Milícia de Santa Maria em festa por sua aprovação pontifícia
Fala sua presidente, Beatriz Esteban
MADRI,
- Um reconhecimento que «nos anima a continuar trabalhando ainda com mais empenho no anúncio de Jesus Cristo»: assim qualifica Beatris Esteban, presidente da Milícia de Santa Maria, a aprovação pontifícia que este movimento recebeu recentemente como associação privada internacional de fiéis leigos.
Cerca de 50 membros viajaram a Roma para recolher, em 7 de abril passado, o decreto de reconhecimento no Conselho Pontifício para os Leigos, em um ato presidido pelo cardeal Stanislaw Rylko, presidente deste dicastério vaticano, acompanhados por Esteban e pela diretora das Cruzadas de Santa Maria, Lydia Jiménez.
A Milícia de Santa Maria nasceu na Espanha em 1959, no seio do instituto secular Cruzados de Santa Maria e de seu ramo feminino, Cruzadas de Santa Maria, ambos fundados pelo servo de Deus Padre Tomás Morales S.J.
Atualmente, encontra-se presente na Espanha, Alemanha, Irlanda, Itália, México, Colômbia, Peru, Chile e Camarões.
Zenit falou com Beatriz Esteban sobre o carisma deste movimento, a espiritualidade que seus membros vivem e as principais instâncias nas quais as «Militantes» buscam santificar-se na vida cotidiana para dar vida à Igreja.
Cerca de 50 membros viajaram a Roma para recolher, em 7 de abril passado, o decreto de reconhecimento no Conselho Pontifício para os Leigos, em um ato presidido pelo cardeal Stanislaw Rylko, presidente deste dicastério vaticano, acompanhados por Esteban e pela diretora das Cruzadas de Santa Maria, Lydia Jiménez.
A Milícia de Santa Maria nasceu na Espanha em 1959, no seio do instituto secular Cruzados de Santa Maria e de seu ramo feminino, Cruzadas de Santa Maria, ambos fundados pelo servo de Deus Padre Tomás Morales S.J.
Atualmente, encontra-se presente na Espanha, Alemanha, Irlanda, Itália, México, Colômbia, Peru, Chile e Camarões.
Zenit falou com Beatriz Esteban sobre o carisma deste movimento, a espiritualidade que seus membros vivem e as principais instâncias nas quais as «Militantes» buscam santificar-se na vida cotidiana para dar vida à Igreja.
– Comecemos pelo nome desta associação: «Milícia de Santa Maria». Como se descobre a presença de Maria nesta nova realidade eclesial?
– Beatriz Esteban: Em primeiro lugar, um dado importante é que nossa associação foi aprovada justamente no ano comemorativo do 150º aniversário das aparições de Nossa Senhora em Lourdes, a quem o servo de Deus Tomás Morales havia confiado sua obra desde os inícios e a quem tinha uma grande devoção. Também a data do Decreto de aprovação é de 8 de dezembro de 2008, festividade de Nossa Senhora Imaculada, com tudo o que ela significa na história de nosso movimento. Então não há dúvida: Nossa Senhora Imaculada é a que continua nos iluminando e sustentando para que seja possível viver e transmitir o estilo de vida proposto pela Milícia de Santa Maria como nova realidade eclesial
– O que significa para este movimento ter sido aprovado como associação privada internacional de fiéis leigos?
– Beatriz Esteban: É uma alegria para nós ter sido reconhecidas pelo Conselho Pontifício para os Leigos. Com isso, a Igreja reconhece que o estilo de vida e o itinerário recolhido em nossos Estatutos é válido como caminho de santificação pessoal e como meio para aproximar as almas de Deus.
Mas esta aprovação também supõe um exigente convite à responsabilidade apostólica. Uma responsabilidade de dar a conhecer Jesus Cristo através de nosso apostolado específico dos Exercícios Espirituais; a ser testemunhas d’Ele no apostolado «alma a alma», um a um, entre nossos amigos e companheiros de estudo ou de profissão; a ser audazes e coerentes nesta nova evangelização à qual João Paulo II nos convidou.
– Qual é a relação entre a Milícia e os institutos seculares Cruzados de Santa Maria e o ramo feminino Cruzadas de Santa Maria, fundados pelo Pe. Morales?
– Espiritualidade carmelita e inaciana?
– Beatriz Esteban: A Milícia de Santa Maria é de tronco inaciano e seiva carmelita. Com relação ao primeiro, os Exercícios Espirituais se realizam em silêncio e em solidão, no estilo inaciano, e são a fonte de nossa espiritualidade. Cada ano, durante uma semana, todas assistimos aos Exercícios Espirituais, longe de nossas muitas ocupações diárias, para estar a sós com Cristo. Estes Exercícios Espirituais anuais se prolongam em retiros mensais ao longo do ano. Cada mês nos retiramos para estar um dia de silêncio e oração a sós com Deus e fortalecer nossa vida interior.
Por outro lado, o servo de Deus Tomás Morales sempre bebeu da fonte dos escritos carmelitas, e queria que assim o fizessem os demais. Portanto, nossa espiritualidade sempre esteve influída pelo Carmelo. De fato,ele nos incutiu que a oração de uma Militante deve ser uma oração contemplativa. Também, desde o início de sua obra, recorreu à oração das Carmelitas Descalças, tendo uma relação muito estreita com esta ordem durante toda a vida de sacerdote».
– O Pe. Morales sublinhava três realidades sobrenaturais: as Sagradas Escrituras, os santos e o Magistério da Igreja. Como estes podem converter-se em pilares da fé dos leigos do século XXI?
– Beatriz Esteban: O Pe. Morales considerava estas três realidades como suporte fundamental de catolicismo, mas ele colocava o acento no amor a Nossa Senhora e ao Papa, portanto, no Magistério da Igreja como caminho seguro que nos leva diretamente a Jesus Cristo.
Desta forma, creio que nesta sociedade tão descristianizada, hoje mais que nunca os leigos devem ser formar muito bem e, para isso, recorrer às fontes originárias da fé, como as Sagradas Escrituras, assim como à Tradição da Igreja, para fortalecer a fé e fazer de todos estes ensinamentos vida. Pois não só temos que ter fé, mas também temos de dar razões de nossa fé a todos os demais, e também esta fé deve se tornar vida para poder ser testemunhas do Ressuscitado.
Nos santos se vê muito bem como a fé e o amor a Jesus Cristo se fazem vida. Os santos são modelos de vida cristã e de união com Deus, são testemunhas excelentes do Amor e exemplos magníficos de resposta à graça. O Pe. Morales se deu conta de tudo isto, ele lia assiduamente as vidas dos grandes santos e as recomendava como leitura espiritual. Também nos deixou escritos alguns traços da vida dos santos mais importantes do calendário litúrgico, que foram se ampliando depois de sua partida ao céu.
Fonte: ZENIT.org
Nenhum comentário:
Postar um comentário