Solenidade do Coração de Jesus
A primeira leitura é uma catequese sobre essa história de amor que une Jahwéh a Israel. Ensina que foi o amor – amor gratuito, incondicional, eterno – que levou Deus a eleger Israel, a libertá-lo da opressão, a fazer com ele uma Aliança, a derramar sobre ele a sua misericórdia em tantos momentos concretos da história... Diante da intensidade do amor de Deus, Israel não pode ficar de braços cruzados: o Povo é convidado a comprometer-se com Jahwéh e a viver de acordo com os seus mandamentos.
A segunda leitura define, numa frase lapidar, a essência de Deus: «Deus é amor». Esse «amor» manifesta-se, de forma concreta, clara e inequívoca em Jesus Cristo, o Filho de Deus que se tornou um de nós para nos manifestar – até à morte na cruz – o amor do Pai. Quem quiser «conhecer» Deus, permanecer em Deus ou viver em comunhão com Deus, tem de acolher a proposta de Jesus, despir-se do egoísmo, do orgulho e da arrogância e amar Deus e os irmãos.
O Evangelho garante-nos que esse Deus que é amor tem um projecto de salvação e de vida eterna para oferecer a todos os homens.
A proposta de Deus dirige-se especialmente aos pequenos, aos humildes, aos oprimidos, aos excluídos, aos que jazem em situações intoleráveis de miséria e de sofrimento: esses são não só os mais necessitados, mas também os mais disponíveis para acolher os dons de Deus.
Só quem acolhe essa proposta e segue Jesus poderá viver como filho de Deus, em comunhão com Ele.
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