Na ilha de Creta havia um quadro da Virgem Maria muito venerado pelos milagres atribuída a Virgem Maria.
Um negociante roubou o quadro, pensando no bom preço que receberia por ele, em Roma. Durante a viagem o navio foi atingido por uma tempestade, que ameaçava afundá-lo. Os tripulantes recorreram a Virgem Maria e logo a tormenta parou, permitindo que o navio ancorasse em um porto italiano.
Nesse quadro a Virgem Maria foi representada a meio corpo, segurando o Menino Jesus nos braços. O Menino segura forte a mão da Mãe e observa assustado, dois anjos que lhe mostram os elementos de sua Paixão.
São os Arcanjos Gabriel e Miguel que flutuam acima dos ombros de Maria. A belíssima obra é atribuída ao grande artista grego Andréas Ritzos daquele século e pode ter sido uma das cópias do quadro da Virgem pintado por São Lucas, segundo os peritos.
O ladrão faleceu e a Virgem Maria apareceu a uma menina, filha da mulher que guardava a pintura, avisando que a imagem de Santa Maria do Perpétuo Socorro deveria ir para uma igreja.
O quadro foi então solenemente entronizado na capela de São Mateus, em Roma no ano de 1499 e ai permaneceu durante décadas.
Em 1739, eram os agostinianos irlandeses exilados do seu país, os responsáveis dessa igreja e do convento anexo, no qual funcionava o centro de formação da sua Província, em Roma.
Ali, todos encontravam paz sob a devoção de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
Mas foram designados para a igreja de Santa Maria em Posterula, também em Roma, e para lá também seguiu o quadro da "Virgem de São Mateus".
Mas ali já se venerava Nossa Senhora da Graça. O ícone foi colocado na capela interna e acabou quase esquecido. Isto só não ocorreu, por causa da devoção de um agostiniano remanescente do antigo convento.
Mais tarde, já idoso ele quis cuidar para a devoção de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, não ser esquecida e contou a história do ícone milagroso à um jovem coroinha. Dois anos depois de sua morte, em 1855 os padres redentoristas compraram uma propriedade em Roma, para estabelecer a Casa Generalícia da Congregação fundada por Santo Afonso de Ligório.
Mas não sabiam que aquele terreno era da antiga igreja de São Mateus, escolhida pela própria Virgem para seu santuário. No final desse ano ingressou com a primeira turma do noviciado aquele jovem coroinha.
Em 1863, já padre, ajudou os redentoristas a localizarem o ícone de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, depois da descoberta oficial dessa devoção nos livros antigos da igreja de São Mateus. O quadro entregue pelo próprio Papa Pio I, com a especial recomendação: "Fazei que todo o mundo A conheça", foi entronizado no altar-mor do seu atual santuário, em 1866.
Outras cópias seguiram com esses missionários para a divulgação da devoção a partir das novas províncias instaladas por todo o mundo.
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi declarada Padroeira dos Redentoristas, sendo celebrada no dia 27 de junho.
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