40 anos da «Humanae Vitae», «sinal de contradição»
Diretor do «L’Osservatore Romano» comenta a encíclica de Paulo VI
Diretor do «L’Osservatore Romano» comenta a encíclica de Paulo VI
CIDADE DO VATICANO,
- «Sinal de contradição»: assim define Giovanni Maria Vian, diretor do «L’Osservatore Romano», a encíclica Humanae Vitae, assinada por Paulo VI em 25 de julho de 1968.
O texto, recorda, «rejeitava a contracepção com métodos artificiais» e ia «contra o hedonismo e as políticas de planejamento familiar, geralmente impostas aos países mais pobres pelos mais ricos».
Logo quando foi publicada, a encíclica suscitou «uma oposição sem precedentes dentro da própria Igreja católica».
O cardeal Joseph em 1995 que «raramente um texto da história recente do Magistério se converteu tanto em sinal de contradição como esta encíclica, que Paulo VI escreveu a partir de uma decisão profundamente sofrida».
Apesar de tudo, o Papa não mudou sua postura. Em 23 de junho de 1978 reafirmou ao colégio cardinalício, «após as confirmações da ciência mais séria», as decisões tomadas então que buscavam afirmar o princípio do respeito às leis da natureza e o «de uma paternidade consciente e eticamente responsabilizada».
No discurso que fez na solenidade de Pedro e Paulo, fazendo uma espécie de balanço de seu pontificado, o Papa Giovanni Battista Montini «citou as encíclicas Populorum Progressio e Humanae Vitae como expressões daquela defesa da vida humana que definiu como elemento imprescindível no serviço à verdade da fé».
A Humanae Vitae, recorda Vian, «é coerente com as importantes novidades conciliares sobre o conceito do matrimônio», mas, sobretudo, foi uma profecia para os tempos atuais.
Frente às «inquietantes evoluções da engenharia genética», se demonstra «lúcida e antecipadora quando declara que ‘se não se quer expor ao arbítrio dos homens a missão de gerar a vida, devem-se reconhecer necessariamente limites intransponíveis no domínio do homem sobre o próprio corpo e as suas funções; limites que a nenhum homem, seja ele simples cidadão privado, ou investido de autoridade, é lícito ultrapassar’».
Apesar dos muitos ataques à que foi definida a «encíclica da pílula», elevaram-se também vozes em favor do que o Papa escreveu.
No «L’Osservatore Romano» (OR) de 6 de setembro de 1968, Jean Guitton definiu a encíclica ferme mais non fermée (firme, mas não fechada), pois mostra que o «caminho estreito» do Evangelho é «o caminho aberto ao futuro».
O cardeal jesuíta Jean Daniélou, por sua vez, sublinhava que o documento «nos fez sentir o caráter sacro do amor humano», expressando uma «revolta contra a tecnocracia».
O diretor do OR defina a Humanae Vitae como um «autêntico sinal de contradição», sublinhando que «não é lembrada com gosto» «por seu ensinamento exigente contra a corrente» e porque «não é útil ao jogo corrente que põe os papas um contra o outro, método talvez útil do ponto de vista historiográfico para delinear óbvias diferenças, mas que tem que ser rejeitado quando é usado instrumentalmente, como acontece continuamente em todo o panorama da mídia».
Os que apoiaram Paulo VI foram o cardeal Karol Wojtyla, «arcebispo de Cracóvia que teve um papel importante na comissão ampliada e que teria depois inovado muito com seu magistério pontifício sobre o corpo e a sexualidade», e Joseph Ratzinger, «outro purpurado criado por ele».
Este aspecto, conclui Vian, mostra «a vital continuidade da proposta cristã também sobre o problema do controle de natalidade», que em 23 de junho o Papa definia como «extremamente grave» porque «toca os sentimentos e os interesses mais próximos à experiência do homem e da mulher».
O texto, recorda, «rejeitava a contracepção com métodos artificiais» e ia «contra o hedonismo e as políticas de planejamento familiar, geralmente impostas aos países mais pobres pelos mais ricos».
Logo quando foi publicada, a encíclica suscitou «uma oposição sem precedentes dentro da própria Igreja católica».
O cardeal Joseph em 1995 que «raramente um texto da história recente do Magistério se converteu tanto em sinal de contradição como esta encíclica, que Paulo VI escreveu a partir de uma decisão profundamente sofrida».
Apesar de tudo, o Papa não mudou sua postura. Em 23 de junho de 1978 reafirmou ao colégio cardinalício, «após as confirmações da ciência mais séria», as decisões tomadas então que buscavam afirmar o princípio do respeito às leis da natureza e o «de uma paternidade consciente e eticamente responsabilizada».
No discurso que fez na solenidade de Pedro e Paulo, fazendo uma espécie de balanço de seu pontificado, o Papa Giovanni Battista Montini «citou as encíclicas Populorum Progressio e Humanae Vitae como expressões daquela defesa da vida humana que definiu como elemento imprescindível no serviço à verdade da fé».
A Humanae Vitae, recorda Vian, «é coerente com as importantes novidades conciliares sobre o conceito do matrimônio», mas, sobretudo, foi uma profecia para os tempos atuais.
Frente às «inquietantes evoluções da engenharia genética», se demonstra «lúcida e antecipadora quando declara que ‘se não se quer expor ao arbítrio dos homens a missão de gerar a vida, devem-se reconhecer necessariamente limites intransponíveis no domínio do homem sobre o próprio corpo e as suas funções; limites que a nenhum homem, seja ele simples cidadão privado, ou investido de autoridade, é lícito ultrapassar’».
Apesar dos muitos ataques à que foi definida a «encíclica da pílula», elevaram-se também vozes em favor do que o Papa escreveu.
No «L’Osservatore Romano» (OR) de 6 de setembro de 1968, Jean Guitton definiu a encíclica ferme mais non fermée (firme, mas não fechada), pois mostra que o «caminho estreito» do Evangelho é «o caminho aberto ao futuro».
O cardeal jesuíta Jean Daniélou, por sua vez, sublinhava que o documento «nos fez sentir o caráter sacro do amor humano», expressando uma «revolta contra a tecnocracia».
O diretor do OR defina a Humanae Vitae como um «autêntico sinal de contradição», sublinhando que «não é lembrada com gosto» «por seu ensinamento exigente contra a corrente» e porque «não é útil ao jogo corrente que põe os papas um contra o outro, método talvez útil do ponto de vista historiográfico para delinear óbvias diferenças, mas que tem que ser rejeitado quando é usado instrumentalmente, como acontece continuamente em todo o panorama da mídia».
Os que apoiaram Paulo VI foram o cardeal Karol Wojtyla, «arcebispo de Cracóvia que teve um papel importante na comissão ampliada e que teria depois inovado muito com seu magistério pontifício sobre o corpo e a sexualidade», e Joseph Ratzinger, «outro purpurado criado por ele».
Este aspecto, conclui Vian, mostra «a vital continuidade da proposta cristã também sobre o problema do controle de natalidade», que em 23 de junho o Papa definia como «extremamente grave» porque «toca os sentimentos e os interesses mais próximos à experiência do homem e da mulher».
Fonte:ZENIT.org
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