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NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

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CAPELA DE NOSSA SENHORA DA MEDALHA MILAGROSA

Uma Capela cheia de segredos !Você quer descobri-la conosco? Saiba, antes de tudo, que a Casa Mãe da Companhia das Filhas da Caridade era o antigo "Hotel de Châtillon". Este, foi concedido à Companhia, em 1813, por Napoleão Bonaparte, depois da tormenta da Revolução Francesa. Imediatamente, começa a construção da Capela.A 8 de agosto de 1813, realizou-se a bênção solene da Capela dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Em 1830, aconteceram então as aparições. Aumentou o numero de vocações.Foi necessário transformar a Capela, que passa então por várias modificações. Em 1930, por ocasião do centenário das apariçes, uma nova reforma nos mostra a Capela tal como a vemos hoje.Agora, a você a oportunidade de visitá-la!
http://www.chapellenotredamedelamedaillemiraculeuse.com

Visita a Capela da Medalha Milagrosa, localizada na Rue du Bac, 140 - Paris

Visita a Capela da Medalha Milagrosa, localizada na Rue du Bac, 140 - Paris
Clique sobre a foto para a visita guiada em 15 etapas

terça-feira, 31 de março de 2009

ESTEJAM PRONTOS A VIVER PARA OS OUTROS, A SOFRER PELO BEM E A JUSTIÇA

BENTO XVI: ESTEJAM PRONTOS A VIVER PARA OS OUTROS, A SOFRER PELO BEM E A JUSTIÇA


Cidade do Vaticano,

- Bento XVI recebeu em audência, na Sala Paulo VI, no Vaticano, cerca de sete mil jovens voluntários do Serviço civil nacional italiano, aos quais exortou a serem pessoas "prontas a se dedicar aos outros, dispostas também a sofrer pelo bem e a justiça".O Santo Padre manifestou seu grande apreço pela obra realizada pelos jovens voluntários do Serviço social. Trata-se de uma missão a serviço daquela paz que jamais se pode considerar "alcançada de modo estável, mas que deve ser construída continuamente" - disse.Infelizmente, "jamais cessam guerras e violências, e a busca da paz é sempre árdua" – afirmou o papa. Na esteira do Concílio Vaticano II, o pontífice denunciou com veemência "a corrida armamentista", porque – ressaltou – "não é o caminho seguro para manter firmemente a paz".Pelo contrário, a corrida armamentista "é uma das chagas mais graves da humanidade e prejudica os pobres de modo intolerável", enfatizou o Santo Padre, acrescentando que é necessário partir da reforma dos espíritos "para que esse escândalo possa ser removido":"Hoje, como no passado, a autêntica conversão dos corações representa o caminho justo, única via que pode levar cada um de nós e toda a humanidade à paz desejada. É o caminho indicado por Jesus: Ele – que é o Rei do universo – não veio trazer a paz no mundo com um exército, mas mediante a rejeição à violência. E o disse explicitamente a Pedro, no horto das Oliveiras: 'Guarda a tua espada no seu lugar, pois todos os que pegam a espada pela espada perecerão' (Mt 26, 52).""É o caminho seguido e que seguem não só os discípulos de Cristo, mas muitos homens e mulheres de boa vontade, testemunhas corajosas da força da não-violência", enfatizou Bento XVI que, sempre citando o Concílio Vaticano II, disse:"Nós não podemos deixar de louvar aqueles que, renunciando à violência na reivindicação de seus direitos, recorrem àqueles meios de defesa que, ademais, estão ao alcance também dos mais fracos – desde que se possa fazer isso sem prejudicar os direitos e deveres dos outros ou da comunidade. Caros amigos, também vocês pertencem a essa categoria de agentes de paz. Portanto, sejam sempre e em todos os lugares, instrumentos de paz, rejeitando com firmeza o egoísmo e a injustiça, a indiferença e o ódio, para construir e difundir com paciência e perseverança a justiça, a igualdade, a liberdade, a reconciliação, o acolhimento, o perdão, em todas as comunidades."Citando sua última mensagem para o Dia Mundial da Paz, Bento XVI convidou "a alargar o coração às necessidades dos pobres", porque "combater a pobreza é construir a paz". É o que fazem os jovens do Serviço civil, comumente empenhados com a Caritas e outras estruturas sociais, próximos a problemas do povo mediante uma concreta solidariedade. O Santo Padre recordou as palavras de Jesus: "quem quiser salvar a própria vida, perdê-la-á; mas quem quiser perder a própria vida por causa de mim e do Evangelho, ganhá-la-á":"Há nessas palavras uma verdade não somente cristã, mas universalmente humana: a vida é um mistério de amor, que quanto mais doamos, mais nos pertence. Isto é, quanto mais nos doamos, quanto mais doamos nós mesmos, o nosso tempo, nossos recursos e qualidades para o bem dos outros."Como dizia São Francisco de Assis: "é dando que se recebe, perdoando que se é perdoado, morrendo que se vive para a vida eterna" - ressaltou:"Caros amigos, seja sempre essa a lógica de suas vidas... Sejam pessoas prontas a viver para os outros, dispostas também a sofrer pelo bem e a justiça." (RL)

Fonte: RV

segunda-feira, 30 de março de 2009

A VERDADE: O PAPA E A PREVENÇÃO À AIDS

O PAPA E A PREVENÇÃO À AIDS

Muitas vezes, e isso está se tornando habitual, os meios de comunicação optam pelo sensacionalismo em detrimento da verdade e, pior, provocando total desserviço, com uma má informação.
Quero destacar o que aconteceu com a entrevista dada pelo Santo Padre Bento XVI a bordo do avião que o levava à África.
Indagado sobre o modo como a Igreja se posiciona em relação à Aids ser frequentemente considerada irrealista e ineficaz , o Papa comentou que, pelo contrário, a Igreja se coloca como a realidade mais eficiente, mais presente em primeira linha na luta contra a AIDS, citando o trabalho de congregações religiosas e de associações leigas e que é necessário responsabilidade pessoal.
A seguir o Papa falou que o combate à doença não é superado com a distribuição de preservativo, ao contrário, isso aumenta o problema. Disse que a solução só poderá vir pela conjunção de dois fatores: a humanização da sexualidade e a verdadeira amizade, se referindo às pessoas que tratam dos doentes.
Mas a única coisa que ficou na memória de alguns jornalistas foi o comentário sobre o uso de preservativo e, mesmo assim, dentro da capacidade mental deles, ou seja, no enquadramento exíguo, viciado e impossibilitado de enxergar mais além, ou o que lhes era dito.
Tendo essa notícia sido lançada aos quatro cantos do planeta, a reação foi imediata e, mais uma vez o Papa e a Igreja foram achincalhados e os pseudo defensores da Humanidade tiveram seu palanque para discursos e distribuição farta e gratuita de “camisinhas”.
Se tudo se reduzisse a isso, seria triste, mas não tanto. Talvez seja somente uma visão a partir da cultura ocidental e não da cultura e realidades africanas? O pior é que com essa idéia de que basta usar preservativo para que a AIDS não se propague, esquece-se de que existem outros meios terríveis de propagação dessa doença, que é o não tratamento adequado.
Por que não se colabora com a África, na distribuição gratuita dos medicamentos antiretrovirais, como é feito no Brasil, o pioneiro nesse método de combate? Nisso não se fala, pois supõe um gasto elevado de dinheiro e abrir mão de lucro garantido.
Por que será que os jovens africanos fizeram uma declaração em favor do Pontífice e os que moram aqui, em Roma, no próximo domingo, darão seu apoio ao Pontífice e irão denunciar essa propaganda enganadora de que a camisinha resolve os problemas com a propagação da AIDS? Eles dirão: ”Não à instrumentalização de mensagem do Papa para a África, não às especulações, não a quem deseja fazer da África um dos principais mercados de distribuição de preservativos, sim às curas eficazes para a AIDS na áfrica, e sim à educação.”
São os africanos os artífices e os protagonistas de seu futuro, isso a comunidade internacional tem de aceitar.
Acabou a era do colonialismo. Se ela quiser colaborar, colabore com o que os jovens indicam como prioridade: alimento, água, energia, tratamento médico, renda estável para as famílias e também “um sistema comercial que facilite a exportação de produtos africanos e não somente a exportação das matérias-primas, valorizando assim as próprias riquezas e não a exploração dos recursos”.

Fonte: RV

domingo, 29 de março de 2009

O AGRADECIMENTO DE BENTO XVI À ÁFRICA

ANGELUS: O AGRADECIMENTO DE BENTO XVI À ÁFRICA

Cidade do Vaticano, 29 mar (RV)

- Bento XVI rezou ao meio-dia deste domingo a oração mariana do Angelus com os fiéis reunidos na Praça São Pedro. Numa manhã de pouco sol o papa, na alocução que precedeu a oração, agradeceu mais uma vez a Deus e a todos aqueles que colaboraram para a boa realização da sua viagem à África.Bento XVI quis ainda recordar a “profunda emoção” vivida na África na semana passada encontrando “as comunidades católicas e as populações de Camarões e Angola”.“A visita me permitiu ver e compreender melhor a realidade da Igreja na África na variedade das suas experiências e dos desafios que enfrenta neste momento”. Pensando precisamente nos desafios que marcam o caminho da Igreja no continente africano, e em todas as partes do mundo, sentimos o quanto sejam atuais as palavras do Evangelho: “Se o grão de trigo, caído na terra, não morre, fica sozinho; se ao invés morre, produz muito fruto”.“Hoje – disse o papa referindo-se à frase de Jesus, mas também à situação da África – não é mais a hora de palavras e de discursos; chegou a hora decisiva, para a qual o Filho de Deus veio ao mundo. Somente assim, de fato, poderá germinar e crescer uma nova humanidade, livre do domínio do pecado e capaz de viver em fraternidade, como filhos e filhas do único Pai que está nos céus”.Na África, dois aspectos impressionaram o Santo Padre, ambos importantes.“O primeiro é a alegria visível nos rostos das pessoas, a alegria de sentir-se parte da única família de Deus, e agradeço ao Senhor por me ter permitido compartilhar com as multidões desses nossos irmãos e irmãs momentos de festa simples, corais e cheios de fé. O segundo aspecto é precisamente o forte sentido do sagrado que se respirava nas celebrações litúrgicas, característica essa comum a todos os povos africanos e que emergiu, poderia dizer, em todos os momentos da minha permanência entre aquelas queridas populações”.“Na grande festa da fé vivida juntos na África, experimentamos – afirmou o pontífice – que essa nova humanidade é viva, mesmo com os seus limites humanos. Lá onde os missionários , como Jesus, deram e continuam a consumar a vida pelo Evangelho, se recolhem frutos abundantes. A eles – continuou – desejo dirigir um particular pensamento de gratidão pelo bem que fazem. Trata-se de religiosos e religiosas, leigos e leigas.”Foi muito bonito para mim – confidenciou Bento XVI – ver o fruto do seu amor por Cristo e constatar o profundo reconhecimento que os cristão têm para com eles. O Papa concluiu dando graças a Deus e rezando a Maria Santíssima a fim de que no mundo inteiro se difunda a mensagem da esperança e do amor de Cristo.Em seguida o Papa rezou a oração mariana do Angelus e concedeu a todos a sua Benção Apostólica.Antes de se despedir dos fiéis o Papa quis agradecer as numerosas pessoas de origem africana, entre as quais muitos estudantes, acompanhadas pelo Secretário da Congregação para a Evangelização por Dom Robert Sarah, pelo seu apoio. “Caríssimos, vocês quiseram vir manifestar a alegria e o reconhecimento pela minha viagem apostólica à África. Agradeço todos de coração, Rezo por vocês, pelas suas famílias e pelos seus países de origem. Obrigado!”O Santo Padre recordou ainda que na próxima quinta-feira, dia 2 de abril, presidirá a Santa Missa na Basílica de São Pedro por ocasião do 4º aniversário da morte de seu predecessor o Servo de Deus João Paulo II. O Papa convidou a participar da celebração, especialmente os jovens de Roma, para juntos se prepararem para o Dia Mundial da Juventude, que será realizado em âmbito diocesano no próximo Domingo de Ramos. (SP)
Fonte: RV

PAPA VISITA "PARÓQUIA DA SAGRADA FACE DE JESUS"

PAPA VISITA PARÓQUIA ROMANA

Cidade do Vaticano, 29 mar (RV)

- Bento XVI deixou na manhã deste domingo o Vaticano para visitar a Paróquia da Sagrada Face de Jesus, no bairro da Magliana, oitava paróquia visitada no seu pontificado, onde celebrou a Santa Missa.Acolhido por uma grande multidão de fiéis, pelo vigário de Roma, Cardeal Agostino Vallini, e pelo pároco, Padre Luigi Coluzzi, o papa saudou os fiéis dentro da igreja e se deteve brevemente em oração numa das capelas laterais da igreja. Antes de celebrar a missa na Igreja, um exemplo de arquitetura sacra moderna inaugurada poucos anos atrás, o Papa do balcão da igreja, dirigiu-se aos fiéis que se encontravam fora do edifício, debaixo de chuva.“Obrigado por estarem comigo neste bonito domingo, disse o pontífice aos fiéis. Infelizmente chove, mas também o sol está chegando. Talvez seja o sinal deste tempo pré-pascal onde sentimos as dores de Jesus e todos os problemas do nosso mundo de hoje, cada um ao seu modo. Mas sabemos também que o sol, apesar de muitas vezes estar escondido, existe, que Deus está próximo a nós, nos ajuda e nos acompanha. Neste sentido queremos caminhar em direção a Páscoa – acrescentou, referindo-se também às dificuldades econômicas que neste período muitas famílias estão vivendo – sabendo que à nossa vida pertencem os sofrimentos e as dificuldades, mas sabendo também que por detrás está o sol da bondade divina”.Dentro da Igreja se encontravam somente 250 fiéis, numa estrutura que antigamente era uma ex-central elétrica. O edifício, porém é de grande impacto arquitetônico: em forma de “V” para representar um abraço. A comunidade é formada por 4.500 famílias. A paróquia da Sagrada Face é uma das 15 – entre as 330 – que João Paulo II não conseguiu visitar durante o seu pontificado.Na sua homilia, o Papa voltou a falar dos atuais tempos difíceis, marcado “por uma geral crise social e econômica”, afirmando porém, que o cristão, mesmo tendo as suas próprias dificuldades, não pode deixar de colocar-se “ao serviço dos irmãos”.Tomando como referência o Evangelho deste quinto domingo de Quaresma, o papa exortou os fiéis a “partilharem o estado de espírito de Jesus”, revivendo o “mistério da sua crucificação, morte e ressurreição não como espectadores, mas como protagonistas junto com Ele”.Bento XVI recordou ainda na sua homilia a figura de Massimiliano Kolbe, sacerdote polonês que morreu em Auschwitz oferecendo a sua vida em troca da vida de um pai de família. (SP)

Fonte: RV

A VISITA DO PAPA À TERRA SANTA

EXPECTATIVAS SOBRE A VISITA DO PAPA À TERRA SANTA

Jerusalém,

- “Uma visita importante para todos os cristãos da Terra Santa que vivem em meio a não poucas dificuldades”. O reverendo Michael Sellors, coordenador dos Chefes das Igrejas cristãs de Jerusalém falando à agência SIR disse que espera “palavras de encorajamento para todos, espera também que sejam, de qualquer modo, discutidas algumas situações que tornam difícil a vida das comunidades cristãs na Terra Santa, como a restrição de movimento, o Muro de segurança israelense que separa os vários membros das famílias e as comunidades dos seus ministros”. “Também o diálogo ecumênico poderá receber um impulso dessa viagem, disse o reverendo. Uma maior unidade entre as igrejas cristãs da Terra Santa, ajudaria também o diálogo interreligioso, com os judeus e com os muçulmanos. Uma maior solidariedade entre cristãos seria importante também nesta perspectiva e para a convivência pacífica nesta Terra”.Na quinta-feira a Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou o programa oficial da visita de Bento XVI à Terra Santa: em Jerusalém, no dia 15 de maio, o pontífice terá um encontro ecumênico, na Sala do Trono, na sede do Patriarcado greco-ortodoxo e após a visita ao Santo Sepulcro, se dirigirá até a igreja patriarcal armênia apostólica de São Tiago. (SP)
Fonte: RV

sábado, 28 de março de 2009

PREPARATIVOS - SEXTA-FEIRA SANTA: VIA SACRA NO COLISEU

SEXTA-FEIRA SANTA: VIA SACRA NO COLISEU

Cidade do Vaticano, 28 mar (RV)

– Daqui a duas semanas, com a Sexta-feira Santa, a Igreja viverá um dos momentos centrais do Ano Litúrgico.
As meditações e comentários da Via Sacra, presidida por Bento XVI no dia 10 de abril no Coliseu, foram confiadas, este ano, ao arcebispo indiano de Guwahati, Dom Thomas Menamparampil.
Um sinal tangível de fraternidade para com os fiéis indianos, provados – especialmente no Estado de Orissa – por violências e perseguições.
A Rádio Vaticano ouviu Dom Menamparampil que explica qual será o sentido das suas meditações...
R. Creio que devemos meditar sobre o tema do mal no mundo, esse tema é muito importante para nós.

