Entrevista com o professor Ramiro Pellitero
Por Miriam Díez i Bosch
PAMPLONA, quinta-feira, 26 de junho de 2008.
- Aos leigos corresponde a evangelização através dos valores humanos e sociais, da competência profissional e da amizade, da vida familiar e da colaboração na busca do bem comum e da justiça.
Quem o afirma nesta entrevista é o teólogo Ramiro Pellitero, que escreveu um livro sobre o laicato, «Ser Igreja fazendo o mundo. Os leigos na nova evangelização» (Editora Promessa, São José de Costa Rica, 2008).
Ramiro Pellitero (Leon, 1956) é doutor em Teologia pela Universidade de Navarra, onde é professor de Eclesiologia e Teologia Pastoral.
– «Ser Igreja fazendo o mundo»: que quis oferecer com este livro?
–Pellitero: Quis apresentar as questões fundamentais que afetam a teologia e a pastoral, referentes aos fiéis leigos. Como todos os demais fiéis, estão incorporados a Cristo desde o batismo. Em seu caso, participam das funções de Cristo de acordo com a índole secular, característica teológica da condição leiga. Ou seja, buscam a santidade e participam no apostolado da Igreja precisamente através de seu trabalho profissional, da vida familiar e da intervenção na vida social, cultural e política. Também para tudo isso, o Espírito Santo os enriquece com multidão de carismas ao serviço da missão da Igreja.
–Qual é em concreto a contribuição específica dos leigos à evangelização?
–Pellitero: Como digo, a participação dos leigos na evangelização deve compreender-se a partir do batismo e dos carismas que recebem e acolhem livremente, para a edificação da Igreja e o serviço do mundo.
Eles estão como naturalmente inseridos no mundo, na sociedade civil. Esse é o «lugar» próprio onde desenvolvem sua vocação batismal e o objetivo principal, se quer chamar específico, de sua missão.
O Concílio Vaticano II resume essa missão dizendo que lhes corresponde a ordenação das realidades temporais ao Reino de Deus. Ou seja, a evangelização através dos valores humanos e sociais, da competência profissional e da amizade, da vida familiar e da colaboração na busca do bem comum e da justiça. Tudo isso de acordo com os dons e carismas, muito variados, que recebem.
Como todos os fiéis cristãos, é lógico que também os leigos participem mais ou menos intensamente, de acordo com suas possibilidades e preferências, em tarefas como a catequese e a educação dos jovens, nas celebrações paroquiais, a atenção aos pobres e aos enfermos, a orientação familiar e outras colaborações pastorais muito diversas.
–Que laço há entre o Espírito Santo e a missão dos cristãos?
–Pellitero: O Espírito Santo é o princípio da unidade e da vida da Igreja. Atua nos sacramentos e nos carismas, em ordem a que todos os cristãos realizem a missão que Cristo lhes encomendou, sob a guia da Hierarquia.
Agora, a vida e a missão da Igreja não devem ser entendidas como uma atividade rígida e uniforme, mas como uma sinfonia, onde cabem e devem escutar-se melodias e instrumentos diversos, sob a autoridade do Colégio Episcopal. Deste modo, os carismas garantem a comunhão, ou seja, a unidade na diversidade.
–Qual é o compromisso dos fiéis leigos para uma civilização do amor?
–Pellitero: Poderia resumir dizendo que seu compromisso é a transformação da cultura contemporânea, por meio de sua coerência e sua presença na sociedade, com a santificação da vida ordinária: o trabalho, as relações famílias e de amizade... o serviço especialmente aos mais necessitados e sua participação na vida cultural e política.
Fonte: ZENIT.org
Quem o afirma nesta entrevista é o teólogo Ramiro Pellitero, que escreveu um livro sobre o laicato, «Ser Igreja fazendo o mundo. Os leigos na nova evangelização» (Editora Promessa, São José de Costa Rica, 2008).
Ramiro Pellitero (Leon, 1956) é doutor em Teologia pela Universidade de Navarra, onde é professor de Eclesiologia e Teologia Pastoral.
– «Ser Igreja fazendo o mundo»: que quis oferecer com este livro?
–Pellitero: Quis apresentar as questões fundamentais que afetam a teologia e a pastoral, referentes aos fiéis leigos. Como todos os demais fiéis, estão incorporados a Cristo desde o batismo. Em seu caso, participam das funções de Cristo de acordo com a índole secular, característica teológica da condição leiga. Ou seja, buscam a santidade e participam no apostolado da Igreja precisamente através de seu trabalho profissional, da vida familiar e da intervenção na vida social, cultural e política. Também para tudo isso, o Espírito Santo os enriquece com multidão de carismas ao serviço da missão da Igreja.
–Qual é em concreto a contribuição específica dos leigos à evangelização?
–Pellitero: Como digo, a participação dos leigos na evangelização deve compreender-se a partir do batismo e dos carismas que recebem e acolhem livremente, para a edificação da Igreja e o serviço do mundo.
Eles estão como naturalmente inseridos no mundo, na sociedade civil. Esse é o «lugar» próprio onde desenvolvem sua vocação batismal e o objetivo principal, se quer chamar específico, de sua missão.
O Concílio Vaticano II resume essa missão dizendo que lhes corresponde a ordenação das realidades temporais ao Reino de Deus. Ou seja, a evangelização através dos valores humanos e sociais, da competência profissional e da amizade, da vida familiar e da colaboração na busca do bem comum e da justiça. Tudo isso de acordo com os dons e carismas, muito variados, que recebem.
Como todos os fiéis cristãos, é lógico que também os leigos participem mais ou menos intensamente, de acordo com suas possibilidades e preferências, em tarefas como a catequese e a educação dos jovens, nas celebrações paroquiais, a atenção aos pobres e aos enfermos, a orientação familiar e outras colaborações pastorais muito diversas.
–Que laço há entre o Espírito Santo e a missão dos cristãos?
–Pellitero: O Espírito Santo é o princípio da unidade e da vida da Igreja. Atua nos sacramentos e nos carismas, em ordem a que todos os cristãos realizem a missão que Cristo lhes encomendou, sob a guia da Hierarquia.
Agora, a vida e a missão da Igreja não devem ser entendidas como uma atividade rígida e uniforme, mas como uma sinfonia, onde cabem e devem escutar-se melodias e instrumentos diversos, sob a autoridade do Colégio Episcopal. Deste modo, os carismas garantem a comunhão, ou seja, a unidade na diversidade.
–Qual é o compromisso dos fiéis leigos para uma civilização do amor?
–Pellitero: Poderia resumir dizendo que seu compromisso é a transformação da cultura contemporânea, por meio de sua coerência e sua presença na sociedade, com a santificação da vida ordinária: o trabalho, as relações famílias e de amizade... o serviço especialmente aos mais necessitados e sua participação na vida cultural e política.
Fonte: ZENIT.org
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