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NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
REZAR SE APRENDE EM CASA COM OS PAIS

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
QUEM PERSEVERAR ATÉ O FIM SERÁ SALVO

domingo, 25 de dezembro de 2011
CRISTO NASCEU PARA SALVAR-NOS

O PÃO DO "TONI" - LENDA ITALIANA

Poucas iguarias se identificaram tanto com uma festa quanto o panetone com o Natal. Uma bela lenda italiana conta-nos a origem desse pão tão simples e tão saboroso.
Era noite de Natal, em Milão, governada pelo Duque Ludovico Sforza, famoso por ter uma das mais requintadas cortes da época. Sobretudo sua cozinha era muito renomada. Desde a tarde, suas chaminés exalavam perfumes maravilhosos, que estimulavam o apetite de toda a vizinhança. Desejando fazer uma ceia inesquecível, o cozinheiro-mor decidira preparar uma sobremesa especial: um fabuloso docecuja receita os venezianos haviam trazido do longínquo Oriente.
Afanava-se o mestre na elaboração de sua obra-prima e, ao mesmo tempo, orientava e fiscalizava os demais cozinheiros que se dedicavam a aprontar os inúmeros pratos do lauto banquete. Na grande cozinha, todos estavam tomados pela característica alegria do Natal italiano.
Todos não... Isolado num canto, um jovem ajudante recém-chegado da Lombardia suspirava de saudades da casa paterna, recordando-se das festas natalinas realizadas nos lares camponeses de sua região, pouco favorecidos de recursos econômicos, mas ricos de vida familiar e amor ao maravilhoso.
Levado por esses sentimentos nostálgicos, resolveu ele preparar um pão especial, como os que eram feitos por sua mãe na véspera de Natal. Não dispondo, porém, de todos os ingredientes necessários, teve de contentar-se com as sobras do material utilizado pelo cozinheiro-mor na elaboração da misteriosa sobremesa.
Qual seria o resultado? Nem ele mesmo sabia...
Uma vez iniciada a ceia de Natal, intensificou-se a atividade na cozinha, e o mestre cozinheiro esqueceu no forno o seu belo e misterioso doce... Enorme foi sua consternação ao constatar que ele havia queimado. Seu dourado sonho de um grande sucesso estava transformado na dura realidade de um vexatório fracasso, pois, como preparar em tão pouco tempo outra sobremesa especial? À vista desse desastre, não conseguiu conter algumas lágrimas.
Tomado de compaixão, o jovem lombardo aproximou-se dele e lhe ofereceu os três grandes bolos que acabava de tirar do forno. Num piscar de olhos, o experiente cozinheiro notou a elegância de sua forma cilíndrica e percebeu que seu delicioso perfume deveria corresponder a um requintado sabor.
Quem estava à mesa era o Duque Sforza com sua corte, ou seja, os mais exigentes comensais da Itália. Porém, não restava outra saída senão correr o risco. Tomou, pois, a decisão de servir como sobremesa aquela curiosa iguaria. Ele próprio se incumbiu de cortá-los caprichadamente em fatias e dispô- las de forma artística em bandejas de prata.
Surpreenderam-se o Duque e seus convivas, ao verem aquele exótico bolo enfeitado por frutas cristalizadas e do qual se desprendia um convidativo perfume. Instintivamente, começaram a aplaudir, e num instante seu requintado sabor lhes havia conquistado o paladar. Sucesso completo!
O Duque mandou vir à sua presença o autor daquela obra maravilhosa. Para surpresa de todos, não apareceu o afamado mestre, mas um tímido ajudante de cozinha.
- Qual é teu nome? - Eu me chamo Toni...
- Ora, então este é o Pane Toni! (o Pão do Toni).
Deste modo, o Duque Ludovico Sforza batizou aquele curioso pão doce com o nome de Toni, seu criador. E determinou-lhe que preparasse outros iguais, em maior quantidade, no Natal do ano seguinte. Assim nasceu o panetone, por obra do acaso, aliás, como tantas maravilhas da arte culinária.
