" que acomete a Igreja, que "se reflete na pessoa do Papa".
"Não vêm apenas de fora os ataques contra o Papa e a Igreja, mas os sofrimentos da Igreja têm origem do interior da própria Igreja, do pecado que existe no seio da Igreja", acrescentou.
"Sempre se soube disso, mas hoje podemos constatar de maneira realmente aterradora: a maior das perseguições contra a Igreja não advém de inimigos externos, mas nasce do pecado no seio da Igreja, e a Igreja, portanto, tem uma profunda necessidade de reaprender a penitência, de aceitar a purificação, de aprender, por um lado, o perdão, mas também a justiça. O perdão não substitui a justiça."
O Papa sustentou que "o Senhor é sempre mais forte que o mal e Nossa Senhora é, para nós, a garantia visível, maternal, da bondade de Deus, que é sempre a última palavra na história".
Anteriormente, o Pontífice havia respondido a uma pergunta sobre a realidade da secularização de Portugal - um país profundamente católico.
Bento XVI reconheceu, em primeiro lugar, a presença ao longo dos séculos de uma "fé corajosa, inteligente e criativa", testemunhada pela nação lusitana também em várias partes do mundo, como no Brasil. Mesmo notando "a dialética entre fé e secularização em Portugal", não faltam pessoas dispostas a "criar pontes" e "criar diálogo" entre as duas posições.
"Penso que é precisamente esta a tarefa, a missão da Europa neste contexto: encontrar este diálogo, integrar fé e racionalidade moderna numa única visão antropológica que complete o ser o humano e torne comunicáveis as culturas humanas", constatou.
"A presença do secularismo é algo normal, mas a separação, a contraposição entre secularismo e a cultura de fé é anômala e deve ser superada - disse o Papa. O grande desafio neste momento é favorecer o encontro dos dois, para que assim se descubra sua verdadeira identidade. Esta é uma missão da Europa e uma necessidade humana em nossa história."
Bento XVI também respondeu a uma pergunta referente à crise econômica, que segundo alguns, coloca em risco a estabilidade da própria União Europeia.
Partindo da doutrina social da Igreja, que convida o positivismo econômico a dialogar com uma visão ética da economia, o Papa confessou que a fé católica tem deixado, com frequência, as questões econômicas de lado para dedicar-se primordialmente "à salvação individual".
"Toda a tradição da doutrina social da Igreja busca ampliar o sentido ético e o da fé, para, além do indivíduo, abordar a responsabilidade do mundo, e uma racionalidade ‘moldada' pela ética. Os últimos eventos ocorridos no mercado, ao longo dos últimos dois ou três anos, têm demonstrado que a dimensão ética está circunscrita e deve estar inserida no agir econômico".
"Apenas dessa forma a Europa cumprirá sua missão", concluiu.

Fonte: ZENIT.org

terça-feira, 11 de maio de 2010

FÉ E AMOR A CRISTO JESUS: NÓS SOMOS A IGREJA

Você sabe quantos Padres temos no Brasil?

DOM EDUARDO PINHEIRO DA SILVA
Bispo Auxiliar de Campo Grande - MS





Até o dia 1º de maio de 2010, a Igreja contava com 18 mil padres no Brasil.
E mais de 100 milhões de fiéis.
Isso significa que cada padre tem que atender a mais de 5555 fiéis.


Agora faça essa conta comigo:

10% de 18 mil padres = 1.800 padres
1% de 18 mil padres = 180 padres
0,1% de 18 mil padres = 18 padres
0,01% de 18 mil padres = 1,8 padres


Quantos padres brasileiros estão envolvidos em escândalos pela mídia?
2 ou 3?


Isso significa menos de 0,02% de todos os padres do Brasil!


E os outros 99,98%?


Nós vamos condenar todos os padres por causa de 2 ou 3?


Nós vamos deixar de acreditar em 11 Discípulos porque Judas traiu Jesus?


Nós vamos deixar de acreditar no Senhor por causa disso?


Deixaremos de ir à Igreja e de comungar por causa da mídia escandalosa?


Pense bem: mesmo você sendo pecador e imperfeito, mesmo com dúvidas, mesmo que você se afaste da Igreja de Cristo, mesmo assim Jesus morreu por você!



