ANGELUS: APELO DO PAPA PARA QUE SE ADOTEM E APLIQUEM MEDIDAS APTAS A ERRADICAR A FOME E A POBREZA NO MUNDO
Castel Gandolfo,
- "Na próxima quinta-feira, 25 de setembro, se realizará, em Nova York, no âmbito da 63ª sessão da Assembléia Geral da ONU, um encontro de alto nível, para verificar o cumprimento dos objetivos estabelecidos na Declaração do Milênio, de 8 de setembro de 2000. Por ocasião desta importante reunião, que contará com a presença de líderes de todos os países do mundo, gostaria de renovar o meu convite para que se adotem e se apliquem, com coragem, as medidas necessárias para erradicar a extrema pobreza, a fome, a ignorância e o flagelo das pandemias que atingem, sobretudo, as pessoas mais vulneráveis." Este foi o apelo do papa, logo após a oração mariana do Angelus deste domingo. "Tal empenho, ainda que exija particulares sacrifícios, neste momento de dificuldades econômicas mundiais _ ressaltou o pontífice _ não deixará de produzir importantes benefícios para o desenvolvimento das nações que necessitam da ajuda exterior, assim como para a paz e o bem-estar de todo o Planeta. "Falando diante dos milhares de fiéis e peregrinos reunidos no pátio interno da residência pontifícia de verão, Bento XVI fez ainda, outro apelo, desta feita em favor das populações atingidas por catástrofes naturais, no continente americano... "Nas semanas passadas, os países do Caribe _ em particular Haiti, Cuba e República Dominicana _ além do sul dos Estados Unidos, de modo particular o Texas, foram duramente atingidos por violentos furacões. Gostaria, uma vez mais, de assegurar àquelas populações, que eu as recordo de modo especial nas minhas orações. Além disso, faço votos de que cheguem prontamente os socorros às áreas mais atingidas. Queira Deus que, pelo menos em tais circunstâncias, a solidariedade e a fraternidade prevaleçam sobre quaisquer outras razões. "Na alocução que precedeu a oração mariana do Angelus, tomando como ponto de partida o fato que _ quando de sua eleição à cátedra de Pedro, apresentou-se aos fiéis, logo depois, do balcão da basílica vaticana, como "um operário da vinha do Senhor" _ Bento XVI comentou o Evangelho deste domingo, sublinhando que "aquela moeda representa a vida eterna, dom que Deus reserva a todos". E que justamente aqueles que são considerados os "últimos", passam a ser os "primeiros", se aceitam esse dom, enquanto os "primeiros" podem se tornar os "últimos".A parábola evidencia que o patrão não tolera ver ninguém desempregado, à toa, sem nada fazer. Portanto, o "ser chamados" é já a primeira recompensa: poder trabalhar na vinha do Senhor, colocar-se a Seu serviço, colaborar para a realização de Sua obra já consiste, por si só, um prêmio inestimável, que recompensa todo e qualquer cansaço. Todavia, essa mensagem é compreendida somente por quem ama o Senhor e Seu reino. Quem, ao contrário, trabalha somente em troca do pagamento, não se dará conta jamais desse inestimável tesouro."Que a Virgem Maria _ concluiu o papa _ nos ajude a responder "sempre" e "com alegria" o chamado do Senhor, e a encontrar a nossa felicidade no poder trabalhar pelo Reino dos céus. " Horas antes do Angelus, o papa deixara a residência pontifícia de verão, em Castel Gandolfo e, a pé, se dirigira à Catedral de Albano _ Diocese à qual pertence a localidade de Castel Gandolfo, nas proximidades de Roma _ para presidir à cerimônia de dedicação do novo altar-mor, que passou por obras de restauração. (AF)
Fonte: RV
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