Decepção pela sentença da Califórnia sobre casamento
Por Carrie Gress
WASHINGTON, segunda-feira, 26 de maio de 2008 (ZENIT.org).
- A rejeição da lei de defesa do casamento na Califórnia representa simplesmente um ativismo judicial descontrolado, afirma o especialista legal Ed Whelan.
Whelan, presidente do «Ethics and Public Policy Center» de Washington, falou com Zenit sobre a sentença do Tribunal Supremo da Califórnia, o qual declarou inconstitucional, por 4 votos contra 3, a Lei Californiana de Defesa do Casamento (CDMA).
A sentença, afirma Whelan, é o esforço do tribunal por permitir o casamento homossexual, «redefinindo, queiram ou não, a instituição social mais fundamental». Cerca de 61% dos californianos votou a favor da CDMA no ano 2000, que definia o casamento como a união entre um homem e uma mulher.
A Casa Branca também atribuiu a sentença ao ativismo judicial. «O presidente Bush sempre acreditou que o casamento é uma instituição sagrada entre um homem e uma mulher. É infeliz que juízes continuem procurando redefinir o matrimônio através de ordens judiciais – sem prestar atenção na vontade do povo», afirmava a secretária de Imprensa, Dana Perino, em uma declaração.
«A decisão de hoje do Tribunal Supremo da Califórnia», continuava a declaração, «mostra que uma emenda constitucional federal é a melhor forma para que as pessoas decidam o significado do casamento. O presidente Bush está firmemente comprometido a proteger a santidade do casamento.»
A vontade das pessoas
Bill May, diretor de «Catholic for the Common Good» de São Francisco, afirmava da sentença: «O Tribunal Supremo da Califórnia deu as costas tanto à vontade do povo como ao interesse comum de cada criança da Califórnia de ter uma mãe e um pai casados».
«Ao desvincular o casamento do interesse público e ao mudar a vontade das pessoas, o tribunal minou o próprio fundamento da sociedade», acrescentava. «A única forma dos californianos poderem mudar essa decisão ultrajante e restaurar o senso comum é aprovando a iniciativa ProtectMarriage.com na votação de novembro. Isso incluiria a definição do casamento na Constituição do estado – subtraindo-a do alcance de juízes e políticos.»
Se os tribunais fossem responsáveis, explicava Whelan, imporiam uma moratória à sentença até novembro, quando os californianos terão a oportunidade de votar a Lei de Proteção do Casamento da Califórnia, que definirá o casamento na Constituição do estado como a união entre um homem e uma mulher.
Tirando proveito da nova sentença, Ellen DeGeneres anunciava durante uma emissão de seu programa televisivo sua intenção de se casar com Portia de Rossi, informava Foxnews. Sem uma moratória dos tribunais, as duas poderão casar-se dentro de um mês.
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