BENTO XVI: "REJEITAR TODA E QUALQUER FORMA DE VIOLÊNCIA PARA CONSTRUIR A PAZ"
Montecassino, 25 mai (RV)
- Na tarde de ontem, após um encontro com a comunidade monástica e com os organizadores da visita de Bento XVI à cidade de Cassino e à Abadia de Montecassino, o papa presidiu à celebração de Vésperas, na basílica da Abadia, com a participação de abades beneditinos, monges e monjas vindos de todo o mundo. Em sua homilia, Bento XVI deteve-se na figura de São Bento, "eminente mestre de vida monástica", que conduziu os homens de todos os tempos a procurarem Deus e as riquezas eternas que Ele preparou."Sim, Bento foi luminoso exemplo de santidade, indicando aos monges Cristo como único grande ideal. Foi mestre de civilização que, propondo uma visão adequada e equilibrada das exigências divinas e das finalidades últimas do homem, teve sempre bem presentes as necessidades e as razões do coração, para que, no conjunto das relações sociais, não se perdesse de vista uma unidade de espírito capaz de construir e alimentar sempre a paz."Reconstruída depois do "imane" desastre da II Guerra Mundial, a Abadia de Montecassino – observou o Papa – ergue-se "como uma silenciosa advertência a rejeitar toda e qualquer forma de violência para construir a paz: nas famílias, nas comunidades, entre os povos e na humanidade inteira". Seguindo o caminho vivido e traçado por São Bento, "os mosteiros tornaram-se, no decorrer dos séculos, fervorosos centros de diálogo, de encontro e de benéfica fusão entre populações diversas, unificadas pela cultura evangélica da paz".Para o pontífice, os monges souberam ensinar, com a palavra e o exemplo, a arte da paz, concretizando os três vínculos que Bento indica como necessários para conservar a unidade do Espírito entre os homens: a Cruz, que é a própria lei de Cristo; o livro, ou seja, a cultura; e o arado, que indica o trabalho, o domínio sobre a matéria e sobre o tempo."Graças à atividade dos mosteiros, articulada no tríplice empenho cotidiano da oração, do estudo e do trabalho, povos inteiros do continente europeu conheceram um autêntico resgate e um benéfico desenvolvimento moral, espiritual e cultural, educando-se ao sentido da continuidade com o passado, à ação concreta a favor do bem comum, à abertura a Deus e à dimensão transcendente."O papa conclui convidando a rezar "para que a Europa saiba valorizar sempre este patrimônio de princípios e de ideais cristãos que constitui uma imensa riqueza cultural e espiritual". (BF)
Fonte: RV
Nenhum comentário:
Postar um comentário