São Maximiliano Maria Kolbe, Mártir da caridade
Aos 8 de janeiro de1894, nascia na Polônia Raimundo Kolbe. De família pobre e profundamente religiosa, desde criança cultivou um amor especial por Nossa Senhora. Por volta dos nove anos, ajoelhado diante do pequeno oratório na modesta casa de seus pais, apareceu-lhe a Virgem Maria, tendo nas mãos uma flor branca e outra vermelha – que representavam a virgindade e o martírio –. Ela perguntou-lhe qual preferia e ele, angustiado pela difícil escolha, respondeu: "As duas". Aos 13 anos de idade, entrou no seminário dos Frades Menores Conventuais, onde recebeu o nome de Maximiliano. Depois de terminar os estudos preliminares, foi enviado ao Colégio Seráfico Internacional, em Roma, para obter o doutorado em filosofia e teologia. Costumava dizer que “a vida é breve, devemos empregar bem o tempo, devemos ser avaros do tempo. Vive-se uma vez só. É necessário sermos santos, não pela metade, mas totalmente”. E essa vida deve ser conduzida por Maria: “Deixemos que a Imaculada nos conduza. Sejamos tranqüilos, não pretendamos fazer mais do que Ela deseja, e nem mais rápido. Deixemo-nos conduzir por Ela; Ela pensará em tudo, satisfará todos os anseios da alma e do corpo. Entreguemos-lhe todas as nossas dificuldades, desgostos, tudo consagremos a Ela e confiemos que ela cuidará de nós melhor que nós mesmos. Tenhamos, pois, paz, paz, muita paz numa confiança ilimitada nela... Ela é nossa Senhora, portanto, que faça o que lhe é de agrado”.Ele, que encontrara Deus tão cedo, por intermédio da Virgem Maria, ensinava acerca da felicidade: “Não desanimemos ante o fato de que a indiferença e a maldade dominam, porque a graça de Deus, pela Imaculada, é mais forte... É preciso lutar com as armas da oração, do bom exemplo e da bondade, reflexos da bondade da própria Imaculada. Aqueles que buscam a felicidade fora de Deus são infelizes: atados pelos laços do pecado e do vício, correm atrás dela e a procuram lá onde não a podem encontrar, porque procuram a felicidade onde ela não existe”. Felicidade é, portanto, estar na vontade de Deus e esta é encontrada através de Maria: “Devemos ser servos, crianças e coisas da Imaculada. Devemos ser tudo para Ela. Subtrair-nos a nós mesmos para sermos somente seus. A coisa essencial é conformarmos a nossa vontade com a dela. Porque a vontade de Maria é conforme a de Deus, e, unindo-nos a Ela, conformamo-nos com a vontade de Deus”.Seu imenso amor e zelo por Maria levou-o a instituir, em 1917, o movimento eclesial “Milícia da Imaculada”. A milícia seria uma ferramenta nas mãos da Medianeira Imaculada para a conversão e santificação dos não-católicos, especialmente os inimigos da Igreja. Ordenado sacerdote em 1918, Maximiliano Kolbe retornou à Polônia para ensinar História da Igreja em Cracóvia, onde organizou o primeiro grupo da Milícia fora da Itália. Liberado para dedicar seu tempo exclusivamente para a promoção da Milícia, fundou a revista "Cavaleiro da Imaculada”. Em 1929, fundou o convento chamado Niepokalanów – cidade da Imaculada –. Era um verdadeiro recanto de oração e caloroso posto de trabalho para aqueles padres e irmãos franciscanos engajados na evangelização através da imprensa escrita. Dois anos depois, S. Maximiliano, atendendo ao pedido do Santo Padre aos religiosos, para auxiliar os esforços missionários da Igreja, ofereceu-se como voluntário para ir ao Oriente e fundar outra cidade da Imaculada, “Mugenzai no Sono”.Em 1936, S. Maximiliano retornou a Niepokolanow, como seu diretor espiritual; o número de frades cresceu para mais de 900 nos meses que precederam a segunda guerra mundial. Seu apostolado de publicações estava produzindo um milhão de revistas mensalmente, assim como 125 mil cópias de um jornal diário para os membros da Milícia no mundo. E ele alertava: “O fruto do nosso apostolado depende da oração. Se falamos de oração, não se deve entender que seja preciso ocupar muitas horas em estar de joelhos, mas que sejam feitos atos internos”.Depois da invasão da Polônia pela Wermacht – infantaria alemã – em setembro de 1939, os frades foram dispersos e Niepokolanów foi saqueada. S. Maximiliano e cerca de 40 outros foram levados para os campos de concentração. Na Solenidade da Imaculada Conceição do mesmo ano, foram libertos e permitidos de retornar para casa. Para incriminar S. Maximiliano, a Gestapo permitiu uma impressão final do "Cavaleiro da Imaculada", em dezembro de 1940. Em fevereiro do ano seguinte prenderam-no. S. Maximiliano foi levado à prisão Pawiak na Varsóvia e depois transferido para Auschwitz.Acima do portão de entrada do campo de concentração estava um cartaz em alemão escrito "O trabalho liberta!". Na realidade, ao entrar os prisioneiros eram informados que todos os judeus tinham o direito de viver duas semanas, e os padres católicos, um mês.Em Auschwitz, milhões de Católicos Romanos e descendentes de judeus foram mortos. O objetivo de Hitler, em seu ódio a Jesus Cristo, era eliminar as testemunhas da revelação original de Deus – os judeus – e todos aqueles que acreditavam na Encarnação de Jesus em Maria – os católicos romanos.Em resposta ao ódio e à brutalidade dos guardas da prisão, S. Maximiliano era sempre obediente, meigo e pronto a perdoar. Aconselhava os seus colegas prisioneiros a confiar na Imaculada, a perdoar, a amar os inimigos e orar pelos perseguidores. Dizia: “O ódio não é a força criativa; a força criativa é o amor. Não esqueçam o amor”. Ele era notado pela sua generosidade em dar a sua comida aos outros, apesar dos prejuízos da desnutrição que sofria; por ir sempre ao fim da linha da enfermaria, apesar da tuberculose aguda que o afligia.Na noite de 3 de agosto de 1941, um prisioneiro escapou com sucesso da mesma seção onde S. Maximiliano estava detido. Em represália, o comandante ordenou a morte por inanição de dez prisioneiros dessa seção, escolhidos aleatoriamente. O sargento Franciszek Gajowniczek, que fora escolhido para morrer, gritou lamentando que nunca mais veria a esposa e filhos. Ciente de que não há amor maior do que dar a vida pelos irmãos”, S. Maximiliano Maria, que permanecera de pé a noite toda durante a seleção dos condenados, deu um passo à frente e se ofereceu em troca daquele homem. Essa atitude causou espanto ao diretor do campo, que lhe perguntou por que queria isso. Ele responder que aquele homem tinha mulher e filhos, ele não. O diretor indagou sua profissão; ele disse sacerdote Católico. Foi permitida então a troca. S. Maximiliano e outros nove prisioneiros foram trancados na prisão para morrer de fome. Durante dez dias ele conduziu os outros prisioneiros com cânticos e orações, e os consolou um a um na hora da morte. Após esses dias, como ainda estava vivo, recebeu uma injeção letal de ácido carbólico e partiu para o paraíso.Ele, que falara que “Devo ser um santo, e um grande santo”, foi beatificado pelo Papa Paulo VI em 1973 e canonizado por João Paulo II em 1982, como mártir da caridade.A obra de São Maximiliano Kolbe continua ainda hoje, nos institutos religiosos dos Frades Franciscanos da Imaculada, das Irmãs Franciscanas da Imaculada e no movimento conhecido como Missão da Imaculada Medianeira.
Fonte: C.C. Shalom
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Uma Capela cheia de segredos !Você quer descobri-la conosco? Saiba, antes de tudo, que a Casa Mãe da Companhia das Filhas da Caridade era o antigo "Hotel de Châtillon". Este, foi concedido à Companhia, em 1813, por Napoleão Bonaparte, depois da tormenta da Revolução Francesa. Imediatamente, começa a construção da Capela.A 8 de agosto de 1813, realizou-se a bênção solene da Capela dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Em 1830, aconteceram então as aparições. Aumentou o numero de vocações.Foi necessário transformar a Capela, que passa então por várias modificações. Em 1930, por ocasião do centenário das apariçes, uma nova reforma nos mostra a Capela tal como a vemos hoje.Agora, a você a oportunidade de visitá-la!
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