Papa sublinha validez das práticas cristãs «de sempre»
Propõe Nossa Senhora como «modelo de escuta da Palavra»
Por Inma Álvarez
Propõe Nossa Senhora como «modelo de escuta da Palavra»
Por Inma Álvarez
ROMA,
- O Papa afirmou que as práticas de devoção cristã «de sempre» não foram abolidas pelo Concílio Vaticano II, mas continuam «sendo válidas», durante o encontro com os párocos da diocese de Roma no dia 26 de fevereiro.
Diante da pergunta do sacerdote Pietro Riggi, do Bairro dos Meninos Dom Bosco, sobre a vigência ou não de práticas devocionais cristãs como os sufrágios pelos falecidos ou as sextas-feiras dedicadas ao Sagrado Coração, o Papa explicou que «são realidades das quais o Concílio não falou, mas que supõe como realidade na Igreja».
Estas práticas «não são coisas necessárias, mas surgidas na riqueza da meditação do mistério» da redenção de Cristo, e advertiu que ainda que «cada um pode entender mais ou menos o que é mais importante e o que não é», contudo «ninguém deverá desprezar esta riqueza, crescida durante os séculos como oferenda e como multiplicação das luzes na Igreja».
Sobre a questão das indulgências, o Papa explicou que «trata-se simplesmente de uma troca de dons, ou seja, o que na Igreja existe de bem, existe para todos. Com esta chave da indulgência podemos entrar na comunhão dos bens da Igreja».
«Os protestantes se opõem, afirmando que o único tesouro é Cristo», acrescentou, e explicou que, para os católicos, «o maravilhoso é que Cristo – que é realmente mais que suficiente em seu amor infinito, em sua divindade e humanidade – queria acrescentar a tudo o que fez, também nossa pobreza».
«Não nos considera só como objetos de sua misericórdia, mas nos torna sujeitos de sua misericórdia e do amor junto com Ele, de modo que – ainda que não quantitativamente, ao menos em sentido de mistério – quer nos unir ao grande tesouro do Corpo de Cristo.»
Queria ser a Cabeça com seu corpo, no qual se realiza toda a riqueza do que fez. Deste mistério resulta precisamente que existe um tesaurus ecclesiae, que o corpo, como a cabeça, entrega e que nós podemos ter um do outro e entregar um ao outro.
«A única luz é a de Cristo. Aparece em todas as suas cores e oferece o conhecimento da riqueza de seu dom, a interação entre cabeça e corpo, a interação entre os membros, de maneira que podemos, juntos, ser verdadeiramente um organismo vivo», declarou.
Maria da escuta
À pergunta do sacerdote Guillermo M. Cassone, vigário paroquial de São Francisco e Santa Catarina, no Trastevere, sobre a necessidade de conjugar a piedade mariana com a Palavra de Deus, o Papa destacou que Maria «é a mulher da escuta».
Maria «é o símbolo da abertura, da Igreja que espera a vinda do Espírito Santo», de «uma escuta verdadeira, uma escuta que deve ser interiorizada, que não diz simplesmente ‘sim’, mas que assimila a Palavra».
Por exemplo, o canto mariano por excelência, o Magnificat, «é um tecido feito de palavras do Antigo Testamento – explicou o Papa. Maria conhecia em seu coração a Escritura. Não conhecia só alguns textos, mas estava tão identificada com a Palavra, que as palavras do Antigo Testamento se convertem, sintetizadas, em um canto em seu coração e em seus lábios».
Recordando que Maria é a que «conservou a Palavra no coração», Bento XVI explica que ela é, para a Igreja, modelo de interpretação da Escritura.
Maria, sublinhou, é «modelo do crente que conserva a Palavra, leva em si a Palavra; não só a lê ou a interpreta com a inteligência para saber o que aconteceu naquele tempo, quais são os problemas filológicos. Tudo isso é interessante, importante, mas é mais importante escutar a Palavra que se conserva e que se converte em Palavra em mim, vida em mim e presença do Senhor».
Diante da pergunta do sacerdote Pietro Riggi, do Bairro dos Meninos Dom Bosco, sobre a vigência ou não de práticas devocionais cristãs como os sufrágios pelos falecidos ou as sextas-feiras dedicadas ao Sagrado Coração, o Papa explicou que «são realidades das quais o Concílio não falou, mas que supõe como realidade na Igreja».
Estas práticas «não são coisas necessárias, mas surgidas na riqueza da meditação do mistério» da redenção de Cristo, e advertiu que ainda que «cada um pode entender mais ou menos o que é mais importante e o que não é», contudo «ninguém deverá desprezar esta riqueza, crescida durante os séculos como oferenda e como multiplicação das luzes na Igreja».
Sobre a questão das indulgências, o Papa explicou que «trata-se simplesmente de uma troca de dons, ou seja, o que na Igreja existe de bem, existe para todos. Com esta chave da indulgência podemos entrar na comunhão dos bens da Igreja».
«Os protestantes se opõem, afirmando que o único tesouro é Cristo», acrescentou, e explicou que, para os católicos, «o maravilhoso é que Cristo – que é realmente mais que suficiente em seu amor infinito, em sua divindade e humanidade – queria acrescentar a tudo o que fez, também nossa pobreza».
«Não nos considera só como objetos de sua misericórdia, mas nos torna sujeitos de sua misericórdia e do amor junto com Ele, de modo que – ainda que não quantitativamente, ao menos em sentido de mistério – quer nos unir ao grande tesouro do Corpo de Cristo.»
Queria ser a Cabeça com seu corpo, no qual se realiza toda a riqueza do que fez. Deste mistério resulta precisamente que existe um tesaurus ecclesiae, que o corpo, como a cabeça, entrega e que nós podemos ter um do outro e entregar um ao outro.
«A única luz é a de Cristo. Aparece em todas as suas cores e oferece o conhecimento da riqueza de seu dom, a interação entre cabeça e corpo, a interação entre os membros, de maneira que podemos, juntos, ser verdadeiramente um organismo vivo», declarou.
Maria da escuta
À pergunta do sacerdote Guillermo M. Cassone, vigário paroquial de São Francisco e Santa Catarina, no Trastevere, sobre a necessidade de conjugar a piedade mariana com a Palavra de Deus, o Papa destacou que Maria «é a mulher da escuta».
Maria «é o símbolo da abertura, da Igreja que espera a vinda do Espírito Santo», de «uma escuta verdadeira, uma escuta que deve ser interiorizada, que não diz simplesmente ‘sim’, mas que assimila a Palavra».
Por exemplo, o canto mariano por excelência, o Magnificat, «é um tecido feito de palavras do Antigo Testamento – explicou o Papa. Maria conhecia em seu coração a Escritura. Não conhecia só alguns textos, mas estava tão identificada com a Palavra, que as palavras do Antigo Testamento se convertem, sintetizadas, em um canto em seu coração e em seus lábios».
Recordando que Maria é a que «conservou a Palavra no coração», Bento XVI explica que ela é, para a Igreja, modelo de interpretação da Escritura.
Maria, sublinhou, é «modelo do crente que conserva a Palavra, leva em si a Palavra; não só a lê ou a interpreta com a inteligência para saber o que aconteceu naquele tempo, quais são os problemas filológicos. Tudo isso é interessante, importante, mas é mais importante escutar a Palavra que se conserva e que se converte em Palavra em mim, vida em mim e presença do Senhor».
Fonte: ZENIT.org
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