Em pouco tempo, o "Pão do Toni" conquistou os lares italianos, e se espalhou pelo mundo inteiro, a ponto de ficar indissociavelmente ligado às festas natalinas.
* * * * * * A mesa de Natal reflexo de alegria e piedade
O arranjo da mesa natalina exige um especial esmero e imaginação. Aproveite a ocasião para usar cores em profusão, pois o Natal é, por excelência, uma festa colorida.
A combinação de elementos simples pode dar um elevado toque de esplendor: fitas vermelhas, douradas ou verdes, pinhas e galhos de pinheiro, velas, bolas de cristal colorido ou flores de bico de papagaio, e um pequeno cartão com o nome de cada pessoa no seu lugar à mesa, cada um iluminado por uma velinha.
Além da mesa, enfeite também a sala, o hall de entrada e outros locais. Uma boa idéia é trocar lâmpadas por velas. Como? Muito simples: guarde as lâmpadas queimadas, retire delas o globo de vidro, coloque velas nas roscas metálicas e troque-as pelas lâmpadas dos lustres. (Na hora de colocá-las é preciso tomar cuidado para evitar choques.) Você obterá assim uma iluminação natalina toda original e muito apropriada para o dia.
O principal objetivo de tanto cuidado com a decoração, procurando em tudo a beleza através da harmonia de cores e adornos, deve ser criar um ambiente que ajude os corações a se elevarem e transmita a todos essa alegria especial que sentimos por sermos filhos de Deus.!
Fonte: Arautos do Evangelho
sábado, 24 de dezembro de 2011
NATAL DO MENINO JESUS
Um Natal sob o signo do Rosário
A cada ano, no Natal, diferente é o contexto em que se celebra aquela Luz que um dia brilhou nas trevas....

Recordações da Luz que brilhou nas trevas
Compêndio do Evangelho, o Rosário nos recorda os principais episódios da vida de nosso Redentor. No seu primeiro Terço, ele nos conduz a meditar precisamente sobre o Natal e as circunstâncias que o envolveram: a Anunciação e a Encarnação do Verbo no seio puríssimo de Maria; a visita da Santíssima Virgem à sua prima Santa Isabel; o próprio nascimento de Jesus em Belém; a apresentação do Menino Jesus no Templo. Esses sublimes fatos - e todos os demais da vida do Salvador - nós os acompanhamos através dos olhos da Virgem Maria, recitando o Rosário.
Ele é propriamente uma "oração evangélica, centrada sobre o mistério da Encarnação redentora" - diz o Papa -, segundo a experiência vivida pela Santíssima Virgem, que trouxe em seu seio, nutriu, criou e acompanhou os passos de seu Divino Filho.
Em sua oportuna Carta Apostólica, o Santo Padre mostra ainda que Maria é para nós a Mestra que melhor conhece seu Filho Jesus e pode levar-nos ao conhecimento d'Ele: "Percorrer com Ela as cenas do Rosário é como freqüentar a ‘escola' de Maria para ler Cristo, penetrar nos seus

Nas situações aflitivas da Igreja
No ano de 1214, a heresia dos maniqueus, ou albigenses, estava se espalhando por todo o Languedoc, região meridional da França, arrancando à Igreja Católica multidões de fiéis. A doutrina maniquéia não causava dano apenas no campo espiritual, mas estendia seus malefícios também a toda a sociedade temporal.
O grande São Domingos - fundador da Ordem dos Irmãos Pregadores (os frades dominicanos) - mediu toda a extensão da tragédia e sentiu-se inspirado a intervir. Retirou-se para um local ermo, próximo de Tolosa (capital do Languedoc), onde passou três dias e três noites em oração e penitência, implorando ao Senhor que interviesse para salvar aquelas populações.
Em conseqüência de seu esforço, acabou por cair desfalecido. E eis que então apareceu-lhe Maria Santíssima, resplandecente de glória, dizendo-lhe que, pelo Rosário, ele poderia ganhar para Deus aqueles "corações endurecidos". . E assim foi. Pregando essa devoção, São Domingos não só obteve numerosas conversões, como também uma grande mudança nos costumes religiosos e morais dos habitantes da região.