JESUS NÃO ESTÁ SÓ NESTA LUTA.
ESTA BATALHA É NOSSA.
É DA IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA.
E, NÓS SOMOS A IGREJA


A FAMÍLIA CATÓLICA

segunda-feira, 10 de maio de 2010

A EUCARISTIA É O CORAÇÃO DO BRASIL - BENTO XVI

BENTO XVI: O CORAÇÃO DO BRASIL É A EUCARISTIA


Cidade do Vaticano, 09 mai (RV)

– O Brasil esteve presente na oração do Regina Caeli, no domingo de ontem, na Praça S. Pedro.
Após a oração mariana, Bento XVI dirigiu uma saudação especial ao povo brasileiro, em vista da realização do XVI Congresso Eucarístico Nacional.Eis as palavras do pontífice: "Dirijo uma saudação especial ao povo brasileiro que vai se reunir na sua capital, Brasília, para celebrar o XVI Congresso Eucarístico Nacional, de quinta-feira a domingo próximos, com a presença do meu Enviado especial, o Cardeal Dom Cláudio Hummes.
No lema do Congresso, aparecem as palavras dos discípulos de Emaús “Fica conosco, Senhor”, expressão do desejo que palpita no coração de todo ser humano.
Possais todos vós, pastores e povo fiel, redescobrir que o coração do Brasil é a Eucaristia.
É justamente no Santíssimo Sacramento do Altar que Jesus mostra a sua vontade de estar conosco, de viver em nós, de doar-se a nós.
A sua adoração leva-nos a reconhecer o primado de Deus, pois só Ele pode transformar o coração dos homens, levando-os à união com Cristo num só Corpo. De fato, ao receber o Corpo do Senhor ressuscitado, experimentamos a comunhão com um Amor que não podemos guardar para nós mesmos: este exige ser comunicado aos demais para assim poder construir uma sociedade mais justa.
Por fim, estando próximo o encerramento do Ano sacerdotal, convido todos os sacerdotes a cultivarem uma espiritualidade profundamente eucarística a exemplo do Santo Cura D’Ars que, buscando unir o seu sacrifício pessoal àquele de Cristo atualizado no Altar, exclamava:
«Como faz bem um padre oferecer-se em sacrifício a Deus todas as manhãs!».
E enquanto invoco, pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, as maiores graças do céu para que alimentados pela Eucaristia, pão da Unidade, se tornem verdadeiros Discípulos Missionários, a todos concedo benevolente Bênção Apostólica".
Fonte: RV

domingo, 9 de maio de 2010

PROGRAMA DA VISITA DE S.S. PAPA BENTO XVI A PORTUGAL

PROGRAMA COMPLETO DA VISITA APOSTÓLICA DE S.S. PAPA BENTO XVI A PORTUGAL, NO 10º ANIVERSÁRIO DA BEATIFICAÇÃO DE JACINTA E FRANCISCO MARTO, PASTORINHOS DE FÁTIMA (11‑14 de Maio de 2010)

PROGRAMA COMPLETO

11 de Maio, terça-feira

ROMA

08.50 – Partida de avião do Aeroporto Internacional Leonardo da Vinci de Fumicino para Lisboa
LISBOA

11.00 – Chegada ao Aeroporto Internacional da Portela, Lisboa
Acolhimento oficial
Discurso do Santo Padre

12.45 – Cerimónia de boas‑vindas, frente ao Mosteiro dos Jerónimos
Breve visita ao Mosteiro dos Jerónimos

13.30 – Visita de cortesia ao Presidente da República, no Palácio de Belém

18.15 – Santa Missa no Terreiro do Paço. Homilia do Santo Padre
Mensagem do Santo Padre comemorativa do 50º aniversário da inauguração do Santuário de Cristo Rei de Almada

12 de Maio, quarta-feira

07.30 – Santa Missa, em privado, na Capela da Nunciatura Apostólica

10.00 – Encontro com o mundo da cultura, no Centro Cultural de Belém
Discurso do Santo Padre

12.00 – Encontro com o Primeiro Ministro, na Nunciatura Apostólica

15.45 – Despedida da Nunciatura Apostólica

16.40 – Partida de helicóptero do Aeroporto Internacional da Portela de Lisboa para Fátima

