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NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

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CAPELA DE NOSSA SENHORA DA MEDALHA MILAGROSA

Uma Capela cheia de segredos !Você quer descobri-la conosco? Saiba, antes de tudo, que a Casa Mãe da Companhia das Filhas da Caridade era o antigo "Hotel de Châtillon". Este, foi concedido à Companhia, em 1813, por Napoleão Bonaparte, depois da tormenta da Revolução Francesa. Imediatamente, começa a construção da Capela.A 8 de agosto de 1813, realizou-se a bênção solene da Capela dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Em 1830, aconteceram então as aparições. Aumentou o numero de vocações.Foi necessário transformar a Capela, que passa então por várias modificações. Em 1930, por ocasião do centenário das apariçes, uma nova reforma nos mostra a Capela tal como a vemos hoje.Agora, a você a oportunidade de visitá-la!
http://www.chapellenotredamedelamedaillemiraculeuse.com

Visita a Capela da Medalha Milagrosa, localizada na Rue du Bac, 140 - Paris

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Clique sobre a foto para a visita guiada em 15 etapas

domingo, 22 de maio de 2011

BEATA IRMÃ DULCE

BEATA IRMÃ DULCE


Rio de Janeiro,



- Neste domingo, 5º da Páscoa, a Igreja no Brasil terá a grande alegria de ver subir às honras dos altares, como Beata ou Bem-Aventurada, aquela que já em vida foi cognominada o “anjo bom da Bahia” – a Irmã Dulce –, amiga e companheira dos pobres e desvalidos. Seu itinerário de santidade, no qual a Igreja reconhece as suas virtudes heróicas, é um caminho marcado humana e naturalmente por incompreensões de tantos, mas que, sobrenaturalmente, foi capaz de tocar os corações endurecidos, para que na meiguice de quem pedia não se deixasse faltar o essencial aos mais pobres, ensinando a todos a partilhar, mesmo o pouco que tinham.A data coincide com a Memória de Santa Rita que, como cai no domingo, neste ano não é celebrada, mas nos mostra também outra mulher forte que em outra época e situação viveu a fé e é sinal até hoje da providência de Deus em sua vida. Em nossa mudança cultural, a mídia utilizou o termo “beata” de uma maneira imprópria e, em nosso linguajar comum, acabamos acolhendo esse tipo de interpretação que, inclusive, está em nossos dicionários. Cabe a nós restaurarmos o verdadeiro uso da palavra e valorizá-la. Muitos vocábulos importantes já foram deturpados em nossa língua. Que a Beata Irmã Dulce interceda por nós para que consigamos anunciar o Evangelho e levar as pessoas a fazer da nossa cultura uma cultura de valores humanos e cristãos que ajudem a transformar esta situação de violência, corrupção, medo, destruição e divisão que ora ocorre.A constituição pastoral Lumen gentium do Concílio Ecumênico Vaticano II recorda, em seu quinto capítulo, a vocação universal à santidade, ou seja, ser santo é o caminho que todo aquele que renasce pela água do batismo deve percorrer. O Beato João Paulo II, quando em sua visita ao Brasil, disse que o Brasil precisava de Santos. Eles existem, não é a Igreja que os “fabrica”, mas apenas constata com um processo minucioso a vida e as virtudes daqueles e daquelas que o povo já tem em conta de “santos”. E vai muito mais além, para a beatificação e canonização supõe também um milagre por intercessão e da invocação do nome de quem pedimos a Deus. Milagre esse comprovado por médicos e cientistas, demonstrando que não tem outra explicação que não seja uma intervenção especial. Quando professamos a nossa fé, pronunciamos que acreditamos na Igreja Santa, ou seja, a santidade é uma nota teológica na Igreja, mesmo sabendo que, embora santa, ela possui em seu seio membros pecadores que são continuamente chamados à conversão.Temos uma beata muito perto de nós, uma brasileira como nós, que escolhendo radicalmente a Cristo, percebeu, no quotidiano de sua missão, a singular presença que Ele manifestava naqueles que não tinham nome, nem muitas vezes propriamente um rosto para a sociedade. Acredito que em nossas comunidades existam muitas outras pessoas, homens e mulheres, jovens e adultos, crianças e idosos, leigos e consagrados, que viveram uma vida heróica e poderiam ser colocados como exemplos de vida para todos nós.O Beato João Paulo II nos recordou que “santo é aquele que faz de modo extraordinário, as coisas ordinárias”; nesse contexto, sem dúvida, pode ser inserida a vida daquela que dentro em breve, por sua santidade, não será simplesmente o anjo bom da Bahia, mas o anjo bom do Brasil.Ir. Dulce fez, de modo extraordinário, aquilo que cada cristão deve fazer ordinariamente, ou seja, no