Papa desconhecia opiniões do bispo Williamson e exige sua retratação
A Secretaria de Estado emite uma nota esclarecendo a situação dos bispos lefebvristas
Por Inma Álvarez
A Secretaria de Estado emite uma nota esclarecendo a situação dos bispos lefebvristas
Por Inma Álvarez
CIDADE DO VATICANO,
- O Papa Bento XVI «desconhecia a postura do bispo Richard Williamson sobre a Shoá no momento de levantar a excomunhão», e portanto este «deverá tomar de modo absolutamente inequívoco e público distância» delas antes de «ser admitido às funções episcopais na Igreja».
Assim expressa uma Nota da Secretaria de Estado vaticana, divulgada nesta quarta-feira, na qual explica que o levantamento da excomunhão aos quatro bispos ordenados por Dom Marcel Lefebvre em 1988 não supõe sua reabilitação no ministério.
A Secretaria, órgão que colabora mais de perto com o sumo pontífice, considerou oportuno emitir esta nota «a partir das reações suscitadas» pelo levantamento da excomunhão aos quatro prelados da Fraternidade São Pio X, «e em relação às declarações negacionistas ou reducionistas da Shoá por parte do bispo Williamson».
O documento consta de três partes, nas quais se declaram os motivos da remissão desta grave pena, assim como a situação dos quatro prelados na Igreja e a questão concreta das declarações do bispo Williamson sobre o Holocausto.
Quanto à primeira questão, a nota explica que o Papa com este gesto de «benignidade» «quis tirar um impedimento que prejudicava a abertura de uma porta ao diálogo» após o cisma.
Agora, o bispo de Roma «espera que a mesma disponibilidade seja expressada pelos quatro bispos, em total adesão à doutrina e à disciplina da Igreja».
Com relação à segunda questão, a situação dos prelados, a Secretaria de Estado declara que o levantamento da excomunhão «liberou os quatro bispos de uma pena canônica gravíssima, mas não mudou a situação jurídica da Fraternidade São Pio X».
Esta, «por enquanto, não goza de reconhecimento algum na Igreja Católica», declara.
«Tampouco os quatro bispos, ainda que liberados da excomunhão, têm uma função canônica na Igreja e não exercem licitamente um ministério nela.»
Para que este reconhecimento se dê, é «condição indispensável», afirma a nota, «o reconhecimento pleno do Concílio Vaticano II e do Magistério dos Papas João XXIII, Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II e do próprio Bento XVI».
Negação da Shoá
Com relação às declarações que geraram a polêmica, «absolutamente inaceitáveis e firmemente rejeitadas pelo Santo Padre», a nota declara que estas eram «desconhecidas pelo Papa no momento da remissão da excomunhão».
«O bispo Williamson, para ser admitido às funções episcopais na Igreja, deverá também tomar de modo absolutamente inequívoco e público distância de suas posturas sobre a Shoá», acrescenta a Nota.
Por outro lado, declara, o Papa já esclareceu sua postura sobre o Holocausto em 28 de janeiro passado, «quando, referindo-se àquele selvagem genocídio, reafirmou sua plena e indiscutível solidariedade com nossos irmãos destinatários da Primeira Aliança».
Por último, o Papa «pede o acompanhamento na oração de todos os fiéis, para que o Senhor ilumine o caminho da Igreja», e pede o apoio de pastores e fiéis para a «delicada e pesada missão do sucessor do apóstolo Pedro como guardião da unidade da Igreja».
Assim expressa uma Nota da Secretaria de Estado vaticana, divulgada nesta quarta-feira, na qual explica que o levantamento da excomunhão aos quatro bispos ordenados por Dom Marcel Lefebvre em 1988 não supõe sua reabilitação no ministério.
A Secretaria, órgão que colabora mais de perto com o sumo pontífice, considerou oportuno emitir esta nota «a partir das reações suscitadas» pelo levantamento da excomunhão aos quatro prelados da Fraternidade São Pio X, «e em relação às declarações negacionistas ou reducionistas da Shoá por parte do bispo Williamson».
O documento consta de três partes, nas quais se declaram os motivos da remissão desta grave pena, assim como a situação dos quatro prelados na Igreja e a questão concreta das declarações do bispo Williamson sobre o Holocausto.
Quanto à primeira questão, a nota explica que o Papa com este gesto de «benignidade» «quis tirar um impedimento que prejudicava a abertura de uma porta ao diálogo» após o cisma.
Agora, o bispo de Roma «espera que a mesma disponibilidade seja expressada pelos quatro bispos, em total adesão à doutrina e à disciplina da Igreja».
Com relação à segunda questão, a situação dos prelados, a Secretaria de Estado declara que o levantamento da excomunhão «liberou os quatro bispos de uma pena canônica gravíssima, mas não mudou a situação jurídica da Fraternidade São Pio X».
Esta, «por enquanto, não goza de reconhecimento algum na Igreja Católica», declara.
«Tampouco os quatro bispos, ainda que liberados da excomunhão, têm uma função canônica na Igreja e não exercem licitamente um ministério nela.»
Para que este reconhecimento se dê, é «condição indispensável», afirma a nota, «o reconhecimento pleno do Concílio Vaticano II e do Magistério dos Papas João XXIII, Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II e do próprio Bento XVI».
Negação da Shoá
Com relação às declarações que geraram a polêmica, «absolutamente inaceitáveis e firmemente rejeitadas pelo Santo Padre», a nota declara que estas eram «desconhecidas pelo Papa no momento da remissão da excomunhão».
«O bispo Williamson, para ser admitido às funções episcopais na Igreja, deverá também tomar de modo absolutamente inequívoco e público distância de suas posturas sobre a Shoá», acrescenta a Nota.
Por outro lado, declara, o Papa já esclareceu sua postura sobre o Holocausto em 28 de janeiro passado, «quando, referindo-se àquele selvagem genocídio, reafirmou sua plena e indiscutível solidariedade com nossos irmãos destinatários da Primeira Aliança».
Por último, o Papa «pede o acompanhamento na oração de todos os fiéis, para que o Senhor ilumine o caminho da Igreja», e pede o apoio de pastores e fiéis para a «delicada e pesada missão do sucessor do apóstolo Pedro como guardião da unidade da Igreja».
Fonte: ZENIT.org
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