A dor, os diversos tipos de sofrimento, são símbolos da presença da Cruz de Jesus Cristo na nossa vida. Devemos aceitá-la porque o sofrimento tem uma força de redenção.
Vamos sempre até a Cruz para uma inspiração, mas também quando sofremos perseguições e dificuldades devemos dizer “Jesus está conosco” e devemos ir avante com Ele e com a sua Cruz.

Com a escolha de Dom Menamparampil, o Papa quis reafirmar a sua solidariedade a uma Igreja que sofre.
Uma atenção que é sublinhada pelo arcebispo da diocese indiana de Nashik, Dom Felix Machado.

R. “A Igreja presente na Índia ressoará na Igreja de todo o mundo, porque as meditações sobre a Via Sacra trarão a voz da Igreja na Índia.”

P. Qual é a situação dos cristãos em Orissa hoje?
R. “A maioria retornou às suas casas e a situação melhorou, mas estou preocupado por aqueles que ainda continuam nos campos de refugiados. A Igreja está se movendo muito. Por exemplo, ontem na minha diocese, que é uma diocese pobre, uma paróquia fez uma coleta e me disse: “Nós queremos ajudar ainda esses nossos pobres irmãos e irmãs”. Este sinal de solidariedade entre as Igrejas na Índia me dá muita satisfação. Todos os cristãos na Índia são solidários e estão apoiando a Igreja que sofreu em Orissa.”

P. Hoje na Índia quais são os instrumentos para superar as dificuldades do diálogo interreligioso?R. “Os fiéis católicos seguem o ensinamento da Igreja sobre o diálogo interreligioso, porque a Igreja deu diretrizes muito claras nesta questão na Índia. A Igreja está muito comprometida no diálogo interreligioso; por exemplo na minha diocese, temos ótimos relacionamentos com as comunidades de diversas religiões. Estamos juntos quando se verifica alguma dificuldade. Por exemplo, quando cheguei em Orissa, organizei um encontro com os fiéis de outras religiões e eles participaram em grande número. Além do mais, é importante ensinar às pessoas a viverem em paz.” (SP)

Fonte: RV

sexta-feira, 27 de março de 2009

ABORTO: NÃO SE DEIXAR IMPRESSIONAR POR "DISCURSOS ENGANOSOS"

Não se deixar impressionar por «discursos enganosos» sobre o aborto
Arcebispo de São Paulo convida católicos para manifestação em defesa da vida

SÃO PAULO,
- Ao convidar os católicos a participarem de uma manifestação contra o aborto na manhã deste sábado, na praça da Sé, em São Paulo, o cardeal Odilo Scherer adverte contra o risco de se deixar impressionar por discursos enganosos sobre o tema.
«Não nos deixemos impressionar por discursos enganosos. Não dá para justificar o aborto a partir da Bíblia, sem forçar interpretação da Escritura», afirma o arcebispo, na edição desta semana do jornal «O São Paulo».
Segundo Dom Odilo, a decisão sobre a vida e a morte de seres humanos «não pode ser deixada à iniciativa e decisão privada, nem deve depender da lógica da vantagem ou da comodidade individual».
«É dever do Estado proteger as pessoas e garantir a defesa e o respeito à sua vida. Não se pode privatizar esta responsabilidade!»
«Da parte do Estado seria uma atitude cínica descarregar na conta da mulher, ou de outra pessoa, uma responsabilidade tão grande! E seria muito arriscado, pois quem levaria sempre a pior seriam os doentes, indefesos e incapazes de resistir à vontade dos mais fortes», afirma.
O arcebispo de São Paulo considera que os fiéis não devem se assustar se alguém discorda ou até trata com preconceito a posição católica contrária ao aborto.
«Deveríamos ficar até honrados quando identificam a posição católica como contrária ao aborto. Oxalá todas as pessoas que têm fé em Deus também defendessem de maneira firme a dignidade e a vida do ser humano em todas as circunstâncias e em cada uma de suas etapas.»
Mesmo assim –prossegue o arcebispo–, «é inaceitável que isso seja um dever apenas de pessoas religiosas».
«Acaso podem matar outros seres humanos aqueles que não crêem em Deus ou não praticam nenhuma religião? O respeito à vida é um preceito ético que obriga a todos.»
O arcebispo chama também a que «não nos deixemos impressionar nem enganar por discursos que reivindicam a autonomia na decisão sobre a vida de outros, ou até mesmo um suposto “direito humano” ao aborto».
«Tendo em vista que o aborto implica sempre na morte de um ser humano inocente e indefeso, é absurda a reivindicação de semelhante “direito”», explica.
Dom Odilo afirma que a manifestação na praça da Sé, às 10h da manhã do dia 28 de março, será uma ação concreta «contra toda forma de violência e agressão contra a vida, principalmente o aborto provocado».
«É necessário que nos manifestemos e expressemos com clareza e firmeza nossa convicção», destaca.

Fonte: ZENIT.org

SÃO PAULO - AMANHÃ "GRANDE ATO PÚBLICO DE DEFESA DA VIDA"

Ato público contra o aborto neste sábado em São Paulo
SÃO PAULO,

- Movimentos Pró-Vida no Brasil realizam no próximo sábado um «Grande Ato Público de Defesa da Vida». O evento acontece neste 28 de março, às 10h, na praça da Sé, em São Paulo.
O cartaz de convocatória do ato público recorda que se o Projeto de Lei 1135/91, em tramitação no Congresso Nacional, for aprovado, o aborto estará permitido no Brasil até o nono mês de gravidez.

Fonte: ZENIT.org

quinta-feira, 26 de março de 2009

EM GAZA, CADA DIA AUMENTA MAIS A EXPECTATIVA DE PODER VER O PAPA

GAZA: AUMENTA A EXPECTATIVA DE PODER VER O PAPA

Gaza,

- A um mês e meio da visita de Bento XVI à Terra Santa cresce a expectativa na Faixa de Gaza de onde se moverão pelo menos 200 pessoas, o dobro em relação aos iniciais 100. Entre eles também uma representação da comunidade muçulmana. Foi o que disse o pároco da Faixa de Gaza, Padre Manawel Musallam: “Eu apresentei às autoridades israelenses um pedido para 250 vistos de entrada mas foram aceitos somente 200. Ainda não sabemos se poderemos ir participar na celebração de Belém ou de Jerusalém. Em todo caso, queremos muitos estar presentes”.A esperança de participação de fiéis de Gaza é ainda mais forte pela confirmação do próprio governo israelense ao núncio apostólico em Israel, Dom Antonio Franco, relativa à emissão dos vistos. “Apesar da alegria pela chegada de Bento XVI – acrescenta Musallam – não podemos ficar calados diante das dificuldades nas quais se encontra hoje a população de Gaza, privada de água, eletricidade, fornecidas de modo descontínuo, com isso a população sofre. Nada mudou em relação a antes, ao contrário, piorou. Esperamos que a visita do Papa possa nos ajudar”. (SP)

Fonte: RV

quarta-feira, 25 de março de 2009

HOJE: ANUNCIAÇÃO DO SENHOR

Anunciação do Senhor


Hoje a Igreja celebra a Anunciação do Senhor, a Encarnação do Filho de Deus.

É o Verbo Divino que assume a nossa natureza humana, “sujeitando-se” ao Tempo e ao Espaço.Hoje é o dia em que a eternidade entra no “nosso” Tempo.

Mas a Encarnação do Filho de Deus foi precedida pelo "fiat" de Maria.

Assim, esta é também e necessariamente uma festa mariana: “Fiat mihi secundum verbum tuum”

- “Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38).

Cumpriu-se assim a profecia de Isaías do Antigo Testamento: "Por isso, o Senhor, por sua conta e risco, vos dará um sinal.

Olhai: a jovem está grávida e vai dar à luz um filho, e há-de pôr-lhe o nome de Emanuel" (Is 7,14).
Meu Deus, quisestes que o vosso Verbo se fizesse homem no seio da Virgem Maria; dai-nos a graça de participar da Sua divindade, nós que O proclamamos, com o nosso coração, e à semelhança de São Tomé, “Meu Senhor e Meu Deus” !

Fonte: Dies Domini

HOJE: ANUNCIAÇÃO

A ANUNCIAÇÃO


Antes de conceber Jesus na sua carne, Maria O concebeu pela fé. Na Anunciação, Maria ofereceu a Deus o voluntário Dom da sua submissão. Assim foi mostrada a relação de amor esponsal entre Deus e a criatura humana.
Maria tinha fé expressa na Encarnação futura (Profecia de Isaías 7). A sua fé em Deus precede a Anunciação, mas é realizada pela fé na pregação do anjo. Toda obra salvífica tem Deus como autor, mas este a prepara e realiza pela mediação de alguns escolhidos, não par receber privilégios privados, particulares, mas para serem canais da ação de Deus no meio dos homens. Podemos observar os vários "anúncios" da parte de Deus, encontrados no Antigo testamento, nos quais Ele chamou "mediadores, que recebiam Graças extraordinárias sempre compatíveis com a missão que deveriam desempenhar para benefício de um povo (Jacó, Gedeão, Jeremias). Estes homens manifestam assim anúncios de vocações, que continham algum aspecto do chamado à Maria, mas não todos os aspectos, porque seu chamado foi essencialíssimo, superando todos os anteriores. Deus escolhe homens simples para grandiosas missões. O relato da Anunciação à Maria deve ser situado em continuidade com a história do plano Salvífico de Deus.
Veja: Lc 1,28b a 30 - Tal saudação traduz o convite a alegrar-se pela escolha divina de si mesma e de seu povo, o povo de Deus. Os Filhos de Sião são aqueles restos de Israel, povo humilde e humilhado, mas renovado pelo Amor de Deus. Segundo documentos do Magistério da Igreja, o termo "Filha de Sião" realmente é aplicável a Maria: O Salmo 87 diz que Sião se transformará em "mãe de todas as nações", e Maria realmente se transformou em "Mãe dos Filhos de Deus". A Expressão "Cheia de Graça" Substitui o nome de Maria, indica a missão e unção recebida da parte de Deus: O título anuncia o papel de Maria na história da Salvação, mas indica que Deus já fez de tal maneira a dispô-la para este papel. Preparada com a plenitude da Graça para uma missão específica na Salvação trazida pôr Jesus Cristo, ela é a imagem da atuação criadora de Deus, santa pôr obra divina, e não pôr simples esforço humano. Maria não é chamada a ser simplesmente mãe física daquele menino, mas a mãe do Herdeiro da promessa Davídica. Sem dúvida, Maria não sabia, no momento da Anunciação, todas as modalidades da Obra Redentora. No Antigo Testamento, várias mulheres estéreis deram milagrosamente à luz seus filhos predestinados que tinham um papel na história da salvação: Gen. 18,11; Jz 13, 4ss; 1sm 1,11; Gen. 30,23. Quanto a Nossa Senhora, o milagre foi singular, ultrapassando todas as outras manifestações milagrosas do AT: A maternidade e a virgindade consagrada são duas vocações distintas, que Deus conciliou em Maria, não em duas fases, mas simultaneamente, e perpetuamente. Maria, cuja virgindade se tornou eloqüente na intervenção onipotente de Deus na historia do homem, é assim modelo e intercessora das duas vocações: o matrimônio, e a virgindade consagrada.
"Eis aqui a serva do Senhor" Maria assume uma posição de PERTENCER ao Senhor, e de se colocar debaixo da Sua proteção. Ser Serva de Deus significa sempre Ter um bom Senhor, jamais servidão no sentido negativo. Se Maria é serva humilde, então lhe resta apenas abrir-se à ação da Palavra de Deus, como uma israelita fiel, em nome do povo. Maria reconhece a Deus como autor de toda a obra salvadora que Ele quer realizar pôr ela, e aceita na fé colaborar, ser mediadora na intervenção divina, como foram no AT Abraão e Moisés, e as mulheres chamadas a libertar o povo.
A Anunciação do anjo não se dirige apenas a Maria, mas à humanidade e à igreja, pôr intermédio de Maria. Dizendo "sim" à maternidade, Maria disse à obra de seu Filho. Maria, pôr seu sim maternal, comprometeu realmente a sorte da humanidade. Essa obra salvadora começa a realizar-se em Maria, pôr sua livre aceitação obediente pôr meio da fé. É Deus quem será o autor da obra, mas atuará nela. Deus é o único autor na obra salvífica. Na concepção de Jesus, Deus quer a livre aceitação de Maria, para que se veja que cada homem fará sua Salvação pôr um ato de aceitação livre e pessoal.
A fé de Maria: É digna de admiração a total disponibilidade e esquecimento de si que percebemos em Maria. Maria tem consciência da vontade de Deus e se mantém na simplicidade. Deus é toda a sua riqueza e posse. Ela está totalmente a serviço da Palavra Criadora de Deus. A fé de Maria é mais preciosa do que sua maternidade, que é fruto da fé. Pôr isso sua fé, teve de crescer em meio à escuridão, junto com a experiência do crescimento do Filho, e à luz da palavra.

Fonte: Maria OnLine

PAPA SAÚDA PRESIDENTES DE ANGOLA E ITÁLIA

EM TELEGRAMAS, PAPA SAÚDA PRESIDENTES DE ANGOLA E ITÁLIA


Cidade do Vaticano,

- Ao deixar Angola, Bento XVI enviou um telegrama ao presidente José Eduardo dos Santos, renovando seu agradecimento pela disponibilidade, facilidades e bom acolhimento do governo, das autoridades e de todo dileto povo angolano no desenrolar da visita pastoral. O papa explica que com a sua viagem em solo angolano, quis chamar todos a uma renovada solidariedade das mentes e corações, para possibilitar o empenho comum na obra de pacificação e reconstrução da nação inteira para um futuro mais digno de seus filhos.Bento XVI enviou também um telegrama ao presidente da República italiana, Giorgio Napolitano. “Nos Camarões e em Angola – destaca o papa – tive a possibilidade de encontrar povos ancorados a sólidas tradições espirituais e desejosos de progredir no justo bem-estar”. O pontífice formula seus votos de serenidade para a querida nação italiana, assegurando suas constantes orações. Por sua vez, em sua mensagem ao papa, o presidente Napolitano acentua a paixão e determinação com a qual ele convidou a comunidade internacional à imperiosa necessidade de atuar iniciativas concretas para sustentar os esforços dos países africanos em empreender o percurso de um desenvolvimento duradouro. “Um desenvolvimento – conclui o presidente – fundado na promoção da dignidade da pessoa e na firme rejeição de toda discriminação”. (CM)

Fonte: RV

BALANÇO DA VISITA DE S.S. PAPA BENTO XVI A ÁFRICA

Porta-voz do Vaticano faz balanço da visita do Papa a África

O porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, fez um balanço positivo da visita de Bento XVI a África, destacando o “óptimo” acolhimento oferecido ao Papa nos Camarões e Angola, que o deixou “muito contente e encorajado”.
“O Papa enfrentou os grandes temas da realidade africana de hoje: a reconciliação, a paz, a reconstrução, a construção de uma verdadeira democracia, o respeito pelos direitos do homem, as vias para um real desenvolvimento e progresso, a solidariedade internacional, com relações também comerciais, políticas, que ajudem o desenvolvimento, que sejam inspirados na justiça e na honestidade, que não alimentem depois interesses particulares ou a corrupção”, disse à Rádio Vaticano.
Para o Pe. Lombardi, Bento XVI levou “uma mensagem de grande esperança”. “Ele dirigiu-se às forças vivas da Igreja e às forças das quais depende também o futuro da Igreja e, diria também, da população mais em geral”, acrescentou.
Este responsável destaca o encontro com os movimentos femininos, em Luanda, no passado Domingo. “Tratou-se de uma intuição profunda e forte do Papa, querer valorizar a mulher, na sociedade e da Igreja, reconhecendo o seu papel central para o desenvolvimento do Continente”, concluiu.

terça-feira, 24 de março de 2009

A SEMANA PELA VIDA E PELA FAMÍLIA

BOLÍVIA - A Semana pela Vida e a Família será concluída com uma grande procissão pela vida no dia 25 de março

«A família é o tesouro mais importante de todos os povos e nações»

La Paz

– No dia 16 de março, com a inauguração da mostra “Maria Grávida” e uma conferência sobre o tema “O bem do Matrimônio”, realizada pelo Núncio Apostólico na Bolívia, Dom Giambattista Diquattro, teve início a Semana pela Vida e a Família. A iniciativa é promovida pelo Apostolado da Nova Evangelização (ANE) que tem por objetivo a promoção do respeito pela vida, da concepção até a sua morte natural, assim como a defesa do valor da família. “Maria Grávida” é uma exposição de imagens que faz alusão ao estado de gravidez de Maria. Elisa Lanza, membro da ANE, explicou que a mostra foi inspirada pelo livro do Pe. José Pontes, que contém diversas pinturas reproduzidas pelo Apostolado da Nova Evangelização para realizar a exposição. Ela estará aberta ao público todos os dias desta semana até o dia 25 de março.


