PAPA EM PARIS: "SER ANTI-SEMITA É SER ANTICRISTÃO"
Paris,
- Antes do encontro com o mundo da cultura, Bento XVI recebeu brevemente representantes da comunidade judaica, na Nunciatura Apostólica.
Em sua saudação, o pontífice recordou que cristãos e judeus, por causa daquilo que os une e daquilo que os separa, têm uma fraternidade a ser fortificada e a ser vivida. “E sabemos que os laços de fraternidade constituem um contínuo convite a conhecer-se melhor e a respeitar-se”, disse.Por sua própria natureza, a Igreja Católica se sente empenhada a respeitar a Aliança selada pelo Deus de Abraão, de Isaac e Jacó. Espiritualmente, como disse o Papa Pio XI, “nós somos semitas”.
Por isso, afirma o papa, a Igreja se opõe a toda forma de anti-semitismo, para a qual não existe nenhuma justificação teológica aceitável.
Como afirmava o teólogo Henri de Lubac, ser anti-semita significa ser também anticristão. Mais uma vez, disse o papa, sinto o dever de homenagear todos aqueles que morreram injustamente e todos aqueles que trabalharam para que os nomes das vítimas permanecessem presentes na lembrança. “Deus não esquece!”, disse Bento XVI. (BF)
Fonte: RV
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