Rabino Artur Schneider, um austríaco que sobreviveu ao holocausto, transferido para os Estados Unidos em 1947. É fundador e presidente da Associação “apelo á consciência”, uma organização não governamental reconhecida pela ONU. O rabino convida os seus inscritos a fazer da cruz, da meia lua e da estrela de David, símbolos de paz, de tolerância, de respeito recíproco. Depois da saudação do Rabino Schneider o Papa leu um breve discurso salientando antes de mais que foi com grande alegria que ali se deslocou poucas horas antes do inicio da celebração da Páscoa judaica, para manifestar á comunidade judaica de Nova Iorque o seu respeito e estima. Sei bem - disse o Papa - que a comunidade judaica deu um valido contributo á vida da cidade, e encorajo-vos a continuar a construir pontes de amizade com todos os muitos e diferentes grupos étnicos e religiosos que vivem ao vosso lado. Asseguro-vos de maneira especial a minha proximidade neste tempo em que vos preparais para celebrar os feitos do Omnipotente e cantar os louvores daquele que realizou tais prodígios para o seu povo. Peço-vos que fazeis chegar as minhas saudações e bons votos aos membros da comunidade judaica. Seja bendito o nome do Senhor.Mais notícias a respeito desta visita
O papa Bento XVI em sua visita, nesta sexta-feira, a sinagoga de East Park em um "gesto de amizade" perante a numerosa comunidade judaica de Nova York, a quem pediu que continue a construir "pontes de amizade" com os outros grupos étnicos e religiosos da cidade.
A visita à sinagoga nova-iorquina não estava prevista em um primeiro momento no programa da viagem do papa aos Estados Unidos e foi incluída de última hora pelo Vaticano como um "gesto de amizade" com os judeus, que nesta sexta-feira iniciam os preparativos para o Pessach (Páscoa judaica), que começa neste sábado.
O papa começou seu discurso exclamando "Shalom", a saudação judia para desejar paz.
"Vim aqui com grande alegria, poucas horas antes do começo da celebração de vossa Pessach para expressar meu respeito e afeto à comunidade judaica de Nova York", afirmou o papa.
O pontífice disse se sentir "comovido" ao lembrar que "Jesus, sendo jovem, escutou as palavras da Escritura e rezou em um lugar como este".
Pontes de amizade
Bento XVI pediu à comunidade judaica de Nova York, que conta com mais de um milhão de integrantes, a "continuar construindo pontes de amizade com os diversos grupos étnicos e religiosos" que vivem na cidade.
O papa ficou cerca de 30 minutos na sinagoga, onde teve breve conversa com os representantes da comunidade.
Oração polêmica
Bento XVI mudou na oração a frase na qual se pedia pela "conversão do povo judeu", que tantas críticas tinha gerado, por "ilumine seus corações para que reconheçam Jesus Cristo como salvador de todos os homens".