São Domingos mereceu passar para a História como o primeiro grande pregador do santo Rosário e, praticamente, seu instituidor.
Na batalha de Lepanto
No dia 7 de outubro daquele ano, ao largo do Estreito de Lepanto, no litoral grego, travou-se a maior batalha naval da História até então. A esquadra

Desejoso de reconhecer e agradecer o decisivo auxílio de Maria nessa batalha, o senado veneziano mandou colocar no Palácio dos Doges um quadro comemorativo, com a inscrição: "Non virtus, non arma, non duces, sed Maria Rosarii, victores nos fecit" - "Não foi o valor, nem as armas, nem os chefes, mas sim a Senhora do Rosário que nos tornou vitoriosos".
Na França do século XVIII
A sociedade francesa achava-se minada em suas bases pelo iluminismo, pelo indiferentismo religioso e por um lamentável afrouxamento dos costumes, sobretudo nas classes superiores. Para agravar o quadro, espalhava-se pela França o jansenismo, astuta heresia que apresentava de maneira deformada a doutrina católica, evitando atacá-la de frente, com o que tornava difícil sua refutação.
Pregando uma ardente devoção a Nossa Senhora e incentivando a oração diária do Rosário, São Luís Grignion conseguiu transformar a Bretanha e a Vandéia (províncias do oeste da França), em regiões ardorosamente católicas, a tal ponto que, dois séculos após, foram essas duas províncias as que maior resistência opuseram ao assalto das tropas anticlericais da Revolução Francesa.
Em Fátima
Na primeira aparição, a 13 de maio de 1917, aconselhou aos três videntes que rezassem diariamente o Terço para pedir o fim da guerra e a paz do mundo. Renovou com insistência, na segunda e na terceira aparições, a recomendação de rezar o Terço todos os dias.
E no dia 13 de setembro, a Virgem Santíssima insistiu mais uma vez na necessidade da recitação diária do Terço, como meio de alcançar o fim da guerra mundial que ensangüentava o mundo. Foi somente na última aparição, em 13 de outubro, que Nossa Senhora consentiu em revelar sua identidade às três crianças, utilizando estas simples palavras: "Eu sou a Senhora do Rosário".
Não poderia haver maior prova de apreço da Mãe de Deus por essa devoção.
Em pleno século XX
Paz no mundo e nas famílias
No início de um Milênio que começou com as cenas assustadoras do atentado de 11 de setembro de 2001" - diz o Santo Padre na Carta Apostólica - "e que registra, cada dia, em tantas partes do mundo, novas situações de sangue e violência, descobrir novamente o Rosário significa mergulhar na contemplação do mistério d'Aquele que ‘é a nossa paz', tendo feito ‘de dois povos um só, destruindo o muro da inimizade que os separava' (Ef 2, 14).
"Depois de ressaltar que deseja confiar a causa da paz à oração do Rosário, o Papa exprime sua paternal aflição: "Pouco valem as tentativas da política, se as almas continuam exacerbadas e não são capazes de um novo olhar do coração." E indaga: "Quem pode, porém, infundir tais sentimentos, senão o próprio Deus? .... Exatamente nessa perspectiva, o Rosário se revela uma oração particularmente indicada.
"Falta a paz, hoje em dia, não somente entre as nações, mas, muitas vezes, até no recinto do lar. "Quanta paz estaria assegurada nas relações familiares, se fosse retomada a recitação do Santo Rosário em família!" - exclamou o Papa na audiência de 29 de setembro passado, quando anunciou o Ano do Rosário. E na citada Carta Apostólica ele alerta: "A família, célula da sociedade, está cada vez mais ameaçada por forças desagregadoras a nível ideológico e prático,

"Para sanar esse mal, que remédio aconselha o Vigário de Cristo? "O relançamento do Rosário nas famílias cristãs, no âmbito de uma pastoral mais ampla da família, propõe-se como ajuda eficaz para conter os efeitos devastadores desta crise da nossa época."