Na sua conferência sobre “O bem do Matrimônio”, Dom Diaquattro referiu-se à importância da relação de amor no matrimônio, que é como um tesouro depositado num vaso de cerâmica. A verdade do amor e o valor do matrimônio são indicados no documento conciliar “Gaudium et Spes” como dois aspectos fundamentais: o valor intrínseco do matrimônio instituído por Deus é elevado ao valor de sacramento, explicou, recordando mais adiante que “o matrimônio é um tesouro fundamental, é um bem que foi doado porque dá a possibilidade ao homem e à mulher de realizar plenamente a riqueza da pessoa. Cada homem e cada mulher que se casa em Cristo recebe o sacramento e celebra-o a partir do momento em que compartilham entre eles o mesmo amor de Cristo”.


O Apostolado da Nova Evangelização (ANE) promove nesses dias diversas atividades, muitas das delas na Basílica Menor Maria Auxiliadora na Cidade de La Paz. Entre as iniciativas previstas há também a projeção de filmes e outras duas conferências que serão realizadas pelo Pe. Thelian Incorona, Diretor da Universidade Salesiana e por Guillermo Cortéz do Centro para a Vida.


A Semana pela Vida e a Família terminará amanhã dia 25 de março, Festa da Anunciação, com uma grande procissão pela vida que será concluída com a Santa Missa na Igreja de Maria Auxiliadora, onde, entre outras coisas, será concedida uma benção especial às mães grávidas e às famílias. (RG)




segunda-feira, 23 de março de 2009

PAPA BENTO XVI SE DESPEDE DE ANGOLA

PAPA SE DESPEDE DE ANGOLA
Luanda, 23 mar (RV)

- Último dia de viagem apostólica de Bento XVI em território africano. Esta manhã, o papa celebrou Missa em particular na Capela da Nunciatura Apostólica de Luanda, Angola.
A seguir, despediu-se dos presentes e se transferiu, de papamóvel, ao aeroporto internacional de Luanda, onde deu-se a cerimônia de despedida de Angola.
Bento XVI foi recebido pelo Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, e por algumas autoridades políticas e civis. Pelos bispos angolanos e por um grupo de jovens.
Depois dos hinos pontifício e angolano, e da saudação do Presidente de Angola, o Santo Padre tomou a palavra, a fim de agradecer, vivamente e sensibilizado, pelo tratamento fidalgo que lhe foi reservado e as disposições tomadas para facilitar seus encontros.
A todas as autoridades civis e militares, aos Pastores e responsáveis das comunidades e instituições eclesiais, o papa fez seus mais cordiais agradecimentos pela amável acolhida durante estes dias.
O pontífice expressou seu reconhecimento também aos agentes de comunicação social, ao serviço de segurança e a todos os voluntários que, com generosidade, eficiência e discrição, contribuíram para o bom êxito da sua visita: “Estou grato a Deus por ter encontrado uma Igreja viva e, apesar das dificuldades, cheia de entusiasmo, que soube carregar a sua cruz e a dos outros, testemunhar perante todos a força salvífica da mensagem evangélica.
Ela continua a anunciar que chegou o tempo da esperança, empenhando-se na pacificação dos ânimos e convidando ao exercício duma caridade fraterna que saiba abrir-se ao acolhimento de todos, no respeito das idéias e sentimentos de cada um. É hora de me despedir para voltar a Roma, triste por vos deixar, mas feliz por ter conhecido de perto um povo corajoso e decidido a renascer.
Não obstante as resistências e os obstáculos, este povo pretende construir o seu futuro caminhando por sendas de perdão, justiça e solidariedade”.
A seguir, o papa fez um apelo final, pedindo que a justa realização das aspirações fundamentais das populações mais necessitadas constitua a preocupação principal dos que ocupam cargos públicos, visto que a sua intenção é desempenhar a missão recebida, não para si mesmos, mas em vista do bem comum.
O nosso coração, disse o pontífice, não pode estar em paz, enquanto virmos irmãos sofrerem por falta de alimento, de trabalho, de teto ou de outros bens fundamentais.
Entretanto para se oferecer uma resposta concreta a estes nossos irmãos, o primeiro desafio deve ser o da solidariedade: solidariedade entre as gerações, solidariedade entre países e entre continentes, que dê origem a uma partilha cada vez mais equitativa das riquezas da terra entre todos os homens. “E de Luanda estendo o olhar para a África inteira, despedindo-me, até o próximo mês de Outubro na Cidade do Vaticano, quando nos reunirmos para a II Assembléia Especial do Sínodo dos Bispos dedicada a este continente, onde o Verbo de Deus humanizado em pessoa encontrou refúgio”.
Depois, o papa pediu a Deus que faça sentir a sua proteção e ajuda aos inúmeros refugiados e deslocados que vagueiam à espera de um retorno a casa. É como filhos e filhas que Deus os ama; Ele vela sobre seus dias e sobre suas noites, sobre as suas fadigas e aspirações. Bento XVI concluiu seu discurso de despedida, em Angola, dizendo:“Irmãos e amigos de África, queridos angolanos, coragem! Não vos canseis de fazer progredir a paz, cumprindo gestos de perdão e trabalhando pela reconciliação nacional, para que jamais prevaleça a violência sobre o diálogo, o medo e o desânimo sobre a confiança, o rancor sobre o amor fraterno”.
Tudo isso só poderá ser possível, disse por fim o Santo Padre, se vocês se reconhecerem, uns aos outros, como filhos do mesmo e único Pai do Céu. “Deus abençoe Angola! Abençoe cada um dos seus filhos e filhas! Abençoe o presente e o futuro desta querida Nação. Ficai com Deus!”. Depois da cerimônia de despedida, no aeroporto internacional de Luanda, Bento XVI tomou o avião, um Boeing 777 da Alitalia, que o levou de volta a Roma, onde sua chegada está prevista para as 18 horas locais, após percorrer uma distância de 5.630 km.Assim, o Santo Padre concluiu mais uma viagem internacional, a 11ª de seu pontificado, a primeira em território africano. (MT)

Fonte: RV

A DOR DE BENTO XVI PELA PERDA DOS DOIS JOVENS FIÉIS

NA MISSA EM LUANDA, A DOR DO PAPA PELA MORTE, ONTEM, DE DUAS JOVENS FIÉIS

Luanda, 22 mar (RV)

- Diante de um milhão de pessoas e sob um forte calor, o papa presidiu na manhã de domingo, uma celebração eucarística na esplanada de Cimangola, a 14 km de Luanda, em seu penúltimo dia de viagem à África.
No início do encontro, Bento XVI expressou seu profundo pesar pela morte de duas jovens ontem, no estádio de Luanda, e fez seus votos de rápida recuperação aos feridos.
Ouça: PAPA O diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, informou ontem que a morte de dois jovens angolanos em um tumulto no estádio Dois Coqueiros, em Luanda, causou dor e desconcerto tanto a Bento XVI como ao séquito papal. O episódio aconteceu na entrada do estádio, horas antes que o papa chegasse. Pe. Lombardi acrescentou que o incidente só foi revelado às 20h, duas horas depois do término do encontro do pontífice com os jovens angolanos. As autoridades angolanas confirmaram ao séquito papal as mortes dos dois jovens em um acidente, sem precisar mais detalhes sobre o ocorrido. Segundo médicos do Hospital Josina Machel, os dois jovens morreram durante um tumulto nos portões do estádio, onde milhares de pessoas tentavam entrar. A imprensa local disse que o incidente aconteceu ao meio-dia, quando os portões foram abertos.Após as palavras iniciais, expressando sua dor, a missa teve início. Em sua homilia, o papa agradeceu a presença dos membros da Associação Inter-regional dos Bispos da África Austral e de fiéis de Botsuana, Lesoto, Moçambique, Namíbia, África do Sul, Suazilândia e Zimbábue. Inspirando-se na primeira leitura da liturgia de hoje, que narra o convite ao povo exilado para regressar a Jerusalém e reconstruir o templo do Senhor, o papa refletiu sobre a experiência pessoal de tantos angolanos que enfrentam as consequências da guerra civil, “infelizmente, disse, uma experiência familiar a toda a África”.O Evangelho de hoje nos ensina que a reconciliação só pode ser fruto de uma conversão, de uma mudança do coração, de um novo modo de pensar. E ensina também que só a força do amor de Deus pode mudar os nossos corações e nos fazer triunfar sobre o poder do pecado e da divisão. Só Deus pode fazer novas todas as coisas. Bento XVI explicou ainda que foi à África justamente para proclamar a mensagem de perdão, de esperança e de uma nova vida em Cristo. Exortando o povo angolano a ser construtor de um futuro melhor para o seu país, Bento XVI ressaltou os profundos valores humanos da sua cultura originária e tradições: famílias solidárias, profundo sentido religioso, celebração festiva do dom da vida, apreço pela sabedoria dos mais velhos e pelas aspirações do jovens. Bento XVI também recordou a contribuição de gerações e gerações de missionários, professores cristãos, catequistas, presbíteros, religiosas e religiosos, que sacrificaram sua vida pessoal para vos transmitir este tesouro precioso. Em seguida, o papa falou das tragédias que obscureceram esta parte do mundo: “Pensemos no flagelo da guerra, nos frutos terríveis do tribalismo e das rivalidades étnicas, na avidez que corrompe o coração do homem, reduz à escravidão os pobres e priva as gerações futuras dos recursos de que terão necessidade para criar uma sociedade mais solidária e justa: uma sociedade verdadeira e autenticamente africana no seu estro e nos seus valores”.E citou as insidias morais do presente:“O espírito de egoísmo que fecha os indivíduos em si mesmos, divide as famílias e, espezinhando os grandes ideais de generosidade e abnegação, conduz inevitavelmente ao hedonismo, à fuga para falsas utopias através do uso da droga, à irresponsabilidade sexual, ao enfraquecimento do vínculo matrimonial, à destruição das famílias e à eliminação de vidas humanas inocentes por meio do aborto?”. A tudo isso – incitou, concluindo a homilia – a Igreja católica deve dar uma resposta, buscando antes de tudo, a unidade interna e entre as etnias do continente: “Coragem! Ponham-se a caminho! Olhem o futuro com esperança, confiem nas promessas de Deus e vivam na sua verdade. Deste modo, construirão algo destinado a permanecer e deixarão às gerações futuras uma herança duradoura de reconciliação, justiça e paz”.

Fonte: RV

A ORAÇÃO PELO SÍNODO E O FIM DO CONFLITO NOS GRANDES LAGOS

NO ANGELUS, A ORAÇÃO PELO SÍNODO E O FIM DO CONFLITO NOS GRANDES LAGOS
Luanda, 22 mar (RV)
- Após a cerimônia, o papa rezou a oração do Angelus, precedendo-a de uma alocução em que implorou a Maria sua amorosa intercessão por nós, nossas famílias e o mundo inteiro. Encomendando à Santa Mãe de Deus o trabalho de preparação para a Segunda Assembléia Especial para a África do Sínodo dos Bispos, previsto para outubro, o papa fez um pedido especial: “Queremos pedir a Nossa Senhora de modo particular para interceder pela paz, pela conversão dos corações e pelo fim do conflito na vizinha região dos Grandes Lagos.
Possa o seu Filho, Príncipe da Paz, levar alívio a quem sofre, conforto àqueles que choram, e força a todos os que conduzem o difícil processo do diálogo, da negociação e da cessação da violência”.(CM)

Fonte: RV

domingo, 22 de março de 2009

LUANDA: DOIS MILHÕES DE PESSOAS NA MISSA COM S.S. PAPA BENTO XVI


Mar de peregrinos inunda Luanda
Autoridades falam em 2 milhões de pessoas na Missa com o Papa


Um mar de peregrinos, que as autoridades estimam em 2 milhões de pessoas, inunda este Domingo os 20 hecatares da esplanada da Cimangola, nos arredores de Luanda, capital de Angola.
Bento XVI preside à Eucaristia, no Dia nacional de oração e reconciliação. Este e o maior banho de multidão da primeira viagem do Papa a África, que se iniciou nos Camarões, a 17 de Março, e um dos maiores do pontificado.
“Não posso esconder a alegria que sinto por estar hoje convosco, nesta bela e sofrida terra que é Angola, terra da Mamã Muxima, terra de tantos filhos da Igreja. Abraço-vos de todo o coração”, começou por dizer o Papa.
Bento XVI incluiu nas suas intenções para esta celebração os dois jovens que ontem perderam a vida na entrada para o Estádio dos Coqueiros, deixando a sua “solidariedade” e “mais vivo pesar” aos seus familiares e amigos, “até porque vieram para me encontrar”. O Papa lembrou ainda os feridos do incidente de Sábado, rezando pelo seu rápido restabelecimento.
Com o Papa estão a concelebrar os Bispos da Conferência Inter-Regional da África Austral.
O Papa dirigiu uma saudação "com grande afecto no Senhor", às comunidades católicas angolandas "de Luanda, Bengo, Cabinda, Benguela, Huambo, Huíla, Kuando Kubango, Cunene, Kwanza Norte, Kwanza Sul, Lunda Norte, Lunda Sul, Malanje, Namibe, Moxico, Uíge e Zaire".
O Coro que anima a Missa é composto por cerca de 600 pessoas. O altar, construído numa estrutura de aço, com 600 metros quadrados, está no topo norte do recinto.
As leituras da celebração foram proclamadas em português e inglês; na oração universal foram utilizadas várias das línguas locais.
Um momento de grande colorido aconteceu na apresentação das ofertas, ao som de ritmos africanos, com representantes de diversas regiões de Angola a levarem produtos que a terra oferece.
O Arcebispo de Luanda, D. Damião António Franklin, saudou o Papa no início da celebração, apresentando os Bispos da I.M.B.I.S.A e renovando as "boas-vindas" a Bento XVI.
O Arcebispo de Luanda, que falava em nome dos Bispos da África austral, referiu que todos querem preservar a sua esperança num mundo melhor, com base na mensagem que o Papa veio transmitir a África.
Representam o Estado Angolano nesta celebração, que é o ponto mais alto da visita do Papa, o presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos, que se faz acompanhar do Presidente do Tribunal Supremo, Cristiano André, e do Primeiro-ministro, António Paulo Kassoma.

BENTO XVI CHORA PELA MORTE DE DOIS JOVENS ANGOLANOS, EM LUANDA

Papa chora morte de jovens angolanos

O porta-voz da Santa Sé, Frederico Lombardi, disse que a morte por esmagamento dos dois jovens angolanos no Estádio dos Coqueiros, em Luanda, causou "dor e desconcerto" ao Papa Bento XVI e à comitiva papal.
Os dois jovens, um rapaz e uma menina cujas identidades e idades não foram reveladas, morreram ontem, sábado, no Estádio dos Coqueiros, no centro de Luanda, quando tentavam entrar no recinto para um encontro com o Papa.
O Pe. Lombardi afirmou que Bento XVI apenas soube da tragédia às 20h00 locais, duas horas depois de ter acabado o encontro com milhares de jovens angolanos.

PAPA PEDE A JESUS PELOS JOVENS ANGOLANOS

PAPA PEDE A JESUS PELOS JOVENS ANGOLANOS

Luanda, 21 mar (RV) - Ao final de seu encontro com os jovens angolanos, no Estádio dos Coqueiros, em Luanda, o Santo Padre dirigiu uma comovente oração a Jesus, pedindo pelos jovens.

Cristo Jesus!
Tu foste jovem.
Soubeste como ninguém viver os anos mais belos da tua vida.
Deste exemplo de uma juventude sem sombras nem pesadelos.
Conheces seus corações e as suas aspirações.
Conheces também as suas ansiedades e sabes como é difícil ser jovem hoje.
Ensina-lhes a ser jovens.
Dá-lhes um coração bom e puro,manso e humilde como o Teu.
Purifica os seus pensamentos e desejos, os seus olhares, palavras e ações.
Põe nos seus corações os teus sentimentos de amor, de entusiasmo e de disponibilidade para realizar a vontade do Pai.
Torna-os capazes de anunciara Verdade, a Paz, o Amore fazer de Ti o Coração do Mundo. Queiram, com a tua ajuda, testemunhar o Evangelho para que o mundo se torne mais belo, e os homens vivam como irmãos.
Amém.

