Papa: vou à África como mensageiro de paz e reconciliação
23/11/2015 12:01
“Enquanto me preparo para visitar o Quénia e a Uganda no fim deste mês – lê-se na mensagem - envio a vós e às vossas famílias uma palavra de saudação e amizade, aguardo o momento em que estaremos juntos”.
Em seguida o Papa Francisco sublinha que vai como ministro do Evangelho, para proclamar o amor de Jesus Cristo e a Sua mensagem de reconciliação, perdão e paz. “A minha visita, diz o Papa, tem como objectivo confirmar a comunidade católica na sua fé em Deus e no testemunho do Evangelho, que ensina a dignidade de cada homem e mulher e nos ordena a abrir o coração aos outros, especialmente aos pobres e necessitados”.
Ao mesmo tempo – continua a mensagem-vídeo – desejo encontrar todas as pessoas do Quénia e Uganda e oferecer a todos uma palavra de encorajamento. Estamos a viver num tempo em que por todo lado os fiéis de cada religião e as pessoas de boa vontade são chamados a promover a compreensão e o respeito recíprocos, e a apoiar-se mutuamente como membros da mesma família humana. Porque todos nós somos filhos de Deus.
“Momento particular da minha visita, diz ainda Francisco, será representado pelos encontros com os jovens, que são o vosso principal tesouro e a nossa esperança mais promissora por um futuro de solidariedade, paz e progresso”.
E a mensagem termina com palavras de agradecimento às muitas pessoas que estão a trabalhar duramente na preparação da visita. “Peço a cada um de rezar para que a minha presença no Quénia e Uganda seja fonte de esperança e encorajamento para todos, invoco sobre vós e as vossas famílias a bênção de Deus para que traga alegria e paz” – conclui Francisco.
Na mensagem à República Centro-Africana, o Papa Francisco exprime antes de tudo a sua enorme alegria e saúda desde já a cada um com grande carinho, independentemente da etnia ou crença religiosa. “É a primeira vez na minha vida, diz o Papa na mensagem, que visito o continente Africano, tão bonita e rico na sua natureza, povos e culturas, e espero fazer belas descobertas e encontros enriquecedores”.
O vosso querido país – lê-se ainda na mensagem - passou por demasiado tempo de uma situação de violência e insegurança de que muitos de vós sois vítimas inocentes. A finalidade da minha visita, reitera Francisco, é antes de tudo trazer-vos, em nome de Jesus, o conforto da consolação e da esperança. Espero com todo o coração que a minha visita contribua, de uma forma ou de outra, para aliviar as vossas feridas e favorecer as condições para um futuro mais sereno na RCA e todos os seus habitantes.
O tema desta viagem é: passemos para a outra margem – prossegue a mensagem, explicando que se trata de um tema que convida as comunidades cristãs a olhar para frente com determinação e encoraja a cada um a renovar a sua relação com Deus e com os irmãos para construir um mundo mais justo e fraterno.
“Eu, concretamente, terei a alegria de abrir para vós - com pouco de a antecedência - o Ano Jubilar da Misericórdia, que eu espero que seja para cada um uma ocasião providencial de autêntico perdão, uma ocasião para receber e dar, e de renovação no amor”, conclui Francisco reiterando que vai como mensageiro da paz e que gostaria de apoiar o diálogo inter-religioso para encorajar a convivência pacífica no país: “sei que isso é possível, conclui Francisco, porque somos todos irmãos”, pedindo, por fim, a todos para rezarem por ele. “Invoco a protecção da Virgem Maria e vos digo: até breve!”
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