FÁTIMA

17.10 – Chegada ao heliporto no grande parque do novo Estádio Municipal de Fátima

17.30 – Visita à Capelinha das Aparições
Oração do Santo Padre

18.00
– Celebração das Vésperas com sacerdotes, diáconos, religiosos/as, seminaristas e agentes de pastoral, na Igreja da SS.ma Trindade
Discurso do Santo Padre

21.30 – Bênção das velas, na Capelinha das Aparições
Discurso do Santo Padre. Oração do Rosário

13 de Maio, quinta-feira

10.00 – Santa Missa na esplanada do Santuário de Fátima
Homilia do Santo Padre. Saudações do Santo Padre

13.00 – Almoço com os Bispos de Portugal e com o Séquito Papal no Refeitório da Casa de Nossa Senhora do Carmo

17.00 – Encontro com as Organizações da Pastoral Social, na Igreja da SS.ma Trindade. Discurso do Santo Padre

18.45 – Encontro com os Bispos de Portugal no Salão da Casa de Nossa Senhora do Carmo. Discurso do Santo Padre

14 de Maio, sexta-feira

08.00 – Despedida da Casa de Nossa Senhora do Carmo

08.40 – Partida de helicóptero do heliporto de Fátima para o Porto

GAIA

09.30 – Chegada ao heliporto do Quartel da Serra do Pilar

PORTO

10.15 – Santa Missa na Avenida dos Aliados
Homilia do Santo Padre

13.30 – Cerimónia de despedida no Aeroporto Internacional Sá Carneiro do Porto. Discurso do Santo Padre

14.00 – Partida de avião do Porto para Roma

ROMA

18.00 – Chegada ao Aeroporto de Ciampino, Roma

A FAMÍLIA CATÓLICA

quinta-feira, 6 de maio de 2010

CONGRESSO EUCARISTICO DO BRASIL

Cardeal Hummes, enviado do Papa ao Congresso Eucarístico do Brasil
Encontro se celebrará em Brasília de 13 a 16 de maio


CIDADE DO VATICANO,

.- Bento XVI nomeou no dia 13 de março passado o cardeal Cláudio Hummes, OFM, seu enviado especial às celebrações do XVI Congresso Eucarístico Nacional do Brasil.

A Santa Sé publicou nesta quarta-feira a carta, escrita em latim e com data de 19 de abril, que o Papa escreveu ao cardeal Hummes com motivo deste acontecimento eclesial que terá lugar em Brasília de 13 a 16 de maio.

Na carta, o Papa expressa seu desejo de que o congresso eucarístico, que “se celebrará com a máxima solenidade”, seja muito frutuoso para todos os pastores e fiéis participantes, e o abençoa por intercessão de Nossa Senhora Aparecida.

Também recorda que o evento da próxima semana tem como tema “Eucaristia, Pão da Unidade dos Discípulos Missionários”.

Já no passado 15 de abril, o Papa referiu-se à preparação deste congresso no Brasil, ao receber os bispos da CNBB em visita ad limina.

“‘Fica conosco, Senhor!’ estão rezando os filhos e filhas do Brasil a caminho do Congresso [que se celebrará] daqui a um mês em Brasília, que deste modo verá o jubileu áureo de sua fundação enriquecido com o ‘ouro’ da eternidade presente no tempo: Jesus Eucaristia”, disse então o Papa.
Fonte: Zenith.org

quarta-feira, 5 de maio de 2010

ENTREVISTA: PSICOLOGIA CATÓLICA E ABUSOS SEXUAIS POR PARTE DO CLERO

Psicologia católica e abusos sexuais por parte do clero
Entrevista com Gerard van den Aardweg
Por Genevieve Pollock

I PARTE:

HAARLEM,

-O comportamento pedófilo - como no caso de abusos sexuais de crianças por parte do clero - não se pode equiparar com a homossexualidade, mas pesquisas revelam que ambos tampouco estão desconectados, diz um psicoterapeuta católico.


Gerard van den Aardweg trabalha como terapeuta há quase 50 anos em sua pátria, Holanda. Especializou-se em casos de homossexualismo e de problemas conjugais. Ministrou conferências no mundo todo e escreveu diversos livros sobre homossexualidade e pedofilia, assim como a relação destes temas com outros: a atração homoerótica no sacerdócio, a Humanae Vitae e os efeitos da paternidade homossexual.