Diante do presépio, dirijamos nossas ardentes súplicas ao adorável Menino Jesus, por intermédio da imaculada Virgem Maria e do puríssimo São José, pedindo que as exortações do Santo Padre na Carta Apostólica O Rosário da Virgem Maria tenham amplo desenvolvimento por todo o mundo católico. E que aquela Luz que brilhou nas trevas há cerca de dois mil anos resplandeça não só neste Natal, mas ilumine toda a nossa vida.
onte: Arautos do Evangelho
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
QUE ESTRANHA AQUELA NOITE
Revelando profundo estro poético, Dom Lucio Renna canta os sublimes mistérios e alegrias daquela noite santa quando Deus Filho nasceu neste mundo, tornando-Se nosso irmão.
Dom Lucio Angelo Renna, O.Carm.
Bispo de Avezzano (Itália)
Que estranha aquela noite! Após uma jornada cheia de acontecimentos, de gritos, de cantos, de orações, de encontros entre pessoas provenientes de diversos países para serem recenseadas, após um barulho ensurdecedor, ruídos ininterruptos e insuportáveis, após tantas e tantas coisas que a mais ardente fantasia nunca conseguiria imaginar, após tudo isso um estranho silêncio, profundo, arcano, misterioso.
Parecia que o universo parara, que as criaturas de repente decidiram calar-se. Era como se a respiração do mundo criado cessasse, voluntária e obstinadamente.
Que estranha aquela noite, cheia de fascínio, de magia, de expectativa, de mistério! Nenhum balir de ovelha, nenhuma voz de homem, de mulher ou de criança, nenhum sinal de vida: parecia que um torpor universal pesava sobre as coisas, as plantas, os animais, as pessoas. Aqui e ali se podia perceber alguma janela fracamente iluminada.
No céu brilhavam, silenciosas, muitas e muitas estrelas. Nos casebres dos pobres, as crianças estranhamente não choravam. Nos suntuosos palácios dos poderosos, não se ouviam sons, cantos, danças: pareciam envolvidos por uma austera e severa capa de silêncio, como nunca nenhum israelita podia ter memória.
"O que está para acontecer?" - perguntava-se um ou outro, espiando curioso e ansioso pela fresta da porta de sua casa.
"É estranho, estranho, estranho!" - sentenciava o velho sábio, rodeado de meninos e meninas desejosos de saber sobre os Vaticinadores, os Profetas, os Patriarcas, o Messias que nunca chegava, apesar de sua secular invocação: Maranatha, maranatha.
Tudo, em suma, parecia ter-se fechado e adormecido por encanto. E como que para não perturbar o silêncio, o velho sábio, naquela noite, falava brandamente, muito brandamente.
Que estranha aquela noite: quase ninguém conseguia adormecer!
Intuía-se um acontecimento. Mas qual? O que estava para acontecer? Onde? Tais perguntas esvoaçavam delicadamente no ar e nos corações de todos, ao longo daquela estranha noite.
Os sacerdotes do Templo rezavam com o coração, porque também eles temiam perturbar, salmodiando, o silêncio daquela estranha noite. Se algum deles, cansado, inclinava sonolento a cabeça, era de súbito sacudido por uma força misteriosa. Todos estavam em ansiosa espera, mas ninguém sabia do que ou de quem. Que estranha aquela noite!
Depois, como chegando de um longo, interminável caminho de séculos, todos perceberam, claro, distinto, o choro de um recém-nascido.
Como ao aceno de invisível maestro, explode a sinfonia do universo! Entrelaçam-se vozes de anjos, de homens, de animais. Até as árvores da floresta se unem, com os cetáceos e os peixes, àquele canto que não se podia saber bem se descia do céu ou para lá subia.
Somente após o primeiro momento de maravilhamento, de admiração e de júbilo universal, todos compreenderam que os anjos do Céu queriam cantar em coro com todas as criaturas, com o universo criado. Cantavam as surpresas e maravilhas do Senhor, o qual, naquela estranha noite, tinha dado à humanidade o seu Filho Unigênito, nascido da Virgem Maria numa obscura aldeia da Palestina de belíssimo nome: Belém, casa do pão.