Fonte: RV

"NÃO TENHAIS MEDO DE TOMAR DECISÕES DIFINITIVAS"

BENTO XVI AOS JOVENS: "NÃO TENHAIS MEDO DE TOMAR DECISÕES DIFINITIVAS"
Luanda, 21 mar (RV)

- Bento XVI realizou esta tarde, no Estádio dos Coqueiros de Luanda, um dos encontros mais esperados dessa visita de Bento XVI a Angola: o encontro com os jovens. O Estádio da capital angolana foi construído em 2004 para a prática do futebol e a realização de eventos esportivos em geral, com capacidade para acolher um público de 30 mil pessoas.Milhares de jovens, provenientes das 18 províncias do país, prepararam uma coreografia para receber o pontífice. De fato, como já se esperava, o encontro se realizou num clima de grande festa, com cantos, coreografias e testemunhos dos jovens, que falaram de suas dificuldades e alegrias, desafios e esperanças. Encontraram-se também presentes representações de jovens órfãos e mutilados, vítimas da guerra civil. O encontro teve como tema "Eis que faço novas todas as coisas" (Ap 21, 5).Na saudação ao pontífice, o bispo de Ndalatando, Dom Almeida Kanda, presidente da Comissão Episcopal da Pastoral da Juventude, disse ter a honra de saudar o Santo Padre em nome de todos os jovens ali presentes e daqueles que eles representam, ressaltando a grande atenção de Bento XVI aos jovens.O prelado frisou que os jovens angolanos querem manifestar toda a sua gratidão ao papa e reiterar o seu propósito de evangelizar o mundo juvenil, como fizeram tantos jovens ao longo dos séculos.Dom Kanda ressaltou ainda a aptidão quase inata do jovem à evangelização, que é inconcebível sem o entusiasmo juvenil, sem a juventude no coração, sem aquele conjunto de qualidades em que a juventude é pródiga. Eles portam nos seus corações a alegria, esperança, transparência, sinceridade, audácia, criatividade.O prelado angolano acrescentou que a sensibilidade e generosidade espontânea dos jovens, a tendência a tudo que é belo, tornam todo jovem um aliado natural de Cristo, e que todos eles sabem que somente em Cristo encontrarão uma resposta a seus problemas e inquietações.Em seguida, quatro jovens saudaram o pontífice, contando um pouco também de sua experiência, dando o seu testemunho. Logo depois teve lugar o discurso do papa.Bento XVI formulou a finalidade do encontro: "Viestes em grande número – e representais aqui muitos mais unidos espiritualmente – para encontrar o Sucessor de Pedro e, comigo, proclamar a todos a alegria de acreditar em Jesus Cristo e renovar o compromisso de ser seus discípulos fiéis neste nosso tempo. Análogo encontro teve lugar nesta mesma cidade, em 7 de junho de 1992, com o amado Papa João Paulo II".O papa disse saudar todos os jovens, católicos e não católicos, em busca de uma resposta a seus problemas, "alguns dos quais certamente referidos pelos vossos representantes cujas palavras ouvi com gratidão. O abraço que vos dei vale naturalmente para todos vós" - frisou."Amigos que me escutais, o futuro é Deus. Como há pouco ouvimos – prosseguiu Bento XVI – «Ele enxugará todas as lágrimas dos olhos; nunca mais haverá morte, nem luto, nem gemidos nem dor, porque o mundo antigo desapareceu» (Ap 21, 4).""Entretanto – observou – vejo aqui presentes alguns dos milhares de jovens angolanos mutilados em consequência da guerra e das minas, penso nas lágrimas sem conta que muitos de vós verteram pela perda dos familiares, e não é difícil imaginar as nuvens cinzentas que ainda cobrem o céu dos vossos sonhos melhores… E leio no vosso coração uma dúvida, que me lançais: «Isto temos. Aquilo que nos diz, não se vê. A promessa tem a garantia divina – e nós o cremos –, mas Deus, quando Se levantará para renovar todas as coisas?»"A resposta de Jesus é a mesma que Ele deu aos seus discípulos: «Não se perturbe o vosso coração. Se acreditais em Deus, acreditai também em Mim. Em casa de meu Pai, há muitas moradas. Se assim não fosse, Eu vos teria dito, pois vou preparar-vos um lugar» (Jo 14, 1-2)."Meus amigos – prosseguiu – vós sois uma semente lançada por Deus à terra, que traz no coração uma força do Alto, a força do Espírito Santo. Mas, para passar da promessa de vida ao fruto, o único caminho possível é dar a vida por amor, é morrer por amor.""Foi o próprio Jesus que o disse: «Se a semente, caindo na terra, não morrer fica ela só; mas, se morrer, dá muito fruto. Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem neste mundo perde a sua vida conservá-la-á para a vida eterna» (cf. Jo 12, 24-25). Assim falou Jesus, e assim o fez: a sua crucifixão parece o falimento total, mas não! Jesus, animado pela força de «um Espírito eterno, ofereceu-Se a Si mesmo a Deus como vítima sem mancha» (Hb 9, 14).""E deste modo, caindo em terra, Ele pôde dar fruto o tempo todo e em todos os tempos. E aí tendes o novo Pão, o Pão da vida futura, a Santíssima Eucaristia que nos alimenta e faz desabrochar a vida trinitária no coração dos homens." Em seguida, disse Bento XVI: "A cultura social predominante não vos ajuda a viver nem a Palavra de Jesus nem o dom de vós mesmos a que Ele vos convida segundo o desígnio do Pai"."Queridos amigos – exortou – a força está dentro de vós, como o estava em Jesus que dizia: «O Pai que está em Mim, é que faz as obras. (…) Aquele que acredita em Mim fará também as obras que Eu faço; e fará obras maiores do que estas, porque Eu vou para o meu Pai» (Jo 14, 10.12). Por isso, não tenhais medo de tomar decisões definitivas." "Generosidade não vos falta – eu sei! – mas, perante o risco de se comprometer para uma vida inteira quer no matrimônio quer numa vida de especial consagração, sentis medo: «O mundo vive em contínuo movimento e a vida está cheia de possibilidades. Poderei eu dispor agora da minha vida inteira, ignorando os imprevistos que me reserva? Não será que eu, com uma decisão definitiva, jogo a minha liberdade e me prendo com as minhas próprias mãos?» Tais são as dúvidas que vos assaltam e que a atual cultura individualista e hedonista aviva. Mas quando o jovem não se decide, corre o risco de ficar uma eterna criança!""Eu digo-vos: Coragem! Ousai decisões definitivas, porque na verdade são as únicas que não destroem a liberdade, mas lhe criam a justa direção, possibilitando seguir em frente e alcançar algo de grande na vida. Sem dúvida, a vida só pode valer se tiverdes a coragem da aventura, a confiança de que o Senhor nunca vos deixará sozinhos."Por fim, o papa concluiu:"Juventude angolana, liberta dentro de vós o Espírito Santo, a força do Alto! Confiado nela, como Jesus, arrisca este salto, por assim dizer, no definitivo e com isso dá uma possibilidade à vida! Assim criar-se-ão entre vós ilhas, oásis e depois grandes superfícies de cultura cristã, onde se tornará visível aquela «cidade santa que desce do céu, da presença de Deus, bela como noiva adornada para o seu esposo». Tal é a vida que vale a pena ser vivida e que de coração vos desejo. Viva a juventude de Angola!" (RL)

Fonte: RV

PAPA: CONVERTER ANGOLANOS QUE CRÊEM EM FEITIÇARIAS

PAPA: CONVERTER ANGOLANOS QUE CRÊEM EM FEITIÇARIAS

Luanda, 21 mar (RV)
- O papa presidiu a Santa Missa com bispos, sacerdotes, religiosos, movimentos eclesiais e catequistas de Angola e São Tomé, na Igreja de São Paulo. A igreja, que pode abrigar 1500 pessoas, foi construída pelos padres capuchinhos em 1935, tendo sido relevada pelos salesianos em 1982. A cerimônia se iniciou com a saudação do bispo coadjutor de Lubango e vice-Presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé, Dom Gabriel Mbilingi. Bento XVI introduziu sua homilia recordando que São Paulo, patrono da cidade de Luanda, nos deixou o testemunho de que Cristo Jesus veio ao mundo salvar os pecadores, e Ele era o primeiro deles. Assim, Jesus foi um exemplo para os que viriam a acreditar n’Ele, a fim de alcançarem a vida eterna. Com ânimo grato e cheio de esperança, o papa saudou a todos, mencionando especialmente as religiosas contemplativas, presença invisível, mas extremamente fecunda, e aos Salesianos e aos fiéis da paróquia de São Paulo. Bento XVI retomou então sua catequese afirmando que fundamental na vida de Paulo foi o seu encontro com Jesus, quando ia a caminho de Damasco, e Cristo lhe aparece como luz deslumbrante, lhe fala, e o conquista. “Dá-se então nele uma inversão de perspectiva, passando a ver tudo a partir desta estatura final do homem em Jesus: o que antes lhe parecia essencial e fundamental, agora para ele não passa de «lixo»; já não é «lucro», mas perda, porque agora só conta a vida em Cristo. Em seguida, o papa confiou uma missão aos católicos angolanos: converter aqueles que acreditam em bruxarias. “A evangelização – disse – é ainda hoje importante como o era quando os católicos chegaram, 500 anos atrás. “Hoje, é a vez de vocês seguirem os passos daqueles heróicos mensageiros de Deus, e oferecer Cristo a seus compatriotas”: “Muitos deles vivem no temor dos espíritos, dos poderes nefastos de que se crêem ameaçados; desnorteados, chegam a condenar meninos da rua e até os mais velhos, porque – dizem – são feiticeiros. Quem pode ir ter com eles para lhes anunciar que Cristo venceu a morte e todos esses poderes obscuros?”.Bento XVI frisou que nós devemos estar convencidos de que não fazemos injustiça a ninguém se lhe mostrarmos Cristo e lhe oferecermos a possibilidade de encontrar, deste modo, também a sua verdadeira autenticidade, a alegria de ter encontrado a vida. É nossa obrigação oferecer a todos esta possibilidade de alcançarem a vida eterna. E concluiu:“Abracemos a sua vontade, como fez São Paulo: Anunciar o Evangelho (…) é uma obrigação que me foi imposta. Ai de mim se não evangelizar!”. (CM)

Fonte: RV

sábado, 21 de março de 2009

"CHEGOU PARA A ÁFRICA O TEMPO DA ESPERANÇA"

PAPA EM ANGOLA: "CHEGOU PARA A ÁFRICA O TEMPO DA ESPERANÇA"
Luanda,

- Bento XVI realizou , na segunda etapa de sua viagem apostólica internacional à África, uma visita de cortesia ao presidente da República de Angola. O presidente José Eduardo dos Santos recebeu o Santo Padre na entrada do palácio presidencial, onde foi festivamente acolhido com o comitê de honra, seguido da execução dos hinos nacional de Angola e do Vaticano.Logo em seguida, teve lugar, no estúdio presidencial, o colóquio privado entre José Eduardo e Bento XVI, acompanhado do cardeal secretário de Estado, Tarcisio Bertone, e um colaborador.Concluído o colóquio, a esposa do presidente e familiares entraram no estúdio presidencial para a foto oficial. Ao término, o presidente acompanhou o pontífice até o Salão de honra – para o encontro com autoridades políticas e civis e o corpo diplomático – onde o presidente e o papa pronunciaram um discurso dirigido ao mundo político angolano e internacional."Angola vive um tempo novo e de esperança", disse o presidente José Eduardo, que em seu discurso abordou também temas internacionais, evocando a pobreza e os conflitos que ainda martirizam o continente africano."O mundo está vivendo uma grave crise econômica e financeira, mas também uma crise de valores e de princípios éticos e morais", afirmou o presidente angolano, acrescentando que os países pobres serão atingidos particularmente por essa crise internacional."Queremos colaborar com a Igreja para construir a justiça através do diálogo político, cultural e inter-religioso. Mas também para combater o integrismo e o terrorismo", ressaltou o presidente, recordando que Angola é um Estado laico, onde, todavia, 70% de seus habitantes são cristãos católicos."Queremos construir uma sociedade moderna que inclua todos sem exclusões sociais", acrescentou o presidente José Eduardo, que concluiu fazendo votos de que o seu país possa realizar o sonho da paz duradoura e de um futuro melhor.Por sua vez, o Santo Padre, o iniciou seu discurso agradecendo ao presidente angolano pela acolhida e pelas palavras a ele dirigidas de estima ao Sucessor de Pedro e de confiança na ação da Igreja Católica. Bento XVI contextualizou a sua visita e convidou os responsáveis ao esforço para o progresso do país e do continente."Após vinte e sete anos de guerra civil que devastou o país, a paz começou a se enraizar, trazendo consigo os frutos da estabilidade e da liberdade. Os esforços palpáveis do Governo para estabelecer as infra-estruturas e recriar as instituições indispensáveis ao desenvolvimento e bem-estar da sociedade fizeram voltar a esperança entre os cidadãos", frisou o pontífice, acrescentando que "chegou para a África o tempo da esperança"."Podereis transformar este continente – exortou Bento XVI – libertando o vosso povo do flagelo da avidez, da violência e da desordem e guiando-o pelo caminho indicado por princípios indispensáveis a qualquer democracia civil moderna: o respeito e a promoção dos direitos humanos, um governo transparente, uma magistratura independente, uma comunicação social livre, uma administração pública honesta, uma rede de escolas e de hospitais que funcionem de modo adequado, e a firme determinação, radicada na conversão dos corações, de acabar de uma vez por todas com a corrupção."Em seguida, o papa ressaltou que "o desenvolvimento econômico e social da África requer a coordenação das ações governamentais nacionais com as iniciativas regionais e com as decisões internacionais".-"Uma tal coordenação – acrescentou – supõe que as nações africanas não sejam apenas consideradas como destinatárias dos planos e soluções elaborados por outros. Os próprios africanos, trabalhando juntos para o bem das suas comunidades, devem ser os agentes primários do seu desenvolvimento.""Quanto à comunidade internacional no seu todo – observou o pontífice – é de urgente importância a coordenação dos esforços para enfrentar a questão das alterações climáticas, a realização plena e honesta dos compromissos em prol do desenvolvimento indicados pela rodada de Doha e, de igual forma, a realização desta promessa muitas vezes repetida pelos países desenvolvidos: destinarem 0,7% do seu PIB (produto interno bruto) para ajudas oficiais ao desenvolvimento. Esta assistência é ainda mais necessária hoje com a tempestade financeira mundial em curso; que ela não seja mais uma das suas vítimas."Bento XVI se deteve sobre o papel da família, mas também sobre a difícil situação na qual ela se encontra. «A família representa a base sobre a qual está construído o edifício da sociedade» (Ecclesia in Africa, 80). Por fim, o papa ressaltou a importância do compromisso da Igreja, que está ao lado dos mais pobres do continente africano. (RL)

Fonte: RV

"A ÁFRICA NÃO QUER SER TERRA DOS SOFRIMENTOS ESQUECIDOS"

"A ÁFRICA NÃO QUER SER TERRA DOS SOFRIMENTOS ESQUECIDOS"

Cidade do Vaticano,
- “A África não quer ser a terra dos sofrimentos esquecidos”: esse é o título do artigo do arcebispo de Dacar, Cardeal Théodore Adrien Sarr, que também é presidente da Conferência Episcopal Regional da África Ocidental, publicado na edição de ontem do jornal L’Osservatore Romano, por ocasião da visita do Papa a Camarões e Angola (17-23 março). A Igreja na África Ocidental - escreve o Cardeal Sarr -, “espera de Bento XVI, antes de tudo, um novo estímulo para a edificação da Igreja como casa e família de Deus e como fraternidade de Cristo”. Os católicos africanos esperam ainda motivações “para melhor assumirem as suas responsabilidades no âmbito das graves questões sociais que dilaceram a África: a migração maciça, com a conseqüente fuga de pessoas preparadas, e a incapacidade da África de se estruturar como espaço habitável para os seus filhos, da qual derivam também o crescente subdesenvolvimento, a corrupção, a pobreza e a miséria, o mau governo, a pandemia da Aids, e a dívida externa”. Se a Igreja na África representa “a grande esperança da Igreja em todo o mundo – escreve ainda o arcebispo de Dacar -, esta Igreja descobre em Bento XVI uma oportunidade excepcional a fim de que essa esperança não seja desiludida”. (SP)

