Ricardo Costa está preso há dois anos sob a acusação de abuso sexual contra os próprios filhos.
Os pais do brasileiro afirmam sua inocência e pedem que seja marcada uma data para o julgamento.
O brasileiro vai completar dois anos e meio atrás das grades, num caso que ganhou notoriedade também pela astronômica fiança fixada pela justiça americana.
Oitocentos e quarenta e três dias sem julgamento, alegando inocência.
O brasileiro Ricardo Costa, de 39 anos, é acusado pela ex-mulher de abusar sexualmente dos próprios filhos - Sage, Rosie e Eden.
Pela lei americana já era para ele ter sido julgado. Mas o fast trial - que em inglês significa julgamento rápido - não foi aplicado porque o caso nunca chegou a completar 150 dias não mão de um juiz.
Quatro já cuidaram dessa história.Rafael Costa contou que o irmão foi vítima de uma armação da ex-mulher. "A única coisa que a gente está brigando há mais de dois anos é que a gente tenha um julgamento e possa ser ouvido", diz o irmão de Ricardo, Rafael Costa.
Depois do divórcio - durante um ano - as crianças passaram a frequentar um local onde funcionava o consultório da psicóloga Linda Bennardo.
Hoje, o lugar está vazio, fechado porque ela perdeu a licença para exercer a profissão.Isso aconteceu depois que a justiça inocentou outros três pais - que também foram acusados de abuso sexual e que também tiveram os filhos aconselhados por Linda Bennardo.
Jeff Mcgrafth é um deles. Hoje tem a guarda das crianças.
A ex-mulher que o acusava de violentar o menino acabou condenada por mentir.Costa afirma ser vítima do preconceito do estado do Arizona por ser estrangeiro.
Para ele, o julgamento ainda não aconteceu porque o estado teme - não só o pedido de indenização - mas outras cobranças que possam vir a ser feitas caso ele saia da prisão.Ricardo disse também que recebeu mais de 20 propostas para assumir a culpa pelo crime.
Ele ganharia a liberdade imediatamente e seria deportado para o Brasil. Não veria mais os filhos e o caso estaria encerrado, mas ele não quer.
"Se eu assinar eu estaria fazendo com que meus filhos soubessem de algo que não é verdade e fossem assombrados por essa mentira pelo resto da vida deles", diz Ricardo.Na última decisão, a juíza de Yavapai, determinou o pagamento de 75 milhões de dólares caso Ricardo Costa queira responder o processo em liberdade.
É a maior fiança da história da justiça americana. Bem superior a oferecida a Michael Jackson na acusação de abuso de menores.
Bem acima da cobrada do californiano Phillip Garrido - que confessou ter mantido relações sexuais com a própria filha durante 18 anos. Fiança alta, réu dizendo que é inocente e julgamento sem data.
O caso do brasileiro Ricardo e da americana Angela está difícil de ser esclarecido.Eles dizem que o filho é inocente e querem que ele seja julgado.
“A única coisa que o Ricardo quer e que nós queremos é o julgamento. A juíza marcar um julgamento pra gente poder nos defender das acusações”, fala o pai do acusado, Sérgio de Souza Costa.“
Tenho certeza que tem uma pitada de racismo, de preconceito. Porque se todos os americanos lá tem direito a esse fast trial, que os 150 dias do julgamento, ele não tem por que?.
Não existe uma explicação lógica, jurídica para caso”, questiona a mãe Rosa Cristina Costa.Os pais de Ricardo também criticam o valor da fiança. “Absurda por uma razão: não existe dentro dos Estados Unidos uma fiança cash de 75 milhões de dólares. Isso não existe”, explica o pai.A mãe diz ter certeza da inocência do filho. “
Uma grande farsa, uma grande mentira. E uma vingança muito grande e um motivo único -- eu sei que é ciúme”, afirma a mãe. Os pais acreditam que os netos foram manipulados pela ex-nora.
“Eles foram, receberam uma lavagem cerebral. Eles têm muito medo da mãe”, diz a mãe.“Quero meu filho inocentado. Libertado, inocentado. A gente espera mais. A gente vai esperar. Mas ele vai sair livre, inocentado e vai ficar com os filhos dele. Com certeza”, diz Rosa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário