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Uma Capela cheia de segredos !Você quer descobri-la conosco? Saiba, antes de tudo, que a Casa Mãe da Companhia das Filhas da Caridade era o antigo "Hotel de Châtillon". Este, foi concedido à Companhia, em 1813, por Napoleão Bonaparte, depois da tormenta da Revolução Francesa. Imediatamente, começa a construção da Capela.A 8 de agosto de 1813, realizou-se a bênção solene da Capela dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Em 1830, aconteceram então as aparições. Aumentou o numero de vocações.Foi necessário transformar a Capela, que passa então por várias modificações. Em 1930, por ocasião do centenário das apariçes, uma nova reforma nos mostra a Capela tal como a vemos hoje.Agora, a você a oportunidade de visitá-la!
http://www.chapellenotredamedelamedaillemiraculeuse.com

Visita a Capela da Medalha Milagrosa, localizada na Rue du Bac, 140 - Paris

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sexta-feira, 1 de agosto de 2008

"A SAGRADA ESCRITURA TRANSFORMOU MINHA VIDA"

Rumo ao Sínodo: «A Sagrada Escritura transformou minha vida»
Entrevista com a professora Nuria Calduch-Benages

Por Miriam Díez i Bosch
ROMA,
- Poucos meses antes do início do Sínodo sobre a Palavra de Deus, a biblista Nuria Calduch-Benages, religiosa catalã que leciona Sagrada Escritura há quase 20 anos na Pontifícia Universidade Gregoriana, compartilha com a Zenit o que é a Sagrada Escritura em sua vida e que expectativa tem diante da assembléia sinodal que acontecerá em Roma durante o mês de outubro e que reunirá bispos e especialistas do mundo inteiro.
«Espero que o trabalho realizado no Sínodo tenha repercussão efetiva em todos os âmbitos da vida da Igreja e que contribua muito para o diálogo inter-religioso, especialmente com o povo judeu», confessa a religiosa das Missionárias Filhas da Sagrada Família de Nazaré, que sabe transmitir com eficácia e entusiasmo seu amor pelo texto sacro.
A professora Calduch colabora com a Federação Bíblica Católica (FBC) e com várias instituições teológicas mundiais.
- Como você descobriu a Sagrada Escritura? Ela mudou sua vida?
- Calduch-Benages: Eu a descobri a partir do Dr. Isidro Goma i Civit, que desde o dia 4 de novembro de 2000 desfruta da companhia do Filho do Homem, como ele gostava de dizer. Eu o conheci quando eu tinha apenas 16 anos. Ainda que nos separavam 40 anos, existia entre nós uma grande sintonia. Ele esteve no colégio onde eu estudava para dar umas palestras bíblicas para um grupo de jovens mais velhos que eu. A verdade é que para mim era difícil acompanhá-lo, porque eu não estava acostumada a ler a Bíblia daquela maneira e menos ainda a brincar com a etimologia das palavras, como ele fazia. Mas justamente por isso, eu colocava todo o meu empenho em entendê-lo. Eu anotava tudo o que ele dizia para depois em casa poder reler tudo; isso sim, depois de ter passado tudo a limpo num caderno reservado para esse fim.
Desses encontros nasceu minha paixão pela Sagrada Escritura. Passaram os anos, eu me formei em Filologia anglo-germânica na Universidade Autônoma de Bellaterra (Barcelona), entrei em minha congregação e alguns anos depois meu sonho se tornou realidade, graças a muitas pessoas que confiaram plenamente em mim.
Eu pude vir a Roma para terminar os estudos de teologia e doutorar-me no Pontifício Instituto Bíblico, sob a guia do professor Maurice Gilbert. Agora, depois de quase 20 anos de docência, posso afirmar que a Sagrada Escritura, sem dúvida alguma, transformou a minha vida.
- Você leciona Sagrada Escritura. Já viu vidas transformadas ao recorrer a essa fonte?
- Calduch-Benages: São muitas as pessoas, alunos e alunas, que passaram pelas minhas aulas. A maioria está composta de pessoas comprometidas na Igreja (sacerdotes, religiosas, leigos e leigas) que se sentem chamadas ou simplesmente são enviadas por seus superiores a estudar a Bíblia. Algumas delas me contaram suas experiências pessoais a partir do contato mais direto e profundo com o texto sagrado.
Impressionou-me muito, por exemplo, a mensagem de agradecimento que recebi de uma antiga aluna da Pontifícia Universidade Gregoriana, alguns meses depois de ela ter concluído sua licenciatura em teologia bíblica. Para ela, freira de um convento de clausura rigoroso, a aventura de estudar em uma universidade foi uma experiência que transformou radicalmente sua vida interior e comunitária. O estudo dos textos bíblicos a ensinou a ler criticamente, a aprender do passado e do presente, a desfrutar a pesquisa, a compartilhar com seus colegas, e sobretudo a abriu amplos horizontes diante do futuro. Agora é ela que guia biblicamente sua comunidade.
- Como é possível lecionar Sagrada Escritura sem cair em um ensino frio, cético, como aquele que é recriminado por alguns alunos?
- Calduch-Benages: Para lecionar qualquer matéria, é preciso acreditar nela, é preciso vivê-la pessoalmente, é preciso pesquisar continuamente e, claro, é preciso gostar de transmiti-la; muito mais quando se trata da Sagrada Escritura, cuja mensagem de vida e esperança tem por objeto aproximar as pessoas de Deus, transformando sua vida interior, suas relações humanas e seu compromisso no mundo.
Os bons professores se distinguem porque, além de saber transmitir conhecimentos e utilizar um determinado método científico, são capazes de transmitir vida e amor pela disciplina que lecionam. Os alunos têm um olfato finíssimo para detectá-los.
- A sagrada Escritura tem muito a dizer às sociedades hipertecnológicas. Que lição você tira dos livros sapienciais para o homem e a mulher contemporâneos?
- Calduch-Benages: Em nosso mundo, a grandeza e importância de um livro antigo freqüentemente se estabelecem com base em sua capacidade de incidir ainda no presente. Neste sentido, os livros sapienciais são certamente de grandíssima atualidade.
Preocupados pelos temas fundamentais da vida humana em toda a sua amplitude e dramatismo, oferecem uma visão humanística e universalista da vida, que é uma das principais características de nossa cultura contemporânea.
Junto à sua dimensão pedagógica e formativa, a sabedoria bíblica é atual enquanto instrumento de diálogo que favorece a aproximação entre pessoas pertencentes a diferentes confissões religiosas.
Os livros sapienciais traduzem em termos e categorias universais as experiências particulares da fé, facilitando assim o diálogo inter-religioso pelo que se interessam não somente as instituições eclesiásticas e os teólogos, mas também muitas pessoas, sobretudo os jovens, com inquietude religiosa e com o desejo de construir um mundo melhor, onde os valores universais predominem sobre os interesses particulares ou partidários.
- Quais são suas expectativas diante do próximo Sínodo sobre a Palavra de Deus?
--Calduch-Benages: Espero que o sínodo multiplique sem medo nem reservas o impulso dado pela constituição dogmática «Sobre a divina revelação», do Vaticano II, conhecida como a Dei Verbum. Espero que ajude os fiéis a encontrar-se sobre tudo pessoalmente com a Palavra de Deus. São muitas as realidades, as tradições, as normas que, inclusive com boa vontade, nos afastam dela.
Espero que o trabalho realizado no sínodo tenha repercussão efetiva em todos os âmbitos da vida da Igreja e que contribua muito para o diálogo inter-religioso, especialmente com o povo judeu.
Fonte: ZENIT.org

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