Nascera o Esperado prometido e todos estavam convidados a encontrar- se com Ele. Pedia-se tão-só a simplicidade e a pureza da mente e do coração para contemplar, no menininho da manjedoura, o Messias. Naquela estranha noite ouviam-se apenas cantos de alegria.
Ninguém implorava mais: maranatha. Todos sabiam que o Verbo tinha-Se tornado o Emanuel; que Deus, tinha descido do Céu à nossa terra; que doravante todos os acontecimentos da História seriam datados de antes ou depois do inaudito evento do nascimento de Cristo.
O mundo parecia estupefato, percorrido por grande alegria, inundado por grande luz. Nunca as estrelas, brilhantes e belas, tinham sido vistas tão resplendentes; a mais luminosa foi chamar os magos do Oriente.
Naquela estranha noite, de vários pontos da Palestina, puseram-se a caminho diversos grupos, em geral de pastores, todos caminhando para uma gruta da qual se irradiava o esplendor de inefável luz. Os corações simples ouviam o canto dos anjos, que louvavam a Deus e auguravam paz aos homens de boa vontade.
Os sacerdotes do Templo, perpassados por um arrepio interior, compreendiam que estava para se iniciar a era nova da História. Os velhos sábios empurravam as crianças, os jovens e os adultos para Belém. Alguns deles, mais anciãos e cansados que os outros, ficavam em seus casebres, tristes por não terem a força física para se unirem aos peregrinos. Todos os outros entravam na fila felizes, sem sentir cansaço algum no caminho para Belém.
Os jovens cantavam e dançavam como nunca o haviam feito, porque vibravam de uma alegria indizível, profunda, ao aproximar-se da meta de todos naquela estranha noite.
Um ou outro, desconfiado e invejoso, resistia à força misteriosa e, em sua casa, nutria em si sentimentos tenebrosos e contestatários que lhe impediam de participar da alegria do universo, considerando em risco sua própria situação social e econômica.
Dos grandes abrigos de caravanas partiam também muitos senhores com seus camelos, dromedários, cavalos e modestas mulas, seguindo a estrada iluminada pelas estrelas naquela estranha noite que resplandecia como sol em pleno dia.
Na gruta, Maria de Nazaré, a Virgem- Mãe, contemplava extasiada aquele delicado bebê no qual adorava seu Deus. Seus olhos estavam fixos nos d'Ele. Falavam- se, Mãe e Filho, na silenciosa linguagem do amor. Ela, a filha de Sião, tinha nos olhos a ansiedade, a alegria, a gratidão, a esperança do povo de Javé, acumuladas no decurso dos séculos.
Por meio de seu olhar parecia que se dirigiam para a manjedoura os olhares de inumeráveis pessoas, de todas as idades e classes sociais, que tinham implorado, suplicado, espreitado a vinda do Esperado. Em Maria, todos tinham a resposta da parte de Deus: nasceu Jesus! O Menino, movendo as perninhas, chorando, sorrindo assegurava à Mãe: eis-Me aqui, estou contigo, estou convosco.
Também José contemplava e entrevia, com os olhos da fé, na penúria da gruta, o dom inefável, imenso, infinito de Deus. E rezava, enquanto, com gestos afetuosos e desajeitados, prestava ajuda a Maria!
A gruta, nesse ínterim, tornava-se tão grande quanto o mundo. Muitos e ainda muitos outros aí chegavam, cantando: "Descestes das estrelas, ó rei do Céu"; e ofereciam toda espécie de presentes.
Que estranha aquela noite na qual o Filho de Deus nasceu, pobre entre os mais pobres, em tudo semelhante aos homens, exceto no pecado! No calor, na cor, nos cânticos, no gáudio imenso daquela estranha noite não foram poucos os que notaram sobre a manjedoura a sombra - inicialmente escura e depois cada vez mais luminosa - de uma cruz.
