RESPEITO DA DIGNIDADE É BASE PARA DIÁLOGO ENTRE CRISTÃOS E MUÇULMANOS
Cidade do Vaticano, 16 jun (RV)
- O respeito à dignidade da pessoa humana, base do diálogo entre muçulmanos e católicos, requer a o engajamento na defesa dos direitos fundamentais, pela justiça e pela paz. Esta é a conclusão dos participantes no 14° encontro do Comitê Islâmico-Católico, celebrado no Vaticano de 11 a 13 de junho. O tema da reunião, que incluiu uma audiência com Bento XVI, foi “Cristãos e muçulmanos, testemunhas do Deus da justiça, da paz e da compaixão em um mundo que sofre violência”.Na conclusão do encontro, foram divulgados os cinco pontos de acordo entre muçulmanos, liderados pelo professor Hamid bin Ahmad Al-Rifaie, presidente do Fórum Islâmico Internacional para o Diálogo (Yeda, Arábia Saudita), e católicos, representados pelo cardeal Jean-Louis Tauran, presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso. “Da dignidade intrínseca de cada ser humano, derivam direitos e deveres fundamentais”, diz o comunicado final, que acrescenta: “a justiça é uma prioridade de nosso mundo”. Exige o respeito das necessidades fundamentais dos indivíduos e povos através de uma atitude de amor, fraternidade e solidariedade. Não pode existir paz autêntica e duradoura sem justiça. Católicos e muçulmanos também concordaram em afirmar que a paz é um dom de Deus que exige também o compromisso de todos os seres humanos, particularmente, dos fiéis chamados a ser testemunhas vigilantes da paz, em um mundo atormentado por tantas formas de violência. “Cristãos e muçulmanos crêem que Deus é compassivo e, portanto, consideram que é seu dever ser compassivos para com toda pessoa humana, em particular, com os necessitados e fracos”, explica ainda o Comitê, nas conclusões.Enfim, os participantes da reunião confirmaram que as religiões, se praticadas de maneira autêntica, contribuem eficazmente para a promoção da fraternidade e da harmonia na família humana. Na audiência aos participantes, o papa os encorajou a continuar com os esforços em favor da promoção da justiça e da paz, segundo informa o comunicado final. (CM)
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