Cidade do Vaticano, 07 dez (RV)
- Nesta terça-feira, 8 de dezembro, solenidade da Imaculada Conceição de Maria, Bento XVI presidirá ao meio-dia, na Praça São Pedro, a oração do Angelus.Na parte da tarde, às 16h locais, irá à Praça de Espanha para o tradicional Ato de veneração à Imaculada. "Em Maria Imaculada nós contemplamos o reflexo da Beleza que salva o mundo: a beleza de Deus que resplandece na face de Cristo" – ressaltou Bento XVI.O papa recorda que Maria é uma "Mãe que partilhou as fadigas cotidianas de toda mulher e mãe de família", mas é uma mãe totalmente singular, escolhida por Deus para gerar o seu Filho unigênito: por isso foi "preservada de toda mancha de pecado":"Podemos perguntar-nos: por que, entre todas as mulheres, Deus escolheu justamente Maria de Nazaré? A resposta encontra-se velada no mistério insondável da divina vontade. Todavia, há uma razão que o Evangelho evidencia: a sua humildade. E o ressalta muito bem Dante Alighieri no último Canto do Paraíso: "Virgem Mãe, filha do teu Filho, / humilde e mais alta criatura, / termo fixo e eterno conselho"... Sim, Deus foi atraído pela humildade de Maria, que encontrou graça a seus olhos (cfr Lc 1, 30). (Angelus, 8 de dezembro de 2006)O mistério da Imaculada Conceição de Maria – explica o papa – recorda-nos duas verdades fundamentais da nossa fé: o pecado original e a vitória da graça de Cristo sobre ele. "A existência daquilo que a Igreja chama de "pecado original" é, infelizmente, de uma evidência fulgente – observa – basta olhar ao nosso redor e, sobretudo, dentro de nós. De fato, a experiência do mal é tão consiste que se impõe por si mesma, e suscita em nós a pergunta: ...se Deus, que é Bondade absoluta, criou tudo, de onde vem o mal?"Deus criou tudo para a existência, em particular criou o ser humano à sua imagem; não criou a morte, mas ela entrou no mundo por inveja do demônio (cfr Sb 1, 13-14; 2, 23-24), o qual, rebelando-se a Deus, atraiu também os homens ao engano, induzindo-os à rebelião. É o drama da liberdade, que Deus aceita totalmente por amor, prometendo, porém, que haverá um filho de mulher que esmagará a cabeça da antiga serpente (Gn 3, 15)." (Angelus, 8 de dezembro de 2008)Maria é a mulher que deu "sim" ao bem e "não" ao mal. Daí a oração do papa à Imaculada:"Dai-nos a coragem de dizer "não" aos enganos do poder, do dinheiro, do prazer; aos lucros desonestos, à corrupção e à hipocrisia, ao egoísmo e à violência. "Não" ao Maligno, príncipe enganador deste mundo. "Sim" a Cristo, que destrói a potência do mal com a onipotência do amor. Nós sabemos que somente corações convertidos ao Amor, que é Deus, podem construir um futuro melhor para todos." (Praça de Espanha, 8 de dezembro de 2006)No entanto, o pecado, a transgressão, o mal, parecem atrair mais que o bem. Aliás – observa o pontífice – uma pessoa que não peca pode parecer até mesmo monótona. Assim, após a oração à Imaculada, Bento XVI lança um premente apelo ao homem a fim de que, como fez Maria de Nazaré, também ele se abandone ao Deus amor:"Tenha a coragem de aventurar-se em Deus! Tente! Não tenha medo d'Ele! Tenha a coragem de apostar na fé! Tenha a coragem de apostar na bondade! Tenha a coragem de apostar no coração puro! Comprometa-se com Deus, então verá que justamente fazendo isso a sua vida se tornará ampla e iluminada, não monótona, mas repleta de infinitas surpresas, porque a suprema bondade de Deus jamais acaba! (Homilia, 8 de dezembro de 2005) (RL)
Nenhum comentário:
Postar um comentário