No cruzamento das traves, sobre aquela manjedoura, vagia, sorria, chorava o Menino Jesus. Que estranha aquela noite que, fazendo uma reviravolta na História da humanidade, deu início à era da salvação!
Fonte: Arautos do Evangelho
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
ELE VEIO PARA TODOS...
Sábios e ilustres, ricos e pobres, reis e pastores têm seu lugar de dileção aos pés do Menino Jesus.
Quem se aproxima, em espírito, da manjedoura na Gruta de Belém, encontra um Menino tenro, mas cheio de vida e de luz. Contemplando-O com os olhos da fé, fica-se abismado ao considerar que ali está o próprio Deus feito homem. Sim, esse mesmo Menino mais tarde estará curando leprosos, devolvendo a vista a cegos, fazendo andar paralíticos, ressuscitando mortos ou acalmando tempestades. No final de sua vida, Ele será desprezado pelas multidões, injuriado, flagelado e pregado numa cruz. Mas ressuscitará ao terceiro dia de forma gloriosa, subirá aos céus e se sentará à direita do Pai como rei triunfante supremo. É assim que Ele deverá vir, pela segunda vez, no dia do Juízo Final, para julgar os vivos e os mortos.
Veio para os pobres...
Manjedoura na Gruta de Belém, encontra um Menino tenro, mas cheio de vida e de luz. Contemplando-O com os olhos da fé, fica-se abismado ao considerar que ali está o próprio Deus feito homem. Sim, esse mesmo Menino mais tarde estará curando leprosos, devolvendo a vista a cegos, fazendo andar paralíticos, ressuscitando mortos ou acalmando tempestades. No final de sua vida, Ele será desprezado pelas multidões, injuriado, flagelado e pregado numa cruz. Mas ressuscitará ao terceiro dia de forma gloriosa, subirá aos céus e se sentará à direita do Pai como rei triunfante supremo. É assim que Ele deverá vir, pela segunda vez, no dia do Juízo Final, para julgar os vivos e os mortos.
Em sua primeira vinda, quis Jesus manifestar-Se aos homens revestido de nossa fraqueza, como débil e indefesa criança, padecendo fome, sede, frio e em tudo se assemelhando à nossa humana condição. Junto ao presépio, encontraremos os pastores. Homens rudes e humildes, ocupados apenas na guarda noturna de seus rebanhos, viram-se, de repente, circundados por uma claridade divina que os encheu de grande temor. Mas logo, animados pelas tranqüilizadoras palavras do anjo, correram para aquela feliz gruta onde, com grande reverência, aproximaram-se para adorar o Menino envolto em pobres panos e reclinado sobre míseras palhas.
... e para os ricos
Erroneamente, porém, poderia alguém pensar ter Ele vindo só para os simples pastores e as pessoas menos abastadas. Para desfazer essa idéia por demais simplificada e unilateral, bastaria permanecer mais alguns dias junto ao Menino e ser surpreendido por um séqüito real cheio de cores, pompa e majestade. De onde procedia aquela longa, misteriosa e rica caravana, composta de guerreiros fortes e audazes, de pajens vestidos de seda, avançando ao som de trombetas e ao rufar compassado dos tambores? O que significava essa "inundação de camelos e dromedários" (Is 60, 6) carregados de riquezas, previstos com tanta antecedência pelo profeta Isaías? Quem seriam esses três soberanos à procura do "Rei dos judeus que acabava de nascer"? (Mt 2, 2). Chamavam-se Melquior, Gaspar e Baltazar e, segundo a tradição, representavam as três raças da família humana. O Evangelho nos conta serem eles provenientes do longínquo e enigmático Oriente, tendo viajado até a Judéia guiados por uma estrela. E aqui nos aparece o primeiro traço do extraordinário chamado que lhes foi feito. Aos pastores se manifesta visivelmente um anjo de luz, revelando por palavras a grande alegria do nascimento do Salvador. Àqueles reis, porém, essa mesma notícia é comunicada pelo aparecimento de uma maravilhosa estrela acompanhada de uma voz interior a tocar suas almas. Assim no-lo explica São Tomás, citando o grande Papa Leão: "Além da imagem que estimulou o olhar corporal, o raio ainda mais luminoso da verdade instruiu até o fundo os seus corações no que concernia à iluminação da fé" (1).
