DISCURSO DE DESPEDIDA: RETROSPECTIVA DA VIAGEM DO PAPA À FRANÇA
Lourdes, 16 set (RV)
– Enquanto o Papa descansa, em Castel Gandolfo, depois da maratona de quatro dias à França, recordamos a cerimônia de despedida, que se realizou, ontem, no aeroporto de Tarbes-Lourdes-Pirineus, na presença do primeiro-ministro, François Fillon.
Ali Bento XVI fez uma retrospectiva destes quatro dias de visita à França:No momento de deixar a terra francesa, fico muito agradecido por terem vindo despedir-se de mim. Assim, vocês me dão a oportunidade de afirmar, mais uma vez, que esta viagem a este país alegrou meu coração.
Por seu intermédio, senhor Primeiro-Ministro, envio minhas saudações ao Presidente da República e aos membros do governo, assim como às autoridades civis e militares que não pouparam esforços para contribuir para o bom andamento destes dias de graça.
Depois, o Santo Padre expressou sincera gratidão aos irmãos no episcopado, ao cardeal Vingt-Trois e a Dom Jacques Perrier, bispo de Lourdes, assim como à Conferência Episcopal da França. O Papa recordou ainda, com reconhecimento, as autoridades de Paris e Lourdes, como também as Forças da Ordem, os voluntários e todos os trabalharam, com dedicação e esmero, pelo êxito de seus quatro dias de visita à França. E acrescentou:Minha viagem foi como um díptico: a primeira parte foi Paris, cidade que conheço muito bem e lugar de muitas reuniões importantes. Tive a oportunidade de celebrar a Eucaristia no marco prestigioso da Esplanada dos Inválidos e de encontrar um povo vivo, orgulhoso e ciente da sua fé. Vim encorajá-los a perseverar em sua fé, vivendo os ensinamentos de Cristo e de sua Igreja.
A seguir, Bento XVI lembrou as Vésperas com os sacerdotes, religiosos, religiosas, diáconos e seminaristas, alentando-os em sua vocação de servir a Deus e ao próximo. Recordou também momento, embora breve, mas intenso, com os jovens na Praça de Notre-Dame, cujo entusiasmo e carinho o reconfortaram. Enfim, o Papa dirigiu seu pensamento aos significativos encontros com o mundo da cultura, no Instituto de França e no Colégio dos Bernardinos, ocasião em que pôde reafirmar que “a cultura e seus intérpretes são os vetores privilegiados do diálogo entre a fé e a razão, entre Deus e o homem”.Depois, o Santo Padre passou à segunda parte do que chamou de díptico: Lourdes, a cidadezinha nos Pirineus, principal etapa da sua viagem pastoral à França:Lourdes, lugar emblemático, que atrai e encanta os fiéis, é como uma luz na escuridão da nossa busca de Deus. Ali, Maria abriu uma porta para o além, que nos questiona e nos seduz: Maria, Porta caeli (Porta do Céu). Freqüentei a sua escola, durante estes dias.
Visitei Lourdes para celebrar os 150 anos das aparições marianas. O Papa continuou explicando que “na gruta de Massabielle”, onde Maria apareceu a Bernadete, rezou por todos: pela Igreja, pela França e pelo mundo. As duas Eucaristias celebradas em Lourdes lhe permitiram unir-se aos peregrinos.
De fato, como peregrino entre os peregrinos, o Pontífice acompanhou as quatro etapas do Caminho do Jubileu das Aparições, visitando a igreja paroquial, onde Bernadete foi batizada; a casa, onde viveu a sua família; a Gruta de Massabielle, onde a Virgem apareceu à pequena vidente; e, finalmente, a Capela onde a menina recebeu a Primeira Comunhão.
Depois, Bento XVI referiu-se à Santa Missa que celebrou, em Lourdes, para os enfermos, que coroou a sua visita à cidade e à França. Durante a celebração, rezou pelos doentes em busca de restabelecimento físico e esperança espiritual. Deus não os esquece, tampouco a Igreja. Por fim, o Papa recordou a procissão de velas e a procissão Eucarística, no gramado do Santuário de Lourdes; o encontro com os bispos da França, que se reúnem, periodicamente, aos pés de Nossa Senhora de Lourdes para rezar, celebrar a Eucaristia, refletir e dialogar sobre sua missão de pastores.
Ao término do seu discurso de despedida de Lourdes e da França, ontem de manhã, no aeroporto local, o Pontífice manifestou seu desejo:Que em solo francês possa reinar a harmonia e o progresso humano; que a Igreja seja fermento na massa para indicar, com sabedoria e sem temor, de acordo com a sua missão, quem é Deus. Chegou o momento de deixá-los. Será que vou voltar a este maravilhoso país? Confio este meu desejo a Deus. Em Roma, estarei próximo de vocês, quando me detiver diante da réplica secular da Gruta de Lourdes, que se encontra no Jardim do Vaticano.
Que Deus os abençoe e obrigado. (MT)
Fonte: RV
Um comentário:
Parabéns. Suas reportagens a respeito da viagem de Bento XVI foram, espetaculares.
Estou fora de nossos pais, a trabalho, faz três anos e meio.
Hoje seu site faz parte de minha vida religiosa.
Por favor, continue assim.
É muito bom, não somente para quem necessita de tais notícias.
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