NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
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CAPELA DE NOSSA SENHORA DA MEDALHA MILAGROSA
Uma Capela cheia de segredos !Você quer descobri-la conosco? Saiba, antes de tudo, que a Casa Mãe da Companhia
das Filhas da Caridade era o antigo "Hotel de Châtillon". Este, foi concedido à Companhia, em 1813, por Napoleão Bonaparte, depois da tormenta da Revolução Francesa. Imediatamente, começa a construção da Capela.A 8 de agosto de 1813, realizou-se a bênção solene da Capela dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Em 1830, aconteceram então as aparições. Aumentou o numero de vocações.Foi necessário transformar a Capela, que passa então por várias modificações. Em 1930, por ocasião do centenário das apariçes, uma nova reforma nos mostra a Capela tal como a vemos hoje.Agora, a você a oportunidade de visitá-la!
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A Igreja cure as feridas e aqueça o coração dos fiéis
A Igreja cure as feridas e aqueça o coração dos fiéis: Papa Francisco à "La Civiltà Cattolica"
Cidade
do Vaticano (RV) -"A Igreja muitas vezes fechou-se em pequenas coisas, em
pequenos preceitos. A coisa mais importante, ao invés, é o primeiro anúncio:
'Jesus Cristo o salvou'." Essa é uma das passagens da longa entrevista ao Papa
Francisco, publicada nesta quinta-feira pela prestigiosa revista "La Civiltà
Cattolica" e, ao mesmo tempo, por outras dezesseis revistas da Companhia de
Jesus.
No longo colóquio de cerca de trinta páginas com o diretor da "La
Civiltà Cattolica", Pe. Antonio Spadaro, o Papa traça um retrato falado de si
mesmo, explica qual é a sua ideia da Companhia de Jesus, analisa o papel da
Igreja hoje, indica as prioridades da ação pastoral e aborda questões sobre o
anúncio do Evangelho.
"Um pecador para quem Deus olhou": assim se define
o Papa Francisco na longa entrevista concedida em seu estúdio privado na Casa
Santa Marta, no Vaticano, durante três encontros, realizados dias 19, 23 e 29 de
agosto. Trinta páginas para contar a sua história de jesuíta, bem como o seu
pensamento sobre a missão da Igreja.
"A capacidade de curar as feridas e
de aquecer o coração dos fiéis, de estar perto, a proximidade... E precisa
começar de baixo": com essas palavras, o Papa explica aquilo de que a Igreja
mais precisa.
"Eu vejo a Igreja como um hospital de campo após uma
batalha. É inútil – diz – perguntar a um ferido grave se tem colesterol e
glicose altos! É preciso curar as feridas. Depois se poderá falar de todo o
restante."
"A Igreja – prossegue – por vezes se fechou em pequenas
coisas, pequenos preceitos. A coisa mais importante, ao invés, é o primeiro
anúncio: 'Jesus o salvou!'. Portanto, os ministros da Igreja, em primeiro lugar,
devem ser ministros de misericórdia" e "as reformas organizativas e estruturais
são secundárias, ou seja, vêm depois", porque "a primeira reforma deve ser a da
atitude".
De fato, para o Papa Francisco "os ministros do Evangelho devem
ser pessoas capazes de aquecer o coração das pessoas, de caminhar com elas na
noite, de saber dialogar e também entrar na noite delas, na escuridão delas sem
perder-se. O povo de Deus – diz - quer pastores e não funcionários ou clérigos
de Estado".
Quanto à pastoral missionária, o Papa explica que não se deve
ter "obsessão pela transmissão desarticulada de um amontoado de doutrina a ser
imposta com insistência". O anúncio missionário se concentra "no essencial" que
é também aquilo que mais atrai, "aquilo que faz arder o
coração".
Portanto, é preciso "encontrar um novo equilíbrio", do
contrário – observa –, "também o edifício moral da Igreja corre o risco de
desmoronar como um castelo de areia", de "perder o perfume do Evangelho". Assim
sendo, a proposta evangélica deve ser "mais simples" e "é dessa proposta que
depois vêm as conseqüências morais".