Os livros publicados por ele incluem Battle for Normality: Self-Therapy of Homosexuality e On the Origins and Treatment of Homosexuality.


Van den Aardweg foi membro do Comitê Científico Assessor da Associação Nacional para a Pesquisa e Terapia da Homossexualidade, desde que a organização foi fundada em 1992. É também o editor europeu da revista Empirical Journal of Same-Sex Sexual Behavior.
Nesta entrevista concedida a Zenit, fala das formas em que os meios de comunicação podem estar distorcendo os fatos sobre o abuso sexual de menores e os dados empíricos acerca da pedofilia e da homossexualidade.

-Por que houve um estouro de casos de abusos sexuais de menores por parte do clero?

-Van den Aardweg: O estouro de notícias está na atenção dos meios de comunicação sobre o tema. Não devemos confiar nos meios de comunicação nessa matéria, sobretudo nos jornais e nos canais de TV de tendência esquerdista e liberal, porque exploram esses escândalos para sua própria agenda.

Sem dúvida, o escândalo dos abusos sexuais de menores por parte de sacerdotes e religiosos se produziu, no passado, com demasiada frequência, e mais do que muitos pensaram ou acreditaram, e ainda ocorre. No entanto, a situação melhora claramente, e o pico dos abusos se situa aproximadamente entre 1965 e 1990, quer dizer, há 20 anos. Isso não é surpreendente, porque a revolução sexual no mundo secular não se deteve na porta da Igreja. No entanto, isso não quer dizer que esse comportamento fosse típico dos sacerdotes, ou que ocorrem com maior frequência nas paróquias e nos institutos educativos católicos que em outros lugares.

Sem nenhuma intenção de comprovar sua validez, as acusações, maduras ou não, emitem-se indistintamente, como se fossem verdade provada, em um tom agressivo de "justa indignação", frequentemente comentadas de uma maneira hostil à Igreja. Dias após dia se enfatiza a mesma mensagem.

Parece um condicionamento da opinião pública. A associação entre "sacerdote católico" e "abusador de crianças" reforça-se na mente do leitor e do ouvinte e, implicitamente, também a associação entre a "doutrina moral católica sobre a sexualidade" e a "hipocrisia".

-Até que ponto é confiável a informação divulgada atualmente pelos meios de comunicação sobre os abusos a menores na Igreja?

-Van den Aardweg: É verdade que muitos casos graves foram minimizados ou encobertos no passado. Por outro lado, o quadro negro atual dos meios de comunicação está bastante exagerado, uma parte das acusações tem mais caráter de rumores que de fatos concretos. Na Holanda, fazem-se acusações sobre acontecimentos que teriam acontecido há mais de meio século - a maioria das pessoas esperaria todo esse tempo se tivesse sofrido uma injustiça grave?
E não se faz distinção entre os atos de abusos graves, como os de sacerdotes ou religiosos que coagiram física ou psicologicamente uma criança vulnerável em uma relação sexual durante um período longo de tempo, o que frequentemente tem profundos efeitos na vítima, e um contato ocasional ou um intento que não deixa esses rastros.

Como exemplo dessa última categoria, um sacerdote muito popular que ensinava em uma escola secundária tentou impor-se sexualmente em várias ocasiões a uma série de adolescentes, mas simplesmente não o levaram a sério, alguns inclusive lhe deram um tapa na cara quando ele chegou a ser demasiado molesto, e era objeto de piadas.

Em um estudo britânico com jovens adolescentes, 35% deles disseram que tinha sido solicitado por um adulto homossexual (membro da família, professor, líder juvenil, etc) e que só 2% deles tinha acedido.

Este é também um aspecto do problema. O comportamento do professor-sacerdote que acabo de mencionar, obviamente, foi muito reprovável, mas não pode ser igualado com o de um sacerdote ou religioso em um internato que faz o papel de pai carinhoso com uma criança de uma lar destruído, e que logo abusa de sua posição de poder para fazer que seu afeto dependa de que o menino realize seus desejos sujos.

