"JESUS DE NAZARÉ" - II PARTE: AUMENTA A EXPECTATIVA
- Aumenta a expectativa em todo o mundo pela iminente publicação da segunda parte do livro de Bento XVI dedicada a Jesus de Nazaré. A obra retoma a narração da vida de Jesus a partir da primeira parte, saída em 2007, e será apresentada dia 10 de março na Sala de Imprensa vaticana pelo Cardeal Marc Ouellet e o prof. Claudio Magris. Ontem foram antecipadas à imprensa algumas partes do livro. Em “Jesus de Nazaré”, Bento XVI apresenta a morte de Cristo como reconciliação (expiação) e cura, e evoca a natureza e o significado histórico da ressurreição. O Pontífice se adentra também numa análise bíblica e teológica para explicar o motivo pelo qual não tem fundamento a afirmação de que os judeus foram responsáveis pela morte de Jesus. Bento XVI comenta um trecho de João que define os judeus como os acusadores de Cristo, mas afirma que o evangelista não se refere ao povo de Israel em geral, e menos ainda, lhe atribui um caráter “racista”. Repudiar o conceito de culpa coletiva não é uma novidade para a Igreja Católica, que já o havia feito no Concílio Vaticano II em 1965. Acredita-se, contudo, que seja a primeira vez que um Papa faça uma análise tão detalhada e uma comparação entre os vários relatos do Novo Testamento sobre a condenação de Jesus à morte,O fato foi definido como “um momento histórico” pela Liga Anti-difamação, ONG americana que combate o antissemitismo. Em outra reação, Elan Steinberg, vice-presidente da Reunião Americana de Sobreviventes do Holocausto e de seus Descendentes, saudou a análise do Papa como “um importante avanço. É o repúdio pessoal ao fundamento teológico de séculos de antissemitismo” - declarou.
Fonte: RV
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