RELIGIOSA ESTUPRADA DEPÕE NA POLÍCIA, MAS NÃO RETORNA A ORISSA
di De Andrade
Nova Délhi,
– Ir. Meena e Pe. Thomas Chellan narraram as violências que sofreram na noite em que foram assaltados por fundamentalistas hinduístas. A religiosa permanecerá em Nova Délhi, Índia, mas não participará da acareação programada para esta quarta-feira, em Baliguda. A quase três meses do assalto de que foram vítimas, Ir. Meena Barwa e Pe. Thomas Chellan reviveram com detalhes, os angustiantes momentos que passaram nas mãos dos extremistas hinduístas. Eles estão entre as primeiras vítimas cristãs a sofrerem ataques dos hinduístas.O inspetor-geral Arun Ray confirmou que a religiosa e o sacerdote _ ela foi vítima de estupro e ambos foram brutalmente espancados _ fizeram suas declarações perante os agentes da polícia de Orissa, que foram até Nova Délhi apenas para ouvi-los.A religiosa, ainda provada pelas violências sofridas, reafirmou que não deseja retornar a Baliguda, distrito de Kandhamal, onde se realizaria, nesta quarta-feira, a acareação, para identificar os autores do estupro. Ela sempre se disse contrária a um eventual retorno a Orissa, alegando não confiar nos policiais locais que, segundo ela, teriam acobertado os autores das violências sofridas por ela e Pe. Chellan.Entretanto, nesta terça-feira, chegou a Orissa uma delegação de ministros do Governo central da Índia, para visitar os locais onde ocorreram os massacres dos cristãos. A delegação é composta pelo ministro da Agricultura, Sharad Pawar, pelo ministro da Justiça Social, Meira Kumar, e pelo ministro para as Questões Tribais, P.R. Kyndiah. Os ministros visitaram também o "Jalespata ashram", em Tumudibandha, onde foi assassinado o líder fundamentalista hinduísta Lakshmanananda Saraswati e quatro de seus adeptos, assassinato que deu origem à campanha de violência dos extremistas contra os cristãos. (AF)
Fonte:RV
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