Fonte: RV

sexta-feira, 20 de março de 2009

ACOLHIMENTO RESERVADO A BENTO XVI EM CAMARÕES

PADRE LOMBARDI COMENTA ACOLHIMENTO RESERVADO A BENTO XVI EM CAMARÕES

Cidade do Vaticano,

- Sobre o primeiro contato do papa com a África, na sua chegada a Camarões, eis o comentário do diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi:
"Parece-me um contato maravilhoso, sobretudo o acolhimento que se verificou na cidade: a longa transferência do aeroporto até a nunciatura foi marcado por um grande entusiasmo, por um caloroso acolhimento… Também os bispos da nunciatura disseram que não esperavam um acolhimento do gênero. Havia realmente muita gente, sobretudo depois no centro da cidade, sem contar as expressões de afeto e de alegria tipicamente africanas: cantos, gestos, sorrisos, danças... Realmente, um acolhimento melhor do que este me parece realmente difícil e certamente ele se sentiu muito bem acolhido. Sobre o discurso que ele fez no aeroporto, pareceu-me um discurso muito significativo, muito importante. Foi um discurso à nação, com um convite à paz, um convite à reconciliação e de louvor pelos aspectos positivos da convivência entre as diversas etnias que existem em Camarões e um forte convite ao mundo inteiro para ajudar a África a crescer no caminho da paz, da justiça e da reconciliação, que é justamente o tema do Sínodo africano. Em síntese, um início de viagem extremamente sereno, extremamente construtivo, que faz bem esperar para aquilo que se deseja desta viagem à África." (BF)

Fonte: RV

quinta-feira, 19 de março de 2009

HOJE - SÃO JOSÉ

A VIDA DE SÃO JOSÉ




José nasceu provavelmente em Belém, o pai se chamava Jacó (Mt 1,16) e parece que ele fosse o terceiro de seis irmãos. A tradição nos passa a figura do jovem José como um rapaz de muito talento e de temperamento humilde, manso e devoto.José era um carpinteiro que morava em Nazaré. Com a idade de mais ou menos 30 anos foi convocado pelos sacerdotes do templo, com outros solteiros da tribo de David, para se casar. Quando chegaram ao templo, os sacerdotes colocaram sobre cada um dos pretendentes um ramo e comunicaram que a Virgem Maria de Nazaré teria se casado com aquele em que o ramo se desenvolvesse e começasse a germinar.Maria, com a idade de 14 anos, foi dada em casamento a José, todavia ela continuou a morar na casa da familia em Nazaré da Galileia ainda por um ano, que era o tempo pedido pelos Ebreus, entre o período do casamento e a entrada na casa do esposo. Foi alí, naquele lugar, que recebeu o anúncio do Anjo e aceitou: "Eis-me, sou a serva do Senhor, aconteça a mim aquilo que disseste" (Lc 1,38).Como o Anjo lhe havia dito que Isabel estava grávida (Lc 1,39), pediu a José para acompanhá-la a casa da sua prima que estava nos seus últimos três meses di gravidez. Tiveram que enfrentar uma longa viagem de 150 km porque Isabel morava a Ain Karim na Judéia. Maria ficou com ela até o nascimento de João Batista.Maria, voltando da Judéia, colocou o seu esposo diante a uma maternidade que ela não podia explicar. Muito inquieto José combateu contra a angústia do suspeito e meditou até de deixá-la fugir secretamente (Mt 1,18) para não condená-la em público, porque era um esposo justo. Na verdade, denunciando Maria como adultera a lei previa que fosse lapidada e o filho do pecado morresse con ela (Levitino 20,10); Deuteronomio 22,22-24).José estava para atuar esta idéia quando um Anjo apareceu em sonho a fim de dissipar os seus temores: "José, filho de David, não temer de casar com Maria, tua esposa, porque aquele que foi generado nela, vem do Espirito Santo" (Mt 1,20). Todos os turbamentos sumiram e não só, antecipou a cerimonia da festa de ingresso na sua casa con a esposa.Com ordem de um edito de César Augusto que ordenava o censimento de toda a terra (Lc 2,1), José e Maria partiram para a cidade de origem da dinastia, Belém. A viagem foi muito cansativa, seja pelas condições desastrosas, seja pelo estado de Maria já próxima à maternidade.Belém naqueles dias era cheia de estrangeiros e José procurou em todas as locandas, um lugar para a sua esposa mas as esperanças de encontrar uma boa acolhença foram frustradas. Maria deu a luz ao seu filho em uma gruta na periferia de Belém (Lc 2,7) e alguns pastores correram para visitá-la e ajudá-la.A lei de Moisés prescrivia que a mulher depois do parto fosse considerada impura, e ficasse 40 dias segregada se tivesse partorido um macho, e 80 dias se uma femea, e depois deveria se apresentar ao templo para purificar-se legalmente e fazer uma oferta que para os pobres era limitada a duas rolas e dois pombos. Se o menino era primogenito, ele pertencia pela lei ao Dio Jahvé. Vindo o tempo da purificação, eles vão ao templo para oferecer o primogenito ao Senhor. No templo encontraram o profeta Simeão que anunciou a Maria: "e também a ti uma espada traspassarà a alma" (Lc 2,35).Chegaram depois os Magos do oriente (Mt 2,2) que procuravam pelo recém nascido Rei dos Judeus. Vindo ao conhecimento disto, Herodes teve um grande medo e procurou com todos os meios de saber onde estava a criança para poder eliminá-la. Os Magos entanto encontraram o menino, estiveram em adoração e ofereceram os dons dando tranquilidade à Santa Familia.Depois que eles partiram, um Anjo do Senhor, que apareceu a José, o convidou a fugir: "Levanta-te, pega o menino e a sua mãe e foge para o Egito, e fica lá até que não te aviso quando voltar; porque Herodes está procurando o menino para matá-lo. (Mt 2,13).José foi logo embora com a familia (Mt 2,14) para uma viagem de mais ou menos 500 km. A maior parte do caminho foi pelo deserto, infestado da numerosas serpentes e muito perigoso por causa dos brigantes. A S. Familia teve assim que viver a penosa experiencia de prófugos longe da própria terra, para que acontecesse, quanto tinha dito o Senhor por meio do Profeta (Os XI,1): "Eu chamei o filho meu do Egito" (Mt 2,13-15).No mês de Janeiro do ano 4 a.C., imediatamente depois da morte de Herodes, um Anjo do Senhor apareceu em sonho a José no Egito e lhe disse: "Levanta-te, pega o menino e sua mãe e vai na terra de Israel; na verdade morreram aqueles que procuravam matar o menino" (Mt 2,19). José obedeceu às palavras do Anjo e partiram mas quando chegou a eles a notícia que o sucessor de Herodes era o filho Archelao teve medo de ir embora. Avisado em sonho, foi embora da Galileia e foi morar em uma cidade chamada Nazaré, porque assim aconteceria quanto foi dito pelos profetas: "Ele serà chamado Nazareno" (Mc 2,19-23).La S. Familia, como cada ano, foi a Jerusalém para a festa da Pascoa. Passado os dias de festa, retornando a casa, acreditavam que o pequeno Jesus de 12 anos fosse na comitiva. Mas quando souberam que não era com eles, iniciaram a procurá-lo desesperadamente e depois de três dias, o encontraram no templo, sentado no meio dos mestres, enquanto os escutava. Ao verem ele, ficaram perplexos e sua mãe lhe disse: "Filho, porque nos fez isto? Eis, teu pai e eu, angustiados te estavamos procurando". (Lc 2,41-48).Passaram outros vinte anos de trabalho e de sacrifício para José, sempre perto a sua esposa e morreu pouco antes que seu filho iniciasse a predicação. Não viu a paixão de Jesus no Golgota provavelmente porque não teria podido suportar a atroz dor da crocificação do Filho tanto amado.


JOSÉ, PAI TERRENO


José foi o pai terreno de Jesus e como tal teve que providenciar às necessidade da familia, tutelar e crescer o seu filho adotivo, sempre pronto a satisfazer os desejos de Deus conhecendo, em parte, alguns do seus desenhos.Ele fez o impossível para que não faltasse nada à famiglia e como pai, para ensinar as coisas da vida ao seu filho. Deus não o deu um pai qualquer, ma uma alma pura, para que fosse de ajuda a uma candida esposa e a um Deus encarnado.Muitas pessoas não consideram aquela que foi a sua incumbência: nunca discutiu as ordens recebidas no sono ou através dos mensageiros de Deus, mas obedecia fielmente, mesmo que isto o levasse a abandonar tudo aquilo que tinha realizado naquele momento; as amizades, os bens e a segurança social para enfrentar o desconhecido.A sua fé era tanta que não teve dúvidas ou incertezas, foi aonde Deus o enviava com o seu fardel, com os seus tesouros constituídos de uma exile mãe e da um pequenino antes e da um rapaz depois. Como pai não se opôs, mas aceitou, as Divinas vontades e no seu animo ardente abençoou este seu filho, a fim de que anunciasse com a palavra; e no mundo acontecesse os desenhos do Pai.Foi um trabalhador exemplar, um exemplo da seguir, conduziu a familia em um porto seguro e soube guiá-la aos lidos e portos reparados, mesmo que fora as águas fossem turbolentas. Soube ser um digno companheiro para a sua esposa e se amaram com sentimentos tão puros que encantavam os Anjos dos Céus.Oh! Vós pais, seguis os ensinamentos deste homem que soube construir uma familia humana; aplicou todas as virtudes de que era capaz com a sua alma ardente de amor. Somente o amor e a fé lhe permitiram, no caminho da sua vida, de superar grandes obstáculos, o peso humano, o sustentamento, era quase tudo nas suas costas e isto Ele ofereceu alegremente ao seu filho que tanto adorava.Muitos não dão a devida importancia que ele teve nos desenhos de Deus: mas podia Deus dar a uma qualquer alma a responsabilidade de pai terreno? Ou na sua Omnisciência escolheu uma alma eleita? E no céu lhe foi designado o lugar que lhe era devido. Apelais tranquilamente a Ele, a fim de que possa interceder por vós em todos as vossas necessidades. Pela sua fidelidade e pelo seu amor lhe foi dada a potência de intercessão e de graça para todas as vossas necessidades. Seja para vós um modelo constante.Se voçes souberem seguir como pais de familia as suas pegadas, voçes poderão serem alegres nas vossas familias e serão olhados bonariamente do céu, a graça e a benção descerá sobre vós e sobre as vossas familias. Serão modelos de fidelidade que aquecerà de amor, não somente a vossa familia, mas todos aqueles que, perdidos e desesperados, desejam apoiar-se e esperar nos exemplos coerentes. Tenham confiança Nele dentro da vossa familia, pedindo ajuda. Rezais para que caia sobre vós as virtudes tanto necessárias para a vossa salvação.


A SANTA FAMÍLIA – MODELO IDEAL


José acolheu com delicadeza esse grande sentimento e respondeu com o mesmo amor. O amor entre eles era tão sublime que já podia pertencer ao nível dos anjos. José nunca reclamou para si satisfações humanas, sempre disponível a advinhar os desejos de Maria Santissima, era sempre pronto a todas as necessidades.José sentiu muita alegria a ver o seu filho crescer, dia após dia, abraçando-o, sabendo bem quem ele era. Com amor ele cuidava de toda a família, não economizando fadiga.Quando chegou o tempo de fugir para o Egito, não teve dúvidas ou tenteamentos, deixou tudo aquilo que tinha, inclusive a segurança de como manter a família, para salvar seu filho. Muitos não dão o devido valor do seu papel como pai e todo o seu empenho para com a familia.Mestre de integridade, José soube ser um exemplo para todos os pais de família, demonstrou que era possível amar ardentemente, mas de um amor para com o núcleo familiar sem pretender nada para si: a alegria era a luz reflexa do perfume das virtudes.Cada família deveria pegar como exemplo esta Santa Família daquela época. Quantos casais interpretam o próprio papel como o mais importante, desenvolvendo o amor egoístico para o proprio prazer; assim acusam o outro, enquanto não fazem nada para compreende-lo.Os filhos são como botões de rosas. E’ necessário que o jardineiro as regue adequadamente e o sol as aqueça, a fim de que com o tempo a flor se abra no seu esplendor emitindo o seu suave perfume. Mas se os botões veem abandonados, as ervas daninhas procurarão sofocá-los e a falta de água, antes ou depois, os farão morrer; para eles não tem saída, sózinhos não conseguirão sobreviver.Assim é para os nossos meninos, eles são belissimos botões che atendem de abrir-se; é necessário porém regá-los com a luz da verdade e aquecê-los com o sol do amor. Voçes devem dedicar muito cuidado a eles, a fim de que as ervas daninhas dos vícios e das falsas inclinações não os sufoquem. Mas se de um lado voçes devem se preocupar pelo crescimento humano deles, do outro lado voçes devem se empenhar pelo crescimento espiritual e moral deles, para transferir aquela luz que permitirá a eles de caminhar em direção à justa estrada. Quantas mães e pais não fazem faltar nada ao filho, doando até o supérfluo, achando que assim estão doando a ele, a felicidade.No dias de hoje, quantos são numerosos os rapazes, os meninos infelizes que atendem dos pais a única coisa preciosa, o amor, o afeto e um guia seguro para o caminho a seguir.A família é o amor conjugal que recai sobre os filhos e se fecha no núcleo familiar. O botão se transforma em flor, alimentado pelo amor dos pais, o seu perfume será mais ou menos intenso na proporção das virtudes que se conseguiu cultivar juntos.Família, sublime oportunidade de crescimento para todos os seus membros, é o amor que chama amor e no amor a alegria de doar e de ver os frutos. Se as vezes a fadiga fará descer lágimas de suor, serão gotas para alimentar a vontade de proseguir e crescer juntos.Se um dos membros não quer exercitar o seu dever ou é incapaz de doar porque está ainda fechados no seu egoismo, pouco importa aos outros membros que sabem amar, o ajudarão a crescer.Maria e José eram unidos dolcemente na alegria e na dor pelo seu filho tão amado que se entregaram de corpo e alma: Jesus era o sol deles. Souberam acudir docemente o botão deles, regando dia após dia com as suas virtudes e aquecendo-o com o amor deles. Devemos fixar eles com confiança, devemos pedir ajuda e eles virão a nós como se fossemos seus filhos, nos ampararão e nos darão o desejo de crescer e de acudir os nossos botões, se tivermos. Nos farão experimentar na família aquele desejo de amar que somente os anjos possuem.


A SANTIDADE DE JOSÉ


José conhecia perfeitamente a santidade de Maria e o propósito de virgindade perpétua.Por isso quando veio ao conhecimento da sua gravidez, não a considera uma pecadora-adúltera, nem a expôs à lapidação prescrita.(Levitico 20,10; Deuteronomio 22, 22-24). Ele que acreditava na virtude de Maria, teria deixado de ser justo (Mateus 1,19) se a tivesse feito lapidar.Mas José, antes da aparição angélica (Mateus 1, 20-23) não conhece a causa pelo qual a sua esposa está grávida e não sabe explicar o acontecido.E’ Deus que por meio de um Anjo, em sonho, diz a José de não mandar embora a sua esposa e de casar com ela tranquilamente, porque a Sua maternidade não deve ser atribuída a ninguém se não ao próprio Deus.A santidade de José, isto é, do justo que cai em qualquer imperfeição logo ressurge (Provérbios 24,16), risplende imediatamente de maior viva luz:Por ter logo obedecido ao Anjo (Mateus 1,24);por ter logo deciso de fazer em tudo a vontade de Deus (Mateus 1,24).A santidade de Maria resplende de especial luz nesta terrível circunstância:Para obedecer a Deus, que queria reservar-se de manifestar a José o inexplicável mistério, nada disse ao seu esposo, mesmo sofrendo muito pelo prolongado e ardente sofrimento do seu esposo e para o perigo "que um justo faltasse, ele que nunca faltava..."Verdadeiramente, Maria e José, também naquela dolorosa circunstância, parecem "...dois santos que maiores no mondo não tem"


A DOR DE JOSÉ


’Diz Maria:A infância, a adolescência e a juventude do meu Filho tiveram somente breves períodos no vasto quadro da sua vida descrito dos Evangelhos. Nestes Ele é o Mestre. Aqui está o Homem.E’ o Deus que se humilha pelo amor do homem. E que também faz milagres no anulamento de uma vida comum. Ele o faz em mim, que sinto levada à perfeição a minha alma a contacto con o Filho que me cresce dentro. O faz na casa de Zacaria santificando o Batista, ajudando o parto de Isabel, transmitindo palavra e fé a Zacaria. O faz em José abrindo-lhe o espírito à luz de uma verdade tão grande que ele não a podia sozinho compreender apesar de ser um justo. E depois de mim aquele que teve tantos divinos benefícios foi José.Observa quanto caminho faz, caminho espiritual, do momento que vem à minha casa até aquele da fuga no Egito. No início era só um homem justo do seu tempo. Depois sucessivamente se transforma no justo do tempo cristão.Ele sempre se deixou guiar pelo respeito imenso que nutria por mim. Agora guia ele, as coisas materiais e aquelas superiores, e decide, como chefe da Família, aquilo que é a decidir. Não só, na hora da fuga, depois que meses de união com o Filho Divino o saturaram de santidade, é ele que conforta o meu penar e me diz: "Mesmo que não devéssemos ter mais nada teremos sempre tudo porque teremos Ele".Os presentes dos Magos logo foram gastos com a compra de um lugar para morar e daquele mínimo de coisas necessárias para viver até que não encontrássemos trabalho.A comunidade ebraica sempre se ajudou muito entre eles. Mas a comunidade recolhida no Egito era quase toda composta de prófugos perseguidos, pobres por isso como nós que vínhamos nos unir a eles. E um pouco daquela riqueza, que querímos conservar para Jesus, para o nosso Jesus adulto, salvando das despesas de sustentação no Egito, serviu para o retorno e apenas suficiente para reorganizar casa e laboratório a Nazaré na nossa volta. Porque as coisas mudam, mas a avidade humana é sempre igual e se aproveitam das necessidades das pessoas para ganharem o que querem.Não. Ter Jesus com nós não nos trouxe bens materiais. Muitos de voçes pretendem isto quando apenas estão um pouco unidos a Jesus. Esquecem que Ele disse: "Procurem as coisas do espírito". Todo o resto é a mais. Deus provê até o alimento. Aos homens como aos pássaros. Porque sabe que voçes teem necessidade de alimento até que a carne seja armadura das almas de voçes. Mas voçes devem pedir antes a sua graça. Devem pedir antes para o seus espíritos.José da união com Jesus teve, humanamente falando, afanos, fadigas, perseguições, fome.Outra coisa não teve. Isso era somente para Jesus e tudo isto se transformou em paz espiritual, em letícia sobrenatural. Eu gostaria de levar-vos ao ponto em que era o Esposo meu quando dizia: "Mesmos que não devéssemos ter mais nada, teremos sempre tudo porque temos Jesus."