Na Holanda, um ou dois internatos tinha má fama neste sentido. É evidente que alguns membros da direção não eram bons (e tendiam a atrair outros de sua laia), mas em muitos - provavelmente a maior parte - dos demais, as moléstias sexuais foram a exceção.

-O senhor menciona a relação entre as pessoas com tendências homossexuais e as pessoas que abusam de crianças. Alguns líderes da Igreja foram criticados por fazer essa relação. Como psicólogo, o que diz a respeito?

-Van den Aardweg: Os dados sobre as tendências de abuso sexual por sacerdotes nos EUA, onde este tipo de escândalo foi melhor investigado, indicam que 14% das queixas se referiam a crianças até 11 anos de idade, e 51% afetavam pré-adolescentes, e 35% adolescentes entre 15-17 anos de idade. Poderíamos dizer que aproximadamente 20% das reclamações em geral afetava crianças, ou, se quisermos ser mais liberais em nossa definição; podemos estimar que um terço dos casos tecnicamente implicam comportamento pedófilo. De qualquer modo, não são a maioria.
Para os países europeus, as estatísticas não estão ainda disponíveis, mas toda informação parcial de que dispomos aponta a um padrão similar. Ademais, este modelo se confirma para outros grupos de abusadores de crianças do mesmo sexo e adolescentes, em outras palavras, para os professores, líderes juvenis, ou os funcionários dos institutos educativos.

Agora, a sedução e o abuso de meninos adolescentes não costume ser o negócio dos pedófilos. Os pedófilos, em geral, já não se interessam pelas crianças depois que essas entram na fase da puberdade e desenvolvem seus primeiros traços masculinos; é o corpo e a psique infantil o que os atrai.

Suponhamos que também na Europa, ao redor de 20% ou mais - o que não é muito provável - das vítimas de abuso sexual por parte de sacerdotes estivesse claramente abaixo da idade da adolescência e que todos esses sacerdotes abusadores fossem realmente pederastas. Inclusive então, a maior parte dos crimes deve ser atribuída a sacerdotes e religiosos que não eram "pedófilos", mas de fato a pessoas com uma orientação homossexual ordinária.

Isso não é surpreendente. Porque é um fato universal que muitos homossexuais autoidentificados centram-se nos adolescentes - o termo é efebófilos - e, se manifestam seus sentimentos, muitos deles sentem a tentação de seduzir um adolescente se a ocasião se apresenta.

-O senhor disse que sua impressão é que só uns poucos sacerdotes são pedófilos homossexuais, quer dizer, dirigem-se a meninos entre 8 e 11 anos de idade. Como se contam esses poucos homens na estimativa dos cerca de 20% dos casos de abusos sexual de meninos?

-Van den Aardweg: Voltando à relação entre a homossexualidade "normal" e a pedofilia homossexual, muitos homens que se identificam como homossexuais ativos em ocasiões podem também ter-se interessado por um menino que ainda é criança ou pré-adolescente. Aproximadamente uma quarta parte dos homens homossexuais ativos informou de relações sexuais com meninos de 16 anos e de menor idade, incluindo com meninos púberes. Quase a metade dos homens homossexuais ativos, segundo um estudo, informou sobre algum interesse por jovens de apenas 12 anos de idade. Esta porcentagem se pode supor também para os sacerdotes homossexuais ativos.

Esta é uma área nebulosa, também porque, por razões compreensíveis, os homens que se centram principalmente nos adolescentes - os homossexuais tecnicamente efebófilos - não gostam de admitir que, em ocasiões, podem ter sentimentos por meninos ainda mais jovens.
Se o tabu sobre este tipo de relação fosse menos rígido, eu esperaria muito mais comportamento "no limite da pedofilia" e claramente pedófilo por parte dos homens que se interessam pelos adolescentes.

Isso é o que sugerem também as declarações de uma organização oficial gay conhecida como Dutch COC (Clube de Cultura e Ócio). Em 1980 proclamou que, "ao reconhecer a afinidade entre a homossexualidade e a pedofilia, o COC fez muito possivelmente que seja mais fácil para os adultos homossexuais tornarem-se mais sensíveis aos desejos eróticos dos membros mais jovens de seu sexo, ampliando assim a identidade gay". Portanto, afirmava, "a liberação da pedofilia deve ser considerado um assunto gay", e a idade de consentimento deve ser abolida".

