PAPA: CONVERTER ANGOLANOS QUE CRÊEM EM FEITIÇARIAS
Luanda, 21 mar (RV)
- O papa presidiu a Santa Missa com bispos, sacerdotes, religiosos, movimentos eclesiais e catequistas de Angola e São Tomé, na Igreja de São Paulo. A igreja, que pode abrigar 1500 pessoas, foi construída pelos padres capuchinhos em 1935, tendo sido relevada pelos salesianos em 1982. A cerimônia se iniciou com a saudação do bispo coadjutor de Lubango e vice-Presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé, Dom Gabriel Mbilingi. Bento XVI introduziu sua homilia recordando que São Paulo, patrono da cidade de Luanda, nos deixou o testemunho de que Cristo Jesus veio ao mundo salvar os pecadores, e Ele era o primeiro deles. Assim, Jesus foi um exemplo para os que viriam a acreditar n’Ele, a fim de alcançarem a vida eterna. Com ânimo grato e cheio de esperança, o papa saudou a todos, mencionando especialmente as religiosas contemplativas, presença invisível, mas extremamente fecunda, e aos Salesianos e aos fiéis da paróquia de São Paulo. Bento XVI retomou então sua catequese afirmando que fundamental na vida de Paulo foi o seu encontro com Jesus, quando ia a caminho de Damasco, e Cristo lhe aparece como luz deslumbrante, lhe fala, e o conquista. “Dá-se então nele uma inversão de perspectiva, passando a ver tudo a partir desta estatura final do homem em Jesus: o que antes lhe parecia essencial e fundamental, agora para ele não passa de «lixo»; já não é «lucro», mas perda, porque agora só conta a vida em Cristo. Em seguida, o papa confiou uma missão aos católicos angolanos: converter aqueles que acreditam em bruxarias. “A evangelização – disse – é ainda hoje importante como o era quando os católicos chegaram, 500 anos atrás. “Hoje, é a vez de vocês seguirem os passos daqueles heróicos mensageiros de Deus, e oferecer Cristo a seus compatriotas”: “Muitos deles vivem no temor dos espíritos, dos poderes nefastos de que se crêem ameaçados; desnorteados, chegam a condenar meninos da rua e até os mais velhos, porque – dizem – são feiticeiros. Quem pode ir ter com eles para lhes anunciar que Cristo venceu a morte e todos esses poderes obscuros?”.Bento XVI frisou que nós devemos estar convencidos de que não fazemos injustiça a ninguém se lhe mostrarmos Cristo e lhe oferecermos a possibilidade de encontrar, deste modo, também a sua verdadeira autenticidade, a alegria de ter encontrado a vida. É nossa obrigação oferecer a todos esta possibilidade de alcançarem a vida eterna. E concluiu:“Abracemos a sua vontade, como fez São Paulo: Anunciar o Evangelho (…) é uma obrigação que me foi imposta. Ai de mim se não evangelizar!”. (CM)
Fonte: RV
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