MARIA NA MORTE DE JOSÉ SOFREU TERRÍVELMENTE


Disse Jesus:A todas as esposas que teem uma dor que as torturam, ensino a imitar Maria na sua viuvez: unir-se a Jesus.Aqueles que pensavam que Maria amasse o esposo com um amor tépido, porque ele era esposo de espírito e não de carne, erram. Maria amava intensamente o seu José, o qual tinha dedicado 30 anos de vida fiel. José lhe foi pai, esposo, irmão, amigo, protetor.Agora Ela se sentia sózinha como ramo de uva ao qual vem cortado da árvore que pertencia. A sua casa era como fosse pega por um raio. Se dividia. Antes era uma unidade cujos membros se ajudavam entre eles. Agora vindo a faltar o muro principal, o primeiro dos golpes dados àquela Familia, marcado do próximo abandono do seu amado Jesus.A vontade do Eterno, que a quis esposa e Mãe, agora lhe impunha viuvez e abandono da sua Criatura. Maria disse entre as lágrimas um dos seus sublimes "Sim". "Sim, Senhor, se faça de mim segundo a tua palavra".E para ter força naquela hora, se abraçou a mim. Sempre se entregou a Deus, Maria, nas horas mais graves da sua vida. No Templo quando foi chamada ao matrimonio, a Nazaré chamada à Maternidade e ainda a Nazaré entre lágrimas como viúva, a Nazaré no suplício do destaque do Filho, no Calvário na tortura de ver-me morrer.Aprendeis, vós que chorais. E aprendeis vós que morreis. Aprendeis, vós, que viveis para morrer. Procurais merecer as palavras que disse a José. Serão a vossa paz na luta com a morte. Aprendeis, vós que morreis, a merecer de ter Jesus perto, para o vosso conforto. E se não tenhais merecido, ousais igualmente a chamar-me. Eu virei. As mãos cheias de graças e de conforto, o Coração cheio de perdão e de amor, os lábios cheios de palavras de absolução e de encorajamento.A morte perde qualquer amargura se acontece nos meus braços.Deveis acreditar. Não posso abolir a morte, mas a faço suave a quem morre confiando em Mim.


JOSÉ NO CATEQUISMO DA IGREJA CATÓLICA

O anúncio do anjo a José- Parte I, seção II, capítulo II, artigo II, parágrafo II497 Os contos evangélicos. 1. considerando a concessão virginal uma obra divina que supera qualquer compreensão e qualquer possibilidade humana: 2. «Aquele que é gerado nela vem do Espírito Santo», disse o anjo a José em relação a Maria, sua esposa (Mt 1,20). A Igreja vê nisso o exito da promessa divina feita pela boca do profeta Isaia: «Eis, a virgem conceberá e partorirá um filho» (Is 7,14), segundo a versão grega di (Mt 1,23).1. cfr Mt 1.18-25; Lc 1,26-382. cfr Lc 1,34.- Parte III, seção I, capítulo I, artigo VIII, parágrafo I.1846 O evangelho é a revelação em Jesus Cristo, da misericórdia de Deus para com os pecadores. 106 O anjo o anuncia a José: «Tu o chamarás Jesus: pois ele salvará o seu povo dos seus pecados» (Mt 1,21). A mesma coisa se pode dizer da Eucaristia, sacramento da redenção: «Este é o meu sangue da aleança, derramado por muitos, em remissão dos pecados» (Mt 26,28).
O dever e a vocação de José- Parte I, capítulo II, artigo II, parágrafo II437 O anjo anunciou aos pastores o nascimento de Jesus como aquele do Messias prometido a Israel: «Hoje nasceu na cidade de David um Salvador que é o Cristo Senhor» (Lc 2,11). Do inicio ele é «aquele que o pai consagrou e mandou no mundo» (Gv 10,36), concebido como «santo» no ventre virginal de Maria. 3 José foi chamado por Deus a fim de que casasse com Maria, grávida de «aquele que é gerado nela [...] pelo Espírito Santo» (Mt 1,20) a fim de que Jesus "chamado Cristo" (Mt 1,16) nasça da esposa de José na descendência messianica de David 4.3. cfr Lc 1,354. cfr Rm 1,3; 2 Tm 2,8; Ap 22,16.
Festa de São José- Parte II, seção II, capítulo I, artigo II, parágrafo II2177 A celebração dominical do dia e da Eucaristia do Senhor está ao centro da vida da Igreja. «O dia de domingo em que se celebra o mistério pascoal, para a Tradição apostólica deve ser observado em toda a Igreja como o primordial dia festivo de preceito».5«Igualmente devem ser observados os dias de Natal do Senhor nosso Jesus Cristo, da Epifania, da Ascenção e do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, da santa Mãe de Deus Maria, da sua Imaculada Conceição e Assunção, de São José, dos santos Apóstolos Pedro e Paulo e enfim, de todos os Santos».65. 6 CIC canone 12466. 6 CIC canone 1246
Jesus submisso a José- Parte I, Seção II, capítulo II, artigo II, parágrafo II.532 Na submissão de Jesus à sua Mãe e ao seu pai se realiza perfeitamente a atuação do quarto comandamento. Tal submissão é a imagem no tempo da obediência filial ao seu Pai celeste. A quotidiana submissão de Jesus a José e a Maria anunciava e antecipava a submissão da Quinta Feira Santa: «Não [...] a minha vontade...» (Lc 22,42). A obediência de Cristo no quotidiano da sua vida em incógnita jà inaugurava a obra de restauração daquilo que a desobediência de Adão havia destruido.77. cfr Rm 5,19
José padroeiro da boa morte- Parte I, seção II, capítulo III, artigo XI, parágrafo II1014 A Igreja nos encoraja a nos preparar à hora da nossa morte («Da morte repentina, livra-nos, Senhor»: antigas litanias dos santos), a pedir à Mãe de Deus de interceder por nós «na hora da nossa morte» («Ave Maria») e a confiar em São José, padroeiro da boa morte:«Em cada ação, em cada pensamento, tu deverias te comportar como se tu tivesses que morrer hoje mesmo; se terás a cosciência limpa, não terás muito medo de morrer. Seria melhor estar longe do pecado que fugir da morte. Se hoje não és preparado a morrer, como o serás amanhã?»«Louvado seja, meu Senhor,na hora da nossa morte corporal,da qual nenhum homem vivente pode fugir.Coitado daqueles que morrerem em pecado mortal;Beatos aqueles que se encontrarão nas tuas santíssimas vontades,A eles a morte não farà mal.e».


DECRETO QUE PROCLAMOU SÃO JOS É PADROEIRO DA IGREJA


Ao Urbe e ao Orbe.
No mesmo modo que Deus tinha constituído aquele José, procriado pelo patriarca Jacò, subintendente a toda a terra do Egito, para conservar o trigo ao povo, assim, ameaçando a fartura dos tempos, estando per mandar sobre a terra o seu Filho Unigenito Salvador do mundo, Escolheu um outro José, cujo aquele era figura e o fez Senhor e Principe da casa e possessão sua e o elegeu Custode dos seus principais tesouros.De fato, ele teve em esposa a Imaculada Virgem Maria, da qual nasce do Espírito Santo o Senhor Nosso Jesus Cristo que perto aos homens dignou-se de ser chamado filho de José. E Aquele, que tantos reis e profetas tremiam para ver, José não só O viu, mas con Ele viveu e con paterno afeto O abraçou e beijou; e ainda mais, O nutriu cuidadosamente, aquele que o povo fiel teria ingerido como pão descido do céu, para conseguir a vida eterna. Por esta sublime dignidade, que Deus deu a este fiel seu Servo, a Igreja teve sempre in grande honra e louvor o Beatissimo José, depois da Virgem Mãe de Deus, sua esposa, e a sua ajuda implorou nos momentos difíceis.Agora, como nestes tempos tristíssimos a própria Igreja, da todas as partes atacada pelos inimigos, é tão opressa por graves maldades, que homens empios pensaram ter finalmente as portas do inferno vencido contra ela, por isso os Veneráveis Excelentíssimos Bispos do Universo Orbe Católico entregaram ao Sumo Pontéfice a súplica deles e aqueles dos fiéis pedindo que se dignassem constituir São José, Padroeiro da Igreja Católica. Tendo depois, no Sagrado Ecumenico Concilio Vaticano, insistido renovando os pedidos e os votos deles, o Santíssimo Senhor Nosso Pio Papa IX, consternado pela recentíssimas condições, para a fiar ele mesmo e todos os fiéis ao potentíssimo patrocínio do Santo Patriarca José, quis satisfazer os votos dos Excelentíssimos Bispos e solenemente o declarou Padroeiro da Igreja Católica, ordenando que a sua festa, caído o dia 19 de marzo, dalí para frente fosse celebrada com rito duplo di prima classe, sem oitava, por motivo da Quaresma.Ele mesmo dispôs que tal declaração, a meio do presente Decreto da Sagrada Congregação dos Ritos *), fosse de dominio público no dia sagrado da Imaculada Virgem Mãe de Deus e Esposa do castíssimo José.8 dezembro 1870.
Card. PATRIZIPrefetto della S. C. dei RR.Vescovo di Ostia e Velletri.
DOMENICO BARTOLINISegretario della S. C. dei RR.


CARTA ENCÍCLICA "QUAMQUAM PLURIES" DE LEÃO XIII
- Roma, 15 de agosto de 1889(...)
As razões pelas quais o beato José deve ser padroeiro especial da Igreja, e a Igreja se empenha muito à tutela e ao seu patrocínio, nascem principalmente do fato que ele foi esposo de Maria e pai putativo de Jesus Cristo. Daqui vieram todas as suas grandezas, a graça, a santidade e a glória. Certamente a dignidade de Mãe de Deus está tão no alto que nada pode ser mais sublime. Mas porque entre José e a beatíssima Virgem existiu um nó conjugal, não tem dúvida que aquela altíssima dignidade, pela qual a Mãe de Deus ultrapassa de muito todas as criaturas, ele ficou ao Seu lado como ninguém mais o faria. De fato o matrimonio constitui a sociedade, o vínculo superior: pela sua natureza prevê a comunhão dos bens de um com o outro. Portanto se Deus deu à Virgem em marido José, lhe deu também como companheiro de vida, testimunho da virgindade, tutor da honestidade, mas também porque participasse, apesar do pacto conjugal, à excelsa sua grandeza.Assim ele emerge entre todos com grandíssima dignidade, porque por divina disposição foi custode e na opinião dos homens, pai do Filho de Deus. Daí consegue que o Verbo de Deus modestamente aceitasse a José, lhe obedecesse e lhe emprestasse aquela honra e aquela reverência que os filhos devem ao seus pais.Agora, desta dupla dignidade surgiam naturalmente aqueles deveres que a natureza prescrive aos pais de familia; e José foi a um tempo legítimo e natural custode, chefe e defensor da divina familia. E estas obrigações ele de fato exercitou até o fim da sua vida. Se empenhou a tutelar com grande amor e quotidiana vigilância a sua esposa e a divina prole; procurou a eles com a sua fadiga, o necessário à vida; afastou deles os perigos vindos do ódio de um rei, levando-lhes a um lugar seguro; nas dificuldades das viagens e do exílio foi companheiro inseparável, ajuda e conforto à Virgem e a Jesus.Agora la casa divina, que José com quase patria podestá governava, era o berço da nascente Igreja.A Virgem Santíssima, enquanto mãe de Jesus Cristo, é também mãe de todos os cristãos, dela gerados, em meio às atrozes penas do Redentor no Calvário; assim também Jesus Cristo é como o primogenito dos cristãos, que lhe são irmãos por adoção e redenção.Se consegue que o beatíssimo Patriarca se considere protetor, em modo especial, da multidão dos cristãos de que é formada a Igreja, isto é, desta grandíssima familia espalhada por todo o mundo na qual ele, como esposo de Maria e pai de Jesus Cristo, tem uma autoridade paterna. E’ então coisa justa e digna do beato José que, como ele um tempo tutelava santamente em qualquer evento a familia de Nazaré, assim agora com o seu celeste patrocínio proteja e defenda a Igreja de Cristo.Estas coisas, Veneráveis Irmãos, como sabeis, encontram acordo naquilo que pensaram muitos Padres da Igreja, de acordo com a sagrada liturgia, isto é, que o antigo José, filho do patriarca Jacó, anticipasse a pessoa e o ministério do nosso, e com o seu esplendor fosse símbolo da grandeza do futuro custode da divina familia. Na verdade, além de ambos terem o mesmo nome, não sem significado, eles teem outras grandes semelhanças da vós conhecidas: a primeira é aquela que o antigo José aquistou em modo singular, a benevolencia e a graça do seu Senhor, e que tendo ele tido il governo da casa, todas as prosperidades e as benedições caiam sobre ele, por consideração a José, seu padrão. Ele, por vontade do monarca, govenou com poderes soberanos todo o reino, e no tempo de pública calamidade, por falta de colheita e pela carestia, interviu com estupenda providencia aos Egizianos e aos povos confinantes, que o rei decretou se chamasse salvador do mundo.Assim nesse antigo Patriarca é possível rever a figura do nosso. Como aquele foi benéfico e salutar para a casa do seu padrão e depois para todo o reino, assim estes, destinados à custodia da cristianidade, se deve reputar defensor e tutor da Igreja, a qual é verdadeiramente a casa do Senhor e o reino de Deus na terra.Todos os cristãos, de qualquer condição e estado, teem bons motivos de afiar-se e abandonar-se à amorosa tutela de São José. Em José, os pais de familia teem um sublime modelo de paterna vigilância e providência; os esposos, um perfeito exemplo de amor, de concórdia e de fé conjugal; os virgens, um exemplo e uma guia de integridade virginal. Os nobres, colocados na frente de si a imagem de José, aprendam a conservar também nos momentos difíceis a sua dignidade; os ricos compreendam quais sejam os bens que é oportuno desejar com ardente paixão e dos quais conservar no coração.


CARTA ENCÍCLICA DO PAPA BENTO XV

Proclamação de São José a padroeiro da Igreja UniversalFoi uma boa coisa para o povo cristão que o Nosso antecessor de imortal memória Pio IX decretasse solenemente ao castíssimo esposo de Maria Virgem e custode do Verbo Encarnado, S. José, o título de Padroeiro Universal da Igreja; e porque no próximo dezembro o evento fará cinquenta anos, achamos que seria útil e oportuno que a manifestação fosse dignamente celebrada da todo o mundo católico.

