Bento XVI aos sacerdotes (V): vocação vem de Deus
Diálogo entre o Papa e os sacerdotes do mundo inteiro
Diálogo entre o Papa e os sacerdotes do mundo inteiro
CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 21 de junho de 2010
- A falta de vocações hoje é um "problema doloroso" que aflige a Igreja, reconheceu o Papa Bento XVI, na última pergunta durante a vigília realizada em São Pedro no dia 10 de junho, durante o encerramento do Ano Sacerdotal.
A questão apresentada por Anthony Denton, da Austrália, em nome dos sacerdotes da Oceania, supõe "um problema grande e doloroso da nossa época", admitiu Bento XVI.
É "a falta de vocações, razão pela qual as igrejas locais estão em perigo de tornar-se áridas, porque falta a Palavra da vida, falta a presença do sacramento da Eucaristia e dos demais sacramentos".
No entanto, advertiu o Papa, diante desse problema existe uma "grande tentação", que consiste em "transformar o sacerdócio - o sacramento de Cristo, o ser escolhidos por Ele - em uma profissão normal, em um emprego que tem suas horas e que, no resto do tempo, a pessoa pertence somente a si mesma; e fazer isso como qualquer outra vocação: torná-lo acessível e fácil".
Mas - sublinhou - esta "é uma tentação, não resolve o problema".
A propósito disso, citou a história bíblica de Saul, que realiza um sacrifício no lugar do profeta Samuel porque este não se apresenta a tempo antes de uma batalha.
Este rei, explicou o Papa, "pensa em resolver assim o problema, que naturalmente não se resolve, porque tenta fazer o que não pode fazer sozinho; considera-se Deus ou quase Deus; e não se pode esperar que as coisas aconteçam do jeito que Deus quer".
"Assim também nós, se exercêssemos somente uma profissão como as demais, renunciando à sacralidade, à novidade, à diversidade do sacramento que só Deus dá, que pode vir somente da sua vocação e não do nosso fazer, não resolveríamos nada."
O único que é preciso fazer, insistiu, é "rezar com grande insistência, com grande determinação, com grande convicção também", clamar "ao coração de Deus, para que nos dê sacerdotes".
Três conselhos
O Papa indicou três "receitas" para promover as vocações. A primeira: cada sacerdote "deveria fazer o possível para viver seu próprio sacerdócio de tal maneira que este se tornasse convincente".
"Acho que nenhum de nós teria chegado a ser sacerdote se não tivesse conhecido sacerdotes convincentes, nos quais ardia o fogo do amor de Cristo", sublinhou.
A segunda: oração; e a terceira: "ter o valor de falar com os jovens sobre o possível chamado de Deus, porque com frequência uma palavra humana é necessária para abrir a escuta da vocação divina".
"O mundo de hoje é tal que quase parece excluído o amadurecimento de uma vocação sacerdotal; os jovens precisam de ambientes nos quais se viva a fé, nos quais apareça a beleza da fé, nos quais apareça que este é um modelo de vida."
A questão apresentada por Anthony Denton, da Austrália, em nome dos sacerdotes da Oceania, supõe "um problema grande e doloroso da nossa época", admitiu Bento XVI.
É "a falta de vocações, razão pela qual as igrejas locais estão em perigo de tornar-se áridas, porque falta a Palavra da vida, falta a presença do sacramento da Eucaristia e dos demais sacramentos".
No entanto, advertiu o Papa, diante desse problema existe uma "grande tentação", que consiste em "transformar o sacerdócio - o sacramento de Cristo, o ser escolhidos por Ele - em uma profissão normal, em um emprego que tem suas horas e que, no resto do tempo, a pessoa pertence somente a si mesma; e fazer isso como qualquer outra vocação: torná-lo acessível e fácil".
Mas - sublinhou - esta "é uma tentação, não resolve o problema".
A propósito disso, citou a história bíblica de Saul, que realiza um sacrifício no lugar do profeta Samuel porque este não se apresenta a tempo antes de uma batalha.
Este rei, explicou o Papa, "pensa em resolver assim o problema, que naturalmente não se resolve, porque tenta fazer o que não pode fazer sozinho; considera-se Deus ou quase Deus; e não se pode esperar que as coisas aconteçam do jeito que Deus quer".
"Assim também nós, se exercêssemos somente uma profissão como as demais, renunciando à sacralidade, à novidade, à diversidade do sacramento que só Deus dá, que pode vir somente da sua vocação e não do nosso fazer, não resolveríamos nada."
O único que é preciso fazer, insistiu, é "rezar com grande insistência, com grande determinação, com grande convicção também", clamar "ao coração de Deus, para que nos dê sacerdotes".
Três conselhos
O Papa indicou três "receitas" para promover as vocações. A primeira: cada sacerdote "deveria fazer o possível para viver seu próprio sacerdócio de tal maneira que este se tornasse convincente".
"Acho que nenhum de nós teria chegado a ser sacerdote se não tivesse conhecido sacerdotes convincentes, nos quais ardia o fogo do amor de Cristo", sublinhou.
A segunda: oração; e a terceira: "ter o valor de falar com os jovens sobre o possível chamado de Deus, porque com frequência uma palavra humana é necessária para abrir a escuta da vocação divina".
"O mundo de hoje é tal que quase parece excluído o amadurecimento de uma vocação sacerdotal; os jovens precisam de ambientes nos quais se viva a fé, nos quais apareça a beleza da fé, nos quais apareça que este é um modelo de vida."
Fonte: ZENIT.org
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