Em seguida, na entrevista o Papa
Francisco relê a sua história de jesuíta, inclusive em relação a alguns momentos
difíceis: "o meu modo autoritário e rápido de tomar decisões – afirma – levou-me
a ter sérios problemas e a ser acusado de ser ultraconservador".
Uma
experiência difícil que hoje produz fruto: recordando o seu ministério episcopal
na Argentina, diz ter entendido como a "consulta" é importante: "Os
Consistórios, os Sínodos, por exemplo, são lugares importantes para tornar esta
consulta verdadeira e ativa", mas devem ser "menos rígidos na forma". "Quero
consultas reais, não formais", diz.
O Papa fala, ainda, sobre a sua
formação jesuíta, sobre o discernimento e sobre reformas. É sempre necessário
"tempo para colocar as bases de uma mudança verdadeira". "E este é o tempo do
discernimento", afirma, embora "por vezes o discernimento, ao invés, impulsione
a fazer logo aquilo que, na realidade, inicialmente se pensa fazer depois. E foi
o que aconteceu também comigo nestes meses.
No longo colóquio com o
diretor da "La Civiltà Cattolica", Pe. Spadaro, também se faz referência à
Companhia de Jesus, que para o Papa Francisco "é em si mesma descentralizada": o
seu centro é Cristo e a Igreja, dois pontos de referência fundamentais para
poder viver "na periferia", enquanto se colocar a si mesma no centro "como
estrutura bem sólida", "corre o perigo de sentir-se segura e
suficiente".
A imagem da Igreja evocada na entrevista é a expressa no
Concílio Vaticano II na Lumen Gentium "do santo povo fiel de Deus", e "sentir
com a Igreja" para Francisco é "estar neste povo".
Uma Igreja que não
quer reduzir-se a conter "apenas um grupinho de pessoas selecionadas", mas deve
ser uma "Igreja Mãe e Pastora". A Igreja é fecunda, deve sê-lo", diz o Papa
contando que quando se dá conta de "comportamentos negativos de ministros da
Igreja" ou consagradas, a primeira coisa que lhe vem em mente é: "'eis um
solteirão' ou 'eis uma solteirona'". "Não são nem pais, nem mães. Não foram
capazes de dar vida", diz.
Entre outras questões, o diretor da referida
revista jesuíta volta também a temas complexos como divorciados em segunda
união, pessoas homossexuais e pergunta qual pastoral fazer nesses
casos.
"É preciso considerar sempre a pessoa – diz o Pontífice. Aí
entramos no mistério do homem. Na vida Deus acompanha as pessoas, e nós devemos
acompanhá-las a partir da condição delas. É preciso acompanhar com
misericórdia."
Também se faz presente o tema da mulher e o Papa Francisco
evidencia que "o desafio" é "refletir sobre o lugar específico da mulher também
justamente onde se exerce a autoridade nos vários âmbitos da Igreja".
No
final, a conversação chega um aspecto que está muito a peito para o Papa
Francisco, ou seja, que "Deus o encontramos caminhando". "Deus é sempre uma
surpresa – diz – e, portanto, jamais se sabe onde e como encontrá-lo, não é você
quem fixa o tempo nem os lugares do encontro com Ele."
Para o Pontífice,
portanto, é preciso "discernir o encontro": se o cristão "quer tudo preto no
branco", então não encontra nada. A tradição e a memória do passado devem levar
a "abrir novos espaços a Deus".
Com uma visão estática e de involução, se
buscam sempre "soluções disciplinares" ou o passado perdido, "a fé torna-se uma
ideologia entre tantas outras".
"Tenho uma certeza dogmática: Deus está
na vida de toda pessoa", diz o Papa Francisco ressaltando que "mesmo se a vida
de uma pessoa é um terreno repleto de espinhos e ervas daninhas, há sempre um
espaço em que a semente boa pode crescer." Daí, o seu encorajamento: "É preciso
confiar em Deus". (RL)
Fonte:Rádio Vaticano
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