I. - Naturalismo da idade moderna.Se nós dermos uma olhada nos últimos 50 anos, podemos notar um grande reflorescimento de pias instituições, as quais atestam como o culto do Patriarca santíssimo vem aos pouco passando entre os fiéis: que se consideramos as calamidades de hoje, com a aflição do genere humano, aparece ainda mia evidente a oportunidade de intensificar um tal culto e de difundi-lo maiormente entre o povo cristão. De fato, com a guerra, na nossa Enciclica "em torno à reconciliação da paz cristã", indicamos que coisa faltasse para restabelecer em todos os lugares a tranquilidade da ordem, considerando particularmente as relações, que intercedem entre povo e povo e entre individuo e individuo no campo civil. Agora se deve considerar uma outra causa de pertubação, e muito mais profunda, como aquela che se ataca próprio nas intimas visceras da humana sociedade, porque naquela época caiu sobre as pessoas o flagelo da guerra, quando eram já profundamente infetadas de naturalismo, isto é, daquela grande peste do século, que, onde se ataca, atenua o desejo dos bens celestes, apaga a chama da divina caridade e tira o homem à grazia que cura e que eleva a Cristo; até que, tirando-lhe a luz da fé e deixando-lhe somente as forças corrotas da natureza, o abandona no meio das mais insanas paixões. E assim acontece que muitissimos coltivaram somente os bens terrenos; e, enquanto já era crítica a crise entre proletários e padrões, este ódio de classe cresceu ainda mais com a atrocidade da guerra; a qual, se da um lado causou entre as massas uma crise economica intolerável, do outro fez afluir na mão de poquissimos fabulosas fortunas.

II. - O fim da familia.A santidade da fé conjugal e o respeito da paterna autoridade foram por muitos, pouco seguido por causa da guerra; seja devido que o afastamento de um dos conjuges tenha diminuído no outro o vínculo das obrigações, seja porque a ausência de um controle levou à atos de não consideração, especialmente femininos, de viver por contra própria e muito livremente. Por isso devemos constatar com verdadeira dor que agora os públicos costumes são muito mais depravados e corruptos de antes, e que a "questão social" se agravou a tal ponto de levar a ameaça de irreparável destruição. Se é entanto madurada nos votos e na expectativa de todos os rebeldes o surgir de uma certa república universal, a qual seja fundada na igualdade absoluta dos homens e sobre o acúmulo dos bens, e na qual não tenha mais distinção alguma de nacionalidade, nem se tenha que reconhecer a autoridade do pai sobre o filho, nem dos poderes públicos sobre os cidadãos, nem de Deus sobre homens reunidos em consorcio civil. Se todas essas coisas fossem atuadas, levaria a tremendas convulsões sociais, como aquela que agora está desolando parte da Europa. E se está criando entre outros povos uma tal condição de coisas, que vemos poucos com furor audaz incentivar a massa ao mal contento.

III. - Exemplos eficazes de S. José.Nós portanto, mais do que todos os outros preocupados por estes acontecimentos, não deixamos de lado, quando se teve a ocasião de relembrar ao filhos da Igreja as suas obrigações... E agora pelo mesmo motivo, para relembrar, isto é o dever daqueles da nossa parte, que ganham o pão com o trabalho e para conservá-los imunes do contágio do socialismo, o inimigo maior dos princípios cristãos. Nós, com grande solicitação, propomos a eles em modo particular S. José, porque o sigam como guia e o honrem como celeste Padroeiro. Ele de fato viviu uma vida como a deles, tanto é verdade que Jesus bendito, enquanto era o Unigenito do Eterno Pai, quis ser chamado "o Filho do Pai". Mas aquela humilde e pobre sua existência como soube adornar de tanta virtude! Daquelas virtudes, isto é, que deveriam resplender no esposo de Maria Imaculada e no padre putativo de Jesus Cristo. Portanto, na escola de José, aprendam todos a considerar as coisas presentes, que passam, à luz das futuras, que duram eternas; e, consolando os inevitáveis diságios da condição humana com a esperança dos bens celestes, a estes aspiram com todas as forças, aceitando a divina vontada, sobriamente vivendo, segundo as leis da piedade e da justiça. No que diz respito aos operários, nos agrada aqui reportar as palavras do nosso predecessor de f.m. Leone XIII: "Em consideração à estas coisas, os pobres, e quantos vivem com o fruto do trabalho, devem sentir-se animados por um sentimento superior de equidade; que se a justiça permete a eles de saírem da pobreza e de conseguir um maior bem estar, é porém proibido pela justiça, que foi constituído pela divina Providência. Não é com a violencia e através de revoltas e tumultos que se procura melhoramento, os quais, não fazem que criar mais tensão, que se desejam minimizar. Se os pobres quiserem agir sabiamente, não confiarão nas vãs promessas dos demagogos, mas no exemplo e no patrocinio de S. José e na caridade materna da Igreja, a qual dia após dia toma conta deles com dedicação sempre maior." (Carta Enciclica "Quamquam pluries").

IV. - Devoção à Sagrada Familia.Com o florescer da devoção dos fiéis para com S. José, aumentará junto, por necessária consequência, o culto deles para com a Sagrada Familia de Nazaré, que ele foi Chefe, brotando estas duas devoções uma da outra espontaneamente. Para S. José nós andamos diretamente a Maria e com Maria à fonte de todas santidades. Jesus Cristo, o qual consagrou as virtudes domésticas com a sua obediência para com S. José e Maria. A estes maravilhosos exemplos de virtude Nós desejamos que a familia cristã se inspire e completamente se renovem. Deste modo, la familia é o centro e a base do consórcio humano, reforçando a sociedade domestica com a santa pureza, com a fedelidade e a concórdia, enfim um novo vigor; e diremos quase, um novo sangue circularà pelas veias da sociedade humana, que vem assim a ser vivificada da virtude restauradora de Jesus Cristo; e seguirá um adorável reflorescer, não só dos costumes intimos, ma também das instituições públicas e civis.

V. - Exortações e prescrições.Nós portanto, cheios de confiança no patrocínio Dele, cuja vigilancia quis Deus dar em custodia do Encarnado seu Unigenito e da Virgem Santissima, vivamente exortemos todos os Bispos do mundo católico, a fim de que, nos periodos difíceis para a Igreja, que os fiéis implorem com maior empenho a válida ajuda de S. José. E porque são muitos os modos aprovados desta Sede Apostólica, com que se pode venerar o santo Patriarca, especialmente em todas as quartas-feiras do ano e no inteiro mes a Ele consagrado, Nós queremos que, todas estas devoções, por quanto se possa, sejam em cada diocese praticada. Mas em modo particular, porque ele é tido como o mais eficaz protetor dos moribundos, tendo expirado com a assistencia de Jesus e Maria, será dever dos sagrados Pastores de aconselhar com todo o prestigio da autoridade deles aqueles pios sodalícios, que foram instituidos para suplicar S. José em pró dos moribundos, como aquele "da boa morte", do "Transito de S. José para os agonizantes de todos os dias".Para comemorar o Decreto Pontifício, ordenamos que dentro de um ano, a partir do 8 dezembro p.v., em todo o mundo católico, se celebre, em honra a S. José, Padroeiro da Igreja Universal, uma solene messa, como e quando será oportuno aos Bispos; e a todos aqueles que assisterão, Nós concedemos a partir de agora, às condiçoes de sempre, a Indulgência Plenaria.
Roma, S. Pedro, 25 julho, festa de S. Jácomo Apóstolo, 1920, no ano sexto do Nosso Pontificado.
BENEDICTUS PP. XV.


EXORTAÇÃO APOSTÓLICA "REDEMPTORIS CUSTOS" DO JOÃO PAULO II

Sobre a figura e a missão de São josé na vida de Cristo e da Igreja(…)

III - O HOMEM JUSTO - O ESPOSO17.

No decorrer da sua vida, que foi uma peregrinação na fé, José, como Maria, permaneceu fiel até ao fim ao chamamento de Deus. A vida de Maria foi o cumprimento até às últimas consequências daquele primeiro fiat (faça-se) pronunciado no momento da Anunciação; ao passo que José - como já foi dito - não proferiu palavra alguma, aquando da sua «anunciação»: «fez como o anjo do Senhor lhe ordenara» (Mt 1, 24). E este primeiro «fez» tornou-se o princípio da «caminhada de José». Ao longo desta caminhada, os Evangelhos não registram palavra alguma que ele tenha dito. Mas esse silêncio de José tem uma especial eloquência: graças a tal atitude, pode captar-se perfeitamente a verdade contida no juízo que dele nos dá o Evangelho: o «justo» (Mt 1,19).é necessário saber ler bem esta verdade, porque nela está contido um dos mais importantes testemunhos acerca do homem e da sua vocação. No decurso das gerações a Igreja lê, de maneira cada vez mais atenta e mais cônscia este testemunho, como que tirando do tesouro desta insígne figura «coisas novas e coisas velhas» (Mt 13,52).18. O homem «justo» de Nazaré possui sobretudo as características bem nítidas do esposo. O Evangelista fala de Maria como de «uma virgem desposada com um homem ... chamado José» (Lc 1, 27). Antes de começar a realizar-se «o mistério escondido desde todos os séculos em Deus» (Ef 3,9), os Evangelhos põem diante de nós a imagem do esposo e da esposa. Segundo o costume do povo hebraico, o matrimónio constava de duas fases: primeiro, era celebrado o matrimónio legal (verdadeiro matrimónio); e depois, só passado um certo período, é que o esposo introduzia a esposa na própria casa. Antes de viver junto com Maria, portanto, José já era o seu «esposo»; Maria, porém, conservava no seu íntimo o desejo de fazer o dom total de si mesma exclusivamente a Deus. Poder-se-ia perguntar de que modo este desejo se conciliava com as «núpcias». A resposta vem-nos somente do desenrolar dos acontecimentos salvíficos, isto é, da acção especial do próprio Deus. Desde o momento da Anunciação, Maria sabe que deve realizar-se o seu desejo virginal, de entregar-se a Deus de modo exclusivo e total, precisamente tornando-se mãe do Filho de Deus. A maternidade por obra do Espírito Santo é a forma de doação que o próprio Deus espera da Virgem, «desposada» com José. E Maria pronuncia o seu fiat (faça-se).O facto de ela ser «desposada» com José está incluído no mesmo desígnio de Deus. Isso é indicado por ambos os Evangelistas citados, mas de maneira particular por São Mateus. São muito significativas as palavras ditas a José: «Não temas receber contigo Maria, tua esposa, pois o que nela se gerou é obra do Espírito Santo» (Mt 1,20). Elas explicam o mistério da esposa de José: Maria é virgem na sua maternidade. Nela «o Filho do Altíssimo» assume um corpo humano e torna-se «o Filho do homem».Dirigindo-se a José com as palavras do anjo, Deus dirige-se a ele como sendo esposo da Virgem de Nazaré. Aquilo que nela se realizou por obra do Espírito Santo exprime ao mesmo tempo uma confirmação especial do vínculo esponsal, que já existia antes entre José e Maria. O mensageiro diz claramente a José: «Não temas receber contigo, Maria, tua esposa». Por conseguinte, aquilo que tinha acontecido anteriormente — os seus esponsais com Maria — tinha acontecido por vontade de Deus e, portanto, devia ser conservado. Na sua maternidade divina, Maria deve continuar a viver como «uma virgem, esposa de um esposo» (cf. Lc 1,27).19. Nas palavras da «anunciação» nocturna, José escuta não apenas a verdade divina acerca da inefável vocação da sua esposa, mas ouve novamente também a verdade acerca da própria vocação. Este homem «justo», que, segundo o espírito das mais nobres tradições do povo eleito, amava a Virgem de Nazaré e a ela se encontrava ligado por amor esponsal, é novamente chamado por Deus para este amor.«José fez como lhe ordenara o anjo do Senhor e recebeu consigo a sua esposa»; o que se gerou nela «é obra do Espírito Santo». Ora, de tais expressões, não se imporá porventura deduzir que também o seu amor de homem tinha sido regenerado pelo Espírito Santo? Não se imporá porventura pensar que o amor de Deus, que foi derramado no coração humano pelo Espírito Santo (cf. Rom 5, 5), forma do modo mais perfeito todo o amor humano? Ele forma também — e de maneira absolutamente singular — o amor esponsal dos cônjuges, nele dando profundidade a tudo aquilo que seja humanamente digno e belo e tenha as marcas da exclusiva entrega, da aliança das pessoas e da comunhão autêntica, a exemplo de Mistério trinitário.«José ... recebeu consigo a sua esposa, a qual, sem que ele a conhecesse, deu à luz um filho» (Mt 1, 24-25). Estas palavras indicam ainda outra proximidade esponsal. A profundeza desta proximidade, a intensidade espiritual da união e do contacto entre pessoas — do homem e da mulher — provêm em última análise do Espírito que dá a vida (cf. Jo 6, 63). José, obediente ao Espírito, encontra precisamente nele a fonte do amor, do seu amor esponsal de homem; e este amor foi maior do que aquele «homem justo» poderia esperar, segundo a medida do próprio coração humano.(…) Mediante o sacrifício total de si próprio, José exprime o seu amor generoso para com a Mãe de Deus, fazendo-lhe «dom esponsal de si». Muito embora decidido a afastar-se, para não ser obstáculo ao plano de Deus que nela estava a realizar-se, por ordem expressa do anjo ele manteve-a consigo e respeitou a sua condição de pertencer exclusivamente a Deus.Por outro lado, foi do matrimónio com Maria que advieram para José a sua dignidade singular e os seus direitos em relação a Jesus. «é certo que a dignidade da Mãe de Deus assenta tão alto, que nada pode haver de mais sublime; mas, por isso mesmo que entre a Santíssima Virgem a José foi estreitado o vínculo conjugal, não há dúvida de que ele se aproximou como ninguém dessa altíssima dignidade, em virtude da qual a Mãe de Deus ocupa lugar eminente, a grande distância de todas as criaturas. Uma vez que o casamento é a comunidade e a amizade máxima a que, por sua natureza, anda ligada a comunhão de bens, segue-se que, se Deus quis dar José como esposo à Virgem, deu-lo não apenas como companheiro na vida, testemunha da sua virgindade e garante da sua honestidade, mas também para que ele participasse, mediante o pacto conjugal, na sua excelsa grandeza. (Leone XIII, «Quamquam Pluries», die 15 aug. 1889: «Leonis XIII P. M. Acta» IX [190] 177s).21. Um tal vínculo de caridade constituiu a vida da Sagrada Família; primeiro, na pobreza de Belém, depois, durante o exílio no Egipto e, em seguida, quando ela morava em Nazaré. A Igreja rodeia de profunda veneração esta Família, apresentando-a como modelo para todas as famílias. A Família de Nazaré, directamente inserida no mistério da Incarnação, constitui ela própria um mistério particular. E ao mesmo tempo — como na Incarnação — é a este mistério que pertence a verdadeira paternidade: a forma humana da família do Filho de Deus, verdadeira família humana, formada pelo mistério divino. Nela, José é o pai: a sua paternidade, porém, não é só «aparente», ou apenas «substitutiva»; mas está dotada plenamente da autenticidade da paternidade humana, da autenticidade da missão paterna na família. Nisto está contida uma consequência da união hipostática: humanidade assumida na unidade da Pessoa divina do Verbo-Filho, Jesus Cristo. Juntamente com a assunção da humanidade, em Cristo foi também «assumido» tudo aquilo que é humano e, em particular, a família, primeira dimensão da sua existência na terra. Neste contexto foi «assumida» também a paternidade humana de José.Com base neste princípio, adquirem o seu significado profundo as palavras dirigidas por Maria a Jesus, no templo, quando ele tinha doze anos: «Teu pai e eu ... andávamos à tua procura». Não se trata de uma frase convencional: as palavras da Mãe de Jesus indicam toda a realidade da Incarnação, que pertence ao mistério da Família de Nazaré. José, que desde o princípio aceitou, mediante «a obediência da fé», a sua paternidade humana em relação a Jesus, seguindo a luz do Espírito Santo que por meio da fé se doa ao homem, por certo ia descobrindo cada vez mais amplamente o dom inefável desta sua paternidade.

V - O PRIMADO DA VIDA INTERIOR25.

