Santa Sé: há transparência nas operações do banco IOR
O Vaticano manifesta sua confiança na direção
ROMA,
- A Santa Sé expressa sua "maior confiança" no presidente do IOR (Istituto per le Opere Religiose) e recorda sua escolha da "transparência" nas operações.
As autoridades do IOR estão, há algum tempo, realizando contatos e encontros, tanto com o Bando da Itália como com os organismos internacionais competentes - a Organization for Economic Co-operation and Development (OCDE) e o Grupo de Ação Financeira Internacional contra a lavagem de dinheiro (GAFI) - para a inserção da Santa Sé na chamada White List.A Secretaria de Estado divulgou hoje um comunicado no qual indica um artigo do jornal italiano La Repubblica; este, por sua vez, informa sobre uma investigação sobre o presidente do banco, Ettore Gotti Tedeschi, e sobre outro importante cargo.
Segundo o jornal, o motivo seria uma suposta violação da lei italiana contra a lavagem de dinheiro - o decreto legislativo 231 de 2007. O tribunal de Roma reteve de forma "preventiva" 23 milhões de euros do IOR, uma medida que provocou a "perplexidade" do Vaticano.
A Santa Sé dá a conhecer que as informações requeridas pelo tribunal já estavam disponíveis no escritório do Banco da Itália e que "operações análogas acontecem de forma habitual com outros institutos de créditos italianos".
"Com relação ao valor citado, trata-se de transações da tesouraria a instituições creditícias não-italianas, cujo destinatário é o próprio IOR."
"A Santa Sé expressa, por isso, a máxima confiança no presidente e no diretor geral do IOR", conclui a nota.
O IOR, mais conhecido (ainda que erroneamente) como "banco do Vaticano", foi fundado por Pio XII em 1942 e reestruturado por João Paulo II em 1990. Dedica-se à "proteção dos bens móveis e imóveis transferidos ou confiados ao próprio Instituto por pessoas físicas ou jurídicas e destinados a obras de religião ou de caridade".
Os órgãos do Instituto são: a comissão cardinalícia (5 cardeais nomeados pelo Pontífice), 1 prelado, nomeado por esta comissão (que acompanha as atividades do Instituto e participa como secretário das reuniões) e 1 conselho de superintendência.
Este conselho é responsável pela administração e gestão do instituto, além da vigilância e supervisão de suas atividades no campo financeiro, econômico e operativo.
Seus membros devem ser 5 leigos de reconhecida experiência econômico-financeira, nomeados para 5 anos (ainda que prorrogáveis) pela comissão cardinalícia. O papel do conselho de superintendência é comparável ao de um conselho de administração.
Fonte: ZENIT.ORG
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