Fé levada até o heroismo
Bem se poderia aplicar neste caso o famoso ditado francês: noblesse oblige (a nobreza impõe obrigações). Daqueles Magos, até então mergulhados nas trevas do paganismo, a Providência exigiu um heroísmo de fé que não foi pedido aos pastores, herdeiros das promessas messiânicas do povo eleito. Quanto drama havia naquela viagem! Alertados pelo súbito fulgor de uma estrela, os Reis Magos abandonam sem hesitação a calma e o conforto de seus palácios para lançar-se em longa viagem cheia de fadigas e perigos, através de desertos e montanhas... E tanto esforço, para quê? Para ir prostrar-se em adoração diante de um menino recém-nascido! A extrema pobreza na qual Se lhes apresentou Aquele a quem buscavam com santo afã, em nada abalou a sobrenatural certeza vincada em seus corações, de ser Ele o Rei dos reis. Afirma o Doutor Angélico: "Deve-se dizer como Crisóstomo diz: ‘Se os Magos tivessem vindo procurar um rei terrestre, teriam ficado decepcionados, por terem enfrentado sem motivo as dificuldades de um caminho tão longo'. E assim, nem O teriam adorado, nem Lhe teriam oferecido presentes. ‘Mas, porque procuravam o Rei do Céu, mesmo não vendo n'Ele nada da majestade real, O adoraram satisfeitos unicamente com o testemunho da estrela'. Viram um homem e nele reconheceram Deus. E ofereceram presentes adequados à dignidade de Cristo: ‘Ouro, como a um grande rei; incenso, utilizado nos sacrifícios divinos, como a Deus; e mirra, com a qual são embalsamados os corpos dos mortos, indicando que iria morrer pela salvação de todos'" (2). Deste modo, os três Reis nos ensinaram quais os presentes mais agradáveis ao Menino-Deus, por ocasião da festa da Epifania: o ouro fino e puro das boas obras, praticadas com desinteresse e pureza de intenção; o incenso perfumado das orações feitas com sincera piedade e devoção; e a mirra dos sofrimentos e sacrifícios suportados ao longo de nossa vida com verdadeiro amor e alegre resignação.
Jesus está à espera de todos nós
Apresentemos, então, com os Magos, nossas modestas ofertas aos pés do berço onde dorme sereno o pequeno Rei vindo para nos redimir. Ele está à espera de todos nós, de todos os homens de boa vontade que queiram seguir seus passos. Esta é a lição que nos deu já no começo de sua existência terrena: "A salvação que Cristo iria trazer concernia a todo tipo de homens, pois, como diz a Carta aos Colossenses: ‘Em Cristo não há mais homem e mulher, grego e judeu, escravo e homem livre', e assim quanto às outras diferenças. E para que isto estivesse prefigurado no próprio nascimento de Cristo, Ele se manifestou a homens de todas as condições. Pois, como diz Agostinho: ‘Os pastores eram israelitas, os magos pagãos; aqueles estavam perto, estes longe; uns e outros se encontraram na pedra angular'. Havia ainda entre eles outro tipo de diversidade: Os magos eram sábios e poderosos, os pastores, ignorantes e de condição humilde" (3). E São Leão Magno exclama: "Que todos os povos representados pelos três Magos adorem o Criador do universo; e Deus não seja conhecido apenas na Judéia mas no mundo inteiro, a fim de que por toda parte ‘o seu nome seja grande em Israel!' (Sl 75, 2)" (4). Se contemplarmos Jesus com olhar admirativo e cheio de fé, veremos que esse é o Menino dos contrários harmônicos. Ele veio para todos: pobres humildes, reis majestosos. Ele está à disposição de toda e qualquer classe social, de toda e qualquer cultura, de toda e qualquer raça. Ele veio para salvar a todos.
Fonte: Arautos do Evangelho