Psicologia católica e abusos sexuais por parte do clero

Entrevista com Gerard van den Aardweg

II PARTE

HAARLEM,

- Um jovem que é psicológica e emocionalmente maduro, quando for admitido no seminário, nunca acabará se interessando pela homossexualidade e a pedofilia, afirma um psicoterapeuta católico holandês.

Gerard van den Aardweg trabalha como terapeuta há quase 50 anos em sua pátria, Holanda. Especializou-se em casos de homossexualismo e de problemas conjugais. Ministrou conferências no mundo todo e escreveu diversos livros sobre homossexualidade e pedofilia, assim como a relação destes temas com outros: a atração homoerótica no sacerdócio, a Humanae Vitae e os efeitos da paternidade homossexual.

Os livros publicados por ele incluem Battle for Normality: Self-Therapy of Homosexuality e On the Origins and Treatment of Homosexuality.

Van den Aardweg foi membro do Comitê Científico Assessor da Associação Nacional para a Pesquisa e Terapia da Homossexualidade, desde que a organização foi fundada em 1992. É também o editor europeu da revista Empirical Journal of Same-Sex Sexual Behavior.
-Voltando aos problemas no clero, diria que o abuso aumentou porque homens com tendências preexistentes foram admitidos no sacerdócio, ou há fatores que contribuem para este tipo de comportamento com o passar do tempo?

-Van den Aardweg: Um jovem que é psicológica e emocionalmente maduro, quando for admitido no Seminário, nunca acabará se interessando pela homossexualidade e a pedofilia. Se se sentir excitado sexualmente e alimentar seus sentimentos, buscará uma mulher.

A "orientação" para crianças ou adolescentes nos sacerdotes que abusaram dos jovens nunca se origina durante os anos de Seminário ou durante o sacerdócio. Em alguns casos, inicialmente pode ter sido mais ou menos latente, fraca, mas sempre esteve essa lacuna em seus sentimentos, a falta de sentimentos normais heterossexuais.

Em determinadas circunstâncias, ao ter contato com jovens, ou durante um período de desilusão ou solidão, o adormecido desejo homossexual pode-se inflamar.

Outros sacerdotes talvez sempre foram conscientes de sua atração pelos homens, mas se estruturam para viver com ela sem exteriorizá-la. No entanto, cada vez que se sente incapaz de fazer frente às demandas ou desilusões de sua profissão, em um mau momento poderia começar seja folheando revistas pornográficas - em nossos dias, em um site pornográfico da internet - ou começar a consumir álcool, a se consolar e entregar-se a fantasias sexuais, com o que vai de mau a pior.

A homossexualidade é mais que um problema sexual. É parte de uma variante específica da imaturidade da personalidade, e entre seus sintomas mais frequentes estão a falta de força de caráter, a solidão interior, as dificuldades para a formação de vínculos de amizade madura, a ansiedade e a depressão. Assim, o estresse, em todas as suas formas, pode debilitar a resistência do homem a entregar-se a seus desejos.

Outros fatores importantes que diminuem o umbral de resistência são a falta de apoio pessoal e a falta de direção espiritual regular de que tanto necessitam; a lassidão da vida interior, espiritual, o abandono da confissão regular, o mau exemplo de outros sacerdotes em seu entorno que levam uma vida dupla, e o estar exposto a teorias morais permissivas sobre a sexualidade em geral e sobre a normalidade da homossexualidade.

Neste sentido, a atitude crítica de muitos teólogos e sacerdotes ao celibato e, sobretudo à Humanae Vitae, foi um fator eficaz na debilitação da resistência de muitos sacerdotes para condutas sexuais inadequadas, seguramente no caso de muitos com desejos homossexuais.
Como o Papa Paulo VI mesmo explicava nesta encíclica, dissociar a sexualidade da reprodução na relação entre o homem e a mulher teria como consequência a aprovação de outras formas de sexo estéril como a homossexualidade.

Muitos dos escândalos sexuais que finalmente desencadearam a reação pública nos EUA, fato que está atualmente continuando na Europa, e que serve de tão abundante material para a propaganda anti-católica, são uma consequência lógica de décadas de rejeição aberta e de ignorar tacitamente a Humanae Vitae e a visão cristã da sexualidade que subjaz nela por parte de importantes sacerdotes, moralistas e bispos.