Também quanto ao trabalho de carpinteiro na casa de Nazaré se estende o mesmo clima de silêncio, que acompanha tudo aquilo que se refere à figura de José. Trata-se, contudo, de um silêncio que desvenda de maneira especial o perfil interior desta figura. Os Evangelhos falam exclusivamente daquilo que José «fez»; no entanto, permitem-nos auscultar nas suas «acções», envolvidas pelo silêncio, um clima de profunda contemplação. José estava quotidianamente em contacto com o mistério «escondido desde todos os séculos», que «estabeleceu a sua morada» sob o tecto da sua casa. Isto explica, por exemplo, a razão por que Santa Teresa de Jesus, a grande reformadora do Carmelo contemplativo, se tornou promotora da renovação do culto de São José na cristiandade ocidental.26. O sacrifício total, que José fez da sua existência inteira, às exigências da vinda do Messias à sua própria casa, encontra a motivação adequada na «sua insondável vida interior, da qual lhe provêm ordens e consolações singularíssimas; dela lhe decorrem também a lógica e a força, própria das almas simples e límpidas, das grandes decisões, como foi a de colocar imediatamente à disposição dos desígnios divinos a própria liberdade, a sua legítima vocação humana e a felicidade conjugal, aceitando a condição, a responsabilidade e o peso da família e renunciando, por um incomparável amor virgíneo, ao natural amor conjugal que constitui e alimenta a mesma família».Esta submissão a Deus, que é prontidão de vontade para se dedicar às coisas que dizem respeito ao seu serviço, não é mais do que o exercício da devoção, que constitui uma das expressões da virtude da religião. (cfr. S. Thomae, «Summa Theologiae», II-II, q. 82, a. 3, ad 2).27. A comunhão de vida entre José e Jesus leva-nos a considerar ainda o mistério da Incarnação precisamente sob o aspecto da humanidade de Cristo, instrumento eficaz da divindade para a santificação dos homens: «Por força da divindade, as acções humanas de Cristo foram salutares para nós, produzindo em nós a graça, quer em razão do mérito, quer por uma certa eficácia». (cfr. S. Thomae, «Summa Theologiae», II-II, q. 8, a. 1, ad 1).Entre estas acções os Evangelistas privilegiam aquelas que dizem respeito ao mistério pascal; mas não deixam de frisar bem a importância do contacto físico com Jesus em ordem às curas de enfermidades (cf., por exemplo, Mc 1, 41) e a influência por ele exercida sobre João Baptista, quando ambos estavam ainda no seio materno (cfr. Lc 1,41-44).O testemunho apostólico não transcurou — como já se viu — a narração do nascimento de Jesus, da circuncisão, da apresentação no templo, da fuga para o Egipto e da vida oculta em Nazaré, por motivo do «mistério» de graça contido em tais «gestos», todos eles salvíficos, porque todos participavam da mesma fonte de amor: a divindade de Cristo. Se este amor se irradiava, através da sua humanidade, sobre todos os homens, certamente eram por ele beneficiados, em primeiro lugar, aqueles que a vontade divina tinha posto na sua maior intimidade: Maria, sua Mãe, e José, seu pai putativo. (cfr. Pii XII, «Haurietis Aquas», III, die 15 maii 1956: AAS 48 [1956] 329s).Uma vez que o amor «paterno» de José não podia deixar de influir sobre o amor «filial» de Jesus e, vice-versa, o amor «filial» de Jesus não podia deixar de influir sobre o amor «paterno» de José, como chegar a conhecer as profundezas desta singularíssima relação? Justamente, pois, as almas mais sensíveis aos impulsos do amor divino vêem em José um exemplo luminoso de vida interior.Mais ainda, a aparente tensão entre a vida activa e a vida contemplativa tem em José uma superação ideal, possível para quem possui a perfeição da caridade. Atendo-nos à conhecida distinção entre o amor da verdade (caritas veritatis) e as exigências do amor (necessitat caritatis), (cfr. S. Thomae, «Summa Theologiae», II-II, q. 182, a. 1, ad 3), podemos dizer que José fez a experiência quer do amor da verdade, ou seja, do puro amor de contemplação da Verdade divina que irradiava da humanidade de Cristo, quer das exigências do amor, ou seja, do amor igualmente puro do serviço, requerido pela protecção e pelo desenvolvimento dessa mesma humanidade.

VI - PATRONO DA IGREJA DO NOSSO TEMPO28.

Em tempos difíceis para a Igreja, Pio IX, desejando confiá-la à especial protecção do Santo Patriarca José, declarou-o «Patrono da Igreja católica». (S. Rituum Congreg., «Quemadmodum Deus», die 8 dec. 1870: «Pii IX P. M. Acta», pars I, vol. V, 283). Esse Sumo Pontífice sabia que não estava a levar a efeito um gesto peregrino, porque, em virtude da excelsa dignidade concedida por Deus a este seu servo fidelíssimo, «a Igreja, depois da Virgem Santíssima, esposa dele, teve sempre em grande honra e cumulou de louvores o Bem-aventurado José e, no meio das angústias, de preferência foi a ele que recorreu». (S. Rituum Congreg., «Quemadmodum Deus, die 8 dec. 1870: «Pii IX P. M. Acta+, pars I, vol. V, 282s).Quais são os motivos de tão grande confiança? O Papa Leão XIII expõe-nos assim: «As razões pelas quais o Bem-aventurado José deve ser considerado especial Patrono da Igreja, e a Igreja, por sua vez, deve esperar muitíssimo da sua protecção e do seu patrocínio, provêm principalmente do facto de ele ser esposo de Maria e pai putativo de Jesus (...). José foi a seu tempo legítimo e natural guardião, chefe e defensor da divina Família (...). É algo conveniente e sumamente digno para o Bem-aventurado José, portanto, que, de modo análogo àquele com que outrora costumava socorrer santamente, em todo e qualquer acontecimento, a Família de Nazaré, também agora cubra e defenda com o seu celeste patrocínio a Igreja de Cristo». («Quamquam Pluries», die 15 aug. 1889: «Leonis XIII P. M. Acta», IX [1890] 177-179).29. Este patrocínio deve ser invocado e continua sempre a ser necessário à Igreja, não apenas para a defender dos perigos, que continuamente se levantam, mas também e sobretudo para a confortar no seu renovado empenho de evangelização do mundo e de levar por diante a nova evangelização dos países e nações «onde — como eu escrevia na Exortação Apostólica Christifideles laici — a religião e a vida cristã foram em tempos tão prósperas», mas «se encontram hoje submetidas a dura provação». Para levar o primeiro anúncio de Cristo ou para voltar a apresentá-lo onde ele foi transcurado ou esquecido, a Igreja precisa de uma particular «força do Alto» (cf. Lc 24, 49), que é dom do Espírito do Senhor, certamente, mas não anda disjunta da intercessão e do exemplo dos seus Santos.30. Além da confiança na protecção segura de José, a Igreja tem confiança no seu exemplo insigne, um exemplo que transcende cada um dos estados de vida e se propõe a toda a comunidade cristã, sejam quais forem a condição e as tarefas de cada um dos fiéis.Como se diz na constituição do Concílio Vaticano II sobre a Divina Revelação, a atitude fundamental de toda a Igreja deve ser de «religiosa escuta da palavra de Deus»; («Dei Verbum», ou seja, de absoluta disponibilidade para se pôr fielmente ao serviço da vontade salvífica de Deus, revelada em Jesus. Logo no princípio da Redenção humana, nós encontramos o modelo da obediência encarnado, depois de Maria, precisamente em José, aquele que, se distingue pela execução fiel das ordens de Deus.O Papa Paulo VI exortava a invocar o seu patrocínio, «como a Igreja, nestes últimos tempos, tem o costume de fazer, para si mesma, antes de mais nada, para uma espontânea reflexão teológica sobre o conúbio da acção divina com a acção humana na grande economia da Redenção, no qual, a primeira, a acção divina, é só por si totalmente suficiente, mas a segunda, a acção humana, a nossa, embora não seja capaz de fazer coisa alguma sozinha (cf. Jo 15,5), nunca está dispensada de uma humilde, mas condicional e nobilitante colaboração. Além disso, a Igreja invoca-o como protector, por um desejo profundo e actualíssimo de rejuvenescer a sua existência secular, com autênticas virtudes evangélicas, como as que refulgem em São José». («Paulo VI», VII [1969] 1268).31. A Igreja transforma estas exigências em oração. Recordando que Deus confiou os inícios da nossa Redenção à guarda desvelada de São José, suplica-lhe: que lhe conceda colaborar fielmente na obra da salvação; e que lhe dê a mesma fidelidade e pureza de coração que animaram José no serviço do Verbo Incarnado; e, ainda, a graça de caminhar diante do mesmo Deus pelas vias da santidade e da justiça, amparados pelo exemplo e pela intercessão de São José. (cfr. «Missale Romanum», Collecta; Super oblata «in Sollemnitate S. Ioseph Sponsi B. M. V.»; Post communio «in Missa votiva S. Ioseph»).Há cem anos, exactamente, o Papa Leão XIII exortava o mundo católico a rezar para obter a protecção de São José, Patrono de toda a Igreja. A Carta Encíclica Quamquam pluries fazia apelo para aquele «amor paterno» que José «dedicava ao Menino Jesus» e recomendava-lhe, a ele «próvido guarda da divina Família, a preciosa herança que Jesus Cristo adquiriu com o próprio sangue». Desde então, a Igreja — como foi recordado mais acima — implora a protecção de São José, «em virtude daquele vínculo de caridade que o uniu à imaculada Virgem Mãe de Deus», e recomenda-lhe todas as suas solicitudes, também pelo que se refere às ameaças que incumbem sobre a família humana.Nos dias de hoje, temos ainda numerosos motivos para rezar da mesma maneira: «Afastai de nós, ó pai amantíssimo, esta peste de erros e de vícios..., assisti-nos propício, do céu, nesta luta contra o poder das trevas ...; e assim como outrora livrastes da morte a vida ameaçada do Menino Jesus, assim hoje defendei a santa Igreja de Deus das ciladas do inimigo e de todas as adversidades». (cfr. «Oratio ad Sanctum Iosephum», quae proxime sequitur textum ipsius Epist. Enc. «Quamquam Pluries"» die 15 aug. 1889: «Leone XIII P. M. Acta», IX [1890] 183). Hoje ainda temos motivos que perduram para recomendar todos e cada um dos homens a São José.32. Desejo vivamente que esta evocação da figura de São José renove também em nós o ritmo da oração que, há um século atrás, o meu Predecessor estabeleceu que lhe fosse elevada. É fora de dúvida, efectivamente, que esta oração e a própria figura de São José se revestem de actualidade renovada para a Igreja do nosso tempo, em relação com o novo Milénio cristão.Dado em Roma, junto de São Pedro, a 15 de Agosto - solenidade da Assunção de Nossa Senhora - no ano de 1989, undécimo ano de Pontificado.


MÉRITOS E VANTAGENS DA DEVOÇÃO DE SÃO JOSÉ


Para entender que rica fonte de graças seja a devoção ao glorioso Patriarca São José, são suficientes as seguintes palavras de S. Teresa, que encontrando-se na sua vida:« Eu não lembro, escreve a Santa, de ter até hoje pedido uma graça a S. José, que ele não me tenha satisfeita. Que lindo quadro eu colocarei aos seus pés, se eu pudesse espor as graças obtidas, com as quais fui benta da Deus e os perigos da alma e do corpo, dos quais fui liberada, mediante a intercessão deste grande Santo! Aos outros Santos, Deus concede somente a graça de socorrer-nos nas nossas necessidades, mas o glorioso S. José, e eu sei por experiência, estende o seu poder a tudo. Experimentaram como eu, outras pessoas, as quais eu tinha aconselhado de implorar a este incomparavel Protetor... Se eu tivesse autoridade de escrever, sentirei um santo prazer em contar particularmente as graças de tantas pessoas, como eu, que são debitoras deste grande Santo. Àqueles que talvez não me acreditem, eu imploro que provem a suplicar este glorioso Patriarca e honorár-lo com especial culto».Até aqui a Santa e as suas ardentes palavras, moveram certamente em cada um de nós o desejo à devoção deste potente e doce protetor.Um ilustre escritor resumiu em poucas palavras, as vantagens que se tem com a devoção a S. José:1° Quem será seu verdadeiro devoto, terá o dom da castidade.2° Terá ajuda espiritual para abandonar o pecado.3° Terá particular devoção a Maria Santíssima.4° Fará uma boa morte e serà defendido naquelas horas extremas.5° Nao será vencido pelos demonios que temerão o seu nome.6° Obterá especiais graças tanto para a alma como para o corpo.7° Terá confiança absoluta em conseguir a graça da perseverança final.Como último testemunho autorizado, o Pontefice Pio IX, o grande, depois de ter muitas vezes aconselhado a todos à devoção a São José, falava quase profeticamente das vantagens desta devoção: « Não é em vão que Deus penetra na Igreja abundantemente com o espirito da oração. Se reza muito mais e se reza melhor. Os sustentadores da nascente Igreja, Maria e José, reentrem nos corações e ainda uma vez o mundo será salvo».


SÃO JOSÉ – PROTETOR DA BOA MORTE


A vida de S. José, a assistência de Jesus e de Maria, tudo contribui a fazer a sua morte preciosa aos olhos do Senhor.A Igreja confronta aquela morte, agora a um sono pacifico, como aquele de um menino que se adormenta sobre o seio da sua mãe; agora com uma chama perfumada, que se consuma na proporção que queima, e que morre, exalando o perfume suave que penetrava a sua substância. A morte dos Santos é sempre invejável, porque todos morrem no beijo do Senhor; mas aquele beijo é um doce e precioso sentimento de amor.Mas José morreu verdadeiramente no beijo do Senhor, porque expirou nos braços de Jesus. E se, como acreditamos, ele teve o uso dos sensos e da palavra até o último suspiro, o qual não podia ser que um suspiro o uma onda de amor, como não terá ele coroado uma vida assim santa, se não com o pronunciar os nomes sagrados de Jesus e de Maria?O morte beata! Se não posso, como José, expirar entre Jesus e Maria, visíveis aos meus olhares, possa pelo menos, sobre os meus lábios moribundos, unir o vosso nome, o José, aos nomes de Jesus e de Maria!A santa morte de José produziu preciosos frutos sobre a terra, que foi como aromatizada pelo suave perfume que deixa de si uma santa vida e uma santa morte e deu aos cristãos um potente protetor no Céu perto de Deus, especialmente para os agonizantes.Qualquer um que envoca São José na última batalha, seja também violenta, vencerà. Beato quem coloca a sua confiança neste santo Patriarca e une expirando o nome santo de José aos docíssimos nomes de Jesus e de Maria.Todo o mundo cristão o reconhece advogado dos agonizantes e portanto da boa morte. José, filho de Jacó, socorria no tempo da carestia os Egipzianos distribuindo a eles a farinha que tinha colhido; mas para socorrer os proprios irmãos, fez ainda mais, não contente de ter repleto os seus sacos de farinha, adicionou o preço dos mesmos. Assim fará certamente o nosso glorioso S. José; com que generosidade não tratará os seus devotos? Ah sim, ao momento de extrema necessidade deles, no ponto de morte, ele saberá recompensar os devotos, homagens com que será honorado.A morte dos servos de S. José é calma e suave. Santa Teresa narra as circunstâncias que acompanhavam os últimos instantes das suas primeiras filhas, muito devotas a S. José. « Observei, disse ela, que ao momento do último respiro elas gozavam de grande paz e tranquilidade; a morte delas foi simili ao doce repouso da oração. Nada indicava que dentro delas tivesse agitação da tentação. Aquelas luzes divinas liberam o meu coração do timor da morte. Morrer, me parece agora, a coisa mais fácil para uma fiel devota de S. José».


DOA-TI A ELE


A grandezza deste Santo è inimaginável. Certo, não brilhou di luz própria mas deixou que esplendesse o seu filho e a sua esplendida esposa.Não impôs a sua paternidade com duras regras e não submeteu a sua esposa virginal.O seu foi um caminho de amor e de fé:
abraçou a Santa familia e caminhou em direção reta com o sofrimento como aquele dos pobres;
amou o filho sem reservas e o guiou e protegeu com mãos seguras;
amou a sua esposa como somente os anjos sabem fazer;
agiu no silencio e na contemplação do Amor de Deus. O amor sublime que o ligava a Jesus e a Maria na terra, em que coisa se será transformado no céu! O filho e a sua esposa poderão negar-lhes as suas exortações?O que esperas para doar-ti sem reserva a este potente intercessor a a considerá-lo como um pai?Como soube no tempo terreno guiar a sua familia, não poderá agora conduzir também a ti?Não deves ser incrédulo e doa-te a Ele, pode ser que ficarás surpreso da potência de intercessão deste Patriarca.Aproxima-se dele com extrema confiança e abra a ele os segredos do teu coração, invoca-lo e certamente Ele te escutará. Ele virá a ti e te transformará a vida e te aproximará sempre mais ao Amor de Deus.Na vida terrena, S. José era já nas mãos de Deus e consumou na humildade do seu silêncio dramas, angústias, purificações que nós não podemos imaginar a profundidade. E como é fecundo este silêncio; ele permite que entre a palavra de Deus e a obediência de José não tenha solução de continuidade. Deus fala a S. José. Pede a José que te ensine a agir no silêncio com a humildade dos santos.Se o teu coração está ansioso por fazer alguma coisa pelos irmãos, porque opressos pelo sofrimento e pela solidão, então podes usar a potência da oração. A oração é um encontro com Jesus. Uma ponte entre o humano e o divino e pode ser o inicio de um caminho espiritual que abre as portas da verdadeira e completa felicidade.A oração tem um caráter terapeutico e é uma arma invencível a usar contra todas as manifestações do mal, que diretamente o indiretamente cada um de nós experimenta todos os dias. Se tu queres unir-se a nós na oração virtual ou saber mais informações, visita o site do grupo de oração - Mosteiro invisível de Caridade e Fraternidade - alí encontrarás quem te acolhe com os braços abertos.


Fonte: A vida de São José