cotidiano, no dia a dia: exercer a caridade, fazer-se oferta pelo outro, ver no outro a presença do Cristo Ressuscitado, sobretudo daqueles que mais sofrem e que estão à margem, dando-lhes a certeza de que possuem sua dignidade e que Deus lhes manifestará com predileção o seu amor, pois vem em socorro dos que são pobres e oprimidos.Tirar o pobre da sua mais profunda miséria dos bens materiais, daquele mais básico, da fome, foi aquilo que fez o “anjo bom do Brasil”, sem que tivesse, entretanto, bens matérias, nunca deixou de acreditar na Providência Divina, que jamais lhe faltou, pois nela confiava, e quando a ela rogava tudo lhe chegava, mesmo o pouco, pois mesmo isso, diante de Deus é muito, nunca acumulando, mas partilhando e fazendo multiplicar para salvar a fome de tantos.A razão principal de sua ação foi justamente o seu encontro com Jesus, o Cristo Senhor Ressuscitado, que deu sentido a toda a sua vida e trabalho. O segredo de uma vida doada aos irmãos tem sempre como centro o Cristo. Aberta à ação do Espírito Santo, a nossa querida Ir. Dulce deixou-se conduzir pelos caminhos da fraternidade e, mesmo em dificuldades econômicas extremas, demonstrou a providência de Deus atuando e agindo. Neste tempo de tantos questionamentos sobre os valores cristãos, a sua vida é uma demonstração daquilo que um cristão, com a graça de Deus, consegue amenizar da pobreza e da dor humana. A Igreja, através de seus santos e santos, dá uma resposta ao mundo de como a vida de santidade e a busca de Deus, seguindo a Cristo e vivendo a Sua Palavra, não só transforma os corações, mas faz da pessoa um sinal de paz e de vida para os seus irmãos e irmãs. E tudo isso é dom, é graça do Senhor. Preocupar-se com os que estão à margem e comprometer-se com a necessidade de mudança, em um país como o nosso, com tantas dádivas de Deus, não poderíamos ter pessoas que passam fome se houvesse uma justiça mais distributiva, que nasce da capacidade de por em comum os bens que a todos pertencem. Se uma pobre como a Irmã Dulce pôde fazer tantas coisas para tantos, como não poderia ser diferente o nosso país se todos tivessem a mesma disponibilidade de pensar no seu irmão com responsabilidade, e assim multiplicar os dons que Deus nos concede.Cuidar do pobre e do faminto, como fazia a Irmã Dulce, não é um convivente para que nesse estado de miséria esses se mantenham, é conduzi-los à sua dignidade de Filhos de Deus, dando-lhes a certeza de que os bens desse mundo são transitórios, efêmeros, e que não é da vontade Dele que homens e mulheres morram de fome, não tenham onde morar.Sabemos que a ação social para as pessoas necessitadas precisa resolver com urgência a fome, e por isso parece como se fosse apenas assistencialista, mas sabemos que esse primeiro passo leva à formação e questiona a transformação social, econômica e política. A consciência dos cristãos leva-os a se comprometerem com o “mundo novo”, onde reine a presença de Deus que conduz à paz e à vida em plenitude. Os que questionam a assistência aos pobres também não aceitam quando reclamamos das injustiças e da necessária mudança social. Os Santos e Santas fazem tudo isso com uma vida de simplicidade e virtudes, sendo sinal de contradição para o seu tempo.A Igreja do Rio de Janeiro se une à Igreja Mãe de São Salvador da Bahia na ação de graças pela beatificação da mulher que cuidou dos mais pobres. Cumprimento Excelentíssimo Senhor Arcebispo, Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, SCJ, e o Legado Pontifício, Sua Eminência Geraldo Majela, Cardeal da Santa Igreja Romana, Agnelo, pela alegria eclesial que proporcionam ao povo da Bahia e do Brasil pela santidade da fidelidade e do serviço da religiosa elevada às glórias dos altares. Que interceda por nós o “anjo bom do Brasil”, a bem-aventurada Irmã Dulce, para que todos, desde os mais simples até os mais importantes, que em verdade deveriam estar à testa para servir, sejam capazes de aprender a partilhar, a fazer de modo extraordinário, o ordinário de repartir o pão com os necessitados. Beata Irmã Dulce, interceda por nós!


† Orani João Tempesta, O. Cist.

Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ


Fonte: RV

Um comentário:

Felipa Monteverde disse...

Os meus parabéns ao povo brasileiro pela beatificação de Irmã Dulce. Também Portugal viveu ontem um dia de grande alegria, pela beatificação da Madre Maria Clara do Menino Jesus, conhecida como Mãe Clara, a mãe dos pobres.
Grandes graças para os católicos, que devem entender estas beatificações como um sinal de Deus em que nada está perdido ainda, que o mundo tem solução e que o Inimigo não derrubará a Santa Igreja!
Abraço