Não se pode esperar que muitos sacerdotes e religiosos com debilidades, como os desejos homossexuais - e em ocasiões pedófilos - perseverem em sua luta interior pela castidade quando constantemente escutam dizer que quase tudo é correto na vida heterossexual, matrimonial ou não: "por que deve ser o único ao que não está permitido só ocasionalmente dar-se um inocente prazer sexual se não causa dano a ninguém?"

-Os meios de comunicação rara vez centram-se no papel da psicologia nos casos de abusos sexual. Que o senhor diria do papel da psicologia nesses casos?

-Van den Aardweg: Apesar de toda crítica atual, não há provas de que a maioria dos casos de má conduta sexual por parte de sacerdotes no passado mais remoto, e inclusive entre 1960-1980, manejaram-se mal e de maneira irresponsável.

Frequentemente se buscou um compromisso prudente entre a necessidade de proteger os menores, a "ressocialização" do delinquente, e o controle dos danos sobre a paróquia, diocese, instituto.

A terapia - ou, em todo caso, as séries de conversações com os profissionais - foi uma das medidas padrão. Este enfoque não foi diferente do utilizado em casos similares nas instituições leigas, salvo que o castigo era eclesiástico.

Olhando para trás, este manejo pode ter sido adequado em muitos casos, mas frequentemente não era. Uma das razões da insuficiência desses procedimentos foi a ingenuidade das autoridades da Igreja ante os desvios sexuais.

A tendência foi subestimar a gravidade dos delitos, e crer que um delinquente com boas intenções, que, por outro lado, tinha ido se confessar e tinha prometido corrigir-se, merece caridade e confiança mais que qualquer outra coisa, e tinha de lhe ser dada uma segunda oportunidade.

Sobretudo as autoridades da Igreja - não menos que as autoridades judiciais leigas - compartilhavam uma confiança demasiado otimista nas pujantes ciências psicológicas e psiquiátricas. Encomendar um caso de abuso sexual a um psiquiatra ou psicólogo era visto como a garantia mais sólida contra a reincidência.

Isso definitivamente não era uma garantia, e continua não sendo. O efeito de longo prazo da psicoterapia ou da medicação em muitos casos de delinquentes sexuais é mínimo, também porque a motivação de uma pessoa para lutar a dura batalha consigo mesma pode ser bastante artificial e dependente da pressão das circunstâncias.

Por outro lado, parece que, mais ou menos desde finais dos anos 60, a resposta a estes delitos converteu-se em muitos setores da Igreja - não em todos - cada vez em mais insuficiente, frágil, negligente.

A tendência leiga da psicologia era a de enfatizar o aspecto de enfermidade mental dos delinquentes em geral - pacientes, vítimas da educação, etc. - em vez de em sua responsabilidade ante seu comportamento imoral.

O elemento de disciplina e castigo - no caso dos sacerdotes e religiosos, a penitência - era impopular, e isso se acrescentou frequentemente a uma flagrante falta de consideração dos sofrimentos e das necessidades das vítimas desses delitos.

A psicologia tem uma grande responsabilidade sobre essa visão distorcida e ideológica, e sem nenhuma dúvida afetou profundamente na forma em que as autoridades da Igreja reagiram às acusações de abusos sexuais que se lhes apresentaram, em sua conduta perante os membros do clero que cometeram abusos sexuais, e na atitude de muitos conhecidos homens da Igreja e teólogos para com homossexuais em geral e sacerdotes homossexuais em particular. Um fator importante nisso foi também o medo dos meios de comunicação, da opinião pública.

De todos os modos, com frequência, as autoridades olharam para o outro lado quando se lhes apresentaram casos de ‘pedofilia' ou de outras condutas homossexuais de sacerdotes e, se tomaram medidas, com muita frequência o fizeram com "o encobrimento da caridade": não adoram punições, talvez encaminharam para algum centro terapêutico, e, nesses casos, sem verificar os efeitos.

