Esta será a primeira viagem do chefe da Igreja Católica aos EUA desde os atentados de 2001 e a segurança é muito mais rígida que durante a visita do antecessor, João Paulo 2º, ao país.
A polícia trabalhará em estreita colaboração com os serviços secretos e membros da Guarda Suíça, responsáveis pela proteção do papa, durante os seis dias da estadia do pontífice.
O número de oficiais não foi revelado, mas a polícia anunciou que incluirá homens-rã no East River, franco-atiradores nos terraços, helicópteros e carros blindados.
Brian G. Parr, diretor do serviço secreto para Nova York, responsável pela segurança das personalidades estrangeiras, disse que será adotada uma restrição de vôos a menos de mil metros em três locais que serão visitados pelo papa: o seminário de São José, no sábado de manhã, o "marco zero" e o estádio dos NY Yankees (time de beisebol da cidade), no domingo.
O chefe de polícia de Nova York, Raymond Kelly, comparou o dispositivo de segurança com o adotado em 2004 para a convenção do Partidos Republicano na cidade.
Além da verificação das identidades, serão instalados detectores de metais em todos os eventos da visita.
Restrições
Ao contrário da primeira visita do João Paulo 2º ao país, que em 1979 presidiu uma missa em parque aberto no sul de Manhattan, a entrada dos eventos será estritamente controlada.
Outra visita de João Paulo 2º a Nova York em 1995, a primeira depois da tentativa de atentado de que foi vítima na praça São Pedro de Roma em 1981, também foi relativamente aberta, com uma missa no Central Park para 100 mil fiéis.
Papa Bento XVI terá segurança máxima durante os seis dias de sua viagem aos EUA
Bento 16 será recebido na Casa Branca em Washington na quarta-feira (16) e pronunciará um discurso na Assembléia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) em Nova York dois dias depois.
Bento 16 será recebido na Casa Branca em Washington na quarta-feira (16) e pronunciará um discurso na Assembléia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) em Nova York dois dias depois.
Os outros eventos importantes incluem uma visita ao "marco zero", área onde ficavam as torres do World Trade Center destruídas nos atentados de 11 de setembro de 2001, um encontro com dirigentes da comunidade judaica em Washington e uma visita à sinagoga de Park East em Manhattan, a convite do rabino Arthur Schneier.
Os grandes desafios para a polícia serão a missa do papa em dois estádios, em Washington em 17 de abril, e no estádio dos Yankees, em Nova York, três dias mais tarde.
A segurança nos dois locais será grande, com ingressos de entrada intransferíveis com códigos de barra. O FBI exige que os fiéis compareçam seis horas antes do início das cerimônias.
Os fiéis serão bem menos numerosos que no passado. A arquidiocese de Washington emitiu 46 mil ingressos para a missa de 17 de abril. Em 1979, 175 mil assistiram à cerimônia de João Paulo 2º.
Apesar de ter se transformado em regra desde os atentados de 2001, a segurança reforçada responde a ameaças específicas. No mês passado, o líder da Al Qaeda, Osama Bin Laden. acusou o papa de estar comprometido em uma "nova cruzada" contra o Islã.
Fonte: France Presse (em Nova York) - Folha On Line