Há dois mil anos o céu tocou a terra árida da guerra e muito tempo se passou após aquela Noite de Belém.
E o homem continua quase o mesmo, vinte séculos de civilização cristã não foram suficientes para emergir do egoísmo, para abandonar uma consciência de si próprio e do mundo falseada pelo excesso de individualismo e desamor.
Transportemo-nos no tempo e imaginemos que Cristo nasceu hoje (...). Imaginemos um homem do interior, com a sua esposa grávida, perambulando pelas ruas de nossa cidade e procurando um lugar onde passar a noite.
Eles fizeram uma longa viagem, ora ao lombo de animais ora de carona e, finalmente, a pé. Estão cansados, sedentos e as suas roupas trazem consigo a poeira dos caminhos.
Onde eles iriam passar a noite? Se Cristo viesse hoje haveria guarida para Ele em nossos corações ou fecharíamos a porta? Não é isso que fazemos aos velhos e crianças pobres quando nos importunam com as suas queixas? E se não conseguimos identificar o Cristo no seu irmão sofredor, como O reconheceríamos em pessoa, quando viesse bater à nossa porta? Ele estaria vestido como um homem desta época e a Sua divindade mergulhada na humana natureza. Aos olhos dos homens seria mais uma criança. No passado, só os Magos do Oriente e os Pastores de Belém O reconheceram porque guiados pela fé.
Senhor, Deus Menino,
neste Natal vem habitar as nossas casas.
Dar-te-emos abrigo e o modesto conforto de nossas mesas.
Trás, também, o teu pai e a tua mãe e fica conosco para sempre !
Fonte: TRAVESSIAS
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