-Alguns criticam a Igreja por que, no passado, permitiu a sacerdotes que tinham cometido abusos regressar ao ministério, após terem participado de sessões de psicoterapia. O senhor acredita que os terapeutas pensavam que esses sacerdotes podiam se curar realmente, e que podia ser confiado a eles o cuidado de crianças e adolescentes?

-Van den Aardweg: Esta crítica é justa. As autoridades, nesses casos, podem ser recriminadas pelo fato de que não tiveram a prudência de esperar uns dois anos, verificar os resultados do tratamento, e que não seguiram pessoal e criticamente o caso. Suas reações muito frágeis foram, em ocasiões, o caminho mais fácil.

Também é verdade que, em geral, os psicoterapeutas tinham, e continuam tendo, muita confiança em suas ideias e métodos. De fato, a psicoterapia pode ajudar um pequeno número de pessoas com inclinações sexuais anormais, como a homossexualidade, a mudar radicalmente e, a uma porcentagem mais elevada, pode apoiar para que seus sentimentos percam intensidade e seu caráter obsessivo, de modo que toda sua estabilidade emocional aumente de um modo considerável. Mas isso com frequência requer anos, e os melhores resultados são experimentados por aqueles que se submetem à terapia por iniciativa própria e não forçados por uma situação externa.

Assim, um cliente que se submete a terapia pode reagir melhor durante a mesma, e isso pode ocasionar que o terapeuta considere prematuramente que está pronto para regressar a sua situação precedente; desse modo, ao ser submetido a uma maior pressão interna e externa, não diminuem as possibilidades de que volte a cair em seus antigos comportamentos.

Isso não é visto só em casos de pessoas com problemas sexuais, mas também em outros casos de neuróticos e delinquentes. De todos os modos, a prudência exige que não se coloquem nunca pessoas com esses comportamentos passados na antiga situação, ao menos durante muitos anos, pois continuam sendo vulneráveis.

-Qual é a atual relação entre as autoridades da Igreja e os psicólogos na hora de trabalhar com sacerdotes pederastas ou homossexuais? Mudou com o passar dos anos?

-Van den Aardweg: Depende das diferentes pessoas com autoridade, mas também da possibilidade de poder contar com psicólogos católicos preparados. Na Europa, já só uns poucos psicólogos trabalham em terapia com pessoas atraídas pelo mesmo sexo, dado que este ramo da terapia está quase fora da lei na União Europeia, que adotou oficialmente a ideologia homossexual.

A terapia dos desvios sexuais é quase vista como uma violação dos direitos humanos. As universidades só transmitem uma visão baseada em slogans politicamente corretos. Isola-se quem poderia oferecer cursos de terapia para profissionais. Só há poucos terapeutas cristãos especializados nesse tema.

Pelo que se refere à Igreja, está aumentando o interesse de cooperar com psicólogos e psiquiatras cristãos/católicos em particular por parte daqueles bispos, superiores de seminários, sacerdotes ou teólogos que apoiam a moral sexual da Igreja.

Outros que se sintam inseguros em suas opiniões sobre esta matéria, ou que tenham medo de enfrentar os meios de comunicação, aos sacerdotes e fiéis liberais, ou a seus próprios teólogos, preferem deixar sem trabalho os psiquiatras e psicólogos que tratam da homossexualidade como uma desordem. Mas creio que algo está mudando para melhor nesse sentido, ainda que de maneira lenta.

Por outro lado, cada vez mais jovens psicólogos e psiquiatras interessam-se pelo que chamamos de "psicoterapia cristã ou católica", quer dizer, métodos baseados em uma visão cristã do ser humano, do matrimônio e da sexualidade, e das desorientações sexuais, e que reconhecem o valor terapêutico do "fator religioso", a conversão, a importância de uma vida interior espiritual, do exercício das virtudes, e da luta contra os vícios, para benefício da saúde e da estabilidade de caráter.

Cada vez mais bispos, teólogos e sacerdotes apoiam a promoção, explicação, aplicação e defesa de toda a doutrina católica sobre a sexualidade e o matrimônio, ou simplesmente fazem da Humanae Vitae uma parte essencial de suas atividades de re-evangelização. Claro está, tentam buscar o conselho e assistência de psicólogos cristãos/católicos, e isso está levando aqui e ali a promover uma cooperação fecunda.

Fonte: ZENIT.org