A IMPORTANCIADO ENCONTRO, FRANCISCO E KIRILL
O abraço entre Francisco e Kirill: unidade faz-se caminhando
Histórico acontecimento nesta sexta-feira, dia 12 de fevereiro: o Papa Francisco encontrou o Patriarca de Moscovo Kirill em Cuba no Aeroporto José Marti em Havana.
“Somos irmãos é muito claro que esta é a vontade de Deus” – disse o Papa Francisco num caloroso abraço ao Patriarca Kirill que afirmou: “Mesmo que as nossas dificuldades não estão resolvidas há a possibilidade de encontrarmo-nos e isto é belo”.
No encontro em privado foram trocadas lembranças significativas: o Papa ofereceu um relicário com uma relíquia de S. Cirilo e um cálice; o Patriarca fez a oferta de uma imagem da Nossa Senhora de Kazan.
Depois foi assinada uma declaração conjunta que aborda âmbitos de colaboração e de diálogo com um particular enfoque para a situação dos cristãos no Médio Oriente.
“O nosso olhar dirige-se, em primeiro lugar, para as regiões do mundo onde os cristãos são vítimas de perseguição. Em muitos países do Médio Oriente e do Norte de África, os nossos irmãos e irmãs em Cristo veem exterminadas as suas famílias, aldeias e cidades inteiras”, pode ler-se no texto da declaração conjunta.
Francisco e Kirill no texto da declaração exortam a comunidade internacional à união para porem termo “à violência e ao terrorismo”. Apelam para a paz, para a “ajuda humanitária” aos refugiados e referem o martírio dos cristãos.
Após a assinatura da declaração conjunta o Papa Francisco e o Patriarca Kirill proferiram breves declarações:
“Temos o mesmo Batismo, somos bispos. Falamos das nossas Igrejas e concordamos que a unidade se faz a caminhar” – afirmou o Papa Francisco que sublinhou ter sentido a “consolação do Espírito” no diálogo com o Patriarca Kirill.
Francisco agradeceu a “humildade fraterna” do patriarca russo e os seus “bons desejos de unidade”.
O Patriarca Kirill, por sua vez, ressaltou nas suas declarações a abertura do encontro com o Papa e as preocupações com o “futuro do Cristianismo”.
Kirill sublinhou ainda que as duas Igrejas podem “cooperar” trabalhando para o respeito da vida humana.
Recordemos que ortodoxos e católicos encontram-se divididos desde o Cisma de 1054 e procuram agora com este encontro dar um histórico passo, preparado há muito tempo, que possa abrir caminhos de unidade.
Após as saudações entre as duas comitivas o Papa Francisco partiu em direção ao México em Viagem